Fanfic: Belo Desastre || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy

Uma das mangas do meu suéter branco pendia apenas por alguns fios, mas tirando isso eu tinha escapado ilesa. Balancei a cabeça, ainda chocada.

Ele pegou gentilmente meu rosto nas mãos e me olhou nos olhos.

— Dulce, me responde. Está tudo bem?

Assenti. À medida que o nervoso foi passando, as lágrimas começaram a cair.

— Sim, estou bem.

Ele me abraçou, pressionando o rosto na minha testa, e depois ficou rígido.

— Aqui, Ucker!

Christopher veio correndo até nós, diminuindo apenas quando me pegou nos braços. Ele estava coberto de sangue, seu olho gotejava e sua boca estava toda vermelha.

— Meu Deus do céu... ela está machucada? — ele quis saber.

A mão de Alfonso ainda estava nas minhas costas.

— Ela disse que está bem.

Christopher me segurou pelos ombros para olhar para mim e franziu a testa.

— Você está machucada, Dul?

No momento em que balancei a cabeça em negativa, vi os primeiros espectadores saindo do porão e descendo pela saída de incêndio. Christopher me manteve apertada em seus braços, analisando os rostos em silêncio. Um homem baixo pulou da escada e ficou imóvel quando nos viu ali parados na calçada.

— Você — Christopher rosnou.

Então me soltou, correndo pelo gramado e lançando o homem ao chão.

Olhei para Alfonso, confusa e horrorizada.

— Foi aquele cara que ficou empurrando o Christopher de volta para o Círculo — ele disse.

Uma pequena multidão se reuniu em torno deles enquanto brigavam no chão. Christopher socou o rosto do homem várias vezes. Alfonso me puxou para junto de seu peito, que ainda arfava. O homem parou de contra-atacar, e Christopher o deixou no chão em uma poça de sangue. Os que estavam ali reunidos se espalharam, mantendo uma boa distância de Christopher ao ver a ira em seus olhos.

— Christopher! — Alfonso gritou, apontando para o outro lado do prédio. Rodrigo se arrastava nas sombras, usando a parede de tijolos do Hellerton para se manter em pé. Quando ouviu o grito de Alfonso para Christopher, ele se virou apenas a tempo de ver seu atacante em ação. Rodrigo foi mancando pelo gramado, jogando no chão a garrafa de cerveja que tinha nas mãos e se movendo o mais rápido possível. Assim que chegou a seu carro, Christopher o agarrou e o arremessou com tudo de encontro ao capô.

Rodrigo implorou quando Christopher agarrou sua camiseta e golpeou sua cabeça na porta do carro. A súplica foi interrompida pelo barulho alto do baque do crânio contra o para-brisa. Depois, Christopher o puxou para frente do carro e estilhaçou o farol com a cara de Rodrigo. Então o lançou sobre o capô, pressionando o rosto dele na lataria enquanto gritava obscenidades.

— Merda! — disse Alfonso.

Eu me virei e vi o Hellerton reluzir com o azul e o vermelho de uma viatura policial que se aproximava com rapidez. Hordas de pessoas começaram a pular do patamar da escada, formando uma cascata humana pela saída de incêndio, e um alvoroço de alunos correndo irrompeu e todas as direções.

— Christopher! — gritei.

Ele deixou o corpo desfalecido de Rodrigo no capô e veio correndo a nós. Alfonso me puxou até o estacionamento, abrindo rapidamente a porta do carro. Pulei no banco traseiro, esperando, ansiosa, que os dois entrassem. Os carros arrancavam a toda velocidade, com os pneus cantando, quando uma segunda viatura bloqueou uma das saídas.

Christopher e Alfonso entraram no Charger, e Alfonso xingou quando viu o engarrafamento que se formava na única saída. Ele ligou o carro e acelerou, subindo pela calçada e cortando caminho por cima do gramado. Fomos voando entre dois prédios, até chegarmos à rua de trás da faculdade.

Os pneus cantaram e o motor rosnou quando Alfonso pisou fundo no acelerador. Deslizei pelo banco e fui de encontro à lateral do carro quando dobramos uma esquina, batendo o cotovelo já machucado. As luzes da rua formavam faixas pela janela enquanto seguíamos até o apartamento em alta

velocidade, mas parecia que havia se passado uma hora quando chegamos ao estacionamento do prédio.

Alfonso estacionou o Charger e desligou o motor. Os meninos abriram a porta em silêncio, e Christopher esticou as mãos para mim, me carregando no colo.

Último de hoje u-u Vou tentar ao máximo vir amanhã também ok? Beijinhos lindas.