Fanfic: Belo Desastre || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy
Lancei um olhar para ela.
— Estou falando de bebida. Já vi a Dulce beber muito mais que isso por dinheiro — ela especificou. — Vocês entenderam o que eu quis dizer.
— Ouça o que você está dizendo! — Alfonso gritou. — Você veio lá do Kansas com a Dulce para mantê-la longe de encrenca. Olhe pra ela! Ela está com um nível perigoso de álcool no sangue e quase inconsciente! Esse não é um comportamento que você deveria achar normal!
Anahi estreitou os olhos.
— Ah! Obrigada pela declaração de utilidade pública sobre o que não fazer na faculdade, senhor “Eu tenho dezoito anos, faço parte da fraternidade e já tive bilhões de namoradas ‘sérias’”! — Ela usou os dedos para fazer aspas invisíveis quando falou a palavra sérias.
Alfonso ficou de queixo caído, sem achar nem um pouco engraçado.
— Entra nessa merda de carro. Você bêbada é má.
Anahi deu risada.
— Você ainda não me viu má, filhinho da mamãe!
— E daí que nós somos chegados?
— Eu e o meu ra/bo também somos! Isso não quer dizer que vou telefonar pra ele duas vezes por dia!
— Você é uma vaca!
O rosto de Anahi ficou completamente sem cor.
— Me. Leva. Pra. Casa.
— Eu adoraria, se você entrasse na por/ra do carro! — ele gritou a última parte. O rosto dele ficou vermelho, as veias saltadas no pescoço.
Anahi abriu a porta e entrou no banco de trás, deixando a porta aberta. Ela me ajudou a colocar Dulce ao lado dela, depois tombei no banco do passageiro.
O percurso até em casa foi curto e completamente em silêncio. Quando Alfonso parou no estacionamento e desligou o motor, saí com dificuldade do carro e levantei o banco.
Dulce estava com a cabeça apoiada no ombro de Anahi, e os cabelos cobriam seu rosto. Estiquei a mão e a puxei para fora, jogando-a sobre meu ombro. Anahi saiu rapidamente depois disso e foi direto para o carro dela, pegando as chaves na bolsa.
— Annie — disse Alfonso, com o arrependimento já óbvio no tom de voz.
Ela se sentou no banco do motorista, bateu a porta na cara dele e saiu de marcha a ré. Dulce estava de cabeça para baixo, os braços pendurados nas minhas costas.
— Ela vai ter que voltar para pegar a Dulce, não vai? — perguntou Alfonso, com uma expressão de desespero no rosto.
Dulce soltou um gemido e seu corpo deu um tranco súbito. O horrível grunhido que sempre acompanha o vômito veio antes do som de algo jorrando. Senti a parte de trás das pernas molhada.
— Me diz que ela não fez isso — falei, paralisado.
Alfonso se curvou para trás por um segundo e depois se endireitou.
— Ela fez.
Subi correndo as escadas, dois degraus de cada vez, e fiquei apressando Alfonso enquanto ele procurava a chave do apartamento. Assim que ele abriu a porta, corri para o banheiro.
Dulce se inclinou sobre a privada esvaziando o conteúdo de seu estômago, litros por vez. Seus cabelos já estavam molhados de vômito por causa do incidente lá fora, mas peguei um elástico na pia e juntei seus longos fios em um rabo de cavalo. As partes molhadas estavam grudadas, mas as puxei para trás mesmo assim e prendi os cabelos dela com o elástico. Eu já tinha visto muitas garotas fazerem isso na sala de aula, então não levei muito tempo para sacar como fazer.
O corpo de Dulce deu um tranco novamente. Umedeci um pano que peguei no armário do corredor e me sentei ao lado dela, segurando-o em sua testa. Ela se apoiou na banheira e gemeu.
Limpei gentilmente o rosto dela com o pano e tentei ficar imóvel quando ela deitou a cabeça no meu ombro.
— Você vai sobreviver? — perguntei.
Ela franziu a testa e teve ânsia, mantendo a boca fechada apenas tempo suficiente para posicionar a cabeça acima da privada. Ela vomitou de novo, fazendo jorrar mais líquido.
Dulce era tão pequena, e a quantidade de líquido que ela estava expelindo não me parecia normal. Comecei a ficar preocupado.
Saí cambaleando do banheiro e voltei com duas toalhas, um lençol, três cobertores e quatro travesseiros. Ela gemia sobre a privada, e seu corpo tremia. Arrumei as coisas como um ninho ao redor da banheira e fiquei esperando, sabendo que provavelmente passaríamos a noite ali, naquele canto do banheiro.
Alfonso apareceu na porta.
— Quer que eu... ligue para alguém?
— Ainda não. Vou ficar de olho nela.
— Eu tô bem — disse Dulce. — Essa sou eu não entrando em coma alcoólico.
Alfonso franziu a testa.
— Não, isso é idiotice. É isso que é.
— Ei, você deu uma olhada no... hum...
— No presente dela? — disse ele, com uma sobrancelha erguida.
— É.
— Dei — ele respondeu, claramente insatisfeito.
— Valeu, cara.
Dulce se reclinou para trás mais uma vez, de encontro à banheira, e prontamente limpei seu rosto. Alfonso umedeceu outro pano limpo e jogou para mim.
— Obrigado.
— Grite se precisar de mim — disse ele. — Vou ficar rolando na cama, tentando pensar em uma forma de fazer a Annie me perdoar.
Relaxei encostado na banheira da melhor forma que pude e puxei Dulce para junto de mim. Ela suspirou, deixando o corpo se fundir ao meu. Mesmo com ela coberta de vômito, ali, perto dela, era o único lugar onde eu queria estar. As palavras que ela disse na festa se repetiram na minha cabeça.
Em uma outra vida, eu poderia te amar.
Dulce estava fraca, passando mal nos meus braços, dependendo de mim para cuidar dela. Naquele instante, reconheci que meus sentimentos por ela eram muito mais fortes do que eu pensava. Em algum momento entre conhecê-la e abraçá-la ali, no chão do banheiro, eu havia me apaixonado.
Ela suspirou mais uma vez e descansou a cabeça no meu colo. Certifiquei-me de que ela estivesse coberta antes de me permitir tirar um cochilo.
— Ucker? — ela sussurrou.
— O quê?
Ela não respondeu. Sua respiração ficou regular e sua cabeça ficou pesada nas minhas pernas. A porcelana fria da banheira nas minhas costas e o piso implacável sob a minha bun/da eram brutais, mas eu não me atrevia a me mexer. Ela estava confortável e ficaria assim. Depois de vinte minutos observando-a respirar, as partes do meu corpo que doíam começaram a ficar amortecidas e meus olhos se fecharam.
Só eu achei que o Alfonso está certissimo?
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Capítulo quartoze - Oz O dia não tinha começado bem. Dulce estava em algum lugar comAnahi, tentando dissuadi-la de largar o Alfonso, enquanto ele roía as unhas na sala de estar, esperando que Dulce operasse um milagre. Eu tinha levado o cachorro para fora uma vez, paranoico que Anahi fosse aparecer a qualque ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 633
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LeticíaVondy Postado em 05/06/2015 - 14:07:27
Terminei de ler pela 2 vez, bateu uma sdd. Mais sua nova web me lembra desta aqui :33
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Lene_duke Postado em 05/04/2015 - 17:24:39
Aiiii que saudades que tava de ler essa fic! Simplesmente me encantei pela essa fanfic do começo ao final , foi lindo e intenso, ameiiiii , vai deixar uma saudade imensa :))
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anne_mx Postado em 08/03/2015 - 22:24:00
Gostei muito do final mas vc fazendo as tres temporadas quase q iguais ficou chato e sem graça de ler pq apenas os finais das temporadas eram meio diferentes mas ainda sim ficou bom e n se sinta ofendida por favor isso é so´pra vc s ligar na proxima fanfic
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naty_rbd Postado em 06/02/2015 - 13:06:40
Achei lindo o final! bjs.
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leticiavondy12 Postado em 05/02/2015 - 20:56:49
Amei muito a historia é um peninha que acabou!!
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melicia_fagundes Postado em 05/02/2015 - 16:32:08
Adorei a historia sim obg
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barken_vondy Postado em 05/02/2015 - 11:51:44
Que lindo o final e nao vou negar nao to muito emocionada porque acabou. Vou sentir falta!!
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vondyfforever Postado em 04/02/2015 - 22:54:58
Perfeitooooooooo! Parabens! Palmas palmas palmas! Ameii a web queriaa maaaais kkkkk
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naty_rbd Postado em 04/02/2015 - 14:57:33
vou sentir muito falta disso aqui e desses dois! só quero ver o que vai rolar nesta depsedida de solteiro! Posta mais
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gioohig Postado em 04/02/2015 - 13:30:14
Oiiii , gosto muito da sua fic e eu soh lamento que esteja acabando :/ mas continua postando pra mim ficar feliz e nao louca kkkk Obrigada gatinha ;)