Fanfic: Belo Desastre || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy

CAPÍTULO DEZ   -  TATUADA

POV DULCE

— O que você quer dizer? — Disse Christopher, empalidecendo. — Não estamos aqui por mim?

O tatuador olhou para nós dois, um pouco surpreso com a surpresa de Christopher.

Durante todo o percurso do taxi, Christopher achava que eu estava comprando-lhe uma nova tatuagem como presente de casamento. Quando eu disse ao motorista nosso destino, nunca ocorreu a Christopher que eu seria a única ser tatuada. Ele falou sobre tatuar DULCE em algum lugar nele, mas como ele já tinha beija-flor em seu pulso, eu pensei que seria redundante.

— É a minha vez — disse eu, voltando-me para o tatuador. — Qual o seu nome?

— Griffin — disse ele em um tom monótono.

— É claro — eu disse. — Eu quero MRS. UCKERMANN aqui. — Eu toquei meu dedo no meu jeans no lado direito do meu abdômen, apenas baixo o suficiente para não ser visto, mesmo em um biquíni. Eu queria Christopher para ser o único a par de minha tatuagem, uma boa surpresa a cada vez que ele me despisse.

Christopher sorriu.

— Sra. Uckermann?

— Sim, nesta fonte —  eu disse, apontando para um pôster laminado na parede com amostras de tatuagens.

Christopher sorriu.

— Aquela se encaixa em você. É elegante, mas não muito exigente.

— Exatamente. Você pode fazer isso?

— Eu posso. Será cerca de uma hora. Temos um casal de pessoas na sua frente. Vai ser duzentos e cinquenta.

— Duzentos e cinquenta? Por alguns rabiscos? — disse Christopher, sua boca caindo aberta. — Que por/ra é essa, Chuck?"

— É Griffin — disse ele, não afetado.

— Eu sei, mas...

— Está tudo bem, baby — eu disse. — Tudo é mais em Vegas."

— Vamos esperar até chegarmos em casa, Beija-flor.

— Beija-flor? — Griffin disse.

Christopher enviou-lhe um olhar mortal.

— Cale a boca — advertiu, olhando de volta para mim. — Isto vai ser duas centenas de dólares mais barato em casa.

— Se eu esperar, eu não vou fazer isso.

Griffin deu de ombros.

— Então talvez você deva esperar.

Olhei para Christopher e Griffin.

— Eu não estou esperando. Eu estou fazendo isso. — Eu tirei minha carteira e empurrei três notas em Griffin. — Então você pega o meu dinheiro... — eu fiz uma careta para Christopher — ...e silêncio. É meu dinheiro, meu corpo, e isso é o que eu quero fazer.

Christopher parecia pesar o que ele estava prestes a dizer.

— Mas... isso vai doer.

Eu sorri.

— Em mim? Ou em você?

— Ambos.

Griffin pegou meu dinheiro e depois desapareceu. Christopher marchava no chão como um nervoso pai expectante. Ele espiou pelo corredor, e depois passeou um pouco mais. Era tão bonito como era irritante. Em um ponto, ele me implorou para não fazer isso, e, em seguida, tornou-se impressionado e tocado que eu estava tão empenhada em ir até o fim.

— Puxe para baixo seu jeans — disse Griffin, deixando o seu equipamento pronto.

Christopher lançou um olhar penetrante para o pequeno e musculoso homem debaixo de sua sobrancelha, mas Griffin estava ocupado demais para perceber a expressão mais assustadora do Christopher.

Sentei-me na cadeira, e Griffin apertou os botões. Enquanto a cadeira reclinava, Christopher sentou num banco do meu outro lado. Ele estava inquieto.

— Ucker —  eu disse com uma voz suave. — Sente-se. —  Eu estendi a mão e ele tomou-a, tomando também um assento. Ele beijou meus dedos, e ofereceu um doce, mas nervoso sorriso.

Apenas quando eu pensei que ele não poderia suportar mais a espera, meu celular tocou na minha bolsa.

Oh, Deus. E se fosse uma mensagem de texto de Trent? Christopher já estava cavando por ele, grato pela distração.

— Deixe-o, Ucker.

Ele olhou para a tela e franziu a testa. Minha respiração ficou presa. Ele estendeu o telefone para que eu pegasse.

— É Annie.

Eu peguei isso dele e me senti aliviada, se não fosse pelo cotonete frio correndo por cima do meu osso do quadril.

— Olá?

— Dulce? — disse Anahi. — Onde você está? Alfonso e eu apenas chegamos em casa. O carro se foi.

— Oh — eu disse, minha voz uma oitava acima. Eu não tinha planejado dizer a ela ainda. Eu não sabia como dar a notícia, mas eu tinha certeza que ela ia me odiar. Pelo menos por um tempo.

— Nós estamos... em Vegas.

Anahi riu.

— Cale a boca10.

— Eu estou totalmente séria.

Anahi ficou em silêncio, e depois a voz dela era tão alta, eu vacilei.

— POR QUE você está em Vegas? Não é como se você tivesse tido um bom tempo quando você esteve aí da última vez!

— Christopher e eu decidimos... nós meio que nos casamos, Annie.

— O quê! Isso não é engraçado, Dulce! É melhor você estar brincando porra!

Griffin colocou o transfer11 na minha pele e pressionou. Christopher parecia que queria matá-lo por me tocar.

— Você é boba — eu disse, mas quando a máquina de tatuagem começou a cantarolar, todo o meu corpo ficou tenso.

— Que barulho é esse? — Disse Anahi, fumegante.

10 No sentido de Fala sério.

11 É um processo para impressão de imagens ou figuras.