Fanfic: Belo Desastre || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy

— Espera! Aonde estamos indo?

— Para o apartamento do Poncho. Não quero que ele fique sozinho com o Christopher. Você viu? Ele perdeu completamente a cabeça!

— Bom, eu também não quero ficar perto dele!

Anahi me encarou, sem poder acreditar no que estava ouvindo.

— Obviamente tem algo acontecendo com o Christopher. Você não quer saber o que é?

— Meu instinto de autopreservação é maior que a minha curiosidade, Annie.

— A única coisa que fez o Christopher parar foi a sua voz, Dulce. Ele vai te escutar. Você precisa conversar com ele.

Suspirei e soltei o pulso dela, caindo de encontro ao encosto do banco.

— Tudo bem. Vamos.

Chegamos ao estacionamento, e Anahi parou entre o Charger do Alfonso e a Harley do Christopher. Foi caminhando até as escadas, colocando as mãos na cintura com um toque dramático.

— Vamos logo, Dulce — disse, fazendo um movimento para que eu a seguisse.

Hesitante, finalmente fui atrás dela, parando quando vi Alfonso descer correndo as escadas para falar algo baixinho ao ouvido de Anahi. Ele olhou para mim, balançou a cabeça e sussurrou algo para ela novamente.

— Que foi? — perguntei.

— O Poncho não... — ela estava inquieta. — O Poncho não acha uma boa ideia a gente entrar no apartamento agora. O Christopher ainda está com muita raiva.

— Você quer dizer que ele não acha que eu devo entrar — falei.

Anahi deu de ombros, meio sem graça, depois olhou para Alfonso, que pós a mão no meu ombro.

— Você não fez nada de errado, Dulce. Ele só não quer... ele não quer te ver agora.

— Se eu não fiz nada de errado, por que ele não quer me ver?

— Não sei, ele não quer falar sobre isso. Acho que está com vergonha de ter perdido o controle na sua frente.

— Ele perdeu o controle na frente do refeitório inteiro o que eu tenho a ver com isso?

— Mais do que você pensa — disse Alfonso, evitando meus olhos.

Fiquei olhando para eles por um momento, depois subi correndo as escadas. Irrompi pela porta e me deparei com a sala vazia. A porta do quarto de Christopher estava fechada, então eu bati.

— Christopher? Sou eu, abre a porta.

— Vai embora, Dulce — ele disse do outro lado.

Dei uma espiada lá dentro e o vi sentado na beirada da cama, olhando pela janela. Totó batia com as patinhas nas costas dele, infeliz por esta sendo ignorado.

— O que está acontecendo com você, Ucker? — perguntei.

Ele não respondeu, então fiquei em pé ao seu lado, de braços cruzados. O maxilar dele estava tenso, mas ele não tinha mais a expressão assustadora que exibira no refeitório. Parecia triste. De um jeito profundo, desesperançado.

— Você não vai conversar comigo?

Esperei, mas ele permaneceu quieto. Eu me virei em direção à e ele finalmente soltou um suspiro.

— Lembra daquele dia quando o Augustus falou besteira pra mim e você me defendeu? Bom... foi isso que aconteceu. Eu só fui meio longe demais.

— Você já estava com raiva antes de o Chris dizer alguma coisa — falei, me sentando ao lado dele na cama.

Ele continuou olhando pela janela.

— Eu já disse uma vez. Você precisa se afastar, Dulce. Deus sabe que eu não consigo me afastar de você.

Encostei no braço dele.

— Você não quer que eu vá embora.