Fanfic: Ressurgir. Vondy | Tema: Vondy

Dulce foi embora sem nem ao menos olhar para trás, devia estar se sentindo arrependida, mas, muito pelo contrário, sentia-se aliviada, como se estivesse lavado a alma. Já Christopher estava soltando fogo pelas ventas, não acreditava que Dulce tinha a capacidade de fazer o que fez e o pior de tudo, porque fez aquilo? Mulher desequilibrada, pensou.

— Me deixa em paz. — grunhiu para o garçom que tentava ajudá-lo a se limpar.

O restaurante estava um alvoroço. Os funcionários tentavam ajudar Christopher e Luane que estavam bufando de raiva, as pessoas olhavam e comentavam na maior cara dura.

— Estão olhando o que? — a loira gritou. — Vão cuidar da vida de vocês.

Luane estava tendo um ataque epilético que estava deixando Christopher mais irritado do que já estava, odiava mulheres frescas e, sua secretária estava parecendo uma.

— Acho que eu devo uma explicação, Christopher. — botou as mãos na cintura olhando sério para ele.

— Em primeiro: você não é nada minha e eu não te devo satisfações de nada. — apontou o dedo na cara dela. — Em segundo: eu não sei. — passou as mãos pelos cabeços exasperados. — Aquela lá minha ex-esposa e você não tem nada que ver com essa situação, então peço desculpas por ela e não se toca mais nesse assunto. — disse rude.

A loira apenas assentiu, magoada. Desde que entrara na empresa havia apaixonado-se perdidamente por seu patrão e embora não tivesse conseguido nada com ele ainda, sabia que um dia o teria e faria com que ele fosse o homem mais feliz do mundo coisa que pelo jeito a outra nunca soube fazer. E Christopher nunca havia falado com ela daquele jeito e claro ela estava chateada.

— Olhe… — falou mais calmo, vendo que a secretária estava quase chorando. — Tire o dia de folga hoje, ok? — ela assentiu.

E Christopher saiu do restaurante trotando a passos largos, sem nem sequer pagar a conta. Sua vontade era ir até a casa de Dulce e matá-la, estava muito irritado com a ruiva. Mas, resolveu ir para sua casa e não fazer mais confusão, queria colocar seus pensamentos em ordem e ao mesmo tempo permitir-se deprimir um pouco. Aquela Dulce meiga e carinhosa que um dia ele havia apaixonado-se não existia mais, claramente, e dava espaço para uma Dulce neurótica e totalmente desequilibrada. Suspirou.

Luane ficou em choque que Christopher foi embora sem nem lhe dar um simples tchau.

— Idiota. — grunhiu socando a mesa.

— Senhorita, nós sentimos muito… — começou uma garçonete.

Luane ignorou-a.

— Como forma de nos redimir a conta fica por cortesia da casa… — falou simpática. Não tinha gostado da loira, mas esse era seu trabalho, fazer com que seus clientes fossem bem atendidos.

— Mas é claro que eu não pagaria! — pegou sua bolsa. — E, com certeza, não coloco mais meus pés aqui nessa espelunca. — saiu como foguete até a porta rebolando.

A garçonete apenas rolou os olhos. Tinha clientes que, as vezes, sua maior vontade era simplesmente enxotá-los a ponta pé até a rua.

Maite e Luís apenas olharam toda a cena de boca aberta.

— Uau. — Luís pronunciou-se. — Sua amiga é meio louca. — coçou a nuca.

— Ah, meu amor, você não viu nada. — riu achando que a amiga até que tinha feito bom. Christopher era um idiota.

— É. — disse distraído, pensando que talvez Maite também fosse assim. Esperava que não.

O casal terminou de almoçar e após Luís foi trabalhar e Maite para a casa de Anahí, contaria todo o ocorrido para a loira que precisava saber disso. A Dulce ela pensou que talvez fosse melhor não visitar agora e sim esperar ela se acalmar um pouco. E assim o fez.