Fanfic: Menina perigosa(Adaptada) Mayte & Christian TERMINADA | Tema: Chaverroni romance
Quando se separaram, não se preocupou em ocultar os seios expostos. Ao contrário, olhou-o com um olhar desafiador e com orgulho. Pollito estendeu a mão e tocou-lhe o ombro, como que resistindo ao desafio.
— Não, Mayte — ele disse, a voz grave e vacilante.
— Por que não? Replicou, baixando o rosto.
Com a respiração difícil, Pollito recuou e pôs-se de pé.
— Mayte, o que devo fazer com você, responda? Quem pensa que sou?
— Acho que você é um homem... e eu, uma mulher — respondeu com a voz suave e baixa. — Você me quer, assim como eu te quero.
— Querer, querer! O que sabe sobre querer? Quantos homens você quis?
— Um só: você.
— Você enlouqueceu! Não sabe nada sobre o relacionamento entre um homem e uma mulher!
— Sei o que acontece!
— Claro, andou lendo umas revistas sobre sexo.. Mayte, por Deus, você imagina o que seja ser amada por um homem! No entanto, fala como se fosse a mulher mais experiente do mundo! Só que não é! É uma adolescente, uma adolescente maluquinha que não sabe o básico sobre sexo entre homem e mulher!
— Você sabe, Pollito.
— E não me fale desse jeito.
— Preferiria que eu fosse mais experiente?
— Não confunda as coisas, Mayte! Exclamou, passando as mãos tremulas pelo cabelo. — Não quero você experiente ou inexperiente! Escute: sou responsável por você, e isso é tudo o que há entre nós.
— Não acredito nisso!
— Falo o que penso e sinto! Nós nos conhecemos há muitos anos.
Somos... intimamente ligados, mas jamais me passou pela cabeça tê-la dessa forma.
Mayte puxou o lençol e cobriu o peito.
— Quando... quando me beijou... começou, mas foi interrompida por Pollito.
— Sinto muito. Fui grosseiro e me desculpo. Não era para acontecer. Não ia acontecer, se eu não me sentisse culpado.
— Mas então por que ainda está aqui comigo? Por que ainda não foi para Manchester, Montevidéu, ou sei lá eu para onde está indo? Já não conquistou essa sua pequena vitória? Vá embora e me deixe sozinha.
— Mayte, por favor.
— Vá embora! Gritou, virando-se e escondendo o rosto no travesseiro.
Pollito saiu do quarto contrariado e bateu a porta com violência.
Assim que o Mercedes desapareceu na estrada, Mayte começou a se arrepender de ter expulsado Pollito do quarto daquela maneira. Passou o resto do dia preocupada a ponto de até mesmo se torturar imaginando possibilidades absurdas como a de o avião sofrer uma pane e provocar um terrível desastre. Na manhã do dia seguinte, porém, foi se acalmando voltando a realidade.
Mas sentia profundamente a ausência dele. Sem Pollito a casa parecia outra. Mesmo as provocações de Ângela não conseguiam abatê-la. Era como se estivesse vazia, insensível às emoções. Os dias transcorriam com lentidão, ainda mais monótonos com o tempo instável, chuvoso.
Nos dias ensolarados e quentes, as duas mulheres ficavam fora de casa grande parte do tempo, nadando na piscina ou tomando banho de sol.
Sempre com um livro na mão, Mayte fazia o possível para evitar o combate com Ângela embora, às vezes, fosse obrigada a obedecer algumas ordens que esta se achava no direito de dar.
Na quinta-feira o céu se carregou de nuvens de chuva e uma tempestade forçou-as a ficarem em casa. Ângela não se cansava de vigiar os passos de Mayte, pedindo-lhe que a informasse sobre tudo o que fazia ou pensava fazer.
Mayte foi se aborrecendo.
Na manhã de sexta-feira, acordou decidida a mudar a rotina. Em vez de esperar a Sra. Gittens acordá-la, levantou-se às sete horas em ponto vestiu um casaco de couro sobre a camiseta, desceu correndo os degraus da escada e saiu pela cozinha.
Satisfeita por sair sem ser vista, levou a moto até o meio do pátio e ligou o motor. Estava com sorte. Nem Miles, que costumava chegar àquela hora, se achava ali.
Sabendo que o rapaz costumava pegar a estrada particular para chegar a casa, achou melhor ir pelo prado, embora este ainda estivesse lamacento devido às chuvas recentes. Suas pernas em pouco tempo ficaram imundas, mas não importava. Pela primeira vez, desde a partida de Pollito, sentia-se revigorada.
Depois de passar pelo bosque vizinho, tomou a estrada de Starforth, logo parou para examinar se aquele percurso difícil havia causado estragos na moto. Tanto quanto era capaz de perceber, nada havia de errado além da lama, que, depois, seria fácil de limpar. Seu jeans, completamente encardido, na certa lhe daria
mais trabalho.
O tráfego intenso da manhã tornava perigosa a estrada principal. Após percorrer alguns quilômetros, Mayte pegou um desvio e continuou por uma estrada de terra, alguns quilômetros antes da aldeia. Pelo menos ela agora estava livre do incômodo barulho dos motores de automóveis e dos caminhões.
Continuando, atingiu outra aldeia chamada Shipwell e resolveu encostar a moto para ler a placa de orientação.
Evidentemente, a partir daquele ponto podia andar e pegar a estrada para Bishopston, que se situava a alguns quilômetros de Matlock Edge, na direção oposta; com isso completaria um circuito, parecia bastante completo pela área, sem se afastar demasiado das terras de Pollito.
Estava a mais ou menos no meio do caminho que conduzia a Bishopston, quando o motor da motocicleta começou a falhar, ameaçou parar e, instantes depois, finalmente pifou. Apesar de todos os seus esforços, não conseguiu fazêlo funcionar de novo. Derrotada, passeou o olhar pelo vazio que a rodeava.
Como era vulnerável! Pensou. Estava longe de tudo e só um milagre poria alguém em seu caminho para ajudá-la.
Suspirou fundo, tentando se acalmar. Precisava de cabeça fria para estudar a situação. Estava a uns quinze quilômetros de Bishopston e, era provável, a igual número de quilômetros de Shipwell. A opção que menos lhe
pareceu vantajosa foi a de voltar. Talvez a distância até Bishopston fosse menor que a de Shipwell. Além disso, havia a possibilidade de encontrar um posto de gasolina ou uma oficina mecânica; pronto, na pior das hipóteses, um telefone que poderia usar para comunicar-se com a Sra. Gittens. Imaginava o desespero da governanta, que àquela altura já tomara pela sua falta. Agora que empurrava a motocicleta, surpreendeu-se com seu peso. Na verdade, disse para si mesma, o erro fora sair da estrada principal. Se tivesse continuado nela, não desfrutaria da solidão, mas contaria com centenas de motoristas dispostos a ajudá-la!
Depois de andar meia hora, pernas e braços começavam a doer e ela encharcava-se de suor. De súbito, escutou o ruído de um motor. Virou-se para trás e encostou a moto ao avistar um Land Rover. O veículo diminuiu a velocidade à medida que se aproximava e Mayte preparou-se para ouvir os gracejos do motorista.
Lembrando-se dos conselhos insistentes de Pollito, não teria coragem de aceitar carona de um desconhecido.
Instintivamente agarrou-se à moto quando o jipe parou.
— Quer ajuda?
O sotaque não era de quem morava em West Yorkshire. Mayte apurou a visão e distinguiu o rosto preocupado de um rapaz de cerca de vinte anos de idade.
— Oh, não — disse com firmeza, mas sorrindo — eu me viro, obrigada.
— Acabou a gasolina? Perguntou ele, saltando do veículo. Essas motos andam muitos quilômetros com um litro de gasolina, mas de vez em quando o tanque precisa ser enchido — brincou.
— Não sei... Nem me lembrei de verificar o tanque.
Inclinou-se e destampou o tanque, constatando com desgosto que estava vazio. Droga! Pensou. Miles esquecera-se de enchê-lo!
— É, está vazio — comentou o rapaz, e fitou-a com curiosidade. Vai ter que empurrar muito tempo — observou.
O posto mais próximo fica em Bishopston.
— Obrigada pela informação — disse, mordendo o lábio.
— De nada. — Abriu a porta do Land Rover. — Hã... posso colocar a moto aqui dentro e levá-la até lá, se quiser. Mas se, como diz — consegue se virar sozinha, não sei como ajudá-la.
Mayte hesitava, olhando para a moto com um ar de desânimo.
— E então?
O rapaz estava parado à porta, aguardando sua decisão. Mayte olhou indecisa. Bom, disse para si mesma, ele é simpático, bonito até. Cabelos e olhos castanhos, pele morena... Não tem cara de bandido. Mas, enfim, como é que poderia, saber?
— Prometo que não vou raptá-la — disse ele inesperadamente, como se tivesse lido os pensamentos de Mayte.
Ela corou.
— Hei! Sou tão transparente assim?
— Está na cara que alguém lhe disse para nunca aceitar carona de estranhos — comentou. — Até concordo.
Mas eu não sou um homem completamente estranho... As terras do seu tio fazem fronteira com as do meu pai.
— As terras do meu tio? Você me conhece?
— Assim, chutando, eu diria que você se chama Mayte Perroni. — O rapaz sorriu. — Acertei?
— Em cheio. Mas... Interrompeu-se para refletir um segundo. — Quem é você?
— Nigel Fox.
Os olhos de Mayte abriram-se de espanto.
— É o filho de sir Malcolm Fox?
— O próprio. Então, você aceita uma carona? Ou ainda tem dúvidas?
Mayte vacilou. O nome dele, no fundo, nada lhe dizia. Naturalmente, Pollito conhecia a família Fox. Eram membros do mesmo clube de golfe, contribuíam para as mesmas instituições de caridade e tinham os mesmo
interesses no campo dos negócios. Pollito, porém, nunca mencionara o filho do Sr. Fox.— Quer ver minha carteira de motorista?
Nigel Fox fitava-a com um ar divertido e Mayte rapidamente se decidiu.
— Aceito a sua carona. Obrigada.
— Tudo bem. — Nigel sorriu. — Entre que eu vou pegar a sua moto. Ainda bem que não é das grandalhonas...
Essas máquinas pesam uma tonelada!
Mayte riu. Nigel suspendeu a moto, colocou-a no jipe e retomou a direção.
— Pronto — disse. — Aonde quer ir? Para Carron, para o posto de Bishopston ou para sua casa?
— Carron é a sua casa, não é?
— Exato. Talvez gostasse de comer alguma coisa antes de voltar.
— Isso é uma gentileza sua, mas...
— ...mas prefere ir direto para casa?
— Não, prefiro ir para o posto — confessou Mayte com certa tristeza.
— Se me levar para casa, será o fim.
— Bom, isso vai ter que acontecer, cedo ou tarde — o rapaz disse ligando o motor. — Quer dizer, são nove horas agora e aposto que você saiu antes de o seu tio se levantar.
— Pollito não está em casa. Foi para a América do Sul. Estamos sozinhas, eu, a Sra. Gittens e Ângela.
— Ângela?
— Ângela Patterson. Ela... vai morar conosco por uns tempos.
— E quem é ela?
— Amiga de Pollito.
— Pollito? Perguntou Nigel, franzindo a testa. — É assim que chama seu tio?
— Ele não é meu... — Mayte desistiu de dar a explicação. — Chavez — completou, olhando pela janela. Tudo isso aqui é de vocês? Vocês mesmos cuidam das plantações?
— Um pouco — disse Nigel. — Estudo agricultura e aprendo métodos modernos de plantação, mas grande parte das terras foi vendida para compensar as taxas. Ainda existem algumas famílias antigas que trabalham para nós. Na época de meu avô a propriedade era bem maior e mais produtiva.
— Imagino quanto isso o chateou.
— Nem tanto — retrucou ele, dando de ombros. — Para que terra? Prefiro ter menos responsabilidade e mais tempo para fazer o gosto.
— O que gosta de fazer? Mayte se interessou.
— Bom, eu gosto de liberdade. E você, o que faz?
— Quase nada... Se Pollito... não fosse inflexível...
— Você esta estudando? Quantos anos tem?
— Vou fazer dezoito. — Mayte procurou manter-se na defensiva. Pollito, acha a educação escolar importante.
O problema é que eu não sabia o que estava fazendo naquela escola. E para que estava estudando afinal?
Nunca trabalhei!
Ele balançou a cabeça.
— Não tem namorado à vista?
— Não. — Fez uma longa pausa. — Você é casado?
— Quem é que ia me querer como marido? Brincou.
— Como uma amiga minha costuma dizer, você está querendo elogios. Só o título de seu pai devia chamar a atenção de muitas garotas.
— O título é de papai, mas e eu?
Mayte riu.
— Ah, você entendeu. Tem muita garota por aí louca pra ser chamada de lady.
— E você?
— Eu? Mayte gaguejou. — Não, eu não. Não me vejo como lady.
— Combinaria bem com você — afirmou delicadamente. — Bom, estamos em Bishopston. Tem certeza de que não quer que a leve para casa?
— Oh, não... quer dizer, tenho certeza, sim. — Sentiu-se confortada ao avistar o posto de gasolina. — Foi ótimo Sr. Fox. Estou agradecida.
Nigel parou o veículo em frente ao posto, que ficava do outro lado da rua.
— Que negócio é esse de Sr. Fox? Nigel... meu nome é Nigel para você.
— Tudo bem, Nigel — disse, apertando-lhe o braço espontaneamente antes de descer. — Espero não ter sujado muito o seu carro.
— Ele é para isso mesmo – Nigel explicou, descendo para retirar a moto.
— Eu levo a máquina até lá.
O rapaz do posto conhecia Nigel e correu para atendê-los.
— Ted, serviço por nossa conta, certo? Disse Nigel.
— Não, Nigel, por minha conta — protestou Mayte.
— Não insista, por favor. É um prazer.
Mayte compreendeu que seria indelicadeza recusar a oferta.
— Você é um bom samaritano — comentou.
O rapaz encheu o tanque rapidamente e Mayte, depois de colocar o capacete, montou na moto.
— Como vou agradecer? Perguntou.
— Jantando comigo amanhã à noite — sugeriu Nigel com simplicidade. — Posso buscá-la amanhã às sete e meia. Jantaremos no Reli, em Starforth. Aceita o convite?
— Não sei...
— Apresente-me ao seu tio. Garanto que o convencerei das minhas boas intenções.
— Pollito ainda não estará em casa amanhã — argumentou. — Olha, Nigel, não sei o que responder.
— Sabe, não é o seu tio que estou convidando. Mayte, você não é mais criança e deve ter aprendido a resolver as coisas sozinhas. É simples: responda “sim” ou “não” e pronto.
Ela suspirou.
-Certo, por que não?
— Maravilha! Sete e meia então. Até amanhã.
— Até amanhã — continuou, sentindo por dentro uma onda de excitação.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Pela primeira vez tomara uma decisão sozinha; pela primeira vez marcara um encontro sem prévia autorização de Pollito. Era deliciosa a sensação de independência que começava a experimentar. Quando voltou a Matlock Edge eram quase dez horas. Como esperava, a Sra. Gittens estava aflita. — Onde esteve ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 9
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
andy_limaah Postado em 18/07/2016 - 09:52:08
Ficou igual a outra fic, ela é uma adolescente imatura que conhece uma cara mais velho. Ele finge odiar ela, mas o final é que eles se amam. Mas ficou ótima😉😉😍😍
-
vondy4everponny Postado em 19/09/2014 - 01:03:14
AAAAAH, que lindos,eles se casaram *-* Pensei que o Pollis ia dar a louca e fazer mais uma besteira mas ele foi atras dela ... Tava na cara que ele estava era com medo do que o povo pensaria deles, ainda bem que deu certo. Mais uma fic linda sua mana Jess, parabens >< Amei amei amei! <3
-
vondy4everponny Postado em 17/09/2014 - 01:19:39
EITA que agora o Chris não se segura KKKKK Mas mesmo assim, acho que a Maite está sendo muito fraca, ele mesmo falou 'vou magoa-la' e vai mesmo, to sentindo isso :/ Argh, esse Nigel é um nojo, affe, e ja cansei dessa garota de programa que é a Patterson, ja pode mandar matarem ela Jess kkkkkkkkkk Beijos
-
vondy4everponny Postado em 15/09/2014 - 00:38:42
Já quero Christian morrendo de ciumes da Mai com esse Nigel u.u
-
vondy4everponny Postado em 13/09/2014 - 17:59:10
Na boa, onde está o orgulho da Maite? Eu sei que ele é o amor da life dela e tudo mais, mas ela tem que parar de beija-lo quando dar na telha, isso só enfurece ele depois [tipo quando ela apanhou, é maldade mas eu ri kkkkkkkk] Porém esse ultimo beijo ai eim...vamos ver no que dá! kkkkk AH, morte a Patterson!u.u
-
chaverroni_eternamente Postado em 13/09/2014 - 07:51:53
To amando sua fanfic cont
-
vondy4everponny Postado em 12/09/2014 - 23:23:57
Amei essa Marion >< Ela sim deveria ajudar a Maite, não essa Angela Nogenta! AFF! Ela me dá nauseas, tudo isso porque quer conquistar o Pollito por interesse, apenas! Espero que os chaverronis se deem melhor agora, posta maaais mana Jess
-
vondy4everponny Postado em 11/09/2014 - 22:54:18
Chegueeeei Jess o/ Mana, tu tem que parar com essas adaptações amiga, sério, to virando sua fã HAHA! Nem me avisou dessa fic bandida do c***! Amando essa Maite sem noção e desinibida *-* Beijos Jess!
-
carpe.diem Postado em 10/09/2014 - 01:05:37
Primeira a comentar!!! Sou especial u.u -- kk - uma fic chaverroni \o/ que divooos *----* Já adorei a Maite pela sinopse :) suas fics são demais!!! agora eu vou lá fuçar no ser perfil pra ver se tem mais =) Adioooos!! Posta o primeiro cap!!!