Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
Saí do banheiro, apaguei a luz e fui pra cama, onde ele me esperava. Estava deitado de lado, de frente para a janela, de uma maneira que não podia ver seu rosto.Deitei de lado, ficando bem atrás dele, abracei-o com um braço, grudando meu peito em suas costas, enquanto minha outra mão acariciava suavemente seus cabelos.
Não sei quanto tempo ficamos assim, até que, ao passar minha mão em seu rosto, ela ficou molhada, ele estava chorando silenciosamente. Meu coração se partiu ao vê-lo assim, abracei-o com mais firmeza e então o ouvi respirar pesadamente; começou a soluçar baixinho, tremendo ligeiramente.
— Chora meu amor — disse, com doçura. — Não guarde essa dor dentro de você.
E, com aquelas palavras, as comportas se abriram, ele se virou de frente para mim e vi seu rosto transfigurado pela dor, agora chorando abertamente. Ele se agarrou em mim, enfiando seu rosto no meu colo, e chorou pesadamente. Seu corpo inteiro tremia, sacudido pelos soluços cada vez mais altos.
— Ah, meu querido! — disse enquanto o abraçava, tentando consolá-lo.
Naquele momento, senti que Alfonso voltava a ser menino, aquele homem enorme, agora frágil pela dor, me abraçava em busca de apoio e compreensão. Então, me lembrei da única vez, além desse momento, que Poncho tinha chorado assim.
Foi quando nossa cachorrinha Poppy morreu atropelada, ele tinha cerca de onze anos e eu estava com nove. Lembro que depois de enterrá-la no quintal, ele sumiu; procurei-o pela casa toda e, depois de muito tempo, encontrei-o no sótão, sentado no chão, com a cabeça nos joelhos, chorando forte. Lembro que ele ergueu o rosto ao ouvir meus passos, surpreso de me ver ali, os olhos muito vermelhos e a face coberta de lágrimas.
— Você vai contar que me viu chorando? — perguntou, com dificuldade.
— Nunca! — prometi, me aproximando e sentando a seu lado, cruzando as pernas.
Ele olhou pra mim, desamparado como agora, e me surpreendeu ao deitar a cabeça na minha coxa, me abraçando pela cintura, chorando mais ainda, comecei a acariciar seus cabelos, assim como fazia agora, deixando-o desabafar sua tristeza. Então, a compreensão me atingiu.
Claro que o Poncho não estava arrependido de nossa decisão, eu confiava totalmente nele e na veracidade de seus sentimentos, afinal ele já tinha me dado provas mais que suficientes do que sentia por mim. Assim como ele tinha um dia chorado pela perda de um ser querido, agora ele chorava novamente por outra perda, a perda de um pai.
Poncho era o único filho homem numa família cheia de mulheres, papai sempre foi sua referência de masculinidade, seu confidente para assuntos que mamãe não tinha como entender ou aconselhar, parceiro de várias atividades esportivas, eles compartilhavam de muitos gostos, o que até aquele momento tinha tornado o relacionamento dos dois amoroso e sincero.
Além disso, depois de mim, papai sempre foi o maior incentivador da carreira do Alfonso, foi ideia dele colocá-lo para fazer teatro, percebendo logo seu inegável talento. Eu entendia agora seu lamento e, mais uma vez, me perguntava como papai tinha tido coragem de ir tão longe, rompendo de forma absoluta uma ligação que sempre foi natural e sólida.
Meu coração não queria acreditar que aquela situação fosse permanente, ainda tinha esperança que talvez no futuro isso se resolvesse. Ficamos juntos assim por um longo tempo, até que ele se acalmou e o choro cessou. Eu continuava a passar minhas mãos por seus cabelos, por suas costas, até que no silêncio que se seguiu, o ouvi ressonando tranquilo em meu peito.
— Durma, meu amor — disse, beijando o topo de sua cabeça.
Fechei os olhos, desejando ardentemente que, quando a manhã chegasse, trouxesse o alívio que necessitávamos. Acordei e tentei me mexer, mas estava completamente presa entre tantos braços e pernas, que não parecia que estava dormindo com uma pessoa, mas com dez.
Poncho, com aquele tamanho, ocupava praticamente toda a minha cama de solteiro, e agora me encontrava presa na armadilha formada por seus membros compridos. Mas não estava reclamando, sorri ao pensar que nunca mais precisaríamos dormir separados, mas talvez fosse uma boa ideia pensar em trocar nossa cama por uma de casal.
Olhei seu rosto, ele estava tranquilo, os olhos um pouco inchados, a boca ligeiramente aberta e a respiração serena. Fiquei um bom tempo só contemplando-o; poderia ficar assim por horas, sem cansar, eu me sentia uma mariposa diante da luz, voando incansavelmente ao redor de uma chama, terrivelmente atraída mesmo diante do fogo e do perigo, totalmente hipnotizada por essa beleza irresistível.
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Não resisti e aproximei meus lábios dos dele. Primeiro toquei seu nariz com o meu, sentindo seu cheiro, que era uma mistura de colônia e do aroma da sua própria pele. Aspirei profundamente satisfeita, querendo preencher meus pulmões com o máximo que eu pudesse dele. Olhei sua boca mais uma vez antes de tocá-la, rosada e t&atild ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 887
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Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11
Que saudade
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Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45
— Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk
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blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02
My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii
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layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40
COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!
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valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46
QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito
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valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35
:'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(
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Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18
Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.
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edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57
AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3
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nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06
Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn
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franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13
************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*