Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
Seria tão fácil girar ligeiramente meu rosto e colar minha boca na dela, todo o meu corpo implorava por aquilo, porém, num esforço sobre-humano, me contive, beijando-a castamente da mesma forma que ela tinha feito, e afastei-me enquanto tinha forças.
— Como está se sentindo? — perguntei, ficando ao seu lado.
— Ainda um pouco confusa — disse, colocando a mão na testa. — Quando tento me esforçar para lembrar alguma coisa, minha cabeça começa a doer.
— Não force tanto — falei, preocupado. — Aos poucos tudo vai se esclarecendo.
— Foi o que o médico me disse, para ficar tranquila, que com o tempo vai melhorar — disse serena, e ficamos assim, lado a lado, sorrindo um para o outro. — Queria poder me lembrar de você — ela disse, chateada.
Ouvir aquilo era como sentir uma faca entrando pelas costelas, se ao menos soubesse o quanto também queria que ela lembrasse!
— Tudo a seu tempo — consegui dizer.
Ela bocejou, sonolenta, e imaginei que deveria estar cansada pelo esforço emocional daquela manhã.
— Acho melhor deixá-la descansar.
— Não! Acho que já dormi demais por esses dias — ela respondeu, sorrindo.
— Alfonso está certo, meu bem — mamãe falou. — Acho que por hoje você já se esforçou o bastante, agora talvez seja melhor dormir mais um pouco.
— Isso mesmo — confirmou papai. — Alfonso, fique aqui mais um pouco com ela, enquanto sua mãe e eu vamos lanchar.
Antes de sair, papai me piscou o olho discretamente. Então, de repente, vimo-nos a sós, puxei uma cadeira alta e me sentei a seu lado. Ela sorria timidamente pra mim, baixando os olhos como se estivesse um pouco envergonhada, só não conseguia imaginar o motivo.
— Posso fazer uma pergunta? — perguntou, acanhada.
— Claro! — respondi.
— Nos damos bem?
Olhei nos seus olhos. “Você não imagina o quanto”, pensei, porém perguntei:
— O que você acha?
— Não sei com certeza, mas acho que sim.
— O que a faz pensar assim? — Ela refletiu por um momento, me analisando, e a vi corar violentamente em seguida.
— Não sei — foi tudo que disse, e reparei que me olhava visivelmente embaraçada.
Achei aquele comportamento ao mesmo tempo estranho e familiar.
— Mas você não me respondeu, nos damos bem? — ela insistiu.
— Sim, suponho que possa ser dito algo assim — respondi, sorrindo.
Aos poucos, observei que seus olhos ficavam pesados, e ela os piscava várias vezes, lutando contra o sono.
— Por que não relaxa e procura dormir? — sugeri.
— Tenho medo.
— De quê? — perguntei, surpreso.
— De voltar a dormir — murmurou, olhando para suas mãos.
— Por que tem medo de dormir?
— Tenho medo de voltar a dormir, acordar e novamente não ser mais eu mesma. — Ela mordia os lábios, nervosa. — Tenho medo de continuar esquecendo as coisas, as pessoas, os acontecimentos, não quero perder mais nenhuma lembrança. Por exemplo, não quero esquecer que você esteve aqui comigo. — E olhou-me, desamparada.
Ver seu rosto triste e suplicante foi irresistível. Estiquei o braço e toquei sua face levemente com a ponta dos dedos, numa carícia suave e ingênua, e vi seus olhos se arregalarem surpresos e em seguida relaxarem, quando parei minha mão em seu queixo.
— Não tema — disse, fitando seu rosto. — Vou ficar aqui até você adormecer e prometo que a partir de hoje você não esquece mais nada.
— Promete mesmo?
— Palavra de honra — garanti.
Ela pegou minha mão, que estava em seu queixo, e a levou aos lábios, beijando-a docemente. Senti um arrepio correr por todo o meu braço e meu coração acelerar no peito.
— O que aconteceu com suas mãos? — ela perguntou, olhando curiosa meus dedos com os curativos.
— Eu caí — respondi, procurando disfarçar.
— Segura minha mão até eu dormir? — pediu, entrelaçando nossos dedos.
— Claro! — respondi, feliz.
Em seguida, observei seu rosto relaxar e seus olhos se fecharem devagar. Quando ela estava quase dormindo, perguntou, subitamente:
— Você tem namorada?
Quase morri ao ouvir aquela pergunta, o que estava passando pela cabeça dela para perguntar aquilo? E pior, o que iria responder? “Não, sou casado com você!”, queria gritar, porém pensei rápido e soltei:
— Não, não tenho. Por quê? — Ela suspirou de olhos fechados, já quase inconsciente.
— Curiosidade — sussurrou. — Imagino que minhas amigas devam me perturbar por sua causa.
— Por qual motivo? — perguntei surpreso, e ela corou mais uma vez e sorriu levemente.
Mesmo estando semiadormecida, disse algo tão baixo que não consegui entender.
— O quê? — perguntei, aproximando meu ouvido de seus lábios.
Autor(a):
Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Você é bonito — murmurou, e adormeceu em seguida. Pisquei os olhos diversas vezes, ainda sem acreditar no que tinha ouvido, e senti um calor gostoso se espalhar por meu peito, aquecendo um coração gelado pela dor. Pela primeira vez naquele dia, sorri sentindo-me quase feliz, pois somente quem já sentiu a felicidade plena, com ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 887
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11
Que saudade
-
Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45
— Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk
-
blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02
My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii
-
layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40
COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!
-
valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46
QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito
-
valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35
:'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(
-
Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18
Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.
-
edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57
AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3
-
nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06
Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn
-
franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13
************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*