Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
Outra coisa me chamou a atenção. Um apito baixinho. Reparei que o som vinha do computador. Provavelmente havia esquecido ligado. Fui até a mesa e mexi no mouse. Surgiu o nosso famoso papel de parede, engoli seco e disse a mim mesma:
— Acostume-se com a dor, aprenda a conviver com isso.
O apito baixinho era do correio eletrônico, avisando que tinha recebido mensagens novas. Mas não queria saber disso agora. Distraidamente, marquei todas e, já ia clicar para deletar tudo, quando meus olhos bateram no título de um deles que dizia: "Para a mulher da minha vida". Olhei o endereço do remetente. Era dele. Estremeci. Primeiro, de surpresa; depois, de raiva. Completamente irada com a sua ousadia, cliquei em deletar sem titubear. Desliguei o monitor e saí do quarto pisando duro.
Fui para o banheiro, tirei a roupa de forma apressada e entrei no chuveiro quente. Minha cabeça ardia de raiva, principalmente por perceber outra emoção aflorando pelas beiradas. Procurei, com todas as forças me controlar, mas o sentimento me dominava e tinha me tomado completamente. Saí correndo do chuveiro. Enrolei-me na toalha e fui pingando de volta pro quarto.
Tinha tanta saudade dele, mas tanta, que parecia que meu peito ia arrebentar. Eu não sabia qual sentimento era mais poderoso naquele instante, saudade ou raiva. Mas foi num meio termo entre esses dois, que guiei minha mão. Entrei na lixeira da minha caixa postal e recuperei rapidamente aquela mensagem.
Meu primeiro e único amor.
Sinto sua falta crescer a cada dia e lembrei que você me ensinou uma palavra em Português que não existe em nenhuma outra língua. Por várias vezes você tentou me explicar o seu significado, mas só hoje consigo compreender perfeitamente o que é SAUDADE.
Que idioma maravilhoso por criar uma palavra que consegue expressar a tristeza e alegria que sentimos pela falta de quem amamos. Sim, pois saudade é isso, não é? A tristeza pela ausência e a alegria que nos traz à lembrança.
Espero, de todo coração, que leia este e-mail e entenda o significado.
Viajarei amanhã para a casa do vovô Harrison, onde passarei o Natal. Ficaria imensamente aliviado se pudesse me responder antes de partir.
Coloquei um anexo que espero completar tudo o que sinto.
Sempre seu,
Alfonso
Eu estava com a visão completamente embaçada pelas lágrimas teimosas que escorriam, não sabia nem se conseguiria ver o anexo. Foi com surpresa que ouvi uma música tocar ao abri-lo.
Senti a saudade me invadir com força total, aquela música tão linda e romântica me atingia de forma poderosa. Era como se ele estivesse ali ao meu lado, cantando ao meu ouvido aquela letra que falava de amor, arrependimento e perdão.
Ao final, não sabia mais o que pensar, não conseguia entender como um homem que demonstrava aquele nível de sensibilidade podia ter feito o que fez. Estava tão confusa e perdida, precisava refletir e ponderar. Não podia decidir nada agora.
Ele tinha me pedido uma resposta. Fiquei confusa. Realmente não sabia o que escrever. E o que você faz quando se encontra assim sem palavras? Como um pequeno milagre, me veio à mente uma pequena prece que aprendi quando criança, e foi aquilo que digitei. No momento, era tudo o que podia oferecer.
Que as gotas da chuva molhem suavemente o seu rosto,
Que o vento suave refresque o seu espírito,
Que o sol ilumine o seu coração,
Que as tarefas do dia não sejam um peso em seus ombros, E que Deus envolva você no manto do Seu amor.
Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente em suas costas,
Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
Que a chuva caia de mansinho em seus campos.
E até que nos encontremos de novo,
Que Deus guarde você na palma de Sua mão.
Faça uma boa viagem e aguarde.
Anahi
Não parou de nevar nem por um minuto durante toda a viagem. O frio era de congelar. E apesar de estar muito bem agasalhado, não era uma viagem confortável para ser feita de moto. A visibilidade era péssima. Tinha que manter a velocidade baixa e quanto mais seguia para o interior, pior ficava. Resultado, a viagem se tornava mais longa que o normal.
Enquanto guiava, tive muito tempo para pensar sobre a minha vida. Se é que isso podia se chamar de vida — já que estava sem minha razão de existir, minha doce Anahi , não cansava de me lembrar do e-mail que ela havia me respondido. Tudo o que ela era, tudo o que representava pra mim, estava resumido ali. Sua personalidade cativante, sua generosidade, sua bondade. Na despedida aparentemente distante, pude perceber uma fagulha de preocupação e carinho, fagulha que aqueceu meu coração e me fez respirar um pouco mais aliviado. Aquela oração foi algo que trouxe, além da sensação de tranquilidade, doces recordações. Lembrava perfeitamente da nossa avó irlandesa Jô, recitando aquela prece sempre que nos despedíamos. Fazia muito tempo que havia ouvido aquilo pela última vez.
Foi com esse estado de espírito que segui pra casa do meu avô. Era mais que isso, era um sítio onde meu avô criava cavalos de raça. Há muito não fazia aquele trajeto, mas me lembrava muito bem como chegar lá. Afinal, por muitos verões quentes e ensolarados de minha infância era aonde íamos juntos, em família.
John Harrison, esse é o nome de meu avô. Para nós, seus netos, ele é o vovô John. Para quase todo o restante da família, vovô Harrison. Ele foi oficial da cavalaria e, depois que se aposentou, comprou o sítio e resolveu se dedicar à sua segunda grande paixão: criar cavalos de raça. Era do conhecimento de todos que a primeira grande paixão da sua vida foi e sempre seria minha avó Josephine. Uma mulher de aparência frágil, que havia demonstrado uma personalidade alegre, firme e marcante ao cuidar do marido, da casa e dos três filhos homens, além de ser uma cozinheira notável. Só de me lembrar do sabor dos seus bolos, minha boca já se enche de água.
Quando minha avó faleceu, cerca de dois anos atrás, sua perda foi muito sentida por toda família. Ela era aquele tipo de avó que nos fazia sentir imediatamente a vontade. Tinha uma risada fácil e espontânea, naturalmente muito brincalhona, o que contrastava bastante com a personalidade mais retraída e formal do meu avô. Acredito que esse era um dos seus encantos que cativava mais rapidamente e que havia fisgado o coração do John Harrison, quando ainda era um jovem soldado de 19 anos e conhecera aquela jovem ruiva e sardenta num baile — pelo menos foi isso que tinham nos contado.
Meu avô era um bom homem, extremamente responsável e metódico, como todo militar. Apesar da pose sisuda e controlada, não era agressivo ou injusto, muito pelo contrário, tinha uma estranha calma quando falava — algo que, dependendo da situação, podia ser tranquilizador ou extremamente assustador.
Sorri ao lembrar uma ocasião em que a cadência tranquila de seu linguajar havia sido muito útil. No primeiro Natal da Anahi conosco a casa estava cheia de parentes. Adultos conversavam animados, crianças corriam por todo lado e a cada momento mais gente chegava, todos muito curiosos para conhecer o mais novo membro da família. Tanta expectativa tinha deixado a Anahi assustada. E ela se recusava sair do quarto. Ninguém sabia mais o que fazer para convencê-la. Foi quando vencendo toda insegurança me ofereci para conversar com ela, mesmo ouvindo as risadas das minhas irmãs, afirmando que eu só iria conseguir assustá-la ainda mais, já que era sempre tão sério com a Anahi. Papai e mamãe acharam que não custava tentar.
E lá fui eu, tremendo na base ao encontro dela. Abri a porta do seu quarto bem devagar e a vi deitada na cama de costas pra mim. Reparei o seu cabelo maravilhoso no travesseiro e tive vontade de me aproximar e tocá-lo. Adoraria passar meus dedos pelos seus cachos, mas consegui controlar o impulso. Continuei parado ali na porta e a chamei. Lembro de como sentou surpresa e virou me encarando, nunca vou esquecer seu rosto corado, os olhos cor de mel brilhando com as lágrimas e sua boca que tremia ligeiramente. Fiquei sem fala diante de tanta beleza, simplesmente, ela tirava o meu fôlego. Jamais tinha conhecido uma menina que me deixasse assim tão sem ação. Era só olhar pra ela e minha mente embaralhava toda. O vestido de veludo que usava, num tom quase vinho, realçava ainda mais a cor da sua pele. Respirei fundo tentando lembrar porque estava ali. Quando consegui organizar meus pensamentos, reparei que ela tinha me respondido e aguardava que eu continuasse a falar. Foi o que fiz.
Oi Oi Gente ! Voltei desculpem o sumiçao , mas estou sem tempo algum pra postar nas fics kkk , mas não se preocupem não abandonei :)
Angel_rebelde : Continuando linda . Bella mandou beijos pra você também :*
Vondy4everponny : Postando Tita ;)
blueorangee : Ah que linda kk fico feliz , também gosto muito de vc , alias de todas vcs <3
thaythayanne : Oi seja bem vinda linda , realmente a fic é linda kkk , postando *-*
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 887
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Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11
Que saudade
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Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45
— Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk
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blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02
My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii
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layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40
COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!
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valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46
QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito
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valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35
:'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(
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Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18
Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.
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edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57
AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3
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nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06
Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn
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franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13
************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*