Fanfics Brasil - Capitulo 148 / 2 ª Temporada Mais que Irmãos (Adaptada) AyA

Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 148 / 2 ª Temporada

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Parei a moto a uma curta distância da entrada. Retirei o capacete respirando o ar puro pela primeira vez. Aquilo era delicioso, tão diferente do ar cosmopolita de Londres. Olhei rapidamente ao redor e percebi que pouco tinha mudado desde a última vez que estive ali. Com a mochila nas costas, caminhei até a porta, um pouco nervoso, é verdade. Por mais que mamãe tivesse dito que o vovô me receberia normalmente, não deixava de me preocupar como seria recebido por ele.


Parei bem em frente à porta e depois de respirar profundamente, bati com firmeza. A porta se abriu e, então, lá estava ele, bem de frente pra mim, um dos poucos homens mais altos que eu, John Harrison. Tinha que levantar o rosto para encará-lo.


Magro, alto, cabelos brancos e lisos, ralos e bem curtos. Tinha o rosto fino e comprido, barba bem feita, olhos de um azul cinzento que já foram cheios de determinação, mas hoje pareciam reflexivos e levemente curiosos. Sério como sempre, mas sem ser antipático, cumprimentou-me.


— Olá, Poncho! — entoou. — Por favor, entre!


— Obrigado! — agradeci aliviado por fugir do vento gelado.


— Espero que tenha feito uma boa viagem. — disse formalmente.


— Tranquila, mas um pouco mais longa do que esperava.


— Sim. Nessa época do ano as estradas costumam estar quase intransitáveis. — concordou. — Agora tire o seu casaco e pendure-o ali, por favor.


Obedeci e depois fiquei sem saber o que fazer. Não me sentia muito à vontade.


— Espero que esteja com fome. — falou educadamente.


— Um pouco.


— Então vamos até a cozinha, o almoço está pronto e esperando por nós.


Segui meu avô, olhando distraído ao redor. A casa estava arrumada e tudo parecia parado no tempo. Os mesmos móveis, os mesmos quadros na parede, fotos da família rodeando todo o ambiente e, ao olhar casualmente para algumas delas em cima da estante, vi uma foto antiga que me fez estacar.


Maite , Cate, Anahi e eu. Devia ter treze anos. Era verão e usávamos roupa de banho, tínhamos os cabelos molhados pelo banho no lago e a pele muito vermelha pelo sol, com exceção da Anahi que exibia um invejável bronzeado. Estávamos abraçados. Segurava Anahi casualmente pela cintura — mas naquela época éramos somente irmãos. Mesmo assim, senti a familiar pontada no peito, aquela saudade doída e pulsante. Vovô, percebendo que parei, voltou. Olhou por cima do meu ombro para a foto que fitava.


— Lembrando dos velhos tempos. — afirmou.


— Nem tão velhos. — respondi.


— Sim, está certo! Parece ter sido ontem... Vocês quatro chegando ao final da tarde, depois de um dia de aventuras, parecendo potros selvagens atrás de comida. — rimos juntos.


— Nossa! Realmente devíamos parecer assim, não é? — perguntei sorrindo.


— Piores! Mas deixe para ver as fotos mais tarde. Você não quer que o seu velho avô caia de fome.


— Claro que não, desculpe. — falei sem graça e voltei a segui-lo.


Entramos na cozinha e logo reparei que dificilmente haveria outro cômodo onde a ausência de minha avó poderia ser mais sentida. Sentei na cadeira e a sensação que tinha era que a qualquer momento ela pudesse entrar com aquele seu famoso sorriso, perguntando com o seu delicioso sotaque irlandês se queríamos mais alguma coisa. Não devia ser nada fácil para o meu avô continuar vivendo ali, com tantas lembranças ao seu redor. Meu pai e meus tios bem que tentaram convencê-lo a vender o sítio e mudar para a cidade, mas o vovô foi inflexível.


— Pronto para se arriscar com o cozido? — perguntou, enquanto mexia a panela fumegante.


— O cheiro está muito bom. — respondi.


— Lave as mãos e pegue pratos e talheres bem ali. — falou apontando para um armário.


Fiz o que me pediu e logo estávamos saboreando com evidente prazer aquela refeição quente e nutritiva.


— Pra quem estava com pouca fome, até que você comeu direitinho! — brincou vovô depois que repeti pela terceira vez.


— Congratulações ao cozinheiro! — brinquei satisfeito.


— Tive uma boa professora. — disse rodando o copo vazio entre as mãos.


Estávamos naquele estado preguiçoso que ocorre depois de comer tão bem. Ficamos um pouco em silêncio, aproveitando a paz daquele momento. Tudo que podia ouvir era o vento que continuava a soprar forte lá fora e o tique-taque do relógio na parede.


— Poncho, muito me agrada a sua presença aqui. — vovô falou subitamente — Mas sua mãe foi bastante evasiva quanto aos motivos que o fizeram me procurar como refúgio. Respeito as razões dela e também as suas, caso prefira não falar sobre o assunto. Mas sinceramente, gostaria de compreender melhor o que aconteceu.


Olhei nervoso para meu avô, sem saber se devia ou não falar, ou se falasse, por onde começar. Passei a mão pelo cabelo, observando que ele continuava calmo e me encarava com paciência. Dar-lhe alguma explicação era o mínimo que podia fazer por ter aceitado me receber sem muitos questionamentos.


— O que o senhor sabe? — resolvi perguntar.


— Bem, me corrija se estiver enganado. — falou cruzando as mãos em cima da mesa. — Estou sabendo que você e a Anahi mudaram o tipo de relacionamento que tinham, passando de fraterno, para amoroso. Casaram-se, estou certo?


— Sim. — respondi nervoso.


— Depois do trágico acidente, ela esqueceu a relação que tinham e, através de muito esforço e paciência, vocês acabaram voltando às boas. Recentemente, ela pegou você com as calças na mão e não quer vê-lo nem pintado de ouro. Ainda estou certo?


— Eu não sei. — respondi mais nervoso ainda.


— Não sabe? — vovô perguntou com olhar atento. — O que isso quer dizer? Você não dormiu com outra mulher?


— Dormir, eu dormi. — respondi olhando para minhas mãos.


— Então você a traiu com outra mulher.


— Eu não sei. Talvez. — disse envergonhado.


— Poncho, se você dormiu com alguém, deve saber como as coisas foram feitas, certo?


— Errado. — respondi agitado, passando a mão no rosto. — Na verdade, acordei naquela manhã com aquela garota ao meu lado, sem fazer a menor ideia de como ela tinha ido parar ali. Nós tínhamos bebido um pouco na noite anterior, mas nunca poderia imaginar que terminaríamos daquele jeito. Ao acordarmos, ela disse coisas… ela afirmou coisas… — fechei os olhos, enjoado só de lembrar. — Mas eu não sinto como se tivesse feito, quer dizer, em meu estado normal sei que jamais faria. Não existe outra mulher na minha vida a não ser a Anahi!


Abaixei os olhos, embaraçado, sem saber como continuar.


— Em seu estado normal, você quer dizer sóbrio. — vovô completou. — Mas o problema é justamente esse, não é? Você não estava em seu estado normal, estava influenciado pela bebida, em estado de euforia da embriaguez e não tem lembrança de nada. — ao ouvir aquilo, mais uma vez, me senti um idiota.


— Realmente, você está encrencado. — afirmou depois de algum tempo.


— Diga alguma coisa que eu ainda não saiba. — falei amargamente.


— Vocês já conversaram, você e Anahi?


— Não voltamos a nos ver desde aquele dia. — respondi amuado. — Fizemos nosso primeiro contato hoje por e-mail e ainda não dissemos muito, mas ela me desejou boa viagem e pediu que aguardasse.


— Então ela não ouviu a sua versão.


— Ainda não. — falei desanimado. — E isso está me matando, porque quero vê-la mais do que qualquer coisa no mundo. Ao mesmo tempo, estou apavorado. Como posso confessar algo assim pra ela, como posso me declarar inocente?



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— Você não pode. — vovô esclareceu com simplicidade. — Mas você não pode fugir disso, tem que enfrentá-la, tem que ser honesto e se expor, não importando o resultado. Somente a verdade, somente sendo completamente sincero poderá ter alguma chance com Anahi. — Eu tenho medo, medo de perdê-la. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 887



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  • Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11

    Que saudade

  • Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45

    — Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk

  • blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02

    My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii

  • layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40

    COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!

  • valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46

    QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito

  • valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35

    :'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(

  • Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18

    Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.

  • edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57

    AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06

    Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn

  • franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13

    ************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*


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