Fanfics Brasil - Capitulo 150 / 2 ª Temporada Mais que Irmãos (Adaptada) AyA

Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 150 / 2 ª Temporada

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— Você não pode. — vovô esclareceu com simplicidade. — Mas você não pode fugir disso, tem que enfrentá-la, tem que ser honesto e se expor, não importando o resultado. Somente a verdade, somente sendo completamente sincero poderá ter alguma chance com Anahi.


— Eu tenho medo, medo de perdê-la.


— E é pra ter medo mesmo. É bom ter consciência de que ser verdadeiro não lhe dará garantias de perdão, você terá que estar preparado para qualquer decisão dela.


Ficamos calados por certo tempo, ambos pensativos.


— Você a ama? — perguntou-me de repente.


— Mais do que minha própria vida. — respondi imediatamente.


— Então, se a ama como diz, respeite-a. — declarou categórico. — Quando vier procurá-lo, respeite seus sentimentos, sua dor e tenha serenidade ao lidar com ela e aceitar o que decidir. — senti meus olhos úmidos, mas engoli a emoção, tudo o que eu não precisava agora era desabar na frente do meu avô.


— Sua avó e eu ficamos casados por 42 anos. E fomos muito felizes! Mas isso não significa que nos entendíamos o tempo todo. — relatou com um leve sorriso. — Nem sempre tínhamos a mesma opinião sobre um determinado assunto. Às vezes, poucas vezes, é verdade, tive que dormir no sofá. Mas sempre acabávamos juntos. E sabe por quê? Amor, Poncho!


— Eu acredito vovô, de verdade! — falei coçando a barba por fazer. — Mas o tempo está passando e estou ficando maluco. Eu anseio tanto ver tudo isso resolvido, ter a Anahi de novo na minha vida, que tenho vontade de sair correndo e gritar até perder a voz!


— Ah! A impaciência da juventude! — exclamou balançando a cabeça. — Eu entendo, meu rapaz. Pode não parecer, mas já fui jovem, cheio do vigor e da paixão que o amor proporciona nessa idade. Venha, quero te mostrar uma coisa. — pediu, erguendo-se da cadeira. Surpreso, segui seu exemplo, levantando também.


Voltamos pra sala e paramos em frente a uma parede, onde ele apontou para um quadro pequeno e disse:


— Sua avó fez isso. Leia, por favor.


Aproximei-me para ver melhor. O quadro tinha uma moldura pequena e dourada. Por trás do vidro, um tecido com flores bordadas e, ao centro, lia-se a seguinte frase também bordada: O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, nunca falha.


Fiquei um tempo refletindo, enquanto vovô aguardava.


— Acredito, mas não é fácil. — murmurei.


— Ninguém disse que seria. — afirmou colocando as mãos no bolso da calça. — Mas enquanto existir amor e for recíproco, valerá a pena, cada segundo de sofrimento valerá apena.


— E quando o amor não é mais recíproco? — perguntei preocupado e o ouvi suspirar.


— Caso isso aconteça, presenteie o ser amado com a maior dádiva de todas.


— E qual seria? — perguntei franzindo a testa.


— Liberdade, Poncho. — respondeu resignado. — Se você ama alguém que não corresponde mais ao seu amor, deixe-a livre, deixe-a ir. E não existirá maior prova de amor do que essa. Às vezes, mesmo quando o amor é pleno, ao ver tanta dor nos olhos da mulher que se ama, segurando as mãos dela entre as suas, mesmo sangrando por dentro, você pensa primeiro nela e aprende a dizer adeus, só para que ela finalmente descanse, só para que finalmente encontre alívio.


O meu avô disse aquilo de cabeça baixa e sabia que agora ele não falava mais de mim, mas de si mesmo. A minha avó tinha lutado bravamente contra um câncer e sabia que o vovô John tinha estado ao seu lado até o final. No entanto, somente agora, ao ser obrigado a ficar longe da Anahi, podia entendê-lo mais e avaliava melhor a extensão de sua dor.


— Eu temo o momento da verdade. — confessei em voz baixa. — Mas se não tenho como evitá-lo, não irei fugir.


Depois de alguns minutos, ele levantou o rosto e sua expressão tinha mudado.


— Até que esse momento chegue, vamos manter seu físico e mente ocupados. — falou decidido.


— Trate de aproveitar bem o restante do dia de hoje!


— Como assim? — perguntei surpreso.


— Você não pensou que iria ficar aqui tendo uma vidinha de hotel, com serviço de quarto, não é mesmo?


Eu ia responder que tinha pensado em ficar trancado em meu quarto o dia todo, afundando-me em autocomiseração, ajoelhar no milho, chicotear minhas costas ou outro tipo de autoflagelação qualquer, como forma de me punir pelos meus pecados, afogando-me em culpa, mas apenas respondi:


— Não. O que o senhor tem em mente?


— Amanhã você ficará sabendo. Por hoje, descanse. Relaxe da viagem e durma bastante. Aqui no sítio a vida começa cedo.


— O que o senhor chama de cedo? — cedo pra mim eram nove da manhã.


— Quatro e meia da manhã, vestido e pronto! — explicou num largo sorriso.


Arregalei os olhos, controlando o forte impulso de sair correndo dali, subir na minha moto e voltar pra Londres.


Pouco depois o vovô se despediu dizendo que tinha alguns afazeres por terminar e que voltaria ao anoitecer. Vi-me sozinho naquela casa. Fui para o quarto que ele tinha me indicado e deixei minhas coisas. Voltei para sala decidindo o que fazer em seguida. Como tinha ficado muito tempo sentado na moto, tinha vontade de esticar as pernas e andar um pouco. Olhei pela janela, felizmente tinha parado


de nevar. Coloquei o agasalho e fui caminhar.


Andei pela propriedade por um bom tempo, observei que nessa época do ano não havia muito que se ver, além da belíssima paisagem branca que seguia até o horizonte e das árvores secas. Era bem diferente da primavera ou do verão, quando a natureza explodia em cores e formas.


Ao longe, vi o celeiro. Sorri com a lembrança que me veio à mente e decidi ir naquela direção.


Abri a porta de madeira antiga e olhando ao redor, confirmei que estava sozinho.


— Será que continua no mesmo lugar? — perguntei-me.


Fui até o fundo do celeiro, subi as escadas e me vi no meio de camadas enormes de feno. Empurrando-os, cheguei até a parede do outro lado. Abaixei, limpei uma área próxima ao chão e, encontrei! Mesmo depois de todo esse tempo, ali estavam as marcas feitas a canivete! Via com clareza a letra A seguida da letra A e depois "Para sempre".


Quando Anahi e eu fizemos aquilo, não tinha a conotação de hoje. Era o nosso segundo verão juntos. Brincávamos de pique esconde e nos escondemos no meio do feno, enquanto Cate nos procurava. Ela estava demorando tanto, que começamos a criar coisas para passar o tempo. Anahi tinha pedido emprestado meu canivete e fez sua inicial na madeira. Quando terminou, eu resolvi fazer o mesmo, colocando minha inicial ao lado da sua. E ficamos admirando o resultado. Estávamos deitados sobre as montanhas de feno. Observava como seu cabelo escuro contrastava no feno dourado e discretamente a admirava. Ela soltou um suspiro profundo e fiquei curioso.


— Em que você está pensando? — perguntei.


— Nada demais. — respondeu corando.


— Está entediada?


— Não. — negou balançando a cabeça. — Nunca fico entediada com você.


Ela olhava para o chão e parecia um pouco embaraçada com o que disse. Distraída, pegou um galhinho de feno e levou aos lábios mastigando ligeiramente. Senti um impulso tão forte de tocá-la que não resisti. Segurei sua mão entre as minhas e murmurei:


— Também nunca fico entediado com você.


— Verdade? — perguntou com os olhos arregalados e não tive como não sorrir.


— Por que o espanto? — perguntei divertido com sua reação. — Você é muito legal para uma… irmã. — completei, mas queria ter dito outra coisa.


— Seremos… amigos pra sempre? — notei que ela também fez uma pausa, parecendo procurar pela palavra certa e apertou minha mão na sua.


— Claro! — respondi feliz. — Para provar, vou colocar isso aqui.


Peguei o canivete e talhei as palavras "Para sempre"ao lado de nossas iniciais.


— Que tal? — perguntei olhando o resultado.


— Perfeito! — ela exclamou feliz.


Sorrimos um para o outro e percebi que todo aquele momento era perfeito. Havia pureza e


inocência em nossos gestos. Em nosso olhar, algo que somente a infância era capaz de produzir: um amor puro, sem malícia.


Mas a magia do momento foi quebrada, ao ouvirmos o estridente grito da Cate.


— Achei vocês!


Voltando ao presente, deitei no feno completamente tomado por doces recordações, coloquei os braços dobrados embaixo da cabeça, perdido em pensamentos. Completamente relaxado, fechei os olhos e caí no sono.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 887



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  • Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11

    Que saudade

  • Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45

    — Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk

  • blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02

    My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii

  • layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40

    COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!

  • valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46

    QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito

  • valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35

    :'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(

  • Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18

    Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.

  • edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57

    AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06

    Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn

  • franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13

    ************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*


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