Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
Quase saltei de susto. Virei rapidamente e lá estava ela, parada próxima à porta, pálida, magra, mais magra do que me lembrava. Seus olhos grandes e expressivos me observavam sérios sob os cílios escuros. Apertei os olhos com força.
É uma ilusão. Só pode ser uma ilusão. Se continuar com os olhos fechados, talvez tudo volte ao normal. — pensei alarmado.
— Bem, sei que apareci de surpresa. Se não quiser falar comigo hoje, podemos marcar outro dia. — a ilusão disse de forma muito real.
— Não! — gritei abrindo os olhos e entendendo que, por ter agido tolamente, havia sido mal interpretado. — Quero conversar com você, agora!
No segundo seguinte andei até ela tão rápido quanto consegui. Parei ansioso à sua frente e disse a primeira coisa que me veio em mente.
— É você! — exclamei, mal conseguindo respirar. — Senti tanto a sua falta!
Eu olhava para ela, como um cego que passa a enxergar e vê a luz pela primeira vez. Não conseguia parar de fitá-la. Estava me banqueteando com sua figura. Agora mais de perto, podia ver melhor seus cabelos que saiam da touca grossa de lã branca. Ela usava um cachecol vermelho, e fiquei com ciúme do cachecol. Daria tudo para trocar de lugar com aquela peça de vestuário e envolver suavemente a sua pele. Vestia também um grosso agasalho branco, calças jeans, botas e luvas. Roupas bem comuns de inverno, mas pra mim, estava tão radiosa que era como estivesse usando veludo, brocados, joias e uma coroa. Confesso: não importava o que estivesse usando, ela sempre seria a rainha do meu coração.
— Você está muito ocupado? — perguntou me olhando insegura.
— Pra você, nunca! — respondi afobado.
Minha nossa! Depois de todo esse tempo, finalmente aconteceu: Anahi estava ali, de verdade, tinha cumprido sua promessa, estava ali, parada bem à minha frente, a poucos passos de mim. Tudo o que mais queria era abraçá-la, apertá-la de encontro ao meu peito, cheirar seus cabelos e dizer o quanto a amava e que nunca mais a deixaria sair de perto de mim. Por um momento me senti fortemente tentado a cometer essa loucura. Cheguei a dar um passo à frente, mas algo em seus olhos me fez desistir. Seu olhar estava diferente. Algo neles me fez lembrar o olhar que tem um animal abandonado pelo dono, aquele olhar que carrega tristeza, mágoa, desconfiança e carência. Era um olhar que dizia: “Fique onde está, se sabe o que é bom pra você!”.
Percebi que segurava nervosa a alça da bolsa pendurada no ombro, enquanto a outra mão segurava uma pasta preta, fina e retangular. Ela continuava me olhando, sem nada dizer. Fiquei aguardando, estranhando seu silêncio. Sem mais me conter, comecei a falar.
— Anahí, por favor, me perdoe, sei que não mereço, mas mesmo assim, imploro que me escute e …
— Eu estou grávida! — declarou subitamente.
Olhei pra ela, achando que tinha alguma coisa errada com meus ouvidos. Com certeza havia entendido mal.
— Não entendi o que você disse. — falei colocando minhas mãos na cintura.
— Eu estou grávida! Ensaiei mil maneiras de te contar, tinha até preparado um bom discurso, mas tudo o que consigo dizer é isso.
Eu olhava para ela com os olhos arregalados e voltei a achar que poderia estar dormindo, sonhando toda essa cena. Sonhava que a Anahí tinha chegado, que falava comigo e que tinha acabado de confessar que estava esperando um filho meu. De repente, respirar se tornou muito difícil e comecei a sentir as pernas bambas; abria e fechava a boca tentando dizer alguma coisa, mas nada saía.
Assisti imóvel ela abrir a pasta que trazia, retirando uma série de papéis. As folhas tremulavam como nervosismo de suas mãos.
— O que é isso? — perguntei quase sem voz.
— São os resultados dos exames. Gostaria que você olhasse, para que não restasse nenhuma dúvida sobre a minha palavra. — explicou nervosa.
Automaticamente peguei os documentos e tudo o que conseguia enxergar era a palavra “POSITIVO” em letras vermelhas.
— Você está esperando um… um… bebê? — perguntei sentindo a cabeça rodar.
— Sim. Estou com seis semanas de gestação. Você pode ver no resultado da ultrassonografia.
— Não preciso ler, acredito em você. — falei voltando a fitar seus olhos. Olhamo-nos por um momento, ambos tensos pela seriedade daquela revelação.
— Eu vou ter um bebê, Poncho. — confirmou falando devagar e seriamente, como se adivinhasse que eu ainda não tinha conseguido assimilar o que tinha dito. — Eu vou ter um filho, você vai ser pai.
Foi aí que algo muito estranho e curioso aconteceu, senti minha mente se desligar, como se tivesse entrado em curto circuito. Há semanas vinha suportando tensão, ansiedade e sofrimento.
Aquela informação parecia demais para que o meu cérebro assimilasse. Meus olhos se fecharam, as folhas de papel voaram de minhas mãos e senti os joelhos dobrarem sob o peso de meu corpo. Apaguei.
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 887
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Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11
Que saudade
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Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45
— Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk
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blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02
My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii
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layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40
COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!
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valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46
QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito
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valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35
:'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(
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Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18
Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.
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edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57
AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3
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nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06
Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn
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franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13
************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*