Fanfics Brasil - Capítulo 156/ 2ª Temporada Mais que Irmãos (Adaptada) AyA

Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capítulo 156/ 2ª Temporada

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Eu não sentia nada. Não sentia os meus pés, braços, pernas ou tronco. Parecia pesar uma tonelada. Não tinha forças para mover um músculo. Devagar, comecei a ouvir uma voz que parecia vir de muito longe e estava me chamando. Queria abrir os olhos e responder que estava tudo bem, que não precisava temer, mas eu não conseguia dizer ou fazer nada.


A voz que me chamava era tão linda, que logo imaginei ser um anjo enviado para me levar ao céu. Procurei me concentrar naquela voz suplicante e percebi que o anjo chorava. Senti lágrimas delicadas caindo em meu rosto e tive vontade de dizer: “Não chore, anjo! Está tudo bem! Ficarei bem desde que esteja onde você estiver”.


Senti um toque macio e quente sobre meus lábios, uma carícia suave e delicada. Lábios perfeitos tocavam os meus, no mais puro dos beijos. Só podiam ser lábios celestiais, não havia outra explicação pra tamanha leveza. À medida que o beijo prosseguia, senti que voltava à vida. Respirei profundamente e fiquei maravilhado. Tinha acabado de sentir cheiro de baunilha, o anjo cheirava a baunilha. Então, estava confirmado, estava no céu!


Com esforço, tentei corresponder ao beijo com a mesma suavidade. Mexi ligeiramente os lábios enquanto meu corpo começava a reanimar. Quanto mais eu beijava aquela boca e aspirava o doce perfume, mais necessidade disso sentia. Consegui erguer uma mão e, tateando, encontrei cabelos macios. Agarrei-me a eles tentando prender aquele anjo junto a mim. Mas ele se afastara e quase gemi de frustração. Abri os olhos e vi o rosto do meu anjo. Era o rosto do meu amor. E nada mais importava.


Falei a primeira frase que me veio à mente. Ela sorriu. Parecia estar aliviada.


— Você está bem? — perguntou preocupada. — Está sentindo alguma dor, quebrou alguma coisa?


Resolvi checar antes de responder. Mexi lentamente o corpo todo e não senti nada errado, estava inteiro. Olhei para a Anahí e toquei seu rosto com minha mão.


— Estou bem. — murmurei. — O que aconteceu?


— Não lembra? Você desmaiou depois que te contei sobre... o bebê. — respondeu baixando os olhos.


Comecei a lembrar de tudo. As imagens chegando a minha mente. Senti-me muito estúpido por ter desmaiado. Depois veio a agitação. Tinha acabado de receber uma das notícias mais importantes de toda minha vida: eu iria ser pai! Lembrei dos sintomas estranhos que a Anahí vinha sentindo no último mês, aquela fraqueza e o sono constantes, alguns enjoos, súbitas mudanças de humor, sem falar no aumento do apetite sexual. Como pude ser tão cego? A verdade estava à minha frente todo o tempo! Como fui tolo!


— Ai, meu santinho! — exclamei sentando bruscamente, assustando-a um pouco. — Você está grávida! Ai, meu Jesus! Você vai mesmo ter o nosso filho! Ai, meu Deus! Eu te amo!


— Você não está... zangado? — perguntou com os olhos arregalados.


— Por que estaria zangado? — indaguei fazendo uma careta.


— Bem, pensei que você pudesse me achar culpada pelo que aconteceu e... — segurei sua mão e olhei firme em seus olhos. Ela se calou.


Tive que interromper sua explicação. Não deixaria que a Anahí prosseguisse nessa linha de pensamento.


— Você não fez esse filho sozinha. — afirmei tranquilo. — Você não é a única responsável. Se houve algum descuido, com certeza, não foi só seu. Foi meu também. E se agora temos que enfrentar essa linda consequência, faremos juntos, você e eu.


Imediatamente percebi seu rosto se suavizando, seus olhos se tornando menos preocupados e um sorriso tímido esboçar em sua boca. Pura felicidade invadiu meu peito. Eu iria ser pai, pai de um filho feito com todo o amor que sentia por aquele anjo-mulher. E mesmo a notícia sendo um tanto precoce e assustadora, me sentia, sem vergonha nenhuma, o homem mais feliz da face da Terra.


— Vou ser pai! — gritei exultante. — Meu amor, você me fez tão feliz!


Sem conseguir mais me conter, agarrei a Anahí e a deitei no chão ao meu lado, enquanto ouvia seu gritinho surpreso.


— Deixe-me ver a sua barriga! — pedi levantando sua blusa sem cerimônia.


— Calma, Poncho! Não tem muito que ver ainda!


Nem quis saber. No segundo seguinte, estava olhando sua barriga lisa. E sorri, passando a mão no seu ventre.


— Por enquanto! — falei rindo como há muito tempo não fazia. — Mas ele já está aqui, não é mesmo? Pulsando seu minúsculo coração, crescendo e se sentindo protegido, quentinho e amado!


Porque vai ser amado, muito amado!


— Já pensou que talvez não seja ele? Pode ser ela. — perguntou me olhando curiosa.


— Se for, vou adorar! — respondi, enquanto massageava sua barriga com carinho. — Quero uma menininha igual a você, com esse seu cabelo lindo e o seu sorriso! Ah, Anahí! Quero acompanhar essa sua barriguinha crescendo, quero ver cada movimento, cada mudança do seu corpo, você vai ficar tão linda!


Inexplicavelmente, vi o sorriso morrer nos lábios dela e um olhar ansioso e preocupado ocupar seu lugar. Ela mordeu os lábios, evidentemente nervosa, tirou minha mão da sua barriga, voltando a se cobrir. E não olhava mais para mim.


— O que foi? — perguntei preocupado, enquanto ela sentava. — Falei alguma coisa errada?


— Não, não é isso. — respondeu olhando para o chão.


— Então o que é? — insisti. — Você não quer o bebê?


— Não, não é isso! — repetiu vigorosamente. — Eu já amo o nosso bebê.


— Então o que foi? — perguntei, sentando ao seu lado e tocando seu cabelo. — Está preocupada porque vai engordar, crescer a barriga, essas coisas? Se for isso, esqueça! Você é linda de qualquer jeito!


— Não é esse o problema. — falou fugindo do meu toque, e comecei a ficar alarmado.


— Você está preocupada com a parte financeira, não é? Pode ficar tranquila, volto pra Londres hoje mesmo e pego o primeiro trabalho que aparecer. Não vou deixar faltar nada para vocês dois.


Ela deu um longo suspiro, ainda não olhava pra mim e nem me tocava mais.


— Dinheiro é importante, muito importante. — afirmou. — Mas esse não é o maior problema.


— E qual é, então? — perguntei franzindo a testa. Toquei em seu queixo e ergui seu rosto, queria ver seus olhos.


— A Perla. — disse num tom frio e me olhando com a mesma temperatura.


Fiquei mudo, sentia minha barriga se torcer por dentro de nervoso. O momento há tanto tempo temido, tinha chegado: confrontar Anahí sobre o maior dos meus erros. Após um momento em silêncio nos encarando, resolvi que devia falar.


— Essa pessoa, definitivamente, não existe em minha vida. — afirmei taxativamente. — Não existe nada entre aquela mulher e eu.


— Não? — perguntou irritada. — Não foi isso que vi algumas semanas atrás, no quarto daquele hotel.


Porcaria! — pensei apavorado. — Maldita Perla. Mil vezes maldita! Aqui estava eu, num dos momentos mais marcantes de toda minha vida, e vejo tudo desmoronar por causa daquele ser dos infernos!


Lembrei da conversa que tinha tido com o meu avô, dos seus conselhos sobre como deveria ser verdadeiro, ressaltando que não deveria esconder nada. Mas tremi por dentro ao pensar nas consequências. Realmente, não sabia como poderia acabar aquela história. Tudo o que eu queria era que nossa história não acabasse nunca, queria que fôssemos o maior caso de amor na história da humanidade. Queria construir uma família com ela, construir um lar. Já me imaginava numa casa com crianças correndo, com manhãs ensolaradas, com risos e música. Dias regados a amor e noites carregadas de paixão. Podia ver todos os anos que teríamos pela frente, descobrindo seu corpo, decorando todas suas curvas e, nunca satisfeito, sempre a espera dela, sempre querendo mais.


Algumas vezes ouvi de pessoas casadas como os anos foram esfriando a relação, e não entendia muito bem como isso era possível. Toda vez que eu olhava para a Anahí, o meu amor crescia mais e mais. Em minha opinião e pelo que via na minha família, o amor não acaba ou diminui com o tempo, apenas muda e amadurece, como uma árvore que vai ficando mais forte e bonita, ano após ano. Mas eu entendia que para isso acontecer, ambos precisavam estar em sintonia, querer a mesma coisa. O amor tem que ser retribuído, partilhado e disposto a sacrifícios. E eu estava disposto, disposto a tudo, nada me manteria longe dela e agora também do nosso filho.



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— Anahí, sei que o que viu foi chocante e terrível. Posso imaginar sua dor. Eu entendo sua mágoa e a sua decepção. Mas, por favor, peço que me escute, prometo ser honesto com você. Prometo não esconder nada. Só peço uma chance para me explicar. Seu rosto estava tenso, mas acenou afirmativamente com a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 887



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  • Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11

    Que saudade

  • Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45

    — Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk

  • blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02

    My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii

  • layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40

    COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!

  • valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46

    QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito

  • valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35

    :'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(

  • Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18

    Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.

  • edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57

    AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06

    Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn

  • franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13

    ************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*


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