Fanfics Brasil - Capítulo 162/ 2ª Temporada - Maratona Mais que Irmãos (Adaptada) AyA

Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capítulo 162/ 2ª Temporada - Maratona

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— Pronto, acho que já comemoramos o suficiente por hoje! — falei sem graça, empurrando-o com firmeza.


Depois desse episódio, passei o restante da manhã evitando ficar a sós com o Poncho. Não era saudável para nenhum de nós, especialmente pra mim. Eu olhava pela janela na esperança de que o tempo melhorasse, mas continuava o mesmo e minha angústia só crescia. Isso significava continuar presa dentro daquela casa, esbarrando nele a todo momento. Nada estava saindo como eu tinha planejado. Quando resolvi vir, tinha pensado em conversarmos e depois simplesmente sair correndo, fugindo de todo aquele sentimento. Mas inesperadamente me vi prisioneira, tendo o pior dos carrascos: aquela paixão brutal e urgente.


Quando se aproximou a hora da refeição, resolvi tomar um banho e me arrumar para a festa.


Novamente fui salva pelo gongo. O vovô sugeriu que podia usar algo da vovó. Ele me levou até seu closet, explicando que já tinha doado muita coisa, mas tinha guardado alguns de seus vestidos favoritos. Deixou-me sozinha para escolher à vontade. Depois de experimentar alguns modelos, decidi usar o de cetim rosa claro. Era um tubinho de modelo oriental e gola alta japonesa, bem romântico. Prendi o cabelo num coque alto, deixando alguns fios soltos, coloquei um pouco de batom e pronto. Voltei pra sala e escutei assovios de aprovação.


— Ficou ótimo! Concorda comigo, Poncho?


— Uma gueixa perfeita. — falou bem humorado. Fui obrigada a admitir que ele também estava muito bonito, todo barbeado, cabelo molhado, perfumado de banho, usando calça preta e pulôver cinza.


Pouco depois chegaram os convidados, e fiquei aliviada por não ser mais a única mulher na casa. Fui apresentada formalmente ao Wesley e à sua esposa, Mary — uma loira alta e gordinha, que contrastava com o marido moreno, baixinho e cabeludo. Ela me pareceu muito simpática e risonha.


— Muito bom te conhecer, Anahí! Seu avô sempre falou com muito carinho dos netos, especialmente de você!


— Fico feliz em conhecer você também! — retribuí seu sorriso e olhei na direção da sua enorme barriga.


— Pode dizer, sei que pareço uma baleia! — exclamou seguindo o meu olhar.


— Oh, desculpe! — falei sem graça. — Não foi essa a minha intenção!


— Está tudo bem, já estou na última semana de gestação, devo estar grande mesmo! — e passou a mão carinhosamente pela barriga.


— Sabe o sexo? — perguntei curiosa.


— Uma menina, mas ainda não escolhemos o nome.


Olhei ao redor e observei que os homens estavam todos do outro lado, conversando, bebendo e rindo. Então aproveitei e sussurrei timidamente para a Mary:


— Também estou grávida.


— Que maravilha! O Poncho já sabia?


— Não. Esse foi o motivo para vir agora, contar a novidade.


Mary pareceu ligeiramente menos alegre e, baixando os olhos, disse baixinho:


— Quer dizer que o único motivo para você ter vindo foi o bebê?


— Sim. — respondi, ainda sem entender porque parecia frustrada. — Por quê?


— Bem, quase todo dia na hora do almoço vi aquele rapaz atrapalhado e gentil suspirar, sonhando acordado com certa bailarina, sabe?


Foi a minha vez de abaixar os olhos. Era muito difícil ouvir de estranhos que eu não era a única a sofrer com aquela separação. Não que duvidasse que o Poncho estivesse sofrendo, mas ouvir aquilo de alguém era diferente, parecia tornar tudo maior, ainda mais quando o comentário vinha de uma pessoa alheia à história.


— Ele te contou que danço? — perguntei tentando disfarçar o desconforto.


— Não só que você dança, mas que é a melhor e mais linda bailarina do mundo!


— O Poncho é um exagerado! — ri embaraçada.


— Bem, não sei quanto ao balé, mas você é realmente muito bonita. Não é à toa que ele é tão apaixonado.


— Obrigada! Bondade sua. — agradeci me sentindo miserável.


Acho que Mary sentiu como eu tinha ficado perturbada, pois no segundo seguinte já tinha mudado de assunto falando sobre a ceia, e fomos juntas para a cozinha.


Conversava com vovô e Wesley, que não cansavam de falar sobre cavalos e cruzar uma égua com o garanhão de um vizinho. Eu estava de olho numa certa morena do outro lado da sala, que voltava da cozinha acompanhada da Mary carregando enormes travessas com comida.


Ela estava linda! Embora o vestido fosse até bem recatado, não deixava de revelar toda sua feminilidade, a curva do busto, a cintura fina, os quadris arredondados. Eu estava babando, e não ajudava ficar ouvindo aquele papo sobre cruzamento de raças. Olhava a Anahí e nos imaginava em posições nada convencionais. Tomei outro gole de bebida, na tola tentativa de aplacar meu desejo insatisfeito.


Passei impaciente a mão pelo rosto. Tinha feito a barba e a pele agora estava lisa. Lembrei do efeito da minha barba na barriga da Anahí no dia anterior, de ouvir seu suspiro, senti-la tremer. Tinha ficado tão evidente que a gente ainda se amava, parecia uma estupidez enorme não podermos aproveitar o nosso reencontro. Mas entendia os motivos dela, mesmo a contragosto.


Passamos boa parte da noite conversando, brincando e rindo. O vovô lembrava natais passados e revelava antigas histórias de família. Casos pitorescos, como alguém esbarrar em minha tia e sujar o seu vestido branco de vinho tinto, ou como o cachorro conseguiu abocanhar um frango assado da mesa e fugir sorrateiramente. Nos divertimos bastante, rememorando o passado.


No momento da ceia, sentamos à mesa admirando as lindas travessas e parabenizamos os cozinheiros pelo banquete. Observei satisfeito enquanto Anahi comia com vontade. Ela precisava estar muito bem alimentada, afinal, tinha um ser especial dentro dela que precisava ser bem nutrido. Eu estava muito feliz por tê-la comigo nessa data. Apesar do clima tenso e dela me evitar, foi realmente um presente dos céus.


Já satisfeitos, nos esparramamos no sofá. Sentei numa poltrona observando a Anahí e a Mary que continuavam conversando animadamente. Pareciam ter ficado muito amigas. Trocavam figurinhas sobre gravidez e bebês, e Mary mostrava seus tornozelos inchados.


— Anahí, se prepare, no final, o que você mais quer é colocar esse pequenino pra fora! —


explicou, rindo escandalosamente. E Anahí ria junto, parecendo se divertir com a espontaneidade da outra. — Minhas costas estão me matando!


O restante da noite transcorreu tranquilamente. Comemos o delicioso Christmas Pudding feito feito pela Mary, até praticamente não sobrar nada. Logo depois, nossos convidados se despediram,


agradecendo efusivamente por tudo. O vovô também se despediu, avisando que iria tirar uma soneca. Quando Anahí se preparava para fugir mais uma vez, segurei-a rapidamente pela mão. Ainda tinha negócios inacabados com ela.


— Você se importa de ficar mais um pouco? — perguntei ansioso.


— Para quê? — retrucou franzindo a testa.


— Apenas para conversar. — pedi, colocando as mãos no bolso. — Ainda é cedo.


— Desculpe, Poncho. Acho que não é uma boa ideia. — respondeu agitada. — Boa noite.


E dizendo isso começou a se afastar.


Durante toda a festa do Natal senti minhas defesas indo para o buraco. Se não fosse a companhia tão agradável da Mary, teria voltado para meu quarto bem mais cedo. Mas não quis cometer essa grosseria com nossas visitas. Então, quando eles partiram e vovô se recolheu, tentei ser rápida, mas não fui o suficiente. Fiquei apavorada com a aproximação do Poncho e sua proposta para conversarmos. Tinha medo de sucumbir aos meus sentimentos, por isso fiz o que qualquer covarde faria: fugi. Não fui muito longe, senti suas mãos me puxando para o outro lado da sala.


— O que você está fazendo? — perguntei lutando fracamente com ele. — Poncho, me solta! Você prometeu!


— Prometi ontem que ficaria longe de você. Como já passou da meia noite, considero que não estou quebrando minha promessa. Além disso, ainda não seguimos todas as tradições natalinas. —respondeu me estreitando em seus braços.


— Que tradição natalina? — perguntei assustada.


Ele não respondeu. Apenas olhou para o alto. Segui o seu olhar e vi pendurado bem acima de nós um ramo de azevinho, que ele provavelmente tinha posto ali enquanto arrumávamos a sala.


— Ah, não! — bradei, entendendo imediatamente o que estava prestes a acontecer.


— Ah, sim! — ele contradisse, e logo tudo que senti foi uma boca quente e desesperada em cima da minha.


Maldita tradição natalina! — pensei desesperada. Mas à medida que o beijo prosseguia e começava a corresponder, mudei o pensamento. — Bendita tradição natalina!


Aquela era a desculpa perfeita para me permitir esse beijo, me entregar ao sentimento. Toda saudade e amor que sentia estavam naquele beijo. Nos abraçávamos com força, enquanto nossas respirações ficavam mais rápidas. Segurei seus cabelos enquanto ele descia e subia as mãos pelas minhas costas. Nos afastamos e seus olhos pareciam chamas vivas, sua intensidade derreteria até a neve do Monte Everest. Com um gemido baixo, ele me puxou de novo e eu, fraca, me deixei seduzir. Estava perdida, completamente perdida naqueles lábios, naquelas mãos, nele.


Uma minúscula parte da minha mente sinalizava que aquilo era errado, que estávamos nos precipitando, existiam muitos problemas em aberto. Se acontecesse algo entre nós essa noite, como poderia partir sem ficar dilacerada? Talvez tivesse cedido se não ouvisse uma pancada forte na porta da frente.


— Poncho, tem alguém batendo à porta. — adverti, conseguindo desgrudar nossos lábios.


— Não ouvi nada! — discordou, mas outra pancada forte se fez ouvir.


Ele franziu a testa e me soltou, fomos juntos até a porta e, ao abrir, uma lufada de vento e neve nos atingiu. Nos deparamos com o rosto apavorado de Wesley, que sustentava Mary com dificuldade.


— Chegou a hora, o bebê vai nascer! — Wesley informou nervoso, enquanto Poncho e eu nos olhávamos boquiabertos.



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Wesley e Mary estavam sentados no sofá da sala, ele passava protetoramente um braço por seus ombros, enquanto Mary respirava profunda e seguidamente, demonstrando dor. Enquanto isso, o vovô ligava para o hospital mais próximo e, pela cara que fazia, não estava ouvindo boas notícias. — Era o que eu imaginava. — comentou de ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 887



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  • Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11

    Que saudade

  • Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45

    — Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk

  • blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02

    My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii

  • layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40

    COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!

  • valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46

    QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito

  • valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35

    :'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(

  • Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18

    Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.

  • edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57

    AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06

    Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn

  • franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13

    ************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*


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