Fanfics Brasil - Capítulo 164/ 2ª Temporada - Maratona Mais que Irmãos (Adaptada) AyA

Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capítulo 164/ 2ª Temporada - Maratona

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Enquanto esquentava o leite e procurava o chocolate em pó, minha mente corria a mil. Primeiramente, preocupada com a situação que enfrentávamos. Não teríamos outra solução a não ser ajudar a Mary trazer sua filhinha ao mundo. E esperava que o meu avô tivesse capacidade de ajudá-la, já que eu pouco poderia fazer. Fora isso, estava muito zangada comigo mesma. Como pude baixar a guarda e, não só ter permitido que o Poncho me beijasse, mas corresponder de forma tão intensa? A última coisa que queria era dar falsas esperanças a ele, ou pior, fazê-lo acreditar que era suscetível às suas aproximações.


Enquanto misturava o leite, o chocolate, a canela e o açúcar, pensava como continuar naquela casa nessas condições. Tinha que existir um jeito de escapar, de fugir de tanta tentação. Não sabia do que tinha mais medo, se dele ou de mim mesma.


Coloquei a bebida quente no bule e arrumava as xícaras na bandeja quando ouvi a porta se abrindo. Uma voz grave e firme, veio por trás de mim.


— Posso ajudar?


Não virei nem ergui o rosto, simplesmente continuei de cabeça baixa. Não conseguia encará-lo, não queria me perder novamente em seus olhos. Tudo o que eu não precisava era de mais conflito, já bastava ter tantos sentimentos contraditórios lutando dentro de mim.


— Não, obrigada. — respondi secamente.


Depois que disse isso pairou o silêncio. Me espantei quando ele segurou meu pulso, me fazendo virar ao seu encontro.


— Pare com isso! — Poncho exclamou irritado.


Fui pega completamente desprevenida. Levantei a cabeça e me deparei com seu olhar duro e sua postura tensa.


— Do que você está falando? — perguntei puxando o braço, tentando me soltar.


— Pare de agir como se não soubesse do que estou falando! Pare de tentar demonstrar ser essa menininha indiferente e altiva. Não combina com você! — ele estava tão furioso que seus lábios chegavam tremer. — Não me suporta mais? Ótimo! Tem nojo de mim? Maravilha! Quer me ver fulminado por um raio? Incrível! Mas vamos parar com esse teatrinho de garota superficial. Posso aturar seu desprezo, raiva, até mesmo seu ódio, mas não vou aceitar que me trate como se eu não tivesse significado nada para você!


— O que esperava de mim? — rebati, lutando por me soltar. — Depois de tudo que aconteceu, queria que eu caísse aos seus pés toda vez que você se aproxima?


— Claro que não! — rebateu cheio de cólera. — Mas o que não esperava era vê-la fingir ser uma coisa que não é. Apesar dos meus erros, sou sempre o mesmo. Então, o mínimo que esperava da sua parte era ser tratado da mesma forma! Sim, eu errei, fui tolo, imaturo, talvez até ingênuo. Quem nunca errou e depois se arrependeu? Em que pedestal você se coloca, que não pode me olhar nos olhos e falar de forma franca e honesta? Sabe, estou cansado de ser tratado como um vil! Quer saber? Faça como quiser. Continue nessa sua pose de dona da verdade. Pouco me importa!


Dizendo isso, me soltou bruscamente e saiu pisando duro. Coloquei a mão no peito, tentando parar de tremer. Respirei profundamente várias vezes. Senti os olhos se encherem de lágrimas e fiz força para não derramá-las.


Quando consegui me acalmar o suficiente para segurar a bandeja sem tremer, voltei pra sala e, para meu alívio, só encontrei o vovô. Enquanto o servia, perguntei discretamente onde estava o Poncho.


— Ele passou aqui agora há pouco parecendo um touro indomável e se trancou no quarto. — respondeu me olhando atentamente.


Enchi uma xícara e me sentei na poltrona bebericando levemente a bebida quente e saborosa. Minhas mãos tremiam ligeiramente e segurei com força a alça para evitar que derramasse.


Eu estava completamente atordoada. De um minuto para o outro, tinha passado de vítima para carrasca, acusada de falsa e arrogante! Como as coisas podiam ter mudado tanto, em tão pouco tempo? Eu me sentia completamente sacudida, como se fosse um navio em alto mar, jogado de lá para cá, sem saber quando chegaria em terra firme.


Claro que eu estava magoada. Afinal, achava que ele tinha me traído. Acreditava estar me comportando de forma coerente. Só que não imaginei que isso pudesse atingir o Poncho daquela maneira e, indiretamente, a mim também. Olhei para as chamas da lareira tentando entender o que parecia estar me escapando. Mas a minha cabeça estava com coisas demais para encontrar a serenidade que precisava para refletir e chegar a uma conclusão. Decidi adiar esse assunto. Precisava me concentrar num problema mais imediato no momento.


A noite se arrastava. O quadro da Mary ia progredindo. Wesley não saiu do seu lado e nem aceitou nada do que lhe oferecemos. Por sua vez, Poncho não saiu mais do quarto. Fiquei andando pela casa sem conseguir ficar muito tempo no mesmo lugar. Vovô foi o único que permaneceu sereno e bem humorado.


A certa altura, as contrações de Mary ficaram mais fortes e constantes. O vovô foi para o quarto onde ela estava e não saiu mais de lá. Eu continuei circulando impaciente, reunindo toalhas e lençóis limpos, fervendo água e esterilizando algumas coisas que havia pedido. Depois fiquei aguardando na sala, até que vovô surgiu e disse afobado:


— Anahí, acredito que chegou a hora! Você preparou tudo o que pedi?


— Sim, está separado. — entreguei tudo em suas mãos.


— Ótimo! Aguarde aqui. O Wesley e eu vamos tratar de tudo! — e saiu correndo.


Eu estava nervosa e torcia as mãos, andando de um lado para o outro, tentando imaginar o que faria se estivesse nessa mesma situação. Realmente, era melhor ficar ali. Do jeito que estava só iria atrapalhar. Mais alguns minutos se passaram, até que um choro forte se fez ouvir. Corri para o quarto. Poncho também deve ter ouvido o choro, porque abriu a porta do seu quarto e nos esbarramos no corredor. Nós olhamos surpresos, com o súbito encontrão.


Não dissemos nada. Educadamente, ele me deu a frente. O semblante impassível. Sua indiferença me atingia. Mas tratei de ignorar meus sentimentos conflitantes, continuei meu caminho e entrei no quarto, seguida por ele.


Mary estava deitada na cama, visivelmente exausta, enquanto olhava carinhosamente para algo vermelho, enrugado, pequeno e melado que chorava a plenos pulmões nas mãos do meu avô.


Emocionado, Wesley cortava o cordão umbilical.


— Ela é perfeita, Mary! — celebrou meu avô sorrindo feliz. — Tem todos os dedos dos pés, das mãos e, pelo jeito que é cabeluda, posso adiantar que puxou ao pai!


Ela sorriu cansada, mas esticou os braços. Vovô enrolou o bebê numa toalha limpa e entregou em seus braços. O pequeno ser, parecendo ter reconhecido quem o carregava, silenciou o choro e abriu os olhos sonolentos. Lindos olhos verdes! Iguais aos de sua mãe.


— Parabéns! Ela é linda! — felicitei observando o delicado rostinho.


— Obrigada. — Mary disse fracamente.


— Parabéns a ambos, vocês merecem! — Poncho falou alegre, fazendo meu coração saltar no peito.


— E então, já sabem como irão chamá-la? — perguntou vovô.


Mary olhou atentamente o rostinho de sua filha, antes de responder.


— Ela nasceu no dia do Natal. Que tal Christiana?


— Perfeito! — concordou Wesley imediatamente. — Combina com ela!


Eu olhava emocionada para aquele pequeno milagre que calmamente se aconchegava ao colo de sua mãe. Levei a mão à garganta como se pudesse segurar o bolo que sentia preso ali. Aquela linda cena familiar era algo maravilhoso! Ao mesmo tempo, me trazia uma estranha tristeza.


O vovô deu o primeiro banho em Christiana, que chorou o tempo todo. Poncho e eu olhávamos maravilhados e completamente desajeitados.


— Vocês dois tratem de observar e aprender. O tempo passa rápido e breve serão vocês a dar banho e trocar fraldas! — aconselhou brincalhão.


Poncho e eu nos olhamos rapidamente. Fiquei pensando sobre o que o futuro nos reservava. Wesley abraçava Mary carinhosamente e afagava seus cabelos. Parecia tão feliz e realizado! Lembrei que, mesmo com sua aparência rude, tinha sido muito atencioso, segurando a mão dela o tempo todo e dizendo palavras encorajadoras e positivas.


Então entendi o motivo da minha aflição. Entendi que sentimento era aquele que angustiava meu peito e fazia queimar minha garganta. Era aquilo que queria pra mim, quando chegasse o momento de ter meu filho. Sabia quem eu iria querer ao meu lado, segurando minhas mãos e me apoiando, quem eu consultaria para escolher o nome do meu bebê. E ele estava bem ali, a poucos metros de mim. Meu coração deu um salto, senti um calor nascer em meu peito e inundar minha alma. Eu não iria me privar de ter o pai do meu filho comigo no momento mais importante de minha vida. E, com certeza, eu não privaria meu filho de ter o seu pai testemunhando seu nascimento.


O que significava uma suposta traição, perto daquela sublime verdade? Suposições, desconfianças, somente agora entendia que estava me guiando por possíveis falhas, por prováveis erros. E se nada tivesse acontecido realmente? Será que o Poncho não merecia o benefício da dúvida? E se tivesse acontecido, poderia realmente afirmar que ele havia me traído em seu coração? Ele tinha usado ou se deixado usar? Alguma coisa me dizia que a verdade estava ali, num caminho entre o corpo e o espírito. Olhei para o seu rosto, me lembrando da primeira vez que o vi naquele hospital e de como me impressionou ele deixar transparecer suas emoções. Poncho não conseguia mentir ou dissimular. Ele simplesmente era o que era. A natureza sincera era o maior traço de sua personalidade.


Foi como se meu coração parasse de bater diante da força da verdade que me atingiu. O Poncho que eu conhecia jamais me trairia, mesmo com provas tão incontestáveis. Deixei o amor falar mais alto e gritar através de cada fibra do meu corpo. Não havia como negar: ele era inocente! Não sabia explicar, mas tinha certeza que ele era tão vítima quanto eu! Sim, o vovô estava certo! A estrada para a verdade, a chave desse mistério estava ali o tempo todo dentro de mim, dentro de nós, no nosso amor.


Aquela certeza queimava em meu peito como uma chama. Pela primeira vez em muito tempo, voltei a sentir propósito em minha vida. Não sabia muito bem como agir, mas tinha esperança que o destino me mostraria o caminho. Sim! De alguma forma, Poncho, eu e o nosso bebê estaríamos juntos.


Hoje, nesse dia de Natal, nasceu Christiana. E uma nova decisão em minha vida.


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 Qual será a decisão dela?  Comentem


 



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Já haviam se passado três dias desde que Christiana nasceu. Agora que Mary havia se recuperado, estavam voltando para a casa deles, levando nos braços sua preciosa carga, envolta em roupas quentinhas, mantas e cobertor. Durante esses dias, Anahí ficou completamente encantada pelo bebê. Observava Christiana carinhosamente, enquanto a segurava ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 887



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  • Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11

    Que saudade

  • Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45

    — Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk

  • blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02

    My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii

  • layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40

    COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!

  • valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46

    QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito

  • valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35

    :'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(

  • Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18

    Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.

  • edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57

    AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06

    Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn

  • franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13

    ************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*


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