Fanfics Brasil - Capítulo 165 / 2ª Temporada - Maratona Mais que Irmãos (Adaptada) AyA

Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capítulo 165 / 2ª Temporada - Maratona

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Já haviam se passado três dias desde que Christiana nasceu. Agora que Mary havia se recuperado, estavam voltando para a casa deles, levando nos braços sua preciosa carga, envolta em roupas quentinhas, mantas e cobertor.


Durante esses dias, Anahí ficou completamente encantada pelo bebê. Observava Christiana carinhosamente, enquanto a segurava no colo. E procurou ajudar o máximo que podia. Trocava  fraldas, aprendeu a dar banho, colocava para arrotar depois da mamada. Vê-la assim me tocava profundamente. Já podia imaginá-la com o nosso filho, cuidando dele com todo amor. Tinha certeza que ela seria uma mãe excepcional.


Durante esse período, procurei manter uma distância segura. Estava cansado de tanta dor, tanta decepção e tanta mágoa. Eu estava machucado, ferido na alma, exausto de viver numa constante roleta russa emocional. Precisava desesperadamente de um pouco de paz. Isolei-me no quarto esperando encontrar uma fuga para a confusão que estava minha vida. Precisava desse sossego, da mansidão do escuro, tendo por companhia apenas o som do vento correndo lá fora.


Procurava executar normalmente minhas tarefas diárias e limitei ao mínimo possível meu contato com as pessoas que viviam na casa, fazendo meramente o que a educação e cortesia mandavam. Isso incluía estar à mesa durante as refeições, responder quando me faziam uma pergunta ou dar atenção ao meu avô quando ele precisava me explicar algo importante. Com relação à Anahí, evitei o contato direto e, principalmente, o seu olhar. Era muito doloroso ver espelhado em seus olhos aquela constante decepção.


Naquela madrugada acordei com um galho batendo sem parar na minha janela. Fiquei rolando na cama. Tinha perdido completamente o sono. Resolvi beber um copo com leite. Vesti meu roupão e fui à cozinha. A casa estava silenciosa. Respirei profundamente gostando disso, dessa tranquilidade reconfortante.


Ao pegar o leite, vi que havia sobrado um pouco da deliciosa torta de maçã que a Anahí fez e resolvi acabar com ela. Coloquei o leite no copo e uma fatia da torta no prato. Tinha dado a primeira garfada, quando escutei o barulho de chinelos se arrastando pelo corredor. Não levantei a cabeça para ver quem era, pois imaginei ser o meu avô indo ao banheiro.


— Com fome? — Anahí perguntou parada na porta. Surpreso, ergui o rosto em sua direção.


Por que ela tem que ser tão linda? — pensei quando a vi.


Seu cabelo cheio caía em suaves ondas pelos ombros, os olhos sonolentos faziam-na parecer frágil e desprotegida. Ela vestia uma comprida camisola de algodão que tinha sido da minha avó. O tom azul suave realçava ainda mais a cor da sua pele. Senti a familiar sensação de fascinação que me vinha sempre que a via, seguida daquela mistura perigosa de amor e desejo, que unidas formavam o mais maravilhoso e fatal dos coquetéis, capaz de vencer as boas intenções de qualquer santo.


Procurei ignorar esses sentimentos e os engoli junto com o pedaço de torta de maçã que estava em minha boca.


— Insônia. — respondi baixando os olhos e voltando a comer.


Ela ficou em silêncio, provavelmente me observando. Continuei de cabeça baixa, fingindo calma


e despreocupação.


— Posso comer esse último pedaço? — perguntou apontando para a travessa.


— Sirva-se à vontade. — respondi sacudindo os ombros.


Reparei que ela se movimentava pela cozinha, provavelmente pegando prato, copo e talheres.


Digo provavelmente porque não a olhei, supunha o que estava fazendo pelo que ouvia.


Anahí se sentou à minha frente. Arrisquei erguer os olhos e a vi comendo gulosamente um pedaço da torta, tomando em seguida um bom gole de leite do seu copo.


— Está com muita fome? — perguntei.


— Um pouco. À medida que o tempo passa, a fome tem aumentado. Às vezes acordo de madrugada sentindo um vazio no estômago. Parece até que tenho um urso rosnando dentro de mim, de tanto que minha barriga fica roncando. Sou obrigada a levantar e comer alguma coisa.


— Acho que isso é normal no seu estado, não é?


— Sim, acho que é normal. A médica me passou vitaminas pra tomar diariamente e pediu para


evitar comidas gordurosas e excesso de doce, manter uma dieta mais nutritiva e saudável. Mas em alguns momentos não consigo evitar comer porcarias, é mais forte do que eu! — afirmou com veemência.


— Desejos de grávida? — perguntei com um sorriso, relaxando um pouco.


— Deve ser. Uma noite dessas acordei com o súbito desejo de comer batata frita e sundae de morango. A vontade era tão forte que eu podia sentir o cheiro da calda de morango em cima das batatinhas.


— E o que você fez? — perguntei curioso.


— Já era muito tarde, não ia arriscar sair de madrugada sozinha, tive que engolir a vontade e esperei até amanhecer. Então corri para a primeira lanchonete que vi aberta!


Olhei rindo pra ela, imaginando a cena. Mas voltei a ficar sério quando senti a tristeza me invadir. Se estivéssemos juntos e ela acordasse no meio da noite querendo comer alguma coisa, sairia do jeito que estivesse para conseguir o que ela precisava. Mas não estávamos juntos, estávamos vivendo em cidades diferentes e eu estava perdendo todas essas ricas experiências, todas essas transformações. E isso me deixava arrasado, totalmente deprimido.


Sentindo que meu humor voltava a ficar sombrio, terminei logo de comer e levantei. Lavei rapidamente a louça, de costas para ela, querendo sair dali e voltar para o meu quarto o mais rápido possível.


— Você... Você já vai voltar a dormir? — perguntou com voz insegura.


— Vou voltar para o meu quarto. — respondi sem me virar, já que provavelmente ficaria o resto da noite acordado.


— Eu... Estou sem sono. Pensei em assistir TV na sala. Gostaria de me fazer companhia?


Um pouco surpreso, me virei. Ela me olhava parecendo nervosa. Vi que tinha acabado de comer  e aguardava minha resposta mordendo os lábios. Pensei rapidamente sobre o que deveria responder.


Estranhei aquele pedido. Desde que chegou, ela me evitava... Fiquei observando, tentando descobrir o motivo dessa súbita mudança, mas não encontrei nenhuma pista.


— Tudo bem, se não quiser vou entender. — esclareceu sem graça e abaixando os olhos.


— Não, eu quero! — retruquei rápido, e logo procurei me controlar para não parecer ansioso demais. — Quer dizer, se você realmente não se importar.


— Na... não, claro que não!


— Então, tá. — respondi tentando soar natural.


Ela levantou e lavou rapidamente a louça. Reparei que suas mãos tremiam ligeiramente e imaginei ser o frio da madrugada. Quando terminou, retirei o meu roupão e estendi pra ela.


— Tome, use isto.


— Por quê? — perguntou me olhando curiosa.


— Porque você está tremendo de frio. Vamos! Vista.


Joguei meu roupão aberto em seus ombros e vi seu rosto ficar corado. Talvez ela não tivesse gostado da minha aproximação. Voltei a me afastar.


— Obrigada. — agradeceu baixinho.


Fomos para a sala em silêncio. Sentamos em lugares opostos, ela num sofá e eu em outro.


— O que você quer ver? — perguntei ligando a TV e tentando parecer descontraído.


— Qualquer coisa, menos filmes de terror.


A sala continuava escura, estávamos iluminados apenas pela TV ligada, enquanto mudava os canais procurando por alguma coisa interessante. Vi de canto de olho que ela tinha deitado no sofá, esticando as pernas e fazendo o meu roupão de cobertor. Eu estava morrendo de inveja daquele tecido sortudo.


Voltei minha atenção para a TV tentando me concentrar no que passava. Passei direto por uma


sucessão de filmes românticos, pois tudo o que não precisava no momento era ver casaizinhos felizes e apaixonados. Passei também pelos seriados bobos e chatos, filmes picantes e audaciosos.


Porcaria, o mundo está contra mim! — pensei apertando com força o botão do controle remoto.


Finalmente o Disney Channel. Respirei, aliviado. Podia sentar e aproveitar. Programação familiar! Desenhos e filmes infantis. Bem inofensivo! Era disso que precisava: inocência e pureza.


Começaria a passar O Rei Leão. Relaxei.


— Posso deixar aí? — perguntei.


— Está ótimo. — respondeu positivamente.


Deitei no sofá. Logo estávamos assistindo ao nascimento do leãozinho Simba e sua vida deaventuras, ouvindo aquelas musiquinhas melosas da Disney. Passou um tempo e testemunhamos a cena da morte de Mufasa, o pai do Simba. Ouvi um soluço vindo do outro lado da sala. Desviei o olhar da TV e vi que a Anahí enxugava as lágrimas com o meu roupão. Sorri ao perceber como ela se emocionava fácil, mesmo sendo obrigado a concordar que a cena era tocante. Depois de não sei mais quantos encontros e desencontros, Simba depara com sua amiga de infância, a leoa Nalla. O clima é de alegria e descontração. Eles pulam, brincam... É uma festa! Até começar a rolar uma música do Elton John e o clima mudar completamente.


Que negócio é esse? — pensei chocado.


O Simba e a Nalla rolavam juntos ladeira abaixo, embolados um no outro. Até que ele caiu por cima dela, entre suas patas. Eles param e se olham. O olhar da Nalla era aquele olhar, aquele que uma fêmea dá quando o sinal é verde para ir em frente. Simba, meu amigo, parte pro ataque!


Caramba! Nem filme da Disney se salva! — reclamei angustiado.


Aquilo estava estimulando meus instintos menos nobres e aquela música romântica estava acabando comigo, deixando o clima muito sugestivo e propício. Remexi as pernas, nervoso. Fechei os olhos me imaginando com a Anahí, caindo sobre ela, enquanto ela me olhava daquele jeito que mexia comigo. Discretamente olhei em sua direção.


Ai, meu santinho! — clamei mentalmente. Ela estava olhando para mim. Ela mordia a ponta do meu roupão e me lançava um olhar estilo Nalla.


Alguém me segura. Vou agarrar essa mulher! — pensei sentando abruptamente no sofá.


Voltei a fechar os olhos e suspirei. Tinha que me controlar, precisava me controlar, não queria meter os pés pelas mãos novamente e piorar uma situação já tão delicada. Ela tinha me pedido distância, não tinha?


Droga, droga, droga! Tenho que sair daqui ou vou ficar maluco! — resolvi desesperado e voltei a abrir os olhos.


— Vou pro meu quarto. Boa noite! — gritei isso feito um louco. Levantei e saí correndo como se tivesse indo apagar um incêndio.


Entrei no quarto e fechei a porta com uma pancada forte. Eu estava em chamas, era como ter um vulcão em erupção me consumindo vivo. Arranquei a camisa e joguei no chão, a calça teve o mesmo destino.


Nessa hora,


                                                                ********


 


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Nessa hora, sem aviso, a porta do quarto se abriu e vi Anahí parada ali. Como estava tudo na penumbra, não conseguia ver seu rosto. Notei que ela estava com a respiração irregular porque percebia seu peito subindo e descendo apressado. Ela entrou no quarto fechando a porta atrás de si. Não disse nada, nem eu. Fiquei ali aguardando, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 887



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  • Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11

    Que saudade

  • Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45

    — Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk

  • blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02

    My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii

  • layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40

    COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!

  • valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46

    QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito

  • valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35

    :'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(

  • Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18

    Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.

  • edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57

    AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3

  • nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06

    Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn

  • franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13

    ************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*


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