Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
Olhei apavorada para a arma apontada pra mim.Segui pela mão enluvada e pelo braço coberto por um lindo casaco de pele marrom. Deparei com o rosto que tinha sido motivo de muitos pesadelos e dias de sofrimento, recoberto por uma maquiagem perfeita, com lindos brincos de ouro e esmeralda nas orelhas mal cobertas pelo cabelo de corte moderno. Um cheiro de perfume caro e sofisticado atingiu minhas narinas. Não restava dúvida, era Perla parada bem à minha frente.
Ela sorria como se estivesse em mera visita social. Mas seus olhos eram frios e decididos quando começou a falar.
— Justamente quem procurava! Que prazer revê-la, Anahí!
— Sinto não poder dizer o mesmo. — murmurei, sem conseguir deixar de olhar para a arma que balançava ligeiramente à minha frente.
— Sei que não fui convidada, no entanto, foi impossível continuar a ignorá-la, por mais que eu quisesse. — explicou sem deixar de sorrir.
— O que você quer? — perguntei tentando controlar o pavor.
— Vim convidá-la para um passeio. — respondeu com falsa simpatia. — Temos muito o que conversar.
— Eu discordo. — repliquei, munindo-me de toda coragem. — Não temos nada para conversar.
— Mas eu insisto! — sentenciou, dando mais um passo à frente e encostando a arma em meu peito.
— Não estou sozinha! — menti desesperada. — Se eu gritar, logo estarão aqui!
Perla olhou rapidamente para a varanda e para o interior da casa. Falou com desdém:
— Que feio, Anahí! Nunca lhe ensinaram que é muito feio mentir?
— Logo você vem me dizer isso, a rainha das mentiras?— revidei altiva, tentando não me intimidar. — Eu não vou a lugar algum com você!
— Chega! — berrou, deixando a máscara de boa educação cair. — Como você é irritante! Cansei de ser educada e tentar ser razoável. Não vim até aqui para brincar. Temos muito o que conversar e vamos sair agora!
Ao dizer isso, postou-se ao meu lado, agarrando meu braço e encostou a arma em meu pescoço.
— Você é louca! — afirmei enquanto ela me empurrava até o carro parado bem em frente da casa. — Você não vai conseguir escapar!
— Isso é o que vamos ver! — rebateu ao me empurrar para a cadeira do carona. Deu a volta rapidamente, sentando ao volante.
Assim que deu partida, recomeçou a falar.
— Sabe Anahí, você realmente me decepcionou!
— Decepcionei? O que você quer dizer com isso?
— Depois do que houve entre Poncho e eu, imaginei que fosse ficar magoada e faria o que qualquer mulher sensata e com o mínimo de amor próprio costuma fazer.
— O que esperava que eu fizesse? — perguntei olhando seu rosto contrariado.
— Pensei que você fosse abandoná-lo. — respondeu aumentando a velocidade, e me deu um breve olhar de esguelha. — Mas me enganei.
Respirei fundo tentando avaliar melhor a situação. Estava no carro com a Perla, que estava armada e visivelmente perturbada. Mesmo com as mãos ao volante, continuava segurando a pistola.
Decidi fazer o que ela queria, por enquanto. Talvez fosse melhor continuar conversando e tentar descobrir seus planos.
— Nós estivemos separados. — revelei, enquanto passava nervosa a língua pelos lábios secos. —
Felizmente voltei atrás em minha decisão e estamos juntos.
— Ah! Como você é patética! — reagiu irritada. — Por que voltar para um homem infiel? Será que você não tem um pingo de orgulho?
— Acontece que eu sei que Poncho não foi infiel. — contestei com toda a segurança.
— Você sabe? — perguntou enquanto fazia uma careta. — Você é burra ou é cega? Talvez seja as duas coisas! Esqueceu ou não entendeu o que presenciou lá no hotel entre seu marido e eu?
— Eu sei o que vi. — respondi impassível. — E sei que nada aconteceu, simplesmente nada!
Pulei em minha cadeira ao ouvir sua gargalhada. Ela parecia o próprio demônio quando fez aquilo.
— Você é tão engraçada! — ironizou depois que acabou seu acesso de riso. — Flagra o marido completamente nu na cama com outra mulher e depois diz que nada aconteceu? Agora fiquei curiosa, o que a faz pensar assim, mesmo diante da cena que você presenciou?
— Poncho me ama. — afirmei com segurança. — Além disso, o conheço bastante para saber que seria incapaz de fazer algo desse tipo.
O rosto dela endureceu perigosamente ao ouvir o que disse e a arma tremeu em suas mãos.
— Ele a ama. — replicou baixinho, num tom muito perigoso. — Sim, infelizmente, parece que ele sente algo por você e esse é um dos motivos para que eu tenha vindo. Quando descobri que você estava de volta à vida dele, me dei conta de que teria que intervir novamente.
— Intervir novamente? Você armou tudo aquilo no hotel, não é mesmo? Você armou uma cilada para Poncho! — quase gritei ao acusá–la.
Ela ficou séria por um momento, como avaliando o que responder. Abriu um sorriso presunçoso antes de começar a falar.
— Vejo que não é tão tola. E já que essa situação vai acabar em breve, acho justo dizer a verdade pra você antes de... Bem, antes de encerrarmos de uma vez esse assunto.
Não gostei de ouvir aquilo. Engoli seco e resolvi que tinha que mantê-la falando o máximo possível.
— O que aconteceu naquela noite, Perla? — perguntei friamente — O que aconteceu na verdade?
— Na verdade? — replicou num tom coloquial, como se fossemos boas amigas. — Bem, a verdade é que não suporto você. Desde a primeira vez que a vi no shopping, sentada ao lado do homem que nasceu para ser meu, eu passei a odiar você! Fiquei meses ensaiando aquela maldita peça de teatro com Poncho. Ele era educado comigo, mas sempre fugia de mim e do meu amor. Com o tempo, descobri que você era a culpada por aquela indiferença. Logo você! Essa garota comum, sem nenhum atrativo, sem a sofisticação ou o glamour que ele merece em uma mulher.
Enquanto ela falava, me segurei na maçaneta da porta, completamente chocada com o que ouvia.
— Mas mesmo sendo tão comum, ele escolheu você e me ignorou. Justo a mim! Quando estávamos juntos, era evidente o quanto combinávamos. Tínhamos gostos parecidos, o mesmo porte físico, a mesma profissão... Somos um casal perfeito! Mas Poncho não queria entender isso. Então compreendi, tinha que atingir você e a confiança que tinha nele.
— Foi aí que você armou um plano? — perguntei espantada.
— Bravo! E Anahí finalmente comeu o fruto da árvore do conhecimento e seus olhos se abriram! — exclamou bem convencida. — Não me olhe com essa cara! Frequento a igreja como qualquer boa moça de família. Como é que os culpados dizem mesmo? Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa! Confesso que me pareceu simples, mas tive que superar alguns obstáculos ao colocar o plano em prática.
— O que você fez? — questionei incrédula.
— No começo foi bem divertido! — relatou sorrindo. — Depois da nossa apresentação, Poncho iria devolver os presentes que havia lhe dado. Sabia que tinha chegado o momento de agir. Consegui convencê-lo que queria ser apenas sua amiga e que me preocupava com você. Quase vomitei fingindo ser sua amiguinha, mas consegui me controlar e prossegui com a farsa. Ao voltarmos para o hotel, propus irmos até o bar para comemorar o sucesso da peça e a nossa amizade. Ele ficou receoso. E então fiz minha melhor cara de coitadinha e ele caiu feito um patinho! Enquanto conversávamos e bebíamos, aproveitei um momento de distração e joguei tranquilizante em sua bebida. Ao mesmo tempo, flertava com o garçom que nos servia, pois sabia que precisaria dele mais tarde. Quando ele mal conseguia ficar de olhos abertos, sugeri que fossemos para os nossos quartos. Ele nem conseguia enfiar a chave na fechadura. Tirei a chave de sua mão, abri a porta do quarto e praticamente o arrastei até a cama. Assim que deitou, ficou completamente inconsciente. Deixei Poncho ali deitado e voltei rapidamente para o bar. Precisaria forjar provas convincentes de que tínhamos estado juntos.
— História interessante... Continue. — meu pedido era quase um sussurro, estava estarrecida.
— Seduzi aquele garçom insignificante. — revelou com um leve tremor de lábios e expressão enojada. — Voltei ao bar e flertei com ele até acabar seu turno de trabalho. Foi fácil levá-lo até o meu quarto e deixá-lo fazer o serviço. Permiti que aqueles lábios e mãos imundos corressem pelo meu corpo, tolerei que me tomasse pois precisava ter no corpo as marcas da paixão.
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Deculpa pela demora...Parabéns para quem acreditou que o Poncho não tinha feito nada...Gente a fic está chegando no fim ...continuem acompanhando...BJUS
Autor(a):
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Oiii pessoal é a Beca, a louca que voz fala se perdeu com tantos comentários kkkkk, mas vou deixar alguns esclarecimentos: Eu não escrevo fic nenhuma sou só leitora chata que perturba o pessoal que escreve. Se vocês verem alguma Beca comentando sou eu mesma kkkk A relação de Los A com Ucker e Dulce é apenas amizade ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 887
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Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11
Que saudade
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Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45
— Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk
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blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02
My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii
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layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40
COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!
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valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46
QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito
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valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35
:'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(
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Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18
Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.
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edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57
AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3
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nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06
Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn
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franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13
************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*