Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
Tirei do bolso uns trocados e estendi para o menino, que agradeceu sorrindo, dizendo que a avó precisava tocar minha mão para fazer a previsão, e que como ela não falava nosso idioma ele faria a tradução. Estendi minha mão. O menino pegou a mão de sua avó e guiou-a até encostá-la na minha. Embora fosse muito idosa, segurou minha mão com firmeza.
Ela ficou por um tempo em silêncio, até que começou a falar, em sua própria língua nativa:
— “Muito cedo de ti tudo foi retirado” — o menino traduzia. — “Mas o destino a recompensou logo depois, repondo aquilo que havia sido perdido” — Eu e Poncho nos olhamos, surpresos.
— “O destino também muito cedo lhe trouxe o amor verdadeiro” — o menino continuou. — “Sua alma gêmea sempre estará ao seu lado” — Eu e Alfonso sorrimos um para o outro. — “Você agora vive os dias de glória, do auge desse amor” — ele continuava. — “Viva intensamente cada um desses dias de luz e sol, pois se aproxima a tempestade, vejo uma tormenta se formar no horizonte e depois dela virá a escuridão, tão densa que parecerá que o sol deixou de existir.” — Senti Poncho segurar minha mão.
— Vem, vamos embora — ele disse, preocupado.
— Não, espera, quero acabar de ouvir — O menino nos olhava assustado, nos pedindo desculpas. — Termine, por favor.
— “Só o amor, a fé e a esperança poderão resgatá-la da escuridão, o destino lhe dará uma oportunidade de encontrar a saída, mas preste atenção aos sinais, pois se não estiver atenta poderá ser tarde demais e ficará perdida para sempre. Ouça seu coração, e o sol nascerá novamente!”
Eu mal conseguia respirar, de tão tensa. Perguntei se havia algo mais, e o menino perguntou à sua avó, que negou com a cabeça. Em seguida, ele se desculpou novamente e se afastaram. Eu tremia.
— Você está bem? — perguntou Poncho, me abraçando. — Não acreditou, não é mesmo?
— Não sei, ela não me conhecia e no início disse coisas que realmente aconteceram comigo — falei, assustada.
— Esqueça, está bem? — pediu, enquanto me abraçava apertado. — Nada vai acontecer, vamos continuar juntos e felizes. — E apertei meu rosto em seu peito.
— Promete?
— Não há força no Universo que me faça desistir de você — prometeu solenemente, e segurou meu rosto em suas mãos, olhando-me nos olhos. — Não há escuridão capaz de afastar você de mim, somos um, esqueceu?
— Sim, somos um — disse, me acalmando.
— Vamos, não fique assim, isso é só um truque para impressionar turistas ingênuos como nós — declarou, segurando meu queixo.
— Você está certo, estou sendo tola, não é mesmo? — falei, sorrindo levemente.
— Só esqueça e vamos viver um dia de cada vez — disse, me beijando suavemente.
Voltamos a montar em nossas bicicletas e pedalamos rápido ao cais, onde um barco nos levaria de volta pra casa.
***
Chegamos à nossa casa flutuante no final da tarde, e embora ainda sorríssemos e brincássemos um com o outro, podia sentir Anahí tensa o restante da noite. Procurei manter o clima descontraído de sempre, mas às vezes eu a pegava olhando para o vazio, a expressão séria e preocupada. Aquele episódio com o menino e a vidente tinha mexido mais com ela do que eu gostaria, porém confesso que também tinha ficado impressionado. Fiquei todo arrepiado conforme a mulher idosa falava e o final trágico foi assustador, parecia que, dito naquele idioma estranho, ganhara um tom de veracidade sobrenatural. Mas, é claro que, ao sair dali, procurei apagar tudo da mente e voltei a me concentrar em nós. Tinha sido um longo dia e estávamos cansados. Fomos cedo pra cama, e resolvi pegar o violão e tocar pra ela até que dormisse.
Observei Anahí relaxar deitada ao meu lado, ela bocejou e seus olhos se fecharam devagar, logo ouvi sua respiração tranquila revelar que estava adormecida. Coloquei o violão de lado, apaguei a luz e deitei a seu lado, abraçando-a. Ao tê-la segura e protegida em meus braços, senti que nada poderia nos separar, não permitiria que nada ficasse entre nós. Vencido pelo cansaço, também caí num sono profundo.
Acordei com seus gritos; ela estava agitada, com os braços estendidos como se tentasse agarrar alguma coisa, estava tendo um pesadelo.
— Anahí, acorda — chamei devagar.
Segurei seus braços, esfregando de cima a baixo, tentando acordá-la.
— Acorda, meu amor — insisti.
Aos poucos ela abriu os olhos, respirando rápido, olhando ao redor assustada e imediatamente começando a chorar. Segurou-se em mim, parecendo desesperada.
— Por favor, não me deixe ir — dizia, entre soluços.
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— Ir? Nunca vou te deixar sair de perto de mim — garanti. Sentei-me na cama e ela se sentou em cima de mim, me abraçando pelo pescoço com seus braços e na cintura com suas pernas. — Não me deixe entrar lá — ela repetia sem parar. — Entrar onde? — Na caverna — disse, com dificuldade. — Esta ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 887
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Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11
Que saudade
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Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45
— Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk
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blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02
My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii
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layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40
COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!
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valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46
QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito
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valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35
:'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(
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Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18
Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.
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edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57
AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3
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nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06
Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn
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franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13
************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*