Fanfic: Mais que Irmãos (Adaptada) AyA | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
— Bem, ao que parece agora, a Anahí já está bem, não é mesmo? Não existe mais necessidade de continuar aqui, Poncho.
Ele olhou-a surpreso, e então se viu obrigado a levantar e sair da cama. Retirou-se em silêncio, sem ousar levantar os olhos para mim, e me deixou sozinha com a mamãe. Por mais que ela aparentemente tivesse engolido aquela história, mamãe não era boba, senti pelo seu olhar que havia ficado com uma pulga atrás da orelha, e por sua próxima pergunta deixou bem claras suas suspeitas.
— Essa situação se repetiu muito no Taiti?
— Que situação?
— Você e Alfonso partilhando a mesma cama? — Ela foi bem direta.
Odeio ter que mentir pra minha mãe, não fazia parte da minha índole gostar de mentir, mas me vi completamente obrigada a isso nesse momento.
— Muito raramente — foi tudo o que consegui dizer, achei que se falasse “nunca” ia ser uma negação muito forte e ela ficaria mais desconfiada.
— Anahí, vou ser bem clara — disse, suspirando. — Enquanto vocês eram crianças, não via nenhum mal em fazerem isso, mas agora Alfonso já é homem, e você, embora só tenha 17 anos, já tem corpo de mulher. Então vou pedir, não quero que isso se repita — concluiu, firme.
— Tudo bem — eu disse, num fio de voz.
— Não sei, posso estar enganada — falou, sorrindo. — Ao vê-los aí, dormindo juntos, Poncho me lembrou seu pai, ao me abraçar quando dormimos. Exatamente igual.
Eu não sabia o que dizer. Mamãe, com sua costumeira perspicácia, viu mais longe do que eu imaginava. Talvez seu sexto sentido feminino a alertara, e embora ela não tivesse visto nada realmente comprometedor e não tivesse provas, não podia fazer acusações, mas alguma coisa me dizia que sua confiança ficara definitivamente abalada.
Nos dias que se seguiram, seu comportamento comprovou o que imaginava; disfarçadamente nos vigiava e observava, provavelmente buscando por pistas. Isso só tornou ainda mais difícil nossa já tão terrível situação, controlava cada olhar, gesto ou palavra, me sentia analisada o tempo todo, isso estava acabando comigo. Depois de alguns dias, estava com os nervos à flor da pele.
***
Ao andar, seu corpo ondula num ritmo só dela, sinuoso e feminino, atraindo-me imediatamente. Seu sorriso meigo e doce parece música, enche de magia e luz qualquer ambiente. Quando ela passa por mim, sinto seu doce perfume de baunilha, e algo em mim desperta uma mistura de saudade e desejo, temperado com uma pitada de nostalgia, pelo que vivi com ela e agora sou impossibilitado de ter. Sou um homem faminto por seu contato, ansioso por sua atenção exclusiva, e essa distância entre nós estava acabando comigo, sentia-me completamente fora do eixo.
Cruzávamo-nos dentro de casa, mas agora a naturalidade que havíamos tentado transparecer antes de viajarmos, agindo como aparentes irmãos, estava ameaçada. Cada vez que tentávamos nos tocar e minha mãe aparecia, seu olhar avaliativo era carregado de desconfiança, e isso nos fez recuar, reduzindo ainda mais nosso contato. Além disso, ao voltarmos, reiniciamos nossas ocupações, Anahí com os estudos e aulas de dança, enquanto fui aprovado num teste para uma nova série de televisão e tinha começado um ritmo acelerado de gravações.
Nosso tempo juntos reduziu ainda mais, e passamos a nos ver geralmente à noite, sob a vigilância disfarçada de minha mãe, que passou a incluir passeios de madrugada pela casa. A primeira vez que cruzei com ela, no meio da noite, foi numa tentativa frustrada de ir para o quarto da Anahí. Tinha acabado de sair do meu quarto e já estava quase em frente à porta quando minha mãe surgiu do nada, saindo do banheiro. Fui obrigado a disfarçar, descendo as escadas e indo para a cozinha como quem fosse beber água.
Depois desse episódio, passou a levantar toda noite, e disfarçadamente visitava meu quarto ou o da Anahí. Comecei a me sentir como um rato, cercado de ratoeiras por todos os lados.
***
— Eu não acredito! — disse Dulce.
— Essa é a triste verdade — falei, desanimada. — Continuamos morando na mesma casa, só que agora constantemente vigiados.
Estávamos no quarto de Dulce, sentadas em sua cama, de pernas cruzadas, de frente uma para a outra. Ela me olhava visivelmente preocupada, enquanto eu mexia nervosa em meu cabelo. Ficamos em silêncio por um tempo, e Dulce parecia estar refletindo seriamente o que acontecia, até que, respirando fundo, começou a falar:
— Acho que essa situação não tem como durar muito tempo, a coisa só vai piorar, por mais que tomem cuidado e tentem disfarçar vocês estão profundamente apaixonados, e a gente sente no ar que existe algo muito forte e intenso rolando.
— Nossa, está assim tão visível? — perguntei, espantada.
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— Bem evidente, em minha opinião. Você tem que ver a forma como vocês se olham, o Alfonso te secando, daquele jeito obsessivo-possessivo, com uma mistura de adoração e atração fatal — disse, sorrindo maliciosamente. — E você, olhando como se ele fosse um Deus ou qualquer outro objeto de idolatria. N&atild ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 887
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Valéria_Traumadinha Postado em 05/11/2015 - 23:20:11
Que saudade
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Valéria_Traumadinha Postado em 04/07/2015 - 00:28:45
— Tudo bem se acompanhasse a Anahí numa viagem para o Taiti, esse final de semana? Só vou ficar uns dois dias fora. A mãe dela nos olhou desconfiada, antes de perguntar: — Qual o motivo da viagem? — Ela vai fugir com o namorado pra casar escondido! — respondeu, fazendo uma cara falsamente apavorada. Eu quase tive um ataque ouvindo a Dulce falar aquilo, mas para minha surpresa a mãe dela deu uma boa risada. — Vocês, meninas, são tão engraçadas! Que imaginação! Eu e Dulce nos olhamos, enquanto acompanhávamos sua mãe, rindo junto com ela. — Na verdade, vai ser o presente de aniversário da Anahí, o Alfonso vai junto, mas ela gostaria de ter uma companhia feminina, pra ficar mais divertido — Dulce explicou. — E, como convidada, já está tudo pago. — A mãe dela ficou pensativa por um tempo — Sua mãe já concordou com isso? — ela me perguntou. — Sim, a ideia da viagem, inclusive, foi dela. — Bem, sendo assim, não vejo problema. Só espero que se comportem e não façam nada imprudente...Morro kkkk
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blueorangee Postado em 02/02/2015 - 13:53:02
My god, n acredito que terminou, história perfeitaa, a Anny recuperou td a memória td voltou ao normal,muito lindo td, ameeeii
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layaneponny Postado em 31/01/2015 - 16:37:40
COmO ASSIm ACABOU? QUANTO TEmPO EU DORmI? SOCORRO QUE FIC PERFEITA!
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valerynuness Postado em 31/01/2015 - 00:51:46
QUE LINDAA A FANFIC <3333333 amei, do começo ao fim, perfeito
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valerianyponcho Postado em 30/01/2015 - 23:51:35
:'( acabou a web acabouuu Essa web vai ficar na historia Bjao Val :'( :'(
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Angel_rebelde Postado em 30/01/2015 - 23:48:18
Fic perfeeeitttaaaaaaaaaaaaaaaa !! Ameeeidoreei <3333333 Acabou q o tempo q Poncho passou com o avô foi de bom grado e o fez enxergar as coisas. Feliz q a Anny recuperou a memória =DDD e a Perlanta fooooi presaaaa !! UhuuuuuuuLLLLLLL !! Lindoooos o Johnny e depois o Kaleo *--* Formaram uma família lindaaaaaaaaaaa. Ri da reação da Dulce qndo Anny contou q ela e Poncho tinham voltado a ficar juntos e a reação da Anny em saber q Dulce ficou noiva do Ucker. Surpresas boas finalmente. Pai da Anny perdoando o Poncho e curtindo o netos. Foooi tdddddd essa fic. Irei reler ela outras vezes. Parabéns pela história.
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edlacamila Postado em 30/01/2015 - 17:25:57
AINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN PFTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A HIST *-* Postaaaaaaaaaaaaaaa <3
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nayara_lima Postado em 30/01/2015 - 17:23:06
Foi lindo , foi emocionante .. Em lagrimas :( Cabou umas das webs mais perfeota que ja li .... Awwwwwn
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franmarmentini Postado em 30/01/2015 - 17:10:13
************eu to transbordando em lágrimas aqui...com esse final...to com uma dor no coração por não ter mais continuação essa história tão linda de amor e amizade que eles tinham um com o outro...ai meu core :/ amei muito ler essa história muito mesmo...bjinhus e saudades eternas dessa fic*