Fanfic: Nunca Me Olvides DyU (Adaptada)(Terminada)

Dedicado à Natyvondy

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Tomou o
elevador até o andar dos executivos. Era quase horário de almoço, e os
corredores estavam cheios. Foi direto para a diretoria, bateu na porta uma vez
e entrou antes que alguém pudesse tentar impedi-la.

Surpreso
pela repentina interrupção, Christopher se vi­rou da tela do computador e se
deparou com Dulce. Com uma mulher esguia toda vestida de preto, de olhos
brilhantes e castanhos como amêndoas e boca, mesmo sem batom, convidativa como
uma cereja madura.

Ele
sorriu, feliz por ela ter vindo ao seu encontro, e se perguntou porque a mulher
vestia um tailleur pelo menos um tamanho maior que o dela.

O sorriso
dele ameaçou o ténue autocontrole de   Dulce.
O fato de Christopher ainda poder sorrir quando ela estava dilacerada era mais
do que ela conseguia suportar. Mas tal sorriso também correspondia à li­nha de
frente no combate, pois contava com mega-watts de charme, e ela se flagrou
encarando-o, beben­do dos traços marcantes e bronzeados dele, do incrível
impacto daqueles olhos dourados e enigmáticos! De súbito, ela voltava para onde
estivera na noite anterior, ruborizada, tomada pela força frenética dos
próprios sentimentos, como uma adolescente diante do ídolo.

— Candy...
— Num só gracioso movimento, Christopher pôs de pé toda a sua altura e estendeu
a mão para ela.

O nome
que ele usou quebrou o encanto.

— Dulce.
O meu nome é Dulce Maria Saviñon — ela disse num tom de voz solene. —
Christopher... Como você pôde mentir para mim desse jeito?

Christopher
abaixou a mão e estreitou os olhos, pois não gostou da maneira como ela falou.

— Eu não
lhe contei nenhuma mentira — ele se defendeu.

— Você
sabia que eu nem suspeitava que você era Christopher Uckermann. Se você não
pretendia me dizer a verdade, deveria ter me deixado pra lá.

— Mas
você não queria ser deixada pra lá, cara mia — rebateu Christopher, se
perguntando por que ela criava tanta confusão por causa de uma notícia que
alegraria qualquer mulher normal. Então, em vez de ser um funcionário
ordinário, ele era o dono do negócio. Em vez de ser um profissional de razoável
sucesso, ele era um mega empreendedor. Em vez de receber um bom salário no fim
do mês, ele era um homem   rico,
possuidor de jatinhos e casas luxuosas. Qual seria então o motivo de tanta
reclamação? E quem ela pensava que era para acusá-lo de mentiroso? Ele havia
tido toda a cautela para não lhe contar inverdades.

Tensa, Dulce
empinou o queixo e respirou fundo.

— Você é
o meu patrão, e eu tinha o direito de saber disso.

— Dio
mio... Você está criando uma confusão por causa de nada! — censurou Christopher.

— Nada? —
disparou Dulce, revoltada.

— Isso
não deveria significar nada entre nós, ca­ríssima — reformulou Christopher,
enquanto avançava para segurar os punhos fechados dela.

Dulce se
esquivou e, irritada, abriu os braços em condenação.

— Você é
ainda pior do que eu pensava...

— O que
você quer dizer com isso?

Dulce
mantinha os olhos bem abertos e focados, porque as lágrimas novamente se
acumulavam por trás deles. Lágrimas de raiva e decepção.

— Eu
nunca teria passado a noite com você se sou­besse que trabalhava para você. É
um hábito seu dor­mir com as funcionárias?

— Per
meraviglia... — Um leve, mas perceptível tom de vermelho iluminou o rosto dele,
e seu físico alto e forte ficou rígido. Os olhos dourados queima­vam na direção
dela, uma punição pela ousadia do questionamento. — Eu nunca antes me tornei
íntimo de um membro do meu staff!

— Gostaria
de dizer que acredito, mas é difícil —afirmou Dulce.

 — Principalmente quando é óbvio para mim que
você não tem a menor ideia sobre os limites que um empregador decente deve
respeitar!

— A sua
raiva eu aguento, mas a sua insolência eu me recuso a aceitar — alertou Christopher,
de forma fria.

Dulce
tremeu, e os punhos dela se fecharam.

— Você
não está nem mesmo constrangido com o que fez, não é mesmo?

Christopher
a examinou, firme.

— Se eu
me arrependo de passar a noite com você? Não. Foi muito bom. Não considero a
nossa relação um erro. Na minha visão, o fato de você ser minha funcionária é
irrelevante nesse tema. Eu sou dono de muitas empresas, emprego milhares de
pessoas, e o tempo que vou passar aqui será pouco. Você não tem nada a ganhar
ou a perder por causa do meu interesse.

— Ah, é?
E como você chegou a essa conclusão? — O estresse fez a voz de Dulce subir uma
oitava. — Se um colega me reconhecer como a ruiva que o acompanhava na festa da
noite passada, eu não poderei nunca mais andar com a cabeça erguida aqui!  O meu único consolo é que ninguém me
reconheceu, e ninguém sabe a idiota que eu fui!