Fanfic: Nunca Me Olvides DyU (Adaptada)(Terminada)

Dedicado à Natyvondy

http://www.youtube.com/watch?v=vIMXdRWypjo

— Esse
foi o único comentário que eu fiz — asse­gurou Christopher, resolvendo que
nunca mais opinaria sobre a aparência de um funcionário sem pensar duas vezes.

O que
importava? O comentário havia lhe custado a promoção, mesmo que ele se
recusasse a reconhe­cer isso, refletiu Dulce, infeliz. Ele certamente sabia que
os executivos da Vonstar estavam loucos para agradá-lo. A crítica dele teria
colocado um grande ponto de interrogação sobre a pertinência de promo­vê-la a
gerente.

 — Quero repetir que não fiz nenhum comentário a supostas preferências físicas
em relação à funcionarias — concluiu Christopher, com clareza.

Dulce
permaneceu em silêncio.
Ele poderia ter a sensibilidade para atrair e cativar as
mulheres, mas nem por isso deixava de ser um cara como os outros ali. Uma cultura
masculina operava na diretoria executiva da Vonstar. Se Christopher tinha optado
por fazer piadinhas sobre mulheres na reunião com os diretores, ela sabia muito
bem que ele não poderia ter escolhido plateia mais receptiva.

— Eu presumo
que você tenha entendido isso —A cobrou Christopher, enfático.

Uma
risada que não tinha nada de risada soltou-se dos lábios dela.

— Não sei
se eu entendi, não. O seu comportamento na noite passada deixou mais do que
claro que você não respeita os limites que a média dos empregadores
automaticamente respeitaria.

Christopher
empinou o queixo arrogante.

— Não
aceito essa conclusão.

— E por
que deveria, quando está convencido de que nenhuma regra se aplica a você? —
disparou Dulce, com um tom feroz de acusação na voz. — Você dá a impressão de
acreditar que tem o direito divino de fazer tudo o que quer, não importa como
isso afete os outros. E os meus direitos? Você é o meu patrão, e sabendo disso,
o que aconteceu entre nós nunca poderia ter acontecido. Eu nem sonharia em me
exibir com você na frente das pessoas com quem trabalho! 

— Dio
mio, o que está feito está feito... — Christopher encarou o castanho nervoso do
olhar dela com os seus olhos dourados faiscando.

— Não
deveria nunca ter sido feito — murmurou Dulce, vacilante, investindo toda a
força de vontade para desconectar-se da carga poderosa do olhar mag­nético
dele. — E desleixada significa porca... E eu sempre fui limpa em toda a minha
vida...

— Eu
nunca disse isso... Só um pouco desarruma­da. — Christopher não podia crer no
esforço que fazia para aplacá-la. Estava irritado com ela. Tinha todas as
razões para isso, mas ainda se flagrava com os braços estendidos próximos a
ela, cauteloso como se tivesse prestes a abraçar dinamite.

— Eu não
sou desarrumada... O que você está fa­zendo? — Mesmo no ápice do discurso
orgulhoso de Dulce, o frio se instalou em sua barriga quando ele a abraçou.

— Me diga
que você não quer... — sussurrou Christopher.

O corpo
de Dulce ficou quente. Arrepiou-se, ávi­do, e o rosto ruborizou de vergonha.
Sentiu os seios pesados e moles, os mamilos se enrijecendo sob a roupa.

— Pare de
me olhar assim — implorou Dulce. Com uma risada grave, Christopher abaixou a
cabeça e brincou com seus lábios suaves, entreaber­tos.

— Vamos
conversar. A gente pode almoçar, em vez de jantar, cara...

— Não...

— O
jantar está muito longe... Por que precisamos ser tão pacientes? — A língua
dele abriu uma trilha

erótica por
entre seus lábios e fez da respiração de Dulce um gemido involuntário.

—  Saia... Minha carreira e minha reputação são
mais importantes para mim, e isso aqui não vai dar em nada — murmurou Dulce,
trémula, desesperada por um outro beijo, mas lutando contra o desejo com todas
as suas forças. Sabia muito bem o quanto se odiaria se deixasse que ele, pela
segunda vez, lhe ofuscasse o bom senso.