Fanfic: Caras e Bocas AyA, DyU, MyC (Finalizada.) | Tema: Rebelde

Já era umas 14h da tarde. Não havia ninguém na mina de diamantes naquele dia, o motivo ninguém sabia. Bianca estava do lado de fora e Felipe estava conversando com um funcionario. Ainda não havia nenhum sinal de Bruno. Pedro já estava dentro na mina a sua espera. Dulce estava a caminho para se encontrar com eles.

Felipe: o que? - coloca as mãos na cabeça. - O que está dizendo?
Funcionário: hoje ninguém pode entrar no local, está interditado.
Felipe: mais por que? - ficando nervoso.
Funcionário: porque tudo pode desabar, a qualquer momento...

Felipe nem ouve as últimas palavras do rapaz e sai corrento até a Bianca.

Felipe: liga para o Pedro. Manda ele sair de lá de dentro agora - fala ofegante.
Bia: o que? Por que? - sem entender.
Felipe: tudo vai desabar, Bianca - fala nervoso. - Manda ele sair, o mais rápido possível!

Sem mais demoras Bianca disca o número de Pedro. Ele atende no segundo toque. Bianca explicava o que estava acontecendo, mais a ligação estava tendo interferência.

Pedro: a ligação está ruim, eu não estou te ouvindo.
Bia: presta atenção. Pelo amor de Deus, saí daí agora - fala nervosa.
Pedro: não estou entendendo nada. Não dá para sair agora!
Bia: Pedro, você precisa...

Ela nem termina de falar e ouve um barulho estrondoso vindo de dentro da mina de diamantes. A ligação caiu na hora. Bianca fala alô sem resposta. Bianca e Felipe se desesperam.

Bia: Pedro, Pedro - o celular vai caindo de sua mão lentamente. - não, não, NÃO - ela ia correr para dentro da mina. Felipe a segura pela cintura. - NÃO - grita. - Felipe, temos que tira-lo de lá - chora em meio ao seu desespero. - Temos que ajuda-lo!
Felipe: não tem como, Bia - a segurava e já não contia as lágrimas também.
Bia: alguém tem que ajuda-lo - fala entre soluços.

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Na empresa...

Will: me desculpe pelas coisas que eu te disse - se aproxima. - Eu...
May: não, William - faz uma pausa. - Quem te deve um pedido de desculpas sou eu - suspira. - Eu fui injusta, não liguei para os seus sentimentos.
Will: não te culpo por isso. Não tinha como você saber o que eu sentia, eu estava tentando enganar a mim mesmo - faz uma pausa. - Eu aprendi a te amar, você me ensinou tantas coisas. E é por seu amor que eu vivo. Eu te amo, Maite - se declara.
May: William...
Will: você trouxe alegria para minha vida. Agora eu sei o que é amar de verdade. É só te ver que meu coração dispara, você conseguiu me mudar. E eu estou disposto a lutar por você - assume.

May fica paralizada, indigerindo as palavras que acabou de ouvir. William se aproxima lentamente dela e a beija com ternura. Ela o corresponde, e curtem o momento por alguns minutos.

May: você tem certeza das coisas que acabou de dizer? Dizer que ama alguém é uma coisa...
Will: eu nunca tive tanta certeza na minha vida. - diz sincero. - Me dê uma chance? Por favor.
May: eu... Eu não sei o que dizer
Will: não precisa dizer nada agora. Só não se afaste de mim - acaricia o rosto dela.
May: eu não vou me afastar de você - esboça um sorriso.

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Dulce chega ao encontro de Bianca e Felipe 40 minutos depois. Os dois estavam sentandos em uma grande pedra e vários bombeiros e polícias estavam em volta da mina de diamantes. O local estava com grande movimento. Dulce se aproxima dos dois. Felipe levanta o olhar.

Felipe: você está chorando, Dul? Já soube o que houve?
Dul: eu estou assim por outra coisa... - para de falar e agaicha até eles. - O que houve com vocês? Por que estão chorando?
Felipe: aconteceu uma trágedia - sente a voz falhar.
Dul: que trágedia? - começando a ficar nervosa.
Bia: deu tudo errado, Dul. Tudo errado - soluçava.
Dul: como assim tudo errado? - ela liga os fatos. - Peraí - se levanta. - Cadê o Pedro? Não... Não me diga que ele estava...
Bia: eu tentei avisar, mais foi tarde demais
Felipe: caímos em uma armadilha, Dul - se levanta. - O Bruno nos enganou!
Dul: meu Deus,e o corpo? Gente... - para de falar e passa as mãos nos cabelos. - Isso não é possível. Não pode esta acontecendo - não contém as lágrimas. - Calma, Bia - abraça a irmã. - Calma.

Bianca soluçava e Felipe e Dulce choravam em silêncio. Aquilo parecia mentira, alguns minutos atrás Pedro estava ótimo, e agora estava morto? Por que isso tinha que acontecer logo com ele? Uma pessoa nova, um garoto cheio de energia, não dava para acreditar que aquilo estava acontecendo.

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A nóticia da morte de Pedro já havia se espalhado...

May: teve mais alguma notícia? coloca a bolça no sofá. - Vim assim que soube. Encontraram o corpo?
Anny: ainda não, tudo na mesma. - suspira cansada. May senta ao seu lado.
May: não dá para acreditar que isso está acontecendo - fala com voz falha.
Anny: parace que estamos vivendo um pesadêlo sem fim - cai uma lágrima teimosa sobre sua face. - Logo o Pedro? -  se levanta. - Imagina quando o Poncho souber, ele vai perder o chão.
May: você deveria ir vê-lo.
Anny: e falar o que? Eu não posso fazer nada nesse momento, May!
May: só está ao lado dele, já será importante - se levanta.
Anny: ai, meu Deus, por que tanto sofrimento? Parece que isso não terá um fim - ñ se contém e chora.
May: temos que ser forte, para dá forças ao Poncho - deixa umas lágrimas cair.
Anny: eu não sei se consigo - balança a cabeça.
May: você é forte. Você consegue!

As duas se abraçam e choram. Elas tinha um carinho muito grande por Pedro. Esse momento estava sendo difícil para todos.

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Na delegacia...

Poncho: que cara é essa, Cris? Para de me enrolar, me diz logo o que quer!
Cris: o Pedro...
Poncho: não quero saber nada dele - revira os olhos.
Cris: e não vai saber mais nada dele mesmo - suspira.
Poncho: graças a De... Calma aí, do que está falando? - sem entender.
Cris: houve um acidente dentro da mina de diamantes, e o Pedro estava lá dentro - estava sendo dificíl para ele ter que contar o que houve.
Poncho: o que? Mais cadê... Cadê ele?
Cris: o Pedro morreu...
Poncho: morreu? - fica paralizado.
Cris: ele estava lá dentro quando tudo desabou - sente a voz falhar. - Até agora não encontraram o corpo.
Poncho: o que? Me diz que isso é mentira? -  Cristian olha para cima e não contém as lágrimas. - Cris, olha para mim! Isso não é verdade. Não pode ser.
Cris: eu sinto muito - foi a única coisa que conseguiu dizer. Poncho se levanta.
Poncho: o meu irmão? - coloca a mão no peito. - Meu irmão? Ele não pode me deixar. Não, não - coloca as mãos na cabeça. - A última vez que eu falei com ele, eu disse que o odiava - chora. - Por que, meu Deus? Eu preciso me desculpar. Eu quero ver o Pedro. EU QUERO VER O MEU IRMÃO - grita.
Cris: o corpo ainda não foi encontrado - se levanta. - Poncho... - ele chorava. - Poncho, você precisa ser forte. Precisa ser forte !
Poncho: eu nem pude dizer o quanto o amava - soluçava.
Cris: ele sabia disso... Ele sabia - consolava o primo.
Poncho: eu quero o meu irmão de volta. Por que ele? Logo ele? - falava consigo mesmo. - Ele tinha tantos sonhos, tantos planos. Tinha uma vida inteira pela frente - fala entre soluços. - Eu devia está no lugar dele, o Pedro não merecia isso. Não merecia! - nunca sentiu uma dor tão forte como essa que sentia agora. - A culpa disso tudo é minha.

Cris: não, não é - não sabia o que dizer.
Poncho: minha mãe, como ela está? Ela já soube?
Cris: sim, todos já estão sabendo.
Poncho: ele nunca fez nada de errado, ele não merecia isso - fala com dor na alma. - Ela fazia tudo por mim, sempre estava disposto a ajudar - chora compulsivamente.

Poncho perdeu seu irmão, a pessoa que mais amava no mundo. Ele estava inconsólavel, parecia que sua vida tinha acabado naquele momento. E não podia fazer nada para mudar aquela situação, nada traria seu irmão de volta.

Cris: se acalme, Poncho - tentava consola-lo.
Poncho: isso não é justo - balança a cabeça. - Não é.

Cris lhe dá um abraço. Ficam assim por alguns minutos. Poncho se acalma um pouco e diz...

Poncho: eu preciso sais daqui!
Cris: já estamos resolvendo tudo, você vai sair daqui!

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Dia seguinte...

A noite passada havia sido muito longa. O corpo de Pedro não foi encontrado. Por esse motivo, os amigos e famíliares se reuniram para fazer uma pequena homenagem que durou algumas horas. Quando acabou as pessoas foram embora ao poucos. Poncho e Dona Clara estavam inconsolaveis, e todos os desejaram os pesâmes. Bianca também não estava nada bem, ela se sentia meio culpada pelo o que aconteceu com Pedro, Felipe não saia de seu lado um minuto se quer. Ucker e Cris estava muito triste também. Anny estava com May e William. Dulce e Ucker não trocaram nem uma palavra, a mesma coisa com May e Cris. Anny se aproxima de Poncho, ele estava sentando olhando para o nada.

Anny: eu sei o que você está passando - senta ao lado dele. - Eu também perdir alguém que eu amo muito, pedir as duas pessoas mais importantes da minha vida - fala se referindo aos pais. - Eu pensei que não conseguiria viver sem eles. E no começo foi bem difícil mesmo.
Poncho: ta doendo, Anny! Doendo muito! - fala com a voz falha. - Por que logo ele?
Anny: eu sei que está doento, eu conheço essa dor. Há certas coisas que não tem explicação, a morte é uma delas. As vezes ela vem derepente e nos leva as pessoas que mais amamos. - fala já sentindo um nó na garganta. - Eu sei o quanto você o amava, e eu tenho certeza que ele te amava da mesma intensidade. E apesar dele não está aqui ao seu lado a partir de agora, ele vai permanecer vivo para sempre aqui dentro - ela coloca a mão no peito de Poncho, no rumo do coração.
Poncho: não queria tê-lo apenas aqui... Eu queria que essa dor passasse - abaixa a cabeça.
Anny: a dor nunca vai embora completamente, porque nesses casos a saudade traz consigo a dor. Com o tempo, você vai aprendendo a viver sem a presença dele. - Poncho a encarava com os olhos cheio de lágrimas. - Vai se acostumando com o fato dele não estar mais aqui, entre nós. Aí passa para a fase das lembraças, da saudade. - faz uma pausa. - Vem cá..

Ela termina de falar e sente um nó na garganta. Era a sua própria dor lhe invadindo, era inevitável não lembrar dos pais naquele momento. A dor vista nos olhos de Poncho, a remetia para a sua própria dor quando os perdeu. Ela abraça Poncho. Era o primeiro contando que eles tinha desde a separação. Ela queria arrancar aquela dor do coração dele, mais isso não era possível. Está abraçada com ele, a fez recorda o quando o amava, o quanto o queria bem. Ela fica alguns minutos o confortando. Depois se despede, com um beijo na testa. E diz que ele vai ficar bem!