Fanfic: Por Um Olhar | Tema: Cavaleiros do Zodíaco
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– Eu não acredito. - o loiro comentou emburrado, cerrando os olhos enquanto o encarava.
– Shion, tente entender, eu não podia dizer não a sua tia, e será apenas por alguns dias. - O Pai do rapaz tentava amenizar a situação; pois o semblante de seu filho era de desagrado total.
– Pai, eu não gosto dele, ele me irrita, tira brincadeiras de mal gosto comigo e me chama de maricas por causa do meu cabelo. É o primo que eu mais detesto. - continuou a explicar o menor com um timbre de irritação na voz. - Além do que... - suspirou desviando o olhar antes de continuar. - As vezes ele me olha de um jeito estranho que me incomoda muito. - concluiu mordendo o próprio lábio inferior em desaprovação aquilo que acabara de comentar.
Entretanto o Pai, que estranhou aquele comentário, não teve tempo de perguntar ou falar mais nada; pois ouviu uma buzina de carro tocar do lado de fora de sua casa e prontamente foi até a porta de entrada.
– Eles chegaram... - murmurou apenas, para o loiro, que foi deixado sozinho na sala naquele momento.
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– Comporte-se; não faça malcriações, obedeça a seu tio e acima de tudo Dohko, não brigue com seu primo Shion. - falava a mulher dentro do carro para o jovem rapaz ruivo que a encarava de forma despreocupada.
Entretanto ao ouvir a menção ao primo o seu semblante mudou; ficando mais sério e irritado.
– Mãe... Não precisa me avisar... Eu não tenho mais dez anos de idade sabia? - inqueriu o menor de forma aborrecida. - E é o Shion que não gosta de mim, e eu não tenho culpa disso. - falou de forma rebelde, revirando o rosto e fazendo bico; mas logo sorrindo de lado, de forma debochada, como se estivesse lembrando de algo.
A Mulher no carro suspirou pesadamente naquele momento; ela sabia bem quem era o filho que tinha, entretanto preferiu não dizer mais nada; apesar de que algo dentro dela lhe dizia que todas as recomendações não iriam servir para nada.
Viram então naquele momento a porta da casa à frente deles se abrir e um homem sair dela; homem este que ambos conheciam bem.
– Tio Sage. - Dohko se pronunciou indo em direção ao homem e o abraçando.
– Olá Dohko, como está? - perguntou Sage sorrindo ao rever o sobrinho que a tempos não via.
– Estou bem Tio, e o Senhor? - perguntou o rapaz com um sorriso jovial e um olhar animado.
– Não me chame de Senhor, não sou tão velho, e estou bem também. - comentou Sage assanhando ainda mais os cabelos rebeldes do ruivo ao passar a mão por eles.
– Sage, querido, tome conta desse daí por mim, volto em dois dias. - comentou a mulher no carro já dando a partida.
– Outro congresso? - o mais velho perguntou.
– Sim, outro, e esse é fora da cidade. Você já sabe como é... - ela comentou suspirando. - De qualquer forma olhe o Dohko para mim esses dias... Estava quase impossível tirá-lo da frente do videogame e dos sites pornôs da internet, você sabe... Jovens. - a mulher continuava a comentar de forma despreocupada, o que só vazia o rubor no rosto do rapaz aumentar.
– Mãe!!! - gritou o ruivo descontente e muito envergonhado.
Os dois adultos presentes então riram e logo depois da despedida a mulher partiu para seu destino.
– Temos Videogame e Internet aqui... Não vai ficar sem a sua diversão. - disse Sage piscando o olho para o menor enquanto adentravam na casa.
– Tio!!! - a vergonha estava estampada no rosto de Dohko, que não sabia se ria ou se ficava calado diante daqueles assuntos.
– Por favor Dohko, somos todos homens aqui... - cometou o maior sorrindo. - E eu já tive dezesseis anos. - proferiu por fim.
– Tio, eu tenho dezessete. - rebatou o ruivo sorrindo ao homem de cabelos brancos. - E na época do Senhor não tinha internet. - disse sorrindo, dessa vez com deboche.
– É... - o mais velho comentou... - Mas tinha Playboy impressa. - terminou por fim dando um alto grito chamando por Shion; enquanto que o ruivo se via realmente constrangido diante daquela conversa.
O loiro não demorou muito a chegar na sala, encarando de forma inexpressiva o próprio Pai e o seu recém chegado primo.
– O Dohko chegou - Sage comentou de forma simpática enquanto os dois jovens se encaravam.
– Sério... nem notei. - respondeu Shion com desdém; levando um olhar de advertência forte de seu Pai.
– Eu não quero brigas! - ordenou Sage enquanto se retirava da sala.
Shion então encarou o primo novamente; este por sua vez já não prestava mais atenção nele, pois estava olhando alguns porta retratos antigos de família em cima de um mogno verniz que havia na sala.
Shion cruzou os braços e encarou o primo mais atentamente. Dohko estava sem camisa, o que deixava visível todo o seu físico bem trabalhado de academia; sim, Dohko frequentava a academia desde os quinze anos, fato que Shion achava desnecessário, já que ele só fazia isso no intuito de atrair a atenção das meninas; estava também com uma mochila nas costas e uma bermuda jeans bege e sandálias.
Um visual bem desleixado na visão do loiro. O ruivo então virou-se em direção ao primo e viu que ele ainda o encarava com perplexidade; apesar de que o desdém e a superiodade ainda eram dominantes em sua expressão.
Dohko então sorriu; um sorriso debochado e provocativo e então se pronunciou:
– Que foi? - perguntou aumentando ainda mais o sorriso ao ver a expressão raivosa do primo se intensificar. - Ta gostando do que ta vendo? - questionou de forma provocativa e Shion bufou raivoso.
– Não me dirija a palavra. - falou aborrecido o loiro; deixando o cômodo e indo para seu quarto.
Dohko sorriu e balançou a cabeça negativamente; saindo também da sala para ir procurar por seu Tio casa a dentro.
Encontrou Sage no jardim podando algumas plantas; e assim que percebeu a aproximação do jovem, este se pronunciou:
– Deseja algo? - perguntou sorrindo entre os ombros, enquanto mantinha-se concentrado nas plantas.
– Seria bom um lugar pra tomar banho, né? - inqueriu Dohko com um meio sorriso.
– Peça a seu primo que ele te mostra o banheiro. - Sage disse sem olha-lo; enquanto continuava a cortas alguns pequenos galhos.
– Vai ser complicado Tio. Ele disse que eu não dirigisse a palavra a ele, então... - o libriano comentou estendo as mãos ao céu e fazendo cara de inocente.
Sage o encarou por sobre os ombros e sorriu... Ele realmente sentia vontade de rir naquele momento, mas preferiu tomar uma ar mais sério e centrado.
– Tem um banheiro no quarto dele. Você pode ir lá e usa-lo; e nem precisa pedir ao Shion; apenas vá e use, e se ele reclamar, deixe que eu me entendo com ele. - o de cabelos brancos comentou e o jovem sorriu.
Dohko pois as mãos nos bolsos da bermuda e em seguida seguiu para o quarto do primo.
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No quarto, Shion lia um livro de poesias deitado em sua cama; o único barulho audível no ambiente era o giro do ventilador que circulava, distribuindo o ar pelo cômodo.
O Ariano gostava de poesias; sim, ele se sentia bem lendo poemas, e acreditava que era uma forma linda e única de se expressar.
Estava tão concentrando em sua leitura que se assustou profundamente ao ouvir e ver a porta do seu quarto se praticamente arrombada em um estrondo forte.
O loiro arregalava os olhos ao ver tamanho disparate em relação a sua pessoa e a sua privacidade.
Dohko, seu primo, estava do lado de fora do quarto e então entrou de supetão no espaço; jogando sua mochila na cama do primo de forma que ela caiu com força sobre suas pernas.
Pegou a toalha do loiro pendurada no cabide e seguiu para o banheiro do quarto, fechando a porta atrás de si com certa força.
Shion olhou da porta do quarto para a do banheiro totalmente incrédulo e boquiaberto, e logo em seguida a sua expressão mudou para algo mais raivoso e inconformado.
Desceu de sua cama bruscamente e bateu na porta do banheiro.
Dohko abriu logo em seguida e o encarou inexpressivo; o libriano ainda não havia se quer tirado a bermuda, e sorriu satisfeito ao perceber o olhar de Shion fitar seu corpo inteiro na busca de saber se ele ainda estava vestido ou não.
Ao constatar que o ruivo ainda estava com suas roupas, Shion se pronunciou:
– Quem você pensa que é pra vir ao meu quarto, quase arrombar minha porta, pegar minha toalha e usar meu banheiro, hein? - questionou muito irritado o loiro.
Dohko sorriu provocativo com um olhar meio cerrado; o que desconcertou a pose autoritária do ariano a sua frente.
– Penso que sou seu primo e que seu Pai me mandou fazer isso... E quer saber... ? - perguntou Dohko desdenhoso. - Ganhei o dia priminho. - terminou dando uma piscadinha e fechando a porta na cara do loiro.
Shion viu a porta ser fechada com força e na sua cara; o que o deixou ainda mais abismado e indignado com o tamanho descaramento de seu primo.
Saiu do quarto aborrecido a procura de seu Pai; iria saber porque seu próprio Pai o odiava tanto a ponto de mandar aquele menino para seu quarto, tomar banho lá, e iria também saber o porque seu Pai havia se quer aceitado que aquela pessoa tão detestável a seus olhos viesse passar alguns dias em sua casa.
Chegou ao jardim e começou a balbuciar eufórico; e Sage, conhecendo bem o filho que tinha, tentou das melhores maneiras possíveis acalma-lo; pois Shion era o "pior" tipo de Ariano que ele conhecia; e apesar de como todo bom Ariano, que sempre tentava manter a calma; havia algo em Dohko, na personalidade dele que atiçava o pior em Shion; e Sage era quem sempre tinha dores de cabeça com isso.
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Após uma meia hora de conversas e discursões, o loiro voltou para o seu quarto ainda irritado com o hóspede que estava abrigando.
Chegou, tomou seu livro em mãos e poie-se a lê-lo novamente; tendo em vista que seu primo ainda não havia saído do banho; já que o barulho do chuveiro se fazia ouvir.
Continuou a ler por mais uns cinco minutos apenas, até ouvir a porta do banheiro se abrir e um Dohko todo molhado sair apenas enrolado em uma toalha.
O corpo de Shion estremeceu naquele momento... Suas pernas ficaram dormentes e sua respiração mais ofegante.
Os olhos do ariano percorriam o corpo do libriano de forma meticulosa, analisando atentamente cada curva bem desenhada e acompanhando em câmera lenta, cada gota de água que escorria pelos músculos, indo até parar dentro da toalha.
O loiro arfou naquele momento, o que chamou a atenção do ruivo, que até aquele instante, estava apenas enxugando o cabelo com outra toalha e de olhos fechados.
Dohko encarou o primo de forma inexpressiva, com um quase sorriso, algo bem leve, querendo brotar em seus lábios.
O loiro, por sua vez, mantinha-se fixo no olhar do libriano.
Ele estava com aquele mesmo olhar, aquele mesmo olhar estranho que vez ou outra lhe lançava; um olhar perigoso, como um pedido mudo de algo; um olhar que o ariano não gostava, pois não sabia decifrar ou entender o que ele queria dizer.
Dohko então desviou a atenção do primo indo em direção a sua mochila e retirando uma cueca boxer preta.
Shion viu aquilo e seu rosto ruborizou; e ao ver o maior fazer menção em abrir a toalha, o ariano se pronunciou:
– O que pensa que vai fazer? - questionou perplexo e com o rosto em rubor forte.
O ruivo o encarou arqueando uma sobrancelha; olhou então para seu baixo ventre, para onde as suas mãos estavam a desatar o nó da toalha na cintura e para a cueca em uma das mãos e em seguida voltou a atenção para o primo, o encarando com inexpressividade.
Aparentemente Dohko achava que a resposta para a pergunta de Shion era meio "óbvia" demais para precisar ser respondida.
– Não vou ficar aqui vendo isso... - sentenciou Shion descendo da cama e saindo do quarto; o que arrancou um sorriso maroto de Dohko.
O Ariano chegou a sala de sua casa e sentou-se no sofá, passando a mão pelos vastos cabelos ondulados e a pondo sobre a testa logo e seguida. Estava frustrado, chateado e profundamente incomodado com a presença do primo em sua casa, e principalmente em sua vida;
Suspirava pesadamente com a continuidade de seus pensamentos; Dohko estava há apenas uma hora em sua casa e ele já estava lhe causando problemas;
A respiração do loiro estava agitada, seu corpo levemente suado; o rosto, ainda ruborizado da visão de instantes atrás e o coração em batidas desenfreadas; e tendo tudo isso em consciência, Shion sentiu a necessidade de levar um de suas mãos ao pescoço.
E ao tocar a alva pele ele constatou o que temia; seu corpo estava quente; estava mais quente que o normal; mas a questão que imperava na mente do ariano era "por que?"; Por que a presença revoltante daquele primo em especial lhe causava tanto repúdio; o mesmo não conseguia entender o porque, e sinceramente, nem queria.
Afinal, seria apenas perder mais e mais tempo pensando nele, e Shion não estava disposto a fazer isso. Ajeitou-se então de forma mais cômoda na sofá e reabriu o livro de poesias, no intuito de continuar a lê-lo e espairecer um pouco.
–--- X ----
Aquele dia se passou sem mais problemas entre os primos, e sem Sage ter de ouvir mais e mais reclamações vinda de nenhum dos lados.
A noite caíra rápida; e logo os três estavam jantando a mesa, todos quietos e de forma cálida.
Sage, que ainda se preocupava com a relação do filho e do sobrinho, olhava de um para o outro, esperando que alguém se pronunciasse, coisa que não aconteceu.
– E então meninos? - questionou chamando a atenção de ambos... - Se entenderam? - questionou novamente e por fim; recebendo um olhar assassino de Shion e um desinteressado de Dohko.
– É... Parece que não. - comentou, revirando os olhos e voltando a atenção a seu prato.
– Eu to de boa; - Dohko comentou após sua última garfada. - o problema é ele... Ele que não vai com a minha cara... - comentou o libriano apontando o dedo para o primo sem encara-lo.
– Me pergunto como poderia eu ir com a cara de um abusado como você. - rebateu o ariano, o encarando de forma imponente e levando um guardanapo a boca; limpando-a.
– E me pergunto também se você não sabe que cabelo grande caindo na bunda é coisa de mulherzinha?! - Dohko rebateu ainda mais imponente e com um sorriso debochado e malicioso no rosto.
O ruivo arqueava a sobrancelha de forma inquiridora, como se exigisse uma resposta do primo; que por sua vez lhe lançava olhares assassinos.
– Ei, já chega vocês dois. - Sage interferiu com uma expressão de desgosto, afim de dar um fim naquele confronto.
Shion levantou-se bruscamente da mesa batendo forte com as mãos nela. - Eu não vou ficar aqui sendo insultado. Com licença Pai. - falou alto e emburrado o Ariano; levando seu prato a pia e saindo para a sala.
Dohko e Sage apenas se entreolharam e o mais velho suspirou. Voltando então a comer sua comida.
Dohko por sua vez fez o mesmo...
–--- X ----
A Noite passava rápida enquanto Shion assistia documentários na TV; o relógio na parede já marcava 23h34, e o loiro achou melhor ir se deitar.
Desligou a TV e dirigiu-se ao seu quarto; e quando entrou, visualizou algo que não esperava ver.
As luzes estavam apagadas, e apenas a luz da tela do computador permanecia acessa; Dohko estava lá, vendo sites de vídeos pornôs, enquanto a sua bermuda jeans estava desabotoada e seu zíper aberto, revelando o volume altivo na boxer preta.
O ruivo digitava qualquer coisa na aba de pesquisa, possivelmente procurando algum vídeo específico, enquanto que o loiro aproximou-se inconformado; fechando a porta do quarto e chamando a atenção do maior para si.
Eles se encararam inexpressivos a princípio, mas Dohko pareceu não se importar com a presença do primo e continuou a ver o site enquanto apalpava seu volume desperto na boxer preta.
Shion se aproximou de braços cruzados até ficar bem próximo do ruivo; este ainda o ignorava; até que após visualizar mais uma vez o baixo ventre de Dohko, - E não deixar de corar com isso. - Shion se pronunciou:
– O que pensa que está fazendo? - perguntou o loiro quase bufando de raiva.
Dohko o encarou de forma despretensiosa e arqueou uma sobrancelha; será que era alguma mania de Shion fazer perguntas óbvias, ou ele era burro mesmo?! O libriano não sabia, mas preferiu responder essa:
– Procurando putaria na internet pra tocar uma. - disse de forma despreocupada; o que fez o loiro arregalar os olhos e se irritar mais.
– É o que? - perguntou Shion com uma expressão de puro descontentamento e raiva.
– tchiuu.. Fica quieto, ou vai acordar o seu pai. - comentou o maior, voltando a ver os vídeos.
– Escute aqui... seu... seu... Puto... - disse o ariano, o fazendo encara-lo novamente. - Pode fazer isso na sua casa, mas aqui não. - falou extremamente aborrecido o loiro, mas queria se controlar; não iria abrir um escândalo de quase meia noite no seu quarto.
– Ai, como você é hipócrita! - comentou o libriano aborrecido. - Até parece que nunca tocou uma?! - questionou o ruivo; sorrindo abertamente ao ver o rubor tomar conta da face do primo e sua raiva aumentar com o comentário.
– Tocar o que? - questionou Shion de forma retórica, desdenhando ao máximo o comentário de seu primo. - Ouça bem; se você é desse tipo... Eu não Sou! E fique você sabendo disso... - sentenciou o menor com altivez.
– Esse tipo o que? Que se masturba? - questionou Dohko ainda mais desdenhoso. - Todo homem faz isso... Ou seja, todo homem e desse tipo... - comentou voltando a atenção a tela e sorrindo maliciosamente. - Agora se você não é... ai num é problema meu. - comentou ainda mais provocativo o libriano.
Shion respirava fundo e coçava a mão para não marcar os seus dedos na cara daquele garoto insolente.
O loiro então começou a contar mentalmente até dez, esperando que sua raiva passasse, entretanto ela não passava.
Preferiu sair dali e ir para a cama; e quando deu a volta no quarto, quase caiu no colchão que estava no chão.
– Mas o que é isso? - questionou para si mesmo; mas Dohko respondeu.
– Um Colchão... E nem venha me encher. Foi ideia do seu Pai, e olha que eu tentei convencê-lo do contrário, mas não adiantou. - comentava o ruivo ainda atento ao computador.
– Ah, que ótimo. - comentou o ariano deitando-se emburrado na cama.
Dohko então parou de procurar os vídeos e subiu o zíper, abotoando a bermuda e desligando o computador.
– Você reclama demais... perdi o tesão... brochei... - disse por fim o ruivo indo e deitando-se no colchão ao lado da cama do primo.
Da janela, uma baixa luz entrava vinda dos postes da rua, uma luz que iluminava apenas a cama e o colchão, e era essa luz que deixava uma atmosfera de sensualidade no ambiente.
Shion estava deitado na cama e virado na direção do colchão de seu primo, mas evidentemente não estava olhando pra ele; olhava para o vazio, para o nada, e os pensamentos em sua cabeça o deixavam confuso.
A visão de seu primo a instantes atrás havia mexido e muito com ele; o ariano não sabia o que estava acontecendo, mas algo dentro dele o alertava para aquilo, tanto para o lado ruim, quando para algo bom.
Ouviu então um barulho estranho vindo da cama de baixo; como uma respiração mais descompassada e rítmica.
Olhou então com muito cuidado pela beira da cama até ver o rubor no rosto do primo e sua respiração mais pesada e intensa.
Caminhou com seu olhar então pelo corpo de Dohko até seus olhos arregalarem ao visualizarem a mão do ruivo apalpar o seu membro por cima da bermuda; este, já altivo novamente.
Shion caminhou então seu olhar de volta ao rosto de Dohko e se surpreendeu, corando novamente ao ver que o maior o encarava; e para seu azar, era com aquele olhar...; Sim, aquele mesmo olhar enigmático e inexpressivo com que ele sempre o encarava; um olhar de inquisição; um pedido mudo para que algo acontecesse.
O loiro então perdeu o controle de sua própria respiração, que se tornou mais intensa naquele momento; o braço, de forma inconsciente, escorregou para fora da cama, ficando suspenso e encostando no colchão.
Dohko olhou rápido para o movimento de Shion e voltou a encara-lo; o loiro por nenhum momento desviou a atenção de seu semblante, e meio que por instinto, o ruivo levou a sua mão de encontro a do primo.
Shion olhou para o toque de Dohko em sua mão e em seguida de volta ao libriano, que permanecia a encara-lo com aquele mesmo olhar; só que ainda mais intenso.
O ariano ruborizou fortemente naquele momento, sem perceber que a mão do primo condizia a sua em direção ao seu membro.
O menor apenas percebeu isso quando sentiu que o ruivo fechou sua mão por sobre seu pênis ereto ainda dentro da bermuda o fazendo toca-lo com força; o que fez o loiro fechar os olhos e enconder o rosto no colchão de cima; enquanto sentia a pulsação forte do membro do primo em sua mão e escondia e abafava o afago alto que estava querendo proferir.
A Expressão do maior foi de prazer puro ao fazer aquilo; e logo que Shion voltou a encara-lo e seus olhares se cruzaram novamente... Dohko assentiu com a cabeça, como se tivesse fazendo um pedido mudo para que o loiro continuasse.
Shion se retraiu um pouco enquanto Dohko assentia novamente fazendo um novo pedido.
O loiro nada disse, entretanto o ruivo desabotoou novamente a bermuda e desceu o zíper; levando logo em seguida a mão do primo para dentro de sua boxer fazendo-o encostar em seu membro já lubrificado; tamanha era sua excitação.
Shion gemeu e arfou continuamente naquele momento... Seu próprio membro que já estava desperto na cueca, pulsou naquele momento indicando o que seu corpo queria o que sua mente negava.
Dohko então retirou seu membro da boxer; já totalmente lambuzado de uma secreção transparente que emergia da glande e fez Shion encara-lo.
Um membro altivo, forte, meio curvado para cima e com uma glande avermelhada e melada; com veias saltadas por toda a extensão e pelos ralos na base.
Shion arfava com aquela visão; e um gemido rouco saiu de sua garganta ao ver o primo levar sua mão até aquele falo e fazé-la envolvê-lo e começando a masturbá-lo;
Ambos se entregaram a gemidos incontroláveis; entretanto baixos, pois não queriam acordar o Pai de Shion.
O loiro sentia o subir e descer de sua mão no membro do ruivo e o calor que emanava daquele pedaço de carne; a mão de Dohko com a sua também a esquentava e a cada movimento de sobe e desce o loiro sentia o pulsar dominante do pênis do maior.
O líquido pré-gozo escorria pela extensão do membro até encostar e lambuzar também a mão do ariano, que gemia a cada segundo.
Dohko permanecia de olhos semi abertos, com o rubor totalmente evidente em seu semblante e uma expressão de puro êxtase.
O ruivo encarou novamente o loiro e o menor a ele; ambos se olharam entre os gemidos baixos que davam, até o ruivo se pronunciar:
– Chupa! - foi a única coisa que Dohko disse.
Shion encarou seu membro e depois voltou para ele, mas nada respondeu; entretanto o silencio do loiro que não parou de estimula-lo foi mais que uma resposta bem vinda.
O maior se levantou do colchão parando a masturbação por alguns segundos e subiu para o cama do primo, deitando-se ao seu lado; continuando então ele mesmo o movimento de masturbação.
Dohko encarou Shion que apenas o observava e apontou para seu membro com o rosto.
O ariano então começou - ainda bastante temeroso e nervoso. - a se mover em direção ao membro de Dohko; e quando sua cabeça já estava bem próxima, o ruivo cessou por um momento a masturbação arregaçando o prepúcio e revelando a glande em toda sua altivez.
Shion olhou para ele mais uma vez e ele assentiu com a cabeça, o que fez o loiro passar a língua de leve no cogumelo avermelhado, provando então do sabor salgado do primo.
O Maior gemeu leve e logo em seguida sentiu seu membro ser envolvido por completo pela boca quente e macia do menor.
Shion não sabia bem o que fazer, e como proceder naquela situação, então deixou que o libriano o guiasse com as mãos e o mostrasse o ritmo em que queria ser chupado.
Logo o ariano loiro estava sugando o maior com habilidade e maestria; como todo bom Ariano, Shion aprendia rápido as coisas, e essa era uma qualidade que Dohko estava apreciando e muito naquele momento.
Os gemidos estavam mais e mais intensos, entretanto não podiam extrapolar, para não terem problemas; mas as coisas estavam difíceis, principalmente para o libriano que tinha que se conter para não berrar de tesão com os movimentos do Ariano.
Não demorou muito e Dohko ejaculou em fortes jatos, todo o seu orgasmo na boca do primo.
O menor por sua vez, que já engolia o falo do maior com dificuldade, quase vomitou ao sentir ter a sua boca totalmente invadida por aquele líquido espesso, leitoso e quente.
Shion tirou rapidamente o falo do primo da boca e tentou engolir o máximo que pode; mas o gosto era muito forte e ele acabou correndo para o banheiro e cuspindo boa parte do vaso.
Ao voltar, o ariano ruborizado encarava o libriano com descrença; como se não acreditasse no que acabaram de fazer.
Aproximou-se lentamente da cama, e ao fazer isso sentiu-se ser puxado por ele e beijado com volúpia e intensidade.
Dohko enfiou a mão dentro do short do primo e constatou que seu membro também estava ereto; logo em seguida virou Shion na cama ficando por cima dele.
Começou então a descer pelo seu corpo, depositando beijos na boca e pescoço; e ao chegar ao membro do ariano ele o abocanhou quase que de imediato; arrancando gemidos do loiro que apertava forte os lençóis da cama em resposta ao prazer que recebia.
Pouco depois era Shion quem ejaculava na boca de Dohko; mas diferente do loiro, o ruivo engoliu tudo e ainda o beijou; fazendo-o provar de todo o seu sabor.
Logo depois, com a boca ainda lubrificada, Dohko desceu novamente para o baixo ventre de Shion; desça vez lambendo saco e descendo para a sua entrada.
Quando Shion sentiu a língua afoita do primo em sua entrada, ele o puxou o fazendo encara-lo.
– Dohko... Eu não sei estou pronto; eu tenho medo. - sentenciou o menor, fazendo o ruivo sorrir e dar um selinho leve em seus lábios.
– Relaxa... Eu vou ser o mais carinhoso possível... - disse o ruivo, o beijando intensamente e logo voltando ao seu "serviço".
Por alguma razão que o ariano aparentemente não sabia, as palavras do libriano o acalmaram muito, permitindo que ele relaxasse; e logo em seguida se deixasse ser penetrado pelo maior.
A princípio; Dohko encontrou uma enorme dificuldade nisso, pois Shion sempre se retraia, o que dificultava a sua penetração; mas após vários beijos carinhos e o preparo necessário; o ruivo conseguiu introduzir a glande no orifício do menor; fazendo-o gemer e aparecer uma expressão de dor em seu semblante.
Dohko beijou então... boca, pescoço, rosto; depositando assim todo o seu peso sobre o corpo do menor e o penetrando completamente; aterrando-se inteiro, até o talo, dentro do loiro.
O Gemido de Shion, que seria um enorme grito que acordaria seu pai, foi totalmente abafado pela boca de Dohko que capturou a do primo com um suculento e luxurioso beijo.
O ruivo então esperou algum tempo antes de começar a se mover dentro do loiro; Shion era apertado demais, e o estrangulava em seu interior; fato que só aumentava o tesão do libriano.
Dohko passou então a mover-se de forma lenta inicialmente, e com o passar do tempo passou e mover-se mais rapidamente, estocando fundo o primo e gemendo junto com ele naquele quarto escuro.
– Quem é o seu Tigrão, hein?, Fala... - dizia o maior entre gemidos e afagos enquanto arremetia-se dentro de Shion.
– Dohko; seu cachorro miserável...aahhhh.. - o loiro tentava inutilmente rebater a pergunta abusada do primo; mas sua mente estava nublada de prazer e não conseguia se concentrar em nada; a num ser em sentir seu primo dentro de si.
– Fala... Quem é o teu tigrão... aaarrggghhh... Fala porra... - inqueria o libriano entre os gemidos..
– ah, ah, ahhhh, aahhhhh, é você.... Só você...aahhh... - gemia descompassadamente e alto os dois; já não se importavam mais se o pai, ou tio, iria escutar os gemidos. Queriam apenas se satisfazer...
E foi ao ouvir essas palavras de Shion que Dohko arremeteu-se ainda mais brutalmente e ferozmente dentro do menor; ejaculando fortes jatos de esperma em seu interior numa última estocada.
O ruivo caiu então por cima do menor; ofegante e totalmente fora de si.
Shion, por sua vez; estava em êxtase total; como se houvesse enfim alcançado o paraíso.
Ambos então adormeceram ali, naquele momento; deixando que o sono selasse aquelas lembranças para sempre em suas mentes.
–---- X -----
O loiro acordou ainda meio dolorido da noite passada; ouviu então no banheiro o barulho do chuveiro, e as lembranças na noite anterior vieram a sua mente como flechas certeiras.
Ouviu o bater da porta de seu quarto e a voz de seu Pai se pronunciar:
– Dohko, Shion, café ta na mesa. - gritou Sage saindo logo em seguida.
O ariano olhou para o relógio e constatou que já era dia; pois o aparelho marcava 8h04 da manhã.
Viu seu primo sair do banheiro todo molhado nos segundos seguintes, e não se importou de vê-lo trocar de roupa na sua frente dessa vez.
Dohko o olhou e sorriu, dando-lhe um "Bom Dia"; que foi prontamente respondido pelo loiro com um sorriso.
Shion foi então para o banheiro tomar banho; estava fedendo... E não há qualquer coisa... Estava fendendo a Sexo.
Terminou seu banho, trocou-se e partiu com o primo para a cozinha.
Chegando lá; ambos sentaram e Sage os cumprimentou:
– Bom Dia, Rapazes, dormiram bem? - questionou o mais velho os encarando.
Shion e Dohko se entreolharam cúmplices e assentiram que sim.
Sage estranhou aquele comportamento, mas deixou pra lá.
Aquele dia passou rápido, e Shion e Dohko estavam mais próximos.
Ao Cair da noite, ambos foram dormir cedo, e mais uma vez aconteceu o eles queriam... Pois aquela foi mais uma noite de Sexo e Prazer que partilharam..
–---- X -----
No último dia a mãe de Dohko veio pegá-lo e ele e Shion já estava bem próximos; conversando e sorrindo com as piadas um do outro; comportamento que tanto Sage, quanto a mãe de Dohko estranharam, mas nada falaram.
Dohko então se foi; deixando seu primo Shion para trás, mas os dois rapazes de dezessete anos marcaram de se ver de novo em breve; para que pudessem repetir novamente as aventuras de outrora.
FIM
Autor(a): archer_beafowl
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