Fanfic: Asas Caidas | Tema: Fantasia/ Original

O sol naquele final de tarde já brilhava com dificuldade, e naquela clareira silenciosa, era visível apenas pelo horizonte distantes. Algumas estrelas já brilhavam no céu, e ao lado oposto do sol, uma pequena parte da lua já era visível.

Uma pequena cabana de madeira, com decorações extravagantes no seu exterior, estava localizada próxima a uma lagoa que refletia a figura do sol. Um senhor de meia idade, que aparentava ter seus cinquenta anos, saiu da cabana. Ele acendeu um lampião e o pendurou por uma corda no teto de sua varanda. O homem viu o reflexo do sol na lagoa e deu um sorriso, mostrando a falta de dentes em alguns lugares de sua boca.

Ele se ajoelhou em frente a lagoa, colocou a mão em forma de concha dentro das água, e levou a água até seu rosto. O homem levou a mão esquerda até a água, e lá ele a afundou.

Guilherme: Foi a quarenta anos atrás, mas o meu sonho eu bem me lembro. "Em forma de cometa tu nos verá. E quando chegarmos, a mais bela civilização renascerá." Deis de então, minha alma pertence a verdade, pertence a elas.

Ele retirou a mão da água, e a colocou numa altura a cima de sua cabeça. Ele retirou uma adaga do vestido que usava e vez um corte profundo de uma extremidade a outra. Ele deixou o sangue jorrar na água, e observava cada gota caindo na água com um sorriso no rosto.

Guilherme: E então... a mais bela civilização renascerá.

Foi então que ele viu. Era o cometa. O homem observava o cometa chegar cada vez mais perto, enquanto ainda deixava o sangue cair na água e mancha-la de vermelho. Seus olhos eram vidrados, o seu sorriso ia de uma ponta a outra, e seu olhar se fixava no cometa chegando cada vez mais perto. Uma ventania começou, e era tão forte que era possível ouvir o vento.

O cometa em chamas colidiu com a água. Bolhas começaram a surgir na superfície onde isso aconteceu. E não tardou até que a figura de uma jovem mulher emergisse da água. Seu cabelo era comprido, porem estava completamente seco, usava um vestido curto que deixava a mostra o decote dos fartos seios. Ela andou sobre a água como se fosse gelo, e de uma forma tão delicada e poética. O sol já não brilhava mais no horizonte.

Ela parou na frente do homem, que agora já havia se levantado. Porem sua mão cortada continuava para cima.

Guilherme: Eu esperei muito tempo pelo retorno de todas vocês. E então, a mais bela civilização renascera.

Ele viu nos seus olhos, algo era diferente. Ele viu nela o olhar sobre humano.

Mulher: Teu nome é Guilherme. Ouvimos tuas orações, devo dizer que foi o único a desejar nosso retorno.

Sua voz era fria porem sedutora.

Guilherme: Eu esperei muito tempo por vocês...

Ela deu um largo sorriso e soltou uma risada abafada com os lábios fechados.

Mulher: Que bom...

No fundo dos olhos dela, algo brilhou, e no mesmo instante sua mão encontrou com o pescoço do homem. As unhas da mulher arrancaram a carne de uma extremidade a outra, sujando os dedos dela de vermelho. O sangue manchava o pescoço do homem, enquanto seus olhos eram inundados de pavor. Não demorou até que o corpo sem vida caísse no chão, com a boca aberta e o terror em seu olhar.

Ela se aproximou da cabana, colocou as mãos nela fechou os olhos com força e ao abri-los a chama em seu olhar havia concedido fogo em suas mãos. O fogo azul queimou a madeira e tudo que havia nela até o final. E a mulher ficou lá até restar apenas cinzas.