Fanfic: Asas Caidas | Tema: Fantasia/ Original

Sofia inundava-se de preocupação, a criatura olhava para o céu avermelhado do planeta aonde vivia, e se torturava com o passado perguntando a si mesma se devia ter se arrependido das decisões feitas. Não dormia bem a muito tempo já, e era impossível esconder sue semblante de preocupação. 

Subitamente, decidiu fazer algo a respeito do que a afligia. Caminhava correndo em direção ao seu destino, e mordia a ponta das unhas inconscientemente, como resultado da sua preocupação.

Era uma moça bonita. Seu cabelo era moreno puxado para o ruivo, um tom que se assemelhava muito a cor vinho, porem mechas brancas por todo seu cabelo, contrastavam com a cor escura. Seus lábios da mesma cor do cabelo, tinham um tom natural de vinho. Seus olhos eram grandes e negros, e eram contornados pelos seus cílios volumosos. Ultimamente, seus olhos eram "enfeitados" pelas olheiras em decorrência de seu cansaço, e o tempo todo andava com a testa enrugada e o cenho frisado.

Após um longo tempo de caminhada, chegou ao seu destino. A fortaleza era cercada por uma muralha que aparentava ter dez metros de altura, e um grande portão separa o que estava lá dentro do que estava do lado de fora.

Duas mulheres se encontravam no topo dos portões, e Sofia dirigiu sua palavra a elas:

Sofia: Quem está ai em cima?

Amélia: Somos Amélia e Raísa, destinadas pela rainha Catrina a guardar os portões sagrados. 

Sofia: Aqui é Sofia, primeira do seu nome e irmã da rainha Catrina. Os portões devem ser abertos para mim, desejo falar com ela.

Raísa: Perdão Sofia Sangue Azul, aqui em cima é difícil distinguir alguém tão importante quanto tu.  

Os portões foram abertos, Sofia agradeceu as guardas e entrou por ele. Ela entrou pela fortaleza, algumas pessoas ao verem ela fizeram uma breve referencia, Sofia não se importou em retribuir o gesto, estava com demasiada pressa. Ela chegou ao grande cômodo, a sala do trono. No final da sala, jazia um grande trono que estava sendo ocupado por uma moça com feições parecidas das de Sofia. Esta estava sorridente.

Catrina: Sofia! Que surpresa agradável. Por que estás aqui? Quase não vem me visitar.

Sofia: Catrina, preciso falar com você. - disse ela em tom de preocupação, mesmo assim Catrina continuou sorrindo.

Ela nunca deixava de sorrir, não importa a situação, Catrina sempre fora assim. Sofia não era capaz de lembrar a última vez em que sua irmã deixara seu sorriso de lado.

Catrina: Ah queria não venha com essa, tu se preocupas demais. Tudo que fiz foi para o bem de todos. Logo, logo, estaremos longe daqui no lugar aonde merecemos ficar!

Sofia: Você não acha nem um pouco que o que você fez foi errado?

Catrina: O que eu fiz? Querida não fui só eu. Você concordou com tudo sabia? Se bem me lembro, você foi a que mais me ajudou.

Sofia: A Vic pode estar errada...

Catrina: Por que ela estaria? Queridinha vamos revisar o que aconteceu. A cem anos atrás, uma do nosso próprio povo teve uma profecia de que as ruínas do nosso mundo estava próximo. Então, cem anos depois, novamente uma de nós teve uma profecia de que nosso mundo seria desintegrado por um meteoro, e toda a vida aqui morreria. Coincidência? Eu duvido.  

Sofia: Mas Catrina...

Catrina: A nossa líder, a pessoa que era para ser nossa rainha e nos guiar para um futuro melhor, queria que vivêssemos aqui para morrermos. Eu me lembro muito bem, eu disse a ela que esse não era o único planeta neste universo, e que nós bem podíamos sair daqui e procurar outro lugar para viver. Ela se recusou. 

Sofia: Não era preciso ter matado ela! Podíamos te-la exilado ou apenas prendido. Podíamos ter dado a opção para ela de renunciar...

Catrina: Boa ideia! Devia ter sugerido isso quando você me deu o punhal que fez o sangue dela jorrar no chão.

Sofia se calou, não sabia o que dizer.

Catrina: Não quero que se sinta mal irmanzinha, quero que veja que não fez nada de errado. Ela devia ter morrido para que a nossa existência não acabe da forma mais trágica possível. Se continuarmos aqui morreremos. Eu enviei a Vic para o mundo dos humanos para analisar a situação lá, e em breve, aquele mundo vai ser palco da mais bela civilização que já existiu. 

Sofia não sabia se as palavras de Catrina foram de grande ajuda.

Sofia: Não vamos machucar eles, não muito... chega de sangue. Terá misericórdia, promete?

Catrina deu um riso abafado e alargou ainda mais seu sorriso.

Catrina: Mas é claro, irmanzinha.