Fanfic: Numa Noite Qualquer | Tema: Pokémon
O tilintar da porta que se abria foi o sinal para que todos que ali estavam pudessem encarar aquele que entrava de soslaio no ambiente.
Roupas escuras, chapéu de homem, cabelo um tanto ruivo, pintado de vermelho pela fraca luz do poste que tocava as poucas madeixas que escapavam para fora do chapéu. Uma expressão séria em seu semblante, evidenciada pelo sorriso que não se apresentava. Ele não sorria. Estava com os lábios fechados e o cabisbaixo. Não sorria e não encarava ninguém. Apenas dirigia-se a mesa do bar onde o garçom passava em movimentos repetitivos uma flanela qualquer por sobre a tábua de madeira.
A expressão do homem ao encarar aquele sujeito era indecifrável. Ele estava quieto, em silêncio... Apenas a observar a figura que se aproximava deixando esvoaçar seu sobretudo negro pela leve brisa que entrava pela porta não fechada.
Chegou... Sentou-se no bar e permaneceu calado; enquanto o homem encarregado o encarava com ligeira curiosidade, mas ainda em silêncio... Talvez esperasse que ele se manifestasse e pedisse algo, como uma bebida talvez... Porque isso era o que ele tinha a lhe oferecer... Bebidas...
Atrás dele, Vodcas, martínis e Uísques de todos os tipos enfeitavam a prateleira do bar, dando-a um tom colorido e exuberante com o contraste tão incomum dos líquidos e garrafas que ali haviam.
O Garçom então percebeu o levantar da mão do homem a sua frente, que rapidamente ergueu o semblante, deixando que seus ferozes olhos castanhos se mostrassem pela primeira vez.
Um sorriso leve se desenhou naquele rosto quase adolescente, e o garçom ainda o observava sem muito interesse, ainda esperando que o mesmo iniciasse alguma comunicação.
– Uma dose, por favor... - o rapaz se pronunciou; e um timbre de voz pacífico, um tanto rouco pelo amadurecimento, se fez presente no recinto.
O garçom apenas assentiu, confirmando com a cabeça e lhe trazendo o copo vazio, enchendo-o com o líquido ardente e transparente logo em seguida.
Em apenas um único gole, o rapaz tomou aquela bebida, urrando baixo logo em seguida ao sentir-se ser rasgado por dentro pelo ardor dominante de seu pedido.
Pôs o copo novamente em cima da mesa, usando de certa força para tal, e nessa hora, notava-se o brilho nos olhos dourados ganhar certa melancolia ao mirar o copo já vazio enquanto o movimentava levemente com os dedos.
– Eu não sei quem você é garoto, mas dá pra perceber que precisa de outras dessas... - comentou ao encher o copo do rapaz novamente, o que o fez fitá-lo um tanto curioso. - Essa é por conta da casa. - disse por fim e saiu, para atender outro homem que chegara ao balcão.
O castanho observou novamente aquele líquido transparente... Tão convidativo e interessante se mover lentamente dentro do copo, até seu movimento cessar por completo; e após mais alguns segundos de inatividade, ele pois-se a beber novamente aquela bebida, e sentir então, mais uma vez, a dor de sua escolha lhe corroer o interior.
Olhou então ao redor, ainda desnorteado do ardor fumegante da bebida que ingerira, e logo pode perceber um outro rapaz, um moreno um pouco baixo, sentado numa mesa distante naquele bar. Ele parecia sozinho, e assim como ele, olhava de forma inexpressiva para o copo de bebida que tinha à sua frente.
Ao que parecia, ele deveria estar na mesma situação que o outro, pois também se via assim à poucos instantes.
O moreno era um tanto baixo, com cabelos rebeldes e eriçados, desgrenhados pelo vento ou mesmo pelo ir e vir do dia a dia. Usava uma roupa simples; uma camiseta azul e uma calça jeans, e podia se ver os desenhos delineados de cada músculo através daquele tecido tão fino. O rapaz não tinha um corpo "atlético", porém também não era franzino; aparentava até ser um adolescente perdido em meio aquele ambiente tão adulto, mas o castanho sabia que vislumbrava um "homem" ali, e não uma criança.
O olhar de ambos se cruzaram então, resultado de uma leve virada de cabeça do menor; e ao constatar o olhar do outro sobre si, um estreitar de olhos lhe mandou a resposta que ele queria: "Não, eu não estou afim, e nem tente"; era mais ou menos isso que aquele olhar semi-cerrado inqueria, e o castanho logo entendeu o recado, voltando a pedir outra bebida ao garçom, e com um novo sorriso nos lábios.
Foi então servido, bebeu novamente da água ardente, mas dessa vez, com mais prudência; com mais lentidão... Queria saborear aquela força tão sagaz que lhe cortava a garganta a cada novo gole.
Encarou novamente o rapaz, e este já voltara a mirar seu copo... Nele, a presença de um líquido amarelado era notável, e acreditava-se que fosse um uísque qualquer que ele estivesse experimentando naquela noite.
O Castanho sorriu de novo... E uma expressão de interesse se formou em seu rosto. Seria ele... Sim, já havia escolhido seu "alvo" para aquela noite... Uma noite qualquer que se passava a passos de tartaruga, e que nem de longe estava sendo boa, mas que devido a sua sorte em encontrar algo interessante, poderia pelo menos terminar bem...
Observou de longe aquele rapaz, estudando seus movimentos e atitudes, procurando um tanto desnorteado, em meio a pensamentos disconectos, uma abertura para poder se dirigir a ele e fazer sua abordagem... Abertura essa que não vinha, pois aquele moreno parecia não estar muito interessado em nada, o que o deixava ainda mais inquieto.
A noite passava, e o ir e vir das pessoas tornava-se frequente naquele recinto. Era um bar conhecido, não de fato "bem" frequentado, mas frequentado ainda assim. Surgiu então a sua oportunidade. Viu o rapaz se levantar e dirigir-se a saída, onde pode perceber que ele cambaleava levemente, já demonstrando estar perdendo a luta contra o domínio do álcool fervilhante em seu sangue.
O Garçom correu até ele, tentando ajudá-lo, mas ele recusou... Sacou com certa dificuldade a sua carteira e lhe entregou uma nota qualquer, saindo em seguida do bar.
O Castanho apenas sorriu, baixou o chapéu e tragou seu último gole de álcool naquela noite, repetindo então o ato do moreno e jogando algumas notas de dólar em cima do balcão, saindo do bar em seguida.
–--- X ----
A Lua cheia brilhava grandiosa naquela noite gélida, enquanto o frio ar noturno cortava a pele frágil de todos que ousavam desafiá-lo naquela hora tão adiantada. As ruas, iluminadas de um prateado cintilante, demonstravam a imponência da lua dos amantes, que guiava os perdidos pela escuridão.
Cambaleando, encostando-se nas paredes periodicamente, um rapaz de assanhados cabelos escuros tentava caminhar rumo a sua casa... Ele não parecia saber ao certo se conseguiria ou não chegar lá; talvez nem soubesse se o caminho por onde ia era realmente o de casa, mas em sua mente, tão entorpecida, ele visava apenas o conforto de sua cama macia... Ela sim era uma verdadeira amante, uma que sempre estaria esperando por ele quando chegasse, e era para ela que iria voltar... Isso se seu corpo dormente permitisse...
Caminhou mais três passos e sentiu-se tonto novamente, apoiando-se com a mão na parede de um muro. A vontade de vomitar que lhe acudia desde o interior tornava-se ainda mais intensa quando o mesmo se punha a baixa a cabeça para o chão. Sua visão era turva, e não conseguia pensar direito... Imaginava que não deveria ter exagerado tanto no álcool, mas arrependimentos àquela altura não lhe serviriam de nada...
Tentou então recompor-se... Andar novamente; mas ao tentar tal ato, pode sentir-se ser tocado em seu ombro, e quando olhou por sobre ele, viu apenas a sombra escura de um homem vestido de preto... Algumas poucas mechas ruivas meio douradas saltando de seu chapéu e um sorriso simples no rosto.
–---- X -----
Abriu os olhos... E Ainda com dificuldades tentou imaginar que forte luz era aquela que lhe agredia a visão... Será que já era de manhã?! Ele não sabia, apenas fez esforço para abrir os olhos e encara o inconstante brilho alaranjado que se apresentava a ele... Fogo! Era a chama imponente que vinha da lareira a frente. Tentou erguer-se e adivinhar onde estava, e logo percebeu que estava deitado no sofá de sua própria casa, e que a noite ainda durava lá fora.
Por sobre seu corpo, um manto cinzento havia sido posto, e ele reconhecia bem aquela peça. Era de sua propriedade. Encarou então o ambiente ao redor, ainda escuro devido a pouca iluminação. O Vento soprava forte lá fora, fazendo o barulho de sua fúria ecoar por dentro do recinto como se fosse um assobio de um mal assombro. Era sua casa... Ele estava em casa... Reconhecia agora os móveis e o local, mesmo naquela pseudo-escuridão.
Estava em casa, mas não sabia ao certo como havia chegado ali. Lembrava-se da bebida, do bar, e levemente dos motivos que o levou à ambos, mas não lembrava de mais nada.
Foi então, que pode ouvir um barulho vindo de sua cozinha, e ao constatar isso, imaginou que talvez não estivesse só ali... Sentiu um misto de curiosidade e medo, e uma vontade grande de levantar-se e ao mesmo tempo de acuar-se. Quem estaria ali?!
Pouco depois, uma sombra estranha se fez presente, dirigindo-se em sua direção. Um calafrio percorreu-lhe a espinha por alguns segundos, e o medo o fazia paralisar... O que estava acontecendo afinal?!
A Sombra então tomou forma... Forma de homem, "e que homem...". Os olhos castanhos refletiam um brilho tão intenso quanto o do próprio fogo que queimava e aquecia-o ao lado. Os cabelos castanhos, brilhavam num tom dourado que variava para ruivo com a luz que vinha da lareira; a pele branca, de um tom de mel único, era algo que lhe chamava a atenção, e o sobretudo preto, que encobria praticamente todo seu corpo, lhe davam um ar misterioso e indagativo.
– Quem é você? - ele perguntou um tanto confuso.
– Um nome não faria muita diferença, não é?! - o outro respondeu, sorrindo levemente e contornando o sofá, sentando-se ao seu lado.
– Faz sim, porque afinal, esta é minha casa e você está aqui, e eu não me lembro... Não me lembro de você... - o moreno comentou com uma voz um tanto falha, evidenciando que o álcool ainda se mantinha presente nele.
– Tome, beba tudo... - disse o rapaz entregando-lhe um xícara com um líquido fumegante.
– O que é isso? - perguntou o menor.
– Chá de Ervas... Vai te ajudar a ficar sóbrio e limpar seu organismo do álcool. - comentou somente, ainda sorrindo leve.
O moreno apenas bebeu, mas sem deixar de encarar o homem a sua frente por nenhum instante se quer... Ele estava confuso, curioso, assustado e intrigado com a presença dele, e em como ambos haviam acabado por estar em sua casa.
Cessou seus goles repetitivos após enjerir uma boa quantidade do líquido; colocando a xícara num criado mudo ao lado do sofá.
– Como você entrou aqui? - perguntou o moreno.
– Pela porta... - respondeu o castanho, apenas continuando a sorrir. Era claro em seu olhar o interesse que possuía, e o menor não era ingênuo para não perceber.
– Você é o cara do bar, não é?! O que ficava me secando? - a voz do moreno mostrou-se curiosa e um tanto convidativa naquele momento. Mas o maior não sabia se era a sua própria mente cansada e entorpecida do álcool que lhe dava essa impressão, ou se era realmente isso que estava acontecendo.
– Talvez. - respondeu somente; ainda mantendo o contato visual nos olhos do outro. Um tom de castanho mais escuros que os seus.
– Suponho que por ter me ajudado a chegar em casa eu deva transar com você agora, não?! - questionou o outro, ainda mantendo um ar diferente, num misto de curiosidade e suspeita.
O castanho deixou que o sorriso em seus lábios ganhasse uma malícia notável, enquanto pela primeira vez desviou o olhar do menor, e pois-se a apreciar o movimento sedutor das chamas a sua frente, que moviam-se como uma dançarina sensual de forma constante e hipnotizante...
– Confesso que a princípio, essa ideia me passou pela cabeça... - comentou o castanho...
– Então, o que está esperando? - questionou o menor, o encarando de forma estranha, como se não olhasse realmente pra ele... Enquanto que no mesmo instante, moveu o pé em direção as pernas do outro, acariciando-as e principalmente ao volume que no meio delas havia...
O Castanho o encarou e sorriu; um sorriso devasso, porém... com algo mais...
– Antes de qualquer coisa, me diga, porque estava no bar e porque tomou um porre hoje? - questionou...
– Fatos como esses não importam, Importam? - retrucou o menor. - Se nomes não são importantes, fatos e vidas também não... - disse ele por fim, ainda encarando o outro.
O maior sorriu, aproximando-se felinamente dele, removendo cuidadosamente o manto cinza que por sobre ele jazia, e logo em seguida acomodando-se entre as pernas abertas do outro, de forma que seus corpos quase colavam e seus rostos quase se chocavam.
– Vou fazer você esquecer ele... Pelo menos por hoje... - comentou o castanho, fazendo o outro arregalar os olhos...
– Mas o quê? - perguntou o outro, meio chocado com aquelas palavras. O álcool, apesar de aliviado, ainda não lhe permitia raciocinar corretamente.
– Paul. - disse somente o castanho, o assustando ainda mais... - Você repetiu o nome dele muitas vezes no caminho pra cá, enquanto me indicava a direção de sua casa... - continuou o outro, vendo a dúvida e um sentimento forte de mágoa surgir no olhar do outro. - "Ah Paul, como pode me trair? E justo com aquela vadia? Porque Paul?" - casso-ou o maior. - Olha, eu podia estar um pouco chapado, mas não estava surdo. E outra, bêbados são como um livro aberto... Um que não precisamos ler... Porque ele se abre para nós... - disse por fim, com os lábios muito próximos do outro...
– Eu... - o moreno tentou dizer algo, mas teve seus lábios capturados por um beijo intenso e fogoso vindo do outro. A pele dos lábios se contorciam em choque uma com a outra, as línguas molhadas e ávidas por prazer se enfrentavam dentro das bocas com uma intensidade feroz. O corpo do maior caiu por sobre o do menor, deixando que o peso dele atiçasse uma fricção incontrolável. Os tecidos de suas roupas já chegavam a incomodar, pois as peles sentiam a necessidade dos toques uma da outra.
Poucos instantes depois, com as mãos do moreno, que tentavam empurrar o outro, o sobretudo dele foi jogado ao chão, e mais alguns segundos com elas apoiadas em seu peitoral, o mesmo desistiu de resistir aquilo que ele queria, aquilo que precisava. Logo, o pescoço do outro foi enlaçado, enquanto a camiseta escura dele também era amassada pelos apertos constantes e luxuriosos do moreno.
O Lábio inferior do menor então foi capturado com os dentes do maior, e foi puxado levemente e lentamente de forma sensual, tendo como efeito o expelir de um gemido rouco pelo moreno; que mostrava a sua vontade de ser amado. Lambeu seu rosto com a língua quente e úmida, descendo para a orelha do outro, que foi mordida levemente e lambida o quanto pode, arrancando afagos e mais afagos dele a cada segundo. As ereções, mesmo dentro das calças, já podiam ser sentidas, e pulsavam ávidas por liberdade, por prazer, para poderem se chocar em carne viva, e romper aquela barreira de roupas que as mantinham separadas.
– Vou fazer você esquecê-lo, pelo menos por essa noite. É uma promessa... - sussurrou com a voz rouca e máscula o maior ao ouvido do outro, enquanto roçava a barba rala, ainda por fazer em sua bochecha alva e sensível.
Era um frenesi, uma consumação de luxuria e desejo que ocorria ali, e nada mais importava... Não naquele momento, não naquela noite, não ali.
A Camiseta do castanho foi retirada em seguida pelas mãos ambiciosas do outro, mãos necessitadas de conhecer o corpo que o tomaria para si daqui a pouco tempo. Os músculos eram visíveis, não totalmente formados, mas bem delineados, os braços eram fortes, e o abdômen marcado já o fazia imaginar o quanto potencial aquele cara possuía.
Desceu com sua mão pelo corpo dele, deixando que os músculos do outro fossem como freios para a sua velocidade de ação. Chegou ao baixo ventre do mesmo, onde o membro pulsante, caído para a esquerda pedia por alívio imediato...
Desabotoou o cinto do rapaz com urgência, e até com certo descuidado, o que fez o outro o ajudar na tarefa, enquanto sorria do desespero do menor em querer o que estava por vir.
Retirou o cinto e o jogou no chão, assim como fez com o sobretudo, e logo em seguida, pode sentir e ver as mãos o outro lhe desabotoar a calça, descer o zíper lentamente e revelar a boxer cinzenta que usava... Dentro dela, o membro pulsante mostrava-se imponente, erguendo o tecido com uma barraca. Na ponta onde a glande estava, a mancha escura já dava a entender qual era o grau de excitação em que se encontrava, e os olhos de um brilhavam para o outro ao se encararem novamente.
O moreno apertou forte, ainda por sobre o tecido o membro do outro, fazendo-o gemer alto. Logo em seguida, o maior caiu novamente sobre ele, voltando a provar de seus lábios carnudos. O gosto das bebidas podiam ser sentidas na língua de cada um... Um sabor ácido, regado de um azedume e ao mesmo tempo de um doce entorpecente. Era um paraíso o que estavam fazendo... Era como beber veneno e se deleitar com isso... Era inexplicável.
Beijava-o; excitava-o, enquanto o mesmo ainda o apalpava lá em baixo; era realmente delicioso.
Suspendeu-se e retirou a camiseta azul do outro, revelando o excelente físico que possuía... Nem comum demais e nem exagerado, mas na medida certa... Desceu novamente e atacou o pescoço daquele garoto por quem tanto estava disposto a se doar naquela noite... Beijos, lambidas, mordidas que cravavam sua marca, que deixariam lembranças e que tingiam de tons rosados e roxos a pele tão macia e levemente bronzeada daquele tesão de moreno.
Desceu por aquela epiderme até os mamilos, onde os bicos mostravam-se eriçados pela excitação. Podia sentir com a língua, com o passear dela por aquele corpo, os poros exaltados do prazer, e a rigidez do membro do menor não deixava ele mentir sobre o tesão que se apoderava de seu corpo.
Mordeu os mamilos, arrancando um forte urro do outro. Sentia prazer ao vê-lo se contorcer abaixo de si, e ver o quanto ele gostava da sensação.
Chupou, lambeu, mordeu novamente, e com a língua circundava a região com movimentos circulares, fazendo o outro implorar em gemidos incompreensíveis para que não parasse... Logo dirigiu-se para o outro mamilo, lhe dando o mesmo tratamento... E a cada novo gemido que era emanado daquela boca tão prazerosa, uma bela melodia podia ser interpretada por seus ouvidos... O Prazer era música para ele.
Desceu novamente pelo abdômen do moreno, passando a língua por ele, fazendo-a esbarrar vez por vez em cada pequena cova que por ali jazia e logo em seguida, deparou-se com o volume pulsante ainda preso dentre daquele jeans velho...
Desabotoou a Calça dele com maestria, enquanto encarava o rosto corado e olhos intensos que lhe pediam para continuar. Revelou então a boxer branca, já totalmente melada e transparente na ponta do membro, revelando a tonalidade rosada que o mesmo tinha em sua glande.
Retirou a calça dele e jogo-a no chão, logo em seguida, mordeu seu membro por cima do fino tecido branco, o que fez o moreno gemer numa súplica muda para que ele terminasse logo com aquilo. Retirou o membro dele para fora e pode vê-lo em toda sua desenvoltura. Grande, grosso, com veias saltadas desde a base, subindo pelo corpo do membro até a glande rosada. Líquido pré-gozo que amanava dele e umedecia toda a região, lubrificando-a. Pelos ralos, muito bem aparados na base, e um cheiro forte de suor e de corpo de homem que estava enlouquecendo-o.
O castanho então pois-se a caminhar com sua língua da base até a glande, onde provou apenas com a ponta o sabor másculo do moreno abaixo de si... Salgado! Aquele homem tinha um gosto Salgado... E sempre, tudo nele, tinha um gosto forte e marcante...
Pouco depois pois o membro nele na boca, inciando uma sucção extremamente forte e necessitada... Era como se precisasse de seu gozo para sobreviver, e o chupava com tanta intensidade que chegava a mordiscar levemente o membro. O moreno urrava de tesão, agarrando-se fortemente a seus cabelos castanhos e o fazendo ir e vir com intensidade e velocidade em seu membro. O falo entrava quase que por completo na boca do outro, fazendo-o quase engasgar por diversas vezes ao atingir o fundo de sua garganta. Era algo descontrolado, excitante e totalmente carnal que se consumia ali, não havia como ser contido.
Pouco depois, o maior pode tomar o controle daquilo, e ele mesmo ditar o movimento de sua sucção... O moreno parecia que iria gozar em poucos instantes, e ao perceber isso, os movimentos foram cessados de imediato.
O menor o encarou descontente, ainda com uma expressão mista de prazer e ansiedade... Ele retirou a boca do membro latente que a penetrava, deixando que um fio de baba que se formara entre eles se rompesse. Logo em seguida, o protesto se fez...
– Porque você... - tentou reclamar o menor abaixo de si, mas teve sua boca calada por dois dedos que tocaram seus lábios...
– Eu ainda quero te fazer gemer e gritar como uma cadela no cio, e somente ai, você poderá gozar... - ele falou sensualmente, e de forma calma, mas com um ar autoritário que excitou demais o pequeno abaixo de si.
O rapaz de cabelos pretos então o empurrou do sofá, fazendo-o cair no chão, bem em cima das roupas jogadas e subiu em cima dele, tomando seus lábios com urgência e desejo... Logo, repetiu o rito que o outro havia feito em si, deixando molhado todo o corpo alheio com sua baba, de tantos beijos e chupões por todo ele depositados.
Retirou a calça preta do outro, e logo em seguida a boxer cinza, que revelou o pulsante e enorme membro do castanho... Ainda maior que o seu próprio.
Forte, ávido, vigoroso e grosso, assim era aquele membro. Veias também percorriam sua extensão... Glande rosada e imensa, com o líquido transparente e lubrificante escorrendo por todo lado... O moreno não pensou muito... Abocanhou aquele mastro até onde pode, sentindo os pelos ralos, e também aparados do mesmo emanarem o suor daquele momento.
Ali, tão perto do fogo, seus corpos suavam fortemente, molhando-se de calor e prazer... O menor o chupava avidamente, enquanto arrancava gemidos do mesmo... Masturbava o que não conseguia engolir, e por vezes, também se engasgava com o tamanho do membro alheio em sua boca.
O Castanho o fez parar, o retirou de lá e puxo-o pelos cabelos para si, onde o beijou com selvageria e intensidade, mordendo seu lábios com certa força, fazendo-o gemer de dor e prazer ao mesmo tempo...
O virou, encostando-o no sofá, enquanto erguia uma de suas pernas ao alto e levava alguns dedos a boca do outro... O menor os chupou, praticamente cuspindo neles, os lubrificando-os para o que viria a seguir...
O maior o penetrou com um, e depois com o outro, enquanto o beijava intensamente e abafava seus afagos insistentes e constantes. Seus falos roçavam com altivez tamanha era a fricção dos corpos colados e suados um no outro...
Logo posicionou-se, puxando-o mais para si; colando seus corpos e esmagando o membro do outro no meio deles. Posicionou seu membro babado na entrada escancarada do outro, e o penetrou, o penetrou com uma entocada lenta e direta... Beijando-o para conter o berro dolorido que ele sabia que o pequeno daria.
Logo estava inteiro dentro dele, e a respiração de ambos era ofegante... Não demorou muito e vieram as entocadas lentas e profundas, como se o preparasse para a verdadeira selvageria que o acometeria ali.
Mordidas no pescoço do menor, e o pênis dele sendo friccionado na barriga do outro... As unhas do moreno lhe percorriam as costas deixando as marcas de garras como rios de sangue a escorrer... As presas do castanho lhe cravavam no pescoço as marcas do prazer que estava recebendo... As entocadas em seu interior cada vez mais intensas e rápidas, e logo, nenhum dos dois podia se conter... Gritavam e gritavam alto com o prazer que sentiam... Se beijavam, mordiam-se, tocavam-se, feriam-se e se entregavam ao prazer que um oferecia ao outro...
Trocaram as posições, o moreno passou a cavalgar o castanho, a controlar a penetração do membro dele em seu interior, e a gritar aos céus, à noite escura que lá fora reinava os prazeres que estava sentindo e vivenciando...
Suas unhas marcavam também o peito forte e o abdômen do outro, descendo como garras de um animal selvagem ao dilacerar uma presa... O castanho gemia de dor e prazer com tais atos, e sua mente estava enlouquecida...
Ergueu-se, segurando a cintura do moreno e o suspendendo, ainda o penetrando... O menor o enlaçou na cintura com as pernas e o beijou fortemente...
Caíram por sobre o sofá novamente, onde a penetração descomunal do castanho no moreno se sucedia com vigor. As peles se tocavam, o suor as fazia deslizar com suavidade e lascívia uma na outra... Era intenso demais para não se perder em meio a tantas sensações, e todas de um prazer inebriante.
Viro-o novamente, erguendo uma de suas pernas e a apoiando no ombro, enquanto o penetrava de lado... Os Gritos eram ouvidos com ainda mais intensidade naquele momento... O Tudo e o Nada brigavam com voracidade para tomar seus pensamentos em tal momento, mas a mente se negava a pensar... Apenas o instinto prevalecia.
Logo, mudaram novamente, e o moreno passou a ser penetrado de quatro, enquanto seu cabelo era puxado e o castanho o tomava como ele mesmo havia prometido... E o fazia gemer e gritar como se ele fosse um animal sedento por Sexo... Coisa que mesmo tendo o controle de tudo, o maior também deixara-se entregar.... Entregava-se a esse desejo animal, e não deveria estar muito diferente de seu passivo, considerando que também urrava de tesão como uma besta selvagem...
Passou a masturbar o outro enquanto as entocadas foram acontecendo com ainda mais força... O moreno então gozou forte e abundantemente em seu próprio sofá... Foram jatos e mais jatos de sêmen derramados naquele acento, enquanto que poucos segundos depois, seu amante desconhecido sentia seu membro pulsar ainda mais forte dentro do menor, o que para ele, era o sinal do gozo que vinha rápido... E assim se fez... Um farta e densa ejaculação imundou o interior do moreno fazendo o maior entocar uma última vez, para despejar bem fundo dentro do outro a marca de seu domínio...
Caíram...
O Moreno sobre seu próprio sêmen no sofá e o Castanho por sobre ele... Sentindo o respirar descompassado dos pulmões e os batimentos cardíacos elevados... Ambos agora tinham seus sentidos apurados... Seus rostos e corpos pingavam o suor prevalecente da lareira e do fogo que nela ardia, representando o pecado que consumaram... Seus olhos ainda estavam fechados, mas ouviam e sentiam tudo um do outro...
O maior beijou levemente a bochecha do menor, que ainda permanecia de olhos fechados. Todavia, isso não durou... Assim que normalizou a respiração e abriu seus olhos, sentiu a mão do maior acariciar uma mecha negra de cabelo grudada na pele suada e a afastar, enquanto um sorriso prevalecia no rosto do castanho.
Aquele rapaz moreno sorriu, sentindo-se bem com tudo aquilo, mas o cansaço da bebida e do Sexo que fizera o deixara esgotado demais para pensar em qualquer coisa... Quisera apenas cair nos braços do sono, e acordar pela manhã, acreditando que fora apenas um sonho... Afinal, era perfeito demais para que fosse algo real.
O maior saiu de dentro dele, ainda com seu membro totalmente lambuzado de seu próprio gozo e passou a beijar os ombros de seu amante, vendo logo em seguida ele ser consumido pelo sono que o esperava.
–--- X -----
Caminhava de forma melancólica pelas ruas daquela cidade... O Sol já havia raiado à várias horas, e seu calor já expurgava o frio avassalador da noite anterior... Na mente daquele rapaz que por ali caminhava, apenas as lembranças de uma noite inesquecível que tivera pairavam...
– Bom Dia, Ash. - ouviu uma voz atrás de si se pronunciar e logo se virou para encarar a pessoa que lhe falara.
– Bom Dia, Misty. - disse de forma meio triste...
– Nossa, você está péssimo, ainda brigado com o Paul? - perguntou a garota, sentindo a tristeza do amigo.
Ash apenas encarou a garota ao seu lado; com um olhar um tanto calmo e triste ao mesmo tempo... E negou com a cabeça...
Sim, Paul, ainda tinha ele... Lembrava-se agora que tinha esse problema para resolver, porque em sua mente, não era Paul que lhe ocupava os neurônios.
– Você parece péssimo, saiu pra beber ontem a noite, não foi? - A garota questionou de forma preocupada, mas o rapaz pareceu não se importar... - Deve ser por isso que está assim, isso é ressaca... - comentou ela; ainda o encarando...
O moreno suspirou, acenou em despedida e saiu da presença da amiga, caminhando aparentemente sem rumo pelas ruas daquela cidade...
Ash havia acordado pela manhã; totalmente sem roupas e coberto pela mesma manta Cinza que estivera usando na noite passada... Olhou para tudo ao redor e tudo parecia normal... A Lareira estava apagada, o sol brilhava forte e quase cegava a quem olhasse pela janela. No Chão, nada havia, nem roupa, nem vestígios... E ele não soube explicar... Não sabia se era sonho ou fora real...
As provas do ocorrido, veio ter depois, ao notar que havia esperma seco e grudado em seu corpo e no sofá abaixo de si, aonde havia deitado, e também, a xícara de chá, já bem frio depositada em cima do criado mudo, juntamente com uma carta de despedida.
Leu a carta, que para ele, foi como um tiro no peito... Uma despedida, com lindas e maravilhosas palavras, mas ainda assim, uma despedida...
O texto estava assinado com um nome... "Gary". E era esse o nome de seu amante, ao qual ele veio deduzir antes mesmo de sair de casa naquele dia... Fora apenas uma transa de uma noite, mas que não marcou somente um momento, e o fez esquecer de um erro momentaneamente, mais sim, algo que lhe marcou eternamente, e que o fez esquecer dos erros de vez.
Olhou para o horizonte e imaginou onde ele estaria... Se estaria bem, e se pensava nele... É claro que não ficaria atrelado a tais pensamentos, mas dúvidas comuns como essas lhe viam a mente...
Seguiu então seu caminho... Para viver sua vida... Ou pelo menos, o que tinha para fazer naquele dia... Não sabia se o encontraria de novo, mas tinha uma única certeza em seu coração, a de que aquela noite o havia mudado para sempre.
FIM
Autor(a): archer_beafowl
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