Fanfics Brasil - Dona Any e Seus Dois Maridos - Adaptada

Fanfic: Dona Any e Seus Dois Maridos - Adaptada


Capítulo: 45? Capítulo

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- Por que ela não vai sozinha, comadre? Eu mostro a casa ...


 


- Meu compadre, seja cavalheiro. Vai largar duas senhoras nessas ruas, desacompanhadas? Passa um abusado, se mete com a gente ... Ninguém apelava inútilmente para o cavalheirismo de João Alves:


 


- Pois vou com vosmicês mas lhe agaranto que ninguém ia tirar graça, aqui é tudo gente respeitosa ...


 


Levantou-se, entregou a cadeira de engraxate ao cuidádo dos netos, era um negro esguio e sólido, passado dos cinqüenta, a carapinha começando a embranquecer; trazia um colar de orixá ao pescoço, contas vermelhas e brancas de Xangô, e apenas os olhos estriados denotavam a intimidade da cachaça. Ao pôr-se de pé, quis saber:


 


- Minha comadre dona Maite e que assunto é esse que a mocinha aqui - dizia mocinha numa voz de debique - quer tratar com Dió?


 


- Nada de ruim pra ela, meu compadre ...


 


- Mesmo porque, se fôsse de malvadeza, com todo respeito que lhe sou devedor, eu não ia junto, comadre ... Também não adiantava porque o santo dela é forte. - Tocava o chão com a ponta dos dedos, saudando orixá: - Oké Aro Oxóssi!.Não tem despacho nem ebó que faça mal a ela, o feitiço vira contra quem mandar fazer...


 


- Quando é que você me leva a uma macumba, meu compadre? Tenho uma vontade danada de assistir a um candomblé ... essa era outra curiosidade antiga de dona Maite.


 


Assim praticando sôbre encantados e terreiros-de-santo, entraram pelo meretrício adentro. Por ser manhã de domingo - a farra de sábado estendendo-se pela madrugada - quase não havia movimento nas ruas. Apenas uma ou outra mulher sentada á porta ou debruçada à janela, mais para ver o dia claro do que para fretar homem. Um silêncio e um sossêgo, poder-se-ia dizer uma paz dominical; dona Maie sentiu-se lograda, precisava vir em hora de azáfama. Nessa manhã sonolenta, não fazia diferença de um bairro familiar. Também a casa de Dionísia era logo no começo do Maciel, apenas haviam cruzado os limites da zona. Subiram as escadas de vacilantes degraus, um rato enorme passou por elas no escuro, em correria. Palavras e frases confundiam-se nos andares, alguém cantava modinha de tristezas com uma pequena voz. Quando atingiram o patamar do terceiro piso, o cheiro de alfazema queimada em defumadores de barro os alcançou, anunciando a existência de criança nova.



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Autor(a): Bela

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • bela Postado em 08/09/2009 - 11:57:21

    Postei em Dona Any e Seus Dois Maridos ....
    comentem por favor sim....
    bjinhoss

  • anacarolinaa Postado em 30/08/2009 - 20:53:01

    oii! será que você pode conferir minha mini web De Repente ?
    Ah! Adorei sua web!
    Obg!
    Bjooo

  • millarbd Postado em 26/08/2009 - 20:26:27

    ADOREIIIIIIIIIIIIII... POSTA MAIS...., PLIS....

  • marcos00 Postado em 26/08/2009 - 20:24:41

    2 leitorr

    kkk

  • bela Postado em 26/08/2009 - 19:54:13

    eba !!!! primera leitora... q bom q gostou ... espere q goste do resto...rsrsrs

  • millarbd Postado em 26/08/2009 - 17:00:25

    1 leitora... ja gostei.. posta logo!


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