Fanfics Brasil - 107 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 107

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Os dias passam — e estar com Poncho é a melhor coisa que já me aconteceu. Ele me
ama, me paparica e está atento a tudo que necessito. Miguel é outra história. Rivaliza
comigo em tudo, e eu tento fazer com que veja que não sou sua adversária. Se faço
tortilhas de batata para ele, não gosta. Se danço e canto, me olha com desprezo. Se
vejo alguma coisa na televisão, se queixa. Não me suporta de jeito nenhum e não
disfarça. Isso me deixa mais preocupada a cada dia.
Falo com minha família em Jerez. Estão todos bem. Isso me conforta. Minha irmã
conta de como está cansada com a gravidez e da trabalheira que minha sobrinha dá.
Sorrio. Imagino Luz histérica à espera de que os Reis Magos a visitem. Que linda que é
minha Luz!
Uma manhã, chego à cozinha e encontro Simona assistindo à televisão. Está tão
concentrada no que vê que não me ouve. Quando chego a seu lado, vejo que ela está
angustiada, assustada.
— Santo Deus, o que foi?
A mulher seca os olhos com um guardanapo e diz, me olhando:
— Estou vendo Loucura esmeralda, senhorita.
Surpresa, olho a tevê e vejo que se trata de uma novela. Assistem a esses
dramalhões mexicanos na Alemanha? Um sorriso me escapa, e Simona me imita.
— Acho que a senhorita ia gostar também. Não conhecem esta novela na Espanha?
— Não me lembro, mas não gosto dessas novelas.
— Acredite, a mim também não, mas esta está causando furor aqui. Todo mundo vê
Loucura esmeralda.
Passada a surpresa, estou quase rindo. Então ela acrescenta:
— É sobre a jovem Esmeralda Mendoza. Ela é uma bela moça que trabalha de
empregada para os senhores Halcones de San Juan. Mas tudo se complica quando
volta dos Estados Unidos o filho pródigo Carlos Alfonso Halcones de San Juan e se
enrabicha por Esmeralda Mendoza. Mas ela ama em segredo Luis Alfredo Quiñones, o
filho bastardo do senhor Halcones de San Juan. Santo Deus, é tudo tão difícil...
Surpresa e achando graça, ouço com atenção o que a mulher vai me contando. Que
xaropada! Minha irmã adoraria. Por fim, sem saber por quê, me sento com Simona e,
de repente, estou mergulhada na história.
Marta, a irmã de Poncho, passa para me pegar no dia 2 de janeiro. Comentei com ela
que preciso comprar uns presentes e ela, contente, se oferece para me acompanhar.
Poncho, animado por me ver sorrir, me dá um beijo na boca de despedida.
— Divirta-se, querida.
Faz um frio de rachar. Estamos com dois graus abaixo de zero às onze e meia da
manhã. Mas me sinto feliz na companhia de Marta e sua conversa bem-humorada.
Chegamos à praça central de Munique, Marienplatz, uma praça majestosa, rodeada de
edifícios impressionantes. Aqui há um enorme e sensacional mercadinho de rua onde
faço várias compras.
— Tá vendo aquela sacada?
— Estou.
— É da prefeitura. Ali, todas as tardes, tocam música ao vivo.
De repente, uma banca multicolorida com infinidade de árvores de Natal chama
minha atenção. Há árvores vermelhas, verdes, brancas, verdes e de diferentes
tamanhos. Em sua maioria estão decoradas com fotografias, bilhetes com desejos,
tubinhos ou CD de plástico. Adoro! Olho Marta e pergunto:
— O que acha que teu irmão vai pensar se boto uma árvore dessas na sala dele?
Ela ri e acende um cigarro.
— Vai ficar horrorizado.
— Por quê?
Aceito um cigarro enquanto Marta olha as árvores artificiais coloridas.
— Porque estas árvores são modernas demais pra ele. Na verdade, nunca vi Poncho
botar uma árvore de Natal na casa dele.
— Sério? — Estou perplexa e, ao mesmo tempo, convencida do que quero fazer. —
Sinto por ele, mas eu não posso viver sem ter minha árvore de Natal. Portanto, se
horrorize ou não, terá que aguentar.
Marta dá uma gargalhada. E eu me decido por uma árvore vermelha de 2 metros.
Um escândalo! Compro também uma infinidade de fitas coloridas com sininhos
pendurados. Quero decorar a casa como se deve. Afinal, para os espanhóis até o dia
de reis ainda é Natal. Pago, e prometemos voltar no fim do dia para pegá-la.
Durante mais de uma hora, compramos presentinhos e, quando estamos com os
narizes vermelhos de frio, Marta me propõe ir beber alguma coisa. Aceito. Estou morta
de frio, fome e sede. Deixo que ela me guie pelas bonitas ruas de Munique.
— Vou te levar a um lugar muito especial. Outro dia que a gente sair iremos comer
no restaurante da Torre Olímpica. É giratório. Você vai conhecer as vistas maravilhosas
de Munique.
Concordo, congelada, e observo que ali todos os táxis são de cor creme e a maioria
Mercedes-Benz. É um luxo só, hein?! Poucos minutos depois, quando entramos num
lugar enorme, Marta diz:
— Anahí querida, como boa muniquense que sou, tenho o orgulho de dizer que você
está na Hofbräuhaus, a cervejaria mais antiga do mundo.
Olho ao redor, entusiasmada. O lugar é maravilhoso. Com tradição. Observo os
tetos abobadados recobertos de pinturas curiosas e os bancos longos e grandes de
madeira onde as pessoas se divertem bebendo e comendo.
— Venha, Any. Vamos tomar alguma coisa — insiste Marta, me pegando pelo braço.
Dez minutos depois, estamos sentadas num dos bancos de madeira junto com
outras pessoas. Durante uma hora falamos e falamos enquanto curto uma cerveja
Spatenbräu sensacional.
A fome aperta. Decidimos comer antes de prosseguir com nossas compras. Deixo
que Marta escolha, e ela pede leberkäs — um embutido quente —, almôndega de
carne picada com bacon e uma rosquinha crocante salgada em forma de oito que pode
ser mergulhada no molho. Tudo delicioso!
— E aí, o que acha de Munique?
Como um pedaço da rosquinha e respondo:
— Pelo que vi até agora, majestosa. Acho que é uma cidade grandiosa.
Marta sorri.
— Sabia que nós, de Munique, somos conhecidos como os mediterrâneos da
Europa?
— Não.
Rimos.
— Veio pra ficar com Poncho?
Nossa, sem enrolação, direto ao ponto, como gosto. Disposta a ser sincera, digo:
— Sim. Somos como o fogo e o gelo, mas nos amamos e desejamos tentar.
Marta aplaude, feliz. As pessoas ao nosso lado olham com estranheza. Mas sem se
importar com os olhares, ela cochicha:
— Ai, que bom, Any! Espero que meu irmãozinho aprenda que a vida é algo mais que
trabalho e seriedade. Acho que você vai abrir os olhos dele em muitos sentidos, mas
sinto dizer que isso vai te trazer mais de um problema. Eu conheço Poncho muito bem.
— Problema?
— Ahã!
— Pois eu não quero problemas. — Ao dizer isso, lembro da canção de David de
María e inevitavelmente sorrio. — Por que acha que vou ter problemas com Poncho?
Marta passa o guardanapo nos lábios e responde.
— Poncho nunca viveu com ninguém, exceto nestes últimos anos com Miguel. Ele se
tornou independente muito cedo, e se há uma coisa que não suporta é que se metam
em sua vida e em suas decisões. Ah, eu adoraria ver a cara dele quando você chegar
com a árvore vermelha de Natal e as fitas coloridas que comprou. — Rimos. —
Conheço esse cabeça-dura muito bem e tenho certeza de que você vai discutir com ele.
Aliás, quanto à educação de Miguel, é péssima. Poncho superprotege o garoto. Só falta
colocar numa caixa de vidro.
Rio.
— Não ria. Você mesma vai comprovar. E olha bem o que estou te dizendo: meu
irmão não aprovará o presente que você comprou pro Miguel.
Vejo a sacola que Marta está apontando e, surpresa, pergunto:
— Como? Não aprovará o skate?
— Não.
— Por quê? — pergunto, pensando em como me divirto com minha sobrinha e seu
skate.
— Poncho só verá os perigos. Você vai ver.
— Mas comprei capacete, joelheiras e cotoveleiras! Se cair, não vai se machucar.
— Tanto faz, Anahí. Poncho só verá perigo nesse presente e o proibirá.
Meia hora depois, saímos da cervejaria e nos dirigimos à rua Maximilianstrasse,
considerada o trecho de ouro de Munique. Entramos na loja da D & G, e Marta vai
direto ver uns jeans. Enquanto ela está no provador, compro rapidamente uma
camiseta que vi que tinha gostado. Visitamos uma infinidade de lojas exclusivas, cada
uma mais cara que a outra, e, quando entramos na Armani, decido comprar uma
camisa branca com listrinhas verdes para Poncho. Ele vai ficar lindíssimo.
Acabadas as compras, voltamos à praça da prefeitura para pegar minha bela árvore
de Natal. Marta ri. Eu também, embora já comece a ter dúvidas se fiz bem em
comprar.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Um temporal toma o céu de Munique, e decidimos pôr um fim ao dia de compras.Quando, às seis da tarde, Marta me deixa em casa, Poncho não está. Simona me diz queele foi para o escritório, mas que não demora a chegar. Rapidamente subo as compraspara o quarto e as escondo no fundo do armário. Não quero que Poncho vej ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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