Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
Um temporal toma o céu de Munique, e decidimos pôr um fim ao dia de compras.
Quando, às seis da tarde, Marta me deixa em casa, Poncho não está. Simona me diz que
ele foi para o escritório, mas que não demora a chegar. Rapidamente subo as compras
para o quarto e as escondo no fundo do armário. Não quero que Poncho veja. Mas antes
de mudar de roupa, olho pela janela. Chove forte. Me lembro de ter visto o cachorro
abandonado perto das latas de lixo.
Sem pensar duas vezes, vou ao quarto de hóspedes e pego um cobertor. Depois
comprarei outro. Desço à cozinha, pego um pouco de refogado de carne na geladeira,
ponho num recipiente plástico e esquento no microondas. Depois, toda feliz, saio de
casa e ando entre as árvores até o portão, que abro. Me aproximo das latas de lixo.
— Susto... — Eu batizei o cachorro com esse nome. — Susto, onde você está?
A cabeça fina de um galgo caramelo e branco aparece atrás das latas. Treme. Está
assustado e, pelo jeito, com fome e muito, muito frio. O animal, receoso, não se
aproxima, e deixo a comida no chão enquanto o chamo para comer.
— Vem, Susto, coma. Está delicioso.
Mas o cachorro se esconde e, antes que eu o possa tocar, foge apavorado. Isso me
entristece. Pobrezinho. Que medo tem dos humanos. Mas sei que ele vai voltar. Já são
muitas as vezes que o vi perto das latas de lixo, e, disposta a fazer algo por ele, com
umas madeiras e umas caixas, levanto uma espécie de casinha num lado. No centro da
caixa, meto o cobertor que trouxe e a comida. Depois vou embora. Espero que o
cachorro volte logo e coma.
Em casa, subo de novo para meu quarto, troco de roupa e vou para a sala com a
caixa da árvore de Natal. Miguel está jogando PlayStation. Me sento a seu lado e deixo a
enorme e colorida caixa diante de minhas pernas. Com certeza isso chamará a atenção
dele.
Durante mais de vinte minutos eu o observo jogar sem dizer uma só palavra,
enquanto a desgraçada da música estrondosa do videogame me arrebenta os
tímpanos. Por fim, fraquejo e pergunto aos gritos:
— Que tal me ajudar a armar a árvore de Natal?
Miguel finalmente me olha. Para a música. Oh, que paz! Depois observa a caixa.
— A árvore está aí? — pergunta, surpreso.
— Sim. É desmontável. Que tal? — abro a caixa, puxando um pedaço.
Faz uma cara sem expressão.
— Não gosto — afirma rapidamente.
Sorrio ou lhe dou uns cascudos? Decido sorrir.
— Pensei em criar nossa própria árvore de Natal. E pra sermos originais e ter uma
coisa que ninguém tem, podemos decorar com desejos que leremos quando
desmontarmos a árvore. Cada um de nós escreverá cinco desejos. Que acha?
Miguel pestaneja. Consegui atrair sua atenção e, mostrando a ele um caderno, duas
esferográficas e uma fita colorida, acrescento:
— Montamos a árvore e depois escreveremos os desejos em pedaços pequenos de
papel. Aí os enrolamos e os atamos com as fitas coloridas. Não é uma boa ideia?
O pequeno olha o caderno. Depois me encara com seus olhões escuros.
— É uma ideia horrível. Além do mais, as árvores de Natal são verdes, não
vermelhas.
Me contraio toda. Que falta de imaginação! Se esse baixinho diz isso, o que dirá seu
tio? Ele volta ao jogo, a música nas alturas de novo. Mas disposta a montar a árvore e
me divertir com isso, me levanto e, com segurança, grito para que me ouça:
— Vou botá-la aqui, perto da janela — digo, enquanto observo que continua
chovendo. Espero que Susto tenha voltado e esteja comendo na sua casinha. — O que
acha?
Miguel não responde. Nem me olha. Assim, decido pôr mãos à obra.
Mas a música estridente me mata e opto por contorná-la da melhor forma possível.
Ligo o iPod que carrego no bolso de meus jeans, ponho os fones e, segundos depois,
cantarolo:
Euphoria
An everlasting piece of art
A beating love within my heart.
We’re going up-up-up-up-up-up-up
Animada com minha musiquinha, me sento no assoalho, tiro a árvore da caixa,
esparramo-a ao meu redor e olho as instruções. Sou a rainha da bricolagem, daí que
em dez minutos a árvore já está montada. Ficou muito bacana. Vermelha, vermelha
brilhante. Olho Miguel. Continua jogando diante da televisão.
Pego a caneta e o caderno e começo a escrever pequenos desejos. Quando tenho
uma porção, arranco as folhas e as corto com cuidado. Faço desenhozinhos natalinos
ao redor do texto. Preciso me entreter com alguma coisa. Quando estou satisfeita,
enrolo meus desejos e os ato com a fita colorida. Fico nessa por mais de uma hora, até
que de repente vejo uns pés ao meu lado, levanto a cabeça e me deparo com a cara
fechada de meu Iceman.
Caraca! Que coisa!
Me levanto rapidamente e tiro os fones.
— O que é isso? — diz, enquanto aponta a árvore vermelha.
Vou responder quando o baixinho de olhos puxados se aproxima do tio e, com a
mesma expressão séria dele, responde:
— Segundo ela, uma árvore de Natal. Segundo eu, uma porcaria.
— Que você ache uma porcaria minha linda árvore não significa que ele tenha que
achar também — respondo ríspida. Depois olho Poncho e continuo: — Tudo bem, talvez
não combine com tua sala, mas eu vi esta árvore e não pude resistir. Não é bonita?
— Por que não ligou pra me consultar? — diz meu alemão favorito.
— Pra consultar você?
Estou surpresa.
— Sim. Sobre a compra da árvore.
Tô chocada!
Mando Poncho à merda ou só o insulto?
Por fim, decido respirar antes de dizer o que penso, mas, chateada, digo:
— Nunca pensei que tivesse que pedir permissão pra comprar uma árvore de Natal.
Poncho me olha, me olha e então se dá conta de que estou ficando puta da vida. Para
tentar me acalmar, pega a minha mão.
— Olha, Any, o Natal não é minha época preferida do ano. Não gosto das árvores
nem dos enfeites que nestas datas todo mundo coloca em casa. Mas se você queria
tanto uma árvore, eu podia ter encomendado um belo pinheiro.
Nós três olhamos de novo minha árvore vermelha e, antes que Poncho diga qualquer
coisa, respondo:
— Sinto que não goste da época natalina, mas eu adoro. E com certeza não gosto
que se corte um pinheiro pelo simples fato de que seja Natal. São seres vivos, que
levam muitos anos pra crescer, pra morrer só porque a gente gosta de decorar nossa
sala com um pinheiro no Natal. — Tio e sobrinho me olham. — Sei que algumas dessas
árvores são replantadas. Tudo bem, mas a maioria delas acaba seca, na lata do lixo.
Eu tô fora. Prefiro uma árvore artificial, que uso e que, quando não preciso, guardo
para o ano seguinte. Pelo menos sei que enquanto está guardada não morre nem seca.
Os lábios de Poncho se arqueiam. Acha graça de minha defesa dos pinheiros. Aproveito
o momento e pergunto:
— Não acha mesmo linda e original esta árvore?
Com sua habitual sinceridade, levanta as sobrancelhas e diz:
— Não.
— É horrível — resmunga Miguel.
Não me rendo. Evito responder ao menino e, toda carinhosa, olho meu menino
grande.
— Nem gosta se eu disser que é nossa árvore dos desejos?
— Árvore dos desejos? — pergunta Poncho.
Faço um gesto afirmativo, e Miguel responde, enquanto toca um dos desejos que eu já
pendurei na árvore:
— Ela quer que a gente escreva cinco desejos pra pendurar aí. Depois, no fim das
festas, que a gente leia pra que aconteçam. Mas eu não quero fazer isso. Isso é coisa
de menina.
— Seria novidade se você quisesse — falo demasiado alto.
Poncho me repreende o comentário com um olhar. O menino, disposto a chamar a
atenção, grita:
— Além do mais, as árvores de Natal são verdes e são decoradas com bolas. Não
são vermelhas nem são enfeitadas com desejos bobos.
— Pois eu gosto dela vermelha e enfeitada com desejos, veja só.
Poncho e Miguel se olham. Em seus olhos vejo que se comunicam. Desgraçados! Mas,
consciente de que quero minha árvore vermelha e do quanto vou ter de lutar com estes
dois resmungões, tento ser positiva:
— Olha, meninos, é Natal, e um Natal sem árvore não é um Natal!
Poncho me olha. Eu o olho e faço um biquinho. Por fim, ele sorri.
Ponto pra Espanha!
Miguel, emburrado, vai se afastar quando Poncho o pega pelo braço e diz, apontando o
caderno:
— Escreva cinco desejos, como Any pediu.
— Não quero.
— Miguel...
— Droga, tio! Não quero.
Poncho se agacha. Fica cara a cara com a criança.
— Por favor, eu gostaria muito que fizesse isso. Este Natal é especial pra todos nós
e seria um bom começo com Any aqui em casa, né?
— Detesto que ela tenha de cuidar de mim e me mandar fazer coisas.
— Miguel... — insiste Poncho com dureza.
A batalha de olhares entre eles é velada. Por fim meu Iceman vence. O menino,
furioso, pega o caderno, rasga uma folha e agarra uma das canetas. Quando está para
sair, digo:
— Miguel, pegue a fita verde pra amarrar na árvore.
Sem me olhar, pega a fita e vai até a mesinha em frente à tevê, onde começa a
escrever. Com discrição me aproximo de Poncho e, ficando na ponta dos pés, cochicho:
— Obrigada.
Meu alemão me olha. Sorri e me beija.
Ponto pra Alemanha!
Por um momento falamos sobre a árvore e tenho que rir com seus comentários. Poncho
é tão clássico para certas coisas que é impossível não rir. Um tempo depois, Miguel volta,
pendura na árvore os desejos que escreveu e, sem nos olhar, vai para a poltrona. Pega
o comando do Play, e a música barulhenta começa a soar. Poncho, que não tira os olhos
de mim, pega o caderno no assoalho e a caneta e pergunta em meu ouvido:
— Posso anotar qualquer desejo?
Sei onde quer chegar. Sei o que quer dizer. Melosa, murmuro mais pertinho dele:
— Sim, senhor Herrera, mas lembre que no fim da festa leremos os desejos
todos juntos.
Poncho me observa por uns instantes, e eu só penso em sexo... sexo... sexo. Deus
meu! Olhar para Poncho me excita tanto que estou me transformando numa escrava do
sexo! Por fim, o gato do meu namorado concorda com um gesto, se afasta uns metros
e sorri.
Uau! Como me deixa, quando me olha assim. Adoro essa mistura de desejo,
intimidação e mau-humor. Sou pra lá de masoquista!
Fico olhando Poncho escrever apoiado na mesinha da sala de jantar. Gostaria de saber
seus desejos, mas não me aproximo. Devo esperar até o dia marcado para ler.
Quando Poncho acaba, dobra o papel e pega a fita prateada que lhe estendo. Depois de
pendurá-lo na árvore, me olha com malícia e vem pôr alguma coisa no bolso da frente
de meu moletom. Me beija na ponta do nariz, dizendo:
— Não vejo a hora de realizar este desejo.
Sorrio, feliz, excitada. Deus meu, que tesão! Ficando na ponta dos pés, dou um beijo
na boca de Poncho enquanto meu coração vai a trocentos por hora. Depois de uma
palmadinha cúmplice no meu traseiro, que me faz perceber o quanto ele me deseja, ele
se senta com seu sobrinho. Eu aproveito, tiro a pequena caixa que pôs em meu bolso
junto com um papel e leio:
— Meu desejo é ter você nua esta noite em minha cama pra usar este brinquedo.
Sorrio. SEXO!
Curiosa, abro a caixinha e observo algo metálico com uma pedra verde. Que incrível!
Para que será? Minha cara é de espanto quando leio no papel: “Joia anal Rosebud”.
Puxa, não sabia que havia joias para o cu!
Desato a rir.
Alegre, vou até a janela, o rosto afogueado, e continuo lendo: “Joia anal de aço
cirúrgico com cristal de Swarovski. Ideal para enfeitar o ânus e estimular a região anal.”
Que diferente!
Excitada, percebo que Poncho me olha com expressão sacana. Comicamente, levanto o
polegar em sinal de que gostei, e ambos rimos. Esta noite vai ser o máximo!
Depois do jantar, proponho uma partida de Monopoly da Wii. Lance a lance vamos
nos entusiasmando. Por fim, deixamos que Miguel ganhe e ele vai dormir todo prosa.
Quando ficamos sozinhos na sala, Poncho me olha. Seu olhar diz tudo: impaciência. Beijo-o
e murmuro em seu ouvido:
— Quero você em cinco minutos no quarto.
— Chegarei em dois — responde autoritário.
— Melhor!
Dito isto, saio da sala. Corro escada acima, entro em nosso quarto, tiro o edredom,
me dispo, deixo a joia anal ao lado do lubrificante sobre o travesseiro e me atiro na
cama para esperá-lo. Não há tempo para mais nada.
A porta se abre, e meu coração bate com força. Excitação. Poncho entra, fecha a
porta, e seus olhos já estão sobre mim. Caminha até a cama, e o observo tirar a
camiseta cinza.
— Teu desejo está esperando onde você o queria.
— Perfeito — responde com voz rouca.
Me olha como um lobo faminto. Vejo que dá uma olhada na joia anal e sorri. O
desejo me consome. Ele joga a camiseta no assoalho e fica aos pés da cama.
— Dobra e abre as pernas.
Meu Deus, meu Deus, que calor!
Faço o que me pede e sinto que começo a respirar com dificuldade. Poncho sobe na
cama e leva sua boca até a parte interna das minhas coxas. Beija-as — beija-as com
delicadeza, e eu me desmancho toda. Ele, com seu erotismo costumeiro, continua sua
corrente de beijos. Agora sobe. Me beija o quadril, depois o umbigo, depois um dos
seios, e quando sua boca está sobre a minha e me olha nos olhos, sussurra com voz
carregada de desejo e erotismo:
— Peça-me o que quiser.
Meu Deus!
Ai, meu Deus!
Minha respiração se acelera. A vagina se contrai e sinto frio na barriga. Poncho, meu
Poncho, chupa o lábio superior, depois o inferior. Antes de me beijar, dá sua mordidinha
característica no lábio, o que me faz abrir a boca para lhe facilitar o acesso. Adoro
seus beijos. Adoro sua exigência. Adoro como me toca. Eu o adoro.
Depois do beijo, me olha à espera de que lhe peça algo. Então, como sei o que
desejo, murmuro:
— Me chupa.
Sua corrente de beijos agora desce pelo meu corpo. Quando beija o púbis, passa
com sensualidade seu dedo na tatuagem.
— Vamos, querida, se abra com as mãos. Feche os olhos e fantasie. Sim, se
ofereça como quando estivemos com outras pessoas.
“Se ofereça! Outras pessoas!”
Deus do céu, que tesão!
Suas palavras provocam uma tremenda excitação, e minhas mãos se apressam. Me
abro, me expondo totalmente a Poncho, ansiosa para que me lamba enquanto imagino que
não estamos apenas nós dois neste quarto. Sem demora, sua língua toca meu clitóris.
Minha nossa, eu morro de prazer!
O fogo abrasador de minhas fantasias e a excitação que Poncho provoca me deixam
sem forças. Deitada nua na cama, as lambidas ávidas me deixam louca, e suas mãos
sobem por meu traseiro. Meu homem, cheio de tesão, me agarra pelos quadris para
chegar mais fácil dentro de mim.
— Vamos, Any, se ofereça.
Instigada, provocada, estimulada e louca pelo que imagino e pelo que ele me diz,
aproximo minha vagina molhada de sua boca. Sem nenhum pudor, me aperto contra ela
e me ofereço extasiada, desejosa de sentir e dar todo o prazer. Sua boca me chupa
rapidamente, seus dentes se lançam ao meu clitóris, e eu, ofegante, quero mais e
mais.
Minha pele arde e um prazer louco e selvagem toma meu corpo. Me retorço em sua
boca a cada toque de sua língua e exijo mais.
Meu clitóris, inchado, está a ponto de explodir. Isso provoca Poncho. Eu sei. Quando ele
ergue a cabeça para me olhar, levanto rápido e beijo seus lábios molhados com meus
fluidos. Seu gosto é meu gosto. Meu gosto é seu gosto.
— Me fode — exijo.
Poncho sorri, morde o queixo e volta a me dominar. Me deita com brutalidade, e dessa
vez meu corpo cai pela lateral da cama enquanto abre de novo minhas pernas, me dá
uma palmadinha e continua seu ataque devastador. Noto algo úmido em meu ânus. Sim,
o lubrificante. Poncho me abre com um dedo, e instantes depois sinto que ele introduziu o
brinquedinho. Aquela joia.
— Lindo — diz Poncho enquanto beija minha bunda.
De minha posição, não posso ver seu rosto. Mas sua respiração e sua voz rouca me
indicam que gosta do que vê e do que faz. Durante vários minutos, as paredes de meu
ânus se contraem. Que delícia! Depois, Poncho mete primeiro um dedo na vagina e depois
dois.—
Olha pra mim, Any.
Com a cabeça virada de lado, viro os olhos para ele, que murmura, a voz rouca de
emoção:
— A joia é bonita, mas tua bunda é espetacular.
Isso me faz sorrir.
— Prefiro carne em vez de aço cirúrgico.
— É mesmo?
Confirmo.
— Prefere que eu te coma com outras pessoas?
Confirmo de novo. Seus dedos mergulham em mim. Que loucura! Arrebatado de
paixão, insiste:
— Tem certeza, pequena?
— Sim — digo ofegante.
Seus dedos entram e saem de mim, enquanto com a outra mão aperta a joia. E eu
fico louca. Após um gemido, abro os olhos, e Poncho está me olhando.
— Logo seremos dois a te foder, pequena. Primeiro um, depois o outro, e depois os
dois. Vou te prender entre meus braços e abrir tuas coxas. Deixarei que o outro te foda
enquanto eu te olho, e só permitirei que você goze pra mim, certo?
— Sim, sim — digo ofegante de novo, extasiada com o que diz.
Poncho sorri, e eu tenho um espasmo de prazer. Minha vagina se contrai, e seus dedos
percebem. Com rapidez, troca os dedos pelo pênis, e sufoco um grito ao sentir sua
impressionante ereção.
Santo Deus, como é bom!
Com mãos experientes, me agarra pela cintura e me levanta. Me senta sobre ele na
cama, me abraça e diz baixinho, perto da minha boca:
— Seremos três na próxima vez.
Aceno que sim, entre gemidos.
— Sim, sim, sim...
Poncho me beija. Sentir sua respiração descontrolada me deixa louca.
— Se mexa, pequena.
Meus quadris obedecem com um ritmo lento e profundo. Acho que vou explodir. A
fricção do brinquedo anal é tremenda. Poncho e eu nos olhamos nos olhos, enquanto
afundo cada vez mais.
— Me beije — peço.
Meu Iceman me satisfaz, e eu aumento o ritmo, deixando-o louco. Uma vez depois
da outra, entro e saio até que ele me para. Com um movimento, me deita na cama, faz
eu me virar e me bota de quatro.
— Tá fazendo o quê? — pergunto.
Poncho não responde, apenas mete o pênis em mim, e depois de duas enfiadas que me
fazem gemer, sussurra em meu ouvido:
— Querida, quero teu cuzinho lindo. Posso?
Tesão, muito tesão. Excitada ao extremo, mostro o anel em minha mão.
— Sou toda sua.
Com cuidado, ele pega a joia e me passa mais lubrificante. Estou impaciente e
ansiosa por sexo. Quero mais. Preciso de mais. Poncho, ao ver minha impaciência,
enquanto passa o lubrificante no pênis, me morde as costas. Nervosismo. Meus
sentimentos são contraditórios. Não fiz mais sexo anal desde aquele último dia com ele
e aquela mulher. Mas Poncho sabe o que faz e, pouco a pouco, entra em mim. Me dilato.
Minha mente fica louca, e o tesão toma conta de mim quando sinto que Poncho me
preenche:
— Fundo, fundo, querido.
Mas ele não obedece. Não quer me machucar. Mete devagarinho, e quando está
totalmente dentro de mim, se agacha sobre minhas costas e, me abraçando com amor,
sussurra em meu ouvido:
— Minha nossa, pequena, como você é apertadinha!
Me acostumo à nova situação, feliz com o prazer que sinto, enquanto ele entra e sai
de mim. Eu gemo. Ardo. Queimo. Mas curto, entregue à delícia do sexo anal. Me sinto
depravada. Praticar sexo selvagem com Poncho me torna depravada. Louca. Desinibida.
Estou de quatro para ele, com a bunda empinada, desesperada para que me foda,
para que me faça sua infinitas vezes.
— Poncho... eu gosto — afirmo, enquanto empurro meu corpo contra o seu, desejando
que Poncho entre mais fundo.
Continuamos nossa brincadeira por vários minutos. Ele me penetra, me agarra pela
cintura, e eu me mostro receptiva. Uma, duas, três vezes. Paixão! Quatro, cinco, seis.
Prazer! Sete, oito, nove. Desejo! Dez, onze, doze. Poncho!
Mas meu Iceman já não pode mais se conter e seu lado selvagem faz com que
penetre mais fundo ainda, enquanto caio com o rosto na cama. Deixo escapar um grito
sufocado pelo colchão, e meu alemão sabe que meu prazer foi ao máximo. Então, ele
crava seus dedos em meus quadris e me come por trás num ataque infernal.
Oh, sim! Oh, sim!
— Mais, mais, Poncho! — suplico, estimulada.
O prazer que isso me dá e o desejo que ele vê em mim o deixam louco. Quando não
pode mais, dá um gemido selvagem e cai sobre mim.
Ficamos assim por uns segundos. Unidos, alegres, excitados. O sexo entre nós é
eletrizante, e gostamos disso.
Um pouco depois, Poncho sai de dentro de mim. Nos permitimos ficar na cama, felizes,
cansados e suados.
— Minha nossa, pequena! Você vai me matar de prazer.
Seu comentário me faz rir. Abraço Poncho, e ele me abraça. Não precisamos falar —
nosso abraço diz tudo. Lá fora, chove com vontade. De repente se ouve um trovão, e
Poncho se mexe.
— Vamos levantar e nos vestir, pequena.
— Nos vestir?
— Sim, botar qualquer coisa, um pijama, sei lá.
— Por quê? — pergunto, querendo continuar brincando com ele.
Mas Poncho parece ter pressa.
— Vamos, pegue a calcinha na mesinha — exige.
Penso em protestar, mas desisto. Pego minha calcinha e um pijama. Mas não quero
me vestir. Que coisa mais brochante!
Poncho, ao ver minha cara amarrada, me beija todo animado, guarda o lubrificante na
mesinha e pega a joia anal. Depois, se levanta, e justamente aí, quando me pega pelo
braço, a porta do quarto se abre pouco a pouco. Miguel, de pijama listrado e com cara de
sono, nos olha boquiaberto. Me cubro com minha roupa do jeito que posso e resmungo:
— Ei, não sabe bater na porta?
O menino não sabe o que responder.
— Miguel, já voltamos — diz Poncho.
Na hora, entramos no banheiro. Olho para Poncho, à espera de uma explicação. Ele diz
baixo:
— Desde pequeno tem medo de trovão, mas não diga que te contei. — Me beija. —
Sabia que ia vir pra nossa cama quando ouvi o trovão. Sempre faz isso.
Agora quem o beija sou eu. Minha nossa, como amo e gosto dele! Quando
abandono sua boca, com preguiça, pergunto:
— Vem sempre pra tua cama?
— Sempre — garante, brincalhão.
Sua expressão me faz rir. Que lindo que é o meu alemão!
Um novo trovão nos traz de volta à realidade. Poncho me solta, deixa a joia no balcão
do banheiro e se lava. Depois, se seca, bota as cuecas e diz, antes de sair:
— Não demore, pequena.
Quando fico sozinha, pego a joiazinha e abro a torneira para lavá-la. Penso no Susto.
Pobrezinho. Toda esta chuva e ele na rua. Depois me lavo, boto o pijama e olho no
espelho. Enquanto penteio minha cabeleira rebelde, sorrio.
Que viagem essa história em que estou me metendo!
Então, segundos depois, lembro que eu era igual a Miguel quando era pequena. Os
trovões me davam medo, esses barulhos infernais me faziam pensar que demônios
feios e de unhas longas percorriam os céus para levar as crianças. Foram muitas noites
dormindo na cama dos meus pais, embora, no final, minha mãe tenha conseguido me
tirar o medo, com paciência e alguma ajuda extra.
Quando saio do banheiro, Poncho está deitado na cama falando com Miguel. O menino me
segue com o olhar; disfarçadamente, guardo a joia na gaveta da mesinha. Depois,
quando me meto na cama, o baixinho pergunta ao tio:
— Ela tem que dormir com a gente?
Poncho faz um gesto afirmativo, e eu digo, me tapando com o edredom:
— Mas é claro. Eu tenho medo de temporais, principalmente dos trovões. Vocês
gostam de cachorros, né?
— Não — respondem em uníssono.
Vou dizer alguma coisa, mas Miguel explica:
— São sujos, mordem, cheiram mal e têm pulgas.
Boquiaberta, respondo:
— Você se engana, Miguel. Os cachorros não costumam morder e com certeza não
fedem nem têm pulgas se são bem cuidados.
— Nunca tivemos animais em casa — explica Poncho.
— Pois isso é muito ruim — cochicho, e vejo que Poncho sorri. — Ter animais em casa
dá outra perspectiva da vida, em especial às crianças. Olha, sinceramente, acho que
um animalzinho de estimação cairia muito bem a vocês dois.
— Nem pensar — se nega Poncho.
— O cachorro do Leo me mordeu e doeu — diz o menino.
— Um cachorro te mordeu?
O menino confirma, levanta a manga do pijama e me mostra a cicatriz no braço.
Guardo a informação e imagino o pavor que deve ter dos animais. Preciso acabar com
isso.—
Nem todos os cachorros mordem, Miguel — digo com carinho.
— Não quero um cachorro — insiste.
Sem dizer mais nada, me deito de lado para olhar Poncho nos olhos. Miguel está entre nós
e rapidamente me dá as costas. Só faltava esta! Poncho me pede desculpa com o olhar, e
eu lhe pisco um olho. Minutos depois, meu menino apaga a luz e, mesmo na escuridão,
sei que sorri e me olha. Eu sei.
Autor(a): Anna Albuquerque
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Hoje é dia 5, véspera do Dia de Reis. A ceia será na casa da mãe de Poncho.Durante estes dias meu alemão tem trabalhado em casa, nem fala em ir aoescritório. Gostaria de conhecer o lugar. Mas prefiro que seja ele a propor a visita.Miguel continua sem me dar trégua. Tudo o que faço o incomoda, e isso faz com queeu e Po ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
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hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
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ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
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Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
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ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
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julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
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ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3