Fanfics Brasil - 112 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 112

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Três dias depois chega uma van do aeroporto com as coisas de minha pequena
mudança de Madri.
São só vinte caixas, mas estou vibrando! O resto vai continuar lá em casa. Nunca se
sabe.
Ter minhas coisas é importante, e durante dias me dedico a distribuí-las pela casa
toda. Poncho e eu estamos bem. Depois daquela noite esplendorosa de sexo, no dia da
discussão, não conseguimos parar de nos beijar. Eu o surpreendi. Eu o tentei e o deixei
louco. É só nos vermos e já queremos nos tocar. É ficarmos sozinhos e nos despimos
com a maior paixão.
A estas alturas, posso garantir que fui fisgada pela Loucura esmeralda. Que novela
genial! Quando começa, Simona me avisa, e sentamos juntinhas na cozinha para ver
Esmeralda Mendoza sofrer. Pobre garota!
Uma manhã toca o telefone. Simona me passa o aparelho.
— Papai! — grito, entusiasmada.
— Oi, loirinha. Como está?
— Bem, mas morta de saudade de você.
Falamos um pouco, e lhe conto o problema que tenho com Miguel.
— Calma, querida. Esse menino precisa de paciência e carinho. Observe-o e tente
surpreendê-lo. Com certeza, se você o surpreender, o menino vai te adorar.
— A única maneira de surpreendê-lo assim é indo embora desta casa. Pode crer,
papai, esse menino é...
— Um menino, filha. Com 9 anos é só um menino.
Dou um suspiro profundo.
— Papai, Miguel parece um velho. Não tem nada a ver com nossa Luz. Reclama de
tudo, me odeia! Pra ele sou um pé no saco. Você precisa ver como me olha.
— loirinha, loirinha. Esse menino sofreu muito pra idade dele. Tenha
paciência. Ele perdeu a mãe, e mesmo que o tio cuide dele, tenho certeza que se sente
perdido.
— Não nego isso. Tento me aproximar dele, mas não deixa. Só o vejo feliz quando
está grudado no Wii e no PlayStation, sozinho ou com o tio.
Meu pai ri.
— É porque ainda não te conhece. Tenho certeza de que quando conhecer minha
loirinha não poderá mais viver sem você.
Desligo com um enorme sorriso. Meu pai é o melhor. Ninguém como ele para
levantar minha autoestima e me dar força em tudo.
No domingo, Poncho propõe que o acompanhe ao campo de tiro. Miguel e eu vamos com
ele. Me apresenta a todos os seus amigos e, como sempre, quando ficam sabendo que
sou espanhola, tenho de ouvir “olé, touro e paella”, claro. Chatos demais!
Surpresa, vejo que Poncho é um perfeito atirador. Com o problema nos olhos nunca
teria pensado que pudesse praticar um esporte desses.
Não gosto de armas. Nunca gostei, e quando Poncho me propõe atirar, me recuso.
— Poncho, já te disse que não gosto.
Sorri. Me olha e diz, me beijando nos lábios:
— Experimente. Talvez se surpreenda.
— Não. Já disse que não. Se você gosta, vá em frente. Eu não serei estragaprazeres.
Mas eu não quero atirar, me recuso! E tem mais, não me parece aceitável
que Miguel veja isso com tanta naturalidade. As armas são perigosas, mesmo que façam
parte das Olimpíadas.
— Em casa, estão trancadas à chave. Ele não toca nelas. Está proibido — se
defende.
— É o mínimo que você pode fazer. Manter as armas trancadas.
Meu alemão sorri e desiste. Já me conhece, e se digo não, é não.
Alguns dias depois, decido tornar a casa mais alegre. Levo Simona às compras. A
mulher adora e ri quando vê as cortinas cor de pistache com forro branco que compro
para a sala. Segundo ela, o senhor não vai gostar; mas, segundo eu, ele tem que
gostar. É sim ou sim.
Não consigo que Norbert e Simona me chamem de Anahí. É impossível. O
“senhorita” parece meu primeiro nome. Afinal desisto.
Durante dias compramos tudo o que me dá na telha. Poncho está feliz por me ver tão
motivada e me dá carta branca para tudo o que quero fazer na casa. Só quer que eu
seja feliz, e isso é um alívio.
Depois de decidir sozinha, sem dizer nada, transfiro Susto para a garagem. Faz
muito frio e sua tosse miserável me preocupa. A garagem é enorme, e o pobre animal
não passará tanto frio. Troco o cachecol dele por outro azul que fiz. Ficou divino.
Simona, ao ver o cão, protesta, leva as mãos à cabeça. “O senhor vai se chatear.
Nunca quis animais em casa.” Mas digo que não se preocupe. Eu me ocupo do senhor.
Sei que vou encrencá-la quando ele souber, mas já não dá para voltar atrás.
Susto é superbonzinho. Não late. Não faz nada, fora dormir sobre o cobertor limpo e
seco que pus num lugar discreto da garagem. Inclusive, quando Poncho chega com o
carro, espio e sorrio ao ver que Susto é muito esperto e que sabe que não deve se
mexer. Com a ajuda de Simona, eu o tiro para fora do pátio para que faça suas
necessidades. Poucos dias depois, Simona já adora o cachorro tanto ou mais que eu.
Uma manhã, depois do café, Poncho por fim me chama para ir ao escritório da
empresa. Animada, boto um terninho escuro e uma camisa branca, para passar uma
imagem profissional. Quero que os empregados do meu namorado tenham uma boa
impressão de mim.
Nervosa, chego à empresa Müller. Um enorme edifício e dois anexos compõem os
escritórios centrais em Munique. Poncho está lindo com seu casaco azulão de executivo e
seu terno escuro. Como sempre, é uma delícia olhar para ele. Transpira sensualidade
pelos poros, e autoridade. Isso da autoridade me excita. Quando entramos no
impressionante hall, a loira da recepção nos olha, e os seguranças cumprimentam o
chefão. Meu namorado! A mim olham com curiosidade, e quando vou passar pela
roleta, me param. Poncho, rapidamente, com voz de comando, diz que sou sua namorada,
e me deixam passar sem o crachá com o V de visitante.
Uau, meu gato!
Eu sorrio, mas o rosto de Poncho é sério, profissional. No elevador, entramos com uma
bela morena. Poncho e ela se cumprimentam. Disfarçando, observo como essa mulher o
olha e sei que o deseja. Estou para pisar no pé dela, mas me contenho. Não devo ser
assim. Tenho que me controlar. Quando saímos do elevador no andar presidencial, me
escapa um “nossa!”. Isto não tem nada a ver com os escritórios de Madri. Tapete
preto. Paredes cinza. Móveis brancos. Modernidade absoluta. Enquanto ando ao lado
de meu Iceman, observo a expressão séria das pessoas. Todas me olham e
especulam, principalmente as mulheres, que me examinam atentamente. Estou meio
intimidada com a situação.
Quando paramos diante de uma mesa, Poncho diz a uma loira muito elegante e bonita:
— Bom dia, Leslie, essa é minha namorada, Anahí. Por favor, venha a minha sala e
me atualize.
A jovem me olha e me cumprimenta, surpresa.
— Prazer, senhorita Anahí. Sou a secretária do senhor Herrera. Quando
precisar de algo, não hesite em me chamar.
Sorrio:
— Obrigada, Leslie.
Sigo os dois até o escritório impressionante. Como era de esperar, é como o resto
do prédio, moderno e minimalista. Admirada, me sento na cadeira que Poncho me oferece
e, durante um bom tempo, presto atenção na conversa deles.
Poncho assina vários papéis que Leslie lhe entrega e, quando por fim ficamos a sós, ele
me olha e pergunta:
— Que achou?
— É tudo sensacional. Nem se compara aos escritórios na Espanha.
Poncho sorri, se mexendo na cadeira.
— Prefiro os de lá. Aqui não tem arquivo.
Começo a rir, levanto, me aproximo e falo baixinho:
— Melhor. Se eu não estou aqui, não quero que você tenha arquivo.
Rimos alegres. Poncho me senta em suas pernas. Tento levantar, mas ele me segura
com força.
— Ninguém entra sem avisar. É uma norma importantíssima.
Rio e o beijo. Mas então ergo a sobrancelha.
— Importantíssima desde quando?
— Desde sempre.
Toc, toc! — o ciúme batendo. Antes que eu pergunte, Poncho confessa:
— Sim, Any, é verdade o que você está pensando. Tive uma ou outra relação neste
escritório, mas isso acabou faz tempo. Agora só desejo você.
Tenta me beijar. Me afasto.
— O que é isso, está virando a cara pro meu beijo de novo? — pergunta, divertido.
Dou de ombros. Estou com ciúme. Muito ciúme.
— Querida — murmura Poncho —, quer parar de pensar bobagem?
Me livro das mãos dele. Contorno a mesa.
— Com Betta, né?
Um instante depois de mencionar esse nome, me dou conta de que não devia ter
falado. Saco! Mas Poncho responde com sinceridade:
— Sim.
Depois de um silêncio incômodo, pergunto:
— Teve alguma coisa com Leslie?
Poncho se estica todo na cadeira e suspira.
— Não.
— Mesmo?
— Claro que não.
Mas enervada pelos ciúmes, insisto. E meu pescoço começa a comichar, e eu me
coço.
— E com a morena que subia com a gente no elevador?
Pensa um pouco antes de responder:
— Não.
— E com a loira que estava na recepção?
— Não. E não se coce, ou a alergia piora.
Não dou a mínima, mas, insatisfeita com as respostas, pergunto:
— Mas você disse que fez sexo neste escritório?
— Sim.
Que ardência no pescoço! Não acredito e digo, fora de mim:
— Está me dizendo que jogou com alguém que trabalha na empresa.
— Não.
Poncho se levanta e se aproxima.
— Mas se acaba de dizer quê...
— Espera lá, Any — me corta, tirando minha mão do pescoço. — Não fui um monge
e transei com várias mulheres da empresa e fora da empresa. Sim, querida, não vou
negar. Mas jogar, o que nós chamamos de jogar, não. Ninguém aqui entrou em
brincadeira nenhuma, fora Betta e Amanda.
Ao lembrar essas megeras, meu coração bate descompassado.
— Claro, Amanda, a senhorita Fischer.
— Que, por sinal — esclarece Poncho enquanto me sopra o pescoço —, se mudou pra
Londres pra desenvolver a Müller lá.
Fico feliz. Tê-la longe me agrada. Poncho, divertindo-se com minhas perguntas, me
abraça e me beija na testa.
— Para mim, atualmente, a única mulher que existe é você, pequena. Confie em
mim, querida. Lembre: entre a gente não há segredos nem desconfianças. Precisamos
que tudo seja assim para nossa relação funcionar.
Nos olhamos.
Nos desafiamos.
Poncho chega perto da minha boca:
— Se tento te beijar, vai virar a cara de novo?
Não respondo.
— Você confia em mim? — digo.
— Totalmente. Sei que não me esconde nada.
Concordo, mas a verdade é que escondo várias coisas. O sentimento de culpa me
golpeia. Que mal me sinto! Nada que tenha a ver com sexo, mas escondo coisas, entre
elas um cachorro na garagem, que dei uma volta na moto de Jurgen, e que sua mãe e
Marta estão num curso de paraquedismo.
Minha nossa, olha só quantos segredos!
Poncho me olha. Sorrio e depois suspiro:
— Olha como ficou meu pescoço. Por sua culpa!
Poncho ri e me abraça.
— Acho que vou mandar fazer um arquivo aqui no escritório pra quando você vier me
visitar. Que acha, hein?
Solto uma gargalhada. Depois o beijo e, esquecendo das culpas e dos ciúmes, digo
baixinho:
— É uma excelente ideia, senhor Herrera.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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