Fanfics Brasil - 117 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 117

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A vida com Iceman vai de vento em popa apesar das nossas discussões. Quando
estamos a sós, vivemos momentos loucos, doces e apaixonados, e, sempre que
visitamos Björn, os encontros são calientes, com muitos joguinhos. Poncho me entrega a
seu amigo, e eu aceito, morrendo de tesão. Não há ciúme. Não há reprovação. Apenas
sexo, brincadeira e loucura. Nós três fazemos um trio maravilhoso e curtimos nossa
sexualidade plenamente a cada encontro. Nada é sujo. Nada é obscuro. Tudo é
absolutamente sensual.
Miguel é outra história. O garoto não facilita minha vida. A cada dia que passa ele se
mostra mais resistente a ser amável comigo e a aceitar minha felicidade com Poncho. Nós
dois só discutimos por causa da criança. Ela é a fonte de nossas brigas, e parece
gostar disso.
Agora tenho acompanhado Norbert algumas manhãs ao colégio. O que Miguel não
sabe é que, quando o motorista dá a partida no carro e vai embora, eu o observo sem
ser vista. Não entendo o que acontece. Não consigo compreender por que Miguel é
motivo de piada para seus supostos amigos. Eles batem nele, o empurram, e a criatura
nem reage. Sempre acaba no chão. Preciso dar um jeito nisso. Quero que ele sorria,
que tenha confiança em si mesmo, mas não sei o que fazer.
Uma tarde, estou no meu quarto cantando Tanto, de Pablo Alborán, e vejo pela
janela que voltou a nevar. Mais neve em cima da camada que já caiu e isso me deixa
alegre. Que linda é a neve! Empolgada, vou ao quarto de brinquedos onde Miguel faz os
deveres e abro a porta.
— Quer brincar na neve?
O menino olha para mim e responde, com sua cara séria de sempre:
— Não.
Seu lábio está machucado. Isso me enfurece. Eu o pego pelo queixo e pergunto:
— Quem fez isso contigo?
O moleque me olha e, mal-humorado, responde:
— Não te interessa.
Penso duas vezes antes de responder e decido ficar quieta. Fecho a porta e vou
atrás de Simona, que está na cozinha preparando uma sopa.
— Simona.
A mulher seca as mãos no avental e me olha.
— Diga, senhorita.
— Aiiii, Simona, por favor, me chama pelo nome, Anahí!
Simona sorri.
— Eu bem que tento, senhorita, mas é difícil me acostumar com isso.
Compreendo que realmente não deve ser nada fácil para ela.
— Há algum trenó na casa? — pergunto.
A mulher pensa um pouco e diz:
— Sim. Tem um guardado na garagem.
— Ótimo! — digo, animada. E olhando para ela acrescento: — Preciso te pedir um
favor.
— Fique à vontade.
— Preciso que você vá lá fora comigo e a gente brinque de atirar bolas de neve.
Incrédula, arregala os olhos, sem entender nada. E eu, achando graça, seguro suas
mãos e cochicho:
— Quero que Miguel veja o que está perdendo. É uma criança e deveria brincar com a
neve e com o trenó. Vem, vamos mostrar pra ele como existem coisas divertidas além
do videogame.
De início, a mulher fica reticente. Não sabe o que fazer, mas, ao ver que estou
esperando, ela tira o avental.
— Me dê uns segundinhos pra eu calçar minhas botas. Com o sapato que estou
usando, não dá pra ir lá fora.
— Ótimo!
Já na porta de casa, visto meu casaco vermelho e as luvas, e logo Simona aparece
e pega seu casaco azul e um gorro.
— Vamos brincar! — digo, puxando seu braço.
Saímos de casa. Caminhamos pela neve até chegar em frente ao quarto de
brinquedos de Miguel, e ali começamos nossa guerra de bolas de neve. No início, Simona
fica um pouco tímida, mas acaba se animando depois que eu a acerto algumas vezes.
Pegamos montinhos de neve e, em meio a risadas, atiramos uma na outra.
Surpreso com o que estamos fazendo, Norbert vem até nós. Primeiro resiste um
pouco a participar, mas alguns minutos depois ele acaba brincando conosco. Miguel nos
observa. Vejo pelo vidro que ele está olhando e grito:
— Vamos, Miguel... Vem brincar com a gente!
O garoto nega com a cabeça, e nós três continuamos. Peço a Norbert para pegar o
trenó na garagem: é vermelho. Empolgada, subo nele e deslizo por uma ladeira coberta
de neve. Dou uma derrapada de respeito, mas a neve acumulada acaba me detendo e
solto uma gargalhada. A próxima a se aventurar no trenó é Simona, e depois vamos as
duas juntas. Terminamos a brincadeira cobertas de neve, mas felizes, apesar da
expressão contrariada de Norbert. Não confia em nós duas. De repente, e quando
menos esperávamos, vejo Miguel saindo da casa e nos olhando.
— Vamos, Miguel, vem!
O menino se aproxima e eu o chamo para sentar no trenó. Me olha com receio,
então digo:
— Vem, eu sento na frente e você atrás, tá bom?
Incentivado por Simona e Norbert, o menino obedece e com extremo cuidado deslizo
pela ladeira. Dou gritinhos de empolgação, e eles logo fazem o mesmo. Quando o trenó
para, Miguel me pergunta, radiante:
— Podemos repetir?
Feliz por ver nele uma expressão que eu nunca tinha visto, concordo logo. Nós dois
corremos até Simona e repetimos a descida.
A partir desse momento, é só diversão. Pela primeira vez desde que estou na
Alemanha, Miguel se comporta como uma criança. Quando consigo convencê-lo a ir
sozinho no trenó e ele enfim vai, sua cara de satisfação me enche de alegria.
Ele está sorrindo!
Seu sorriso é envolvente, encantador e maravilhoso, até que de repente ele muda a
cara e, assim que olho na mesma direção, vejo Susto correndo até nós. Norbert deixou
a garagem aberta e, ao ouvir nossos gritos, o bicho não se conteve e quis vir brincar
também. Apavorado, o menino para e eu assobio. Susto vem até mim, afago a cabeça
dele e murmuro:
— Não se assuste, Miguel.
— Cachorros mordem — sussurra, paralisado.
Me lembro do que o menino contou aquele dia na cama e, acariciando Susto, tento
acalmar Miguel:
— Não, meu amor, nem todos os cachorros mordem. E tenho certeza de que Susto
não vai te machucar. — Mas o garoto não se convence e insisto enquanto estendo a
mão para ele. — Vem. Confia em mim. Susto não vai te morder.
Não se aproxima. Apenas me olha. Simona o incentiva, Norbert também, e Miguel dá
um passo à frente mas logo para. Está com medo. Sorrio e digo outra vez:
— Te prometo, querido, que ele não vai fazer nada de mau.
O menino me olha com receio, até que de repente Susto se atira na neve e põe as
patas para cima. Achando graça, Simona faz carinho na barriga do cão.
— Tá vendo, Miguel? Susto só quer que a gente faça cosquinha. Vem...
Faço o mesmo que Simona, e o cachorro põe a língua para fora num sinal de
alegria.
De repente, o menino chega mais perto, se agacha e, morrendo de medo, toca o
cãozinho com um dedo. Tenho certeza de que é a primeira vez em muitos anos que ele
encosta num animal. Como Susto continua sem se mexer, Miguel se anima e toca nele de
novo.
— E aí, o que achou?
— Macio e molhado — diz o garoto, que já encosta nele com a palma da mão.
Meia hora depois, Susto e Miguel já estão amigos e, quando entramos no trenó e
deslizamos pela neve, Susto corre ao nosso lado enquanto gritamos e rimos.
Todos estamos cobertos de neve e nos divertindo à beça, até que ouvimos um carro
se aproximar. Poncho. Eu e Simona nos olhamos. Ao ver que é seu tio, Miguel fica imóvel.
Isso me espanta. Não corre na direção dele. Quando o veículo chega ainda mais perto,
percebo que Poncho está nos observando e, pela cara, parece estar de mau humor. Ok,
nenhuma novidade. Sem conseguir evitar, murmuro perto de Simona:
— Oh, oh! Ele pegou a gente no flagra!
A mulher faz que sim. Poncho para o carro. Desce e bate a porta com força, e isso é
mais uma prova de que ele está atacado hoje. Caminha na nossa direção de um jeito
que intimida.
Meu Deus! Que recaída meu Iceman está tendo!
Quando quer fazer cara feia, é imbatível. Deixa todo mundo assustado. Olho para
ele. Ele me olha de volta. E, quando já está perto de nós, grita num tom de reprovação:
— O que esse cachorro está fazendo aqui?
Miguel não diz nada. Norbert e Simona estão paralisados. Todos olham para mim e eu
respondo:
— Estávamos brincando na neve, e ele estava com a gente.
Poncho puxa Miguel pela mão e diz, rosnando:
— Eu e você precisamos ter uma conversa séria. O que você aprontou no colégio?
O tom de voz que ele usa com a criança me deixa revoltada. Por que tem que falar
com ele assim? Mas, quando penso em dizer alguma coisa, eu o ouço dizer:
— Me ligaram de novo do colégio. Pelo visto, você voltou a se meter em encrenca, e
dessa vez foi das brabas!
— Tio, eu...
— Cala a boca! — grita. — Você vai direto pra um colégio interno. No fim das
contas, é o que vai acabar acontecendo. Entra no meu escritório e me espera lá.
Após o olhar duro que Poncho lhes dirige, Simona, Norbert e o garoto vão embora.
A mulher olha para mim com expressão de tristeza. Pisco um olho para ela, apesar
de saber que vai sobrar para mim nessa história. Já estou até vendo a bronca que vou
levar desse alemão. Quando ficamos a sós, Poncho repara no trenó e nas marcas na
ladeira e reclama:
— Quero esse cachorro fora da minha casa, está me ouvindo?
— Mas Poncho... escuta...
— Não, não vou escutar, Any.
— Mas deveria — insisto.
Nos encaramos por um tempo, até que ele grita:
— Eu disse “fora”!
— Olha só, se você se aborreceu com alguma coisa no escritório, não vá descontar
em mim. É o fim da picada!
Solta o ar bufando, passa a mão pelo cabelo e diz:
— Já tinha te falado que não queria ver esse cão aqui e, que eu saiba, não te dei
permissão pra que meu sobrinho subisse num trenó, e menos ainda ao lado desse
animal.
Fico surpresa com o surto de mau humor, mas, como estou disposta a entrar na
briga, protesto:
— Não sabia que tinha que te pedir permissão pra brincar na neve, ou tinha? Se
você me disser que é assim, a partir de hoje vou pedir sua autorização até pra respirar.
Que merda, só me faltava essa!
Poncho não responde, e continuo, mal-humorada:
— Quanto a Susto, quero que fique aqui. Essa casa é grande o suficiente pra que
você não o veja se não quiser. Tem um jardim que é quase um parque. Posso construir
uma casinha pra ele morar dentro dela e ao mesmo tempo proteger nossa casa. Não
sei por que você insiste em botá-lo pra fora, mesmo com o frio que está fazendo. Você
não percebe? Não tem pena? Tadinho, deve sentir o maior frio. Está nevando, e você
quer deixá-lo na rua. Ah, Poncho, por favor.
Meu Iceman, que está lindo com seu terno e seu sobretudo azul, olha para Susto. O
cachorro abana o rabo para ele. Fofinho!
— Mas, Any, você acha que sou idiota? — diz, surpreendendo-me. Não respondo e
ele continua: — Esse animal mora na garagem há um tempão.
Meu coração quase para de bater. Será que ele também viu a moto?
— Você sabia?
— Acha que sou tão imbecil a ponto de não me dar conta de uma coisa dessas?
Claro que eu sabia.
Fico sem palavras e, antes que eu possa responder, ele insiste:
— Eu te disse que não o queria na minha casa, mas mesmo assim você o trouxe pra
dentro e...
— Se você voltar com essa história de sua casa..., vou me irritar — digo, sem
mencionar a moto. Já que ele não disse nada, o melhor é não tocar no assunto por
enquanto. — Você vive me dizendo pra considerar essa casa como minha, e agora, só
porque dei abrigo a um pobre animal na sua maldita garagem pra ele não morrer de frio
nem de fome na rua, você está se comportando como um... um...
— Babaca — ele completa.
— Isso — confirmo. — Você mesmo já disse: um babaca!
— Você e meu sobrinho estão aprontando...
— O que houve com Miguel no colégio? — interrompo.
— Ele se meteu numa briga, e o outro garoto teve que levar pontos na cabeça.
Isso me espanta. Não imagino Miguel envolvido numa situação dessas, apesar de estar
com o lábio machucado. Furioso, Poncho passa a mão pela cabeça, olha para Susto e
grita:
— Quero ele fora daqui!
Tensão. O frio que faz nem se compara com o frio que sinto em meu coração e,
antes que ele volte a dizer alguma coisa, ameaço:
— Se Susto for embora, eu vou junto.
Poncho levanta as sobrancelhas com frieza e, deixando-me com a boca aberta, diz
antes de dar meia-volta:
— Faz o que você quiser. No fim das contas, sempre faz.
E, sem dizer mais nada, sai. Me deixa ali plantada, com cara de idiota e vontade de
discutir mais. Dez minutos passam e continuo fora da casa ao lado do cachorro. Poncho
não aparece. Não sei o que fazer. Por um lado, entendo que errei ao colocar Susto na
garagem, mas por outro não posso deixar na rua esse pobre animalzinho.
Vejo Miguel se aproximar pela porta de vidro do quarto de brinquedos e aceno para
ele. O garoto acena de volta e me parte o coração. Ele gostou de brincar, de andar de
trenó e de fazer carinho em Susto, mas não posso deixar o cachorro dentro dessa
casa. Sei que isso traria mais problemas.
Simona sai e vem em minha direção.
— A senhorita vai se resfriar. Está ensopada e...
— Simona, preciso encontrar um lar para Susto. Poncho não quer que ele fique aqui.
A mulher fecha os olhos e, triste, balança a cabeça num gesto afirmativo.
— Sabe que eu o levaria pra minha casa, mas o senhor não iria gostar. A senhorita
sabe disso, né? — Faço que sim e ela acrescenta: — Se quiser, podemos ligar pra
associação protetora de animais. Eles com certeza arrumarão um abrigo pra ele.
Peço para ela descobrir o telefone deles. Não há outra saída.
Não entro na casa. Me recuso. Se eu vir Poncho, vou partir para cima dele, no mau
sentido. Caminho com Susto pela trilha até chegar ao enorme portão. Saio para a rua e
brinco com o bichinho, que está feliz ao meu lado. Meus olhos se enchem de lágrimas e
eu as deixo rolarem. Tentar segurá-las seria pior. Então choro. Choro copiosamente
enquanto jogo pedrinhas ao cachorro para ele ir pegar. Tadinho!
Vinte minutos depois, Simona aparece e me entrega um papel com um telefone
anotado.
— Norbert disse pra ligarmos pra esse número. Pra mandarmos chamar Henry e
dizer que estamos falando da parte dele.
Agradeço e pego meu celular do bolso. Com o coração apertado, faço o que Simona
sugere. Falo com o tal de Henry e ele diz que em uma hora vão passar para buscar o
animal.
Já é noite. Obrigo Simona a entrar na casa para que Poncho e Miguel possam jantar, e eu
fico do lado de fora com Susto. Estou congelando. Mas isso não é nada comparado ao
frio que o coitado do bicho deve ter passado esse tempo todo. Poncho liga para o meu
celular, mas rejeito a ligação. Não quero falar com ele. Sem chance!
Dez minutos depois, algumas luzes aparecem no fundo da rua e sei que é o carro
que vem buscar o animal. Começo a chorar. Susto olha para mim. Um furgão se
aproxima e para bem na nossa frente. Me lembro de Trampo. Ele foi embora e agora
Susto também está indo. Por que a vida é tão injusta?
Desce um homem que se identifica como Henry, olha para o bichinho e afaga sua
cabeça. Assino uns papéis e, enquanto abre as portas traseiras do furgão, ele diz:
— Despeça-se dele, senhorita. Já estamos indo. E, por favor, tire isso do pescoço
dele.—
É um cachecol que fiz pra ele. Está resfriado.
O homem olha para mim e insiste:
— Por favor, retire. É melhor assim.
Resmungo. Fecho os olhos, tiro o cachecol e suspiro fundo. Uffff, que momento mais
triste! Contemplo Susto, que me olha com seus olhões esbugalhados. Me agacho e
murmuro, tocando sua cabeça ossuda:
— Desculpa, querido, mas essa casa não é minha. Se fosse, pode ter certeza de
que ninguém tiraria você daqui. — O cão aproxima seu focinho úmido, me dá uma
lambida e continuo: — Vão achar um lar maravilhoso pra você, um abrigo quentinho
onde você vai ser muito bem tratado.
Não consigo dizer mais nada. Fico desfigurada de tanto chorar. É como se eu
estivesse me despedindo de Trampo outra vez. Dou um beijo na cabeça de Susto, e
Henry o pega e o mete no furgão. O bichinho resiste, mas Henry está acostumado e é
mais forte do que ele. Em seguida fecha as portas, despede-se e vai embora.
Sem me mover, vejo o furgão se afastando, com Susto dentro dele. Tapo o rosto
com o cachecol e caio no choro novamente. Por um momento, sozinha nessa rua
escura e gelada, eu choro como havia tempo não chorava. Tudo é difícil em Munique.
Miguel não facilita minha vida, e Poncho às vezes é frio como gelo.
Quando me viro para entrar em casa, me surpreendo ao perceber Poncho parado atrás
do portão. A escuridão não me permite ver seu olhar, mas sei que está me observando.
Estou com frio. Começo a andar e ele abre a porta. Passo a seu lado e não digo nada.
— Any...
Com raiva, me viro na direção dele.
— Pronto. Não se preocupe. Susto não está mais na sua maldita casa.
— Escuta, Any...
— Não, não quero escutar. Me deixa em paz.
Sem dizer mais nada, volto a caminhar. Ele me segue, mas andamos em silêncio.
Entramos na casa, tiramos nossos sobretudos e ele pega minha mão. Me solto
depressa e subo as escadas. Não quero falar com ele. Lá em cima, topo com Miguel. O
menino me olha, mas passo por ele e entro no quarto, batendo a porta com força. Tiro
as botas e minha calça jeans molhada e me meto no chuveiro. Estou congelada e
preciso de um pouco de calor.
A água quente me faz recuperar a energia, mas logo estou chorando de novo.
— Merda de vida! — grito.
Um gemido escapa de dentro de mim e caio em prantos. Estou muito chorona hoje.
Ouço a porta do banheiro se abrindo e, pelo vidro do boxe, vejo que é Poncho. Por alguns
minutos nós nos olhamos, até que ele sai do banheiro e me deixa sozinha. Sou grata
por isso.
Saio do banho, me enrolo numa toalha e enxugo o cabelo. Depois visto o pijama e
me enfio na cama. Estou sem fome. Pego no sono rapidamente, mas acordo
sobressaltada ao sentir que alguém me toca. Poncho. Mas estou chateada com ele e me
limito a murmurar:
— Me deixa. Não encosta em mim. Quero dormir.
Suas mãos se afastam da minha cintura e eu me viro. Não quero que me toque.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Prévia do próximo capítulo

De manhã, quando me levanto, Poncho está tomando café na cozinha. Miguel está com ele.Assim que entro, os dois olham para mim.— Bom dia, Any — diz Poncho.— Bom dia — respondo.Não vou até ele. Não lhe dou um beijo de bom-dia, e Miguel nos observa. Simona meoferece um café e sorrio ao ver que ela ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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