Fanfics Brasil - 122 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 122

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Numa tarde em que eu e Miguel patinamos de mãos dadas na garagem, a porta
automática começa a abrir de repente. Poncho chega antes da sua hora habitual. Ficamos
paralisados.
Que flagra desgraçado... E que bela bronca ele vai nos dar!
Reajo depressa, puxo o garoto e saímos da garagem. Mas Poncho está chegando bem
perto e não sei o que fazer. Não dá nem tempo de a gente tirar os patins ou entrar em
algum lugar.
Desesperada, abro a porta que dá na piscina coberta. O menino me olha e pergunto:
— Bronca ou piscina?
Não há o que pensar. Vestidos e de patins, pulamos na água. Assim que botamos a
cabeça para fora, a porta se abre e Poncho nos vê. Disfarçadamente, nos apoiamos na
beira da piscina. Não dá para ver os patins nos nossos pés, já que estão no fundo.
Assustado, Poncho se aproxima e pergunta:
— Desde quando alguém entra na piscina de roupa?
Eu e Miguel nos entreolhamos, rimos e enfim respondemos:
— Foi uma aposta. Estávamos jogando PlayStation e combinamos que o perdedor
teria que pular na piscina.
— E por que os dois estão na água? — insiste, rindo.
— Porque Any é uma trapaceira — queixa-se Miguel. — E, como eu ganhei dela, logo
depois que ela se jogou na piscina, me jogou também.
Poncho ri. Adora ver como eu e o sobrinho estamos nos entendendo ultimamente. Com
doçura, deixo que ele me beije, mas com o cuidado de não mostrar meus pés.
— Como está a água? — pergunta.
— Uma delícia! — dizemos Miguel e eu ao mesmo tempo.
Poncho toca a cabeça molhada de seu sobrinho e, antes de sair, diz:
— Coloquem roupa de banho se quiserem continuar na água.
— Venha, querido. Anime-se e venha!
Iceman me olha e, antes de desaparecer pela porta, responde com ar cansado:
— Tenho um monte de coisa pra fazer, Any.
Depois que Poncho sai, eu e Miguel nos sentamos na beira da piscina. Tiramos os patins e
escondemos num armário que fica num canto.
— Foi por pouco — comento, ensopada.
O garoto ri, eu também, e logo voltamos à piscina. Uma hora depois, quando
saímos, Miguel se agarra à minha cintura.
— Promete que não vai embora nunca?
Emocionada pelo carinho do garoto, beijo sua cabeça.
— Prometo.
Nessa tarde, Miguel vai para a casa de Sonia. Disse que tem umas coisas para fazer
lá. Seus segredinhos me fazem rir. Poncho está sério. Não ficou aborrecido, mas vejo pela
sua expressão que está acontecendo alguma coisa. Tento falar com ele e por fim
consigo saber que está com dor de cabeça. Fico alarmada! Seus olhos! Sem dizer
nada, vai até nosso quarto para descansar. Não vou atrás. Ele quer ficar sozinho.
Lá pelas seis, Susto, entediado porque Miguel levou Calamar, me pede à sua maneira
para levá-lo para passear. Poncho saiu do quarto e agora está no escritório. Sua
aparência melhorou. Sorri. Fico mais tranquila. Tento convencê-lo a ir comigo, a tomar
um ar. Mas ele recusa o convite. Acabo desistindo.
Abrigada com meu casaco vermelho, meu gorro, minhas luvas e o cachecol, saio de
casa. Não está frio. Susto corre e eu vou atrás. Quando atravessamos o portão,
começo a atirar bolas de neve na direção dele. O cachorro se diverte e corre, dando
voltas ao meu redor.
Passeamos um pouco pela estrada. O bairro onde moramos é enorme e decido
aproveitar a tarde e caminhar, apesar de já estar anoitecendo. De repente, vejo um
carro parado no acostamento. Me aproximo com curiosidade. Um homem de terno, de
uns 40 anos, fala ao telefone, franzindo as sobrancelhas.
— Estou há mais de uma hora esperando esse maldito reboque. Manda logo!
Desliga o telefone e olha para mim. Sorrio e pergunto:
— Está com algum problema?
O homem confirma com a cabeça e, sem muita vontade de falar, responde:
— As lanternas do carro.
Curiosa, olho para o automóvel. Um Mercedes.
— Posso dar uma olhada nele?
— A senhorita?
Esse “senhorita” com um risinho de superioridade não me agrada nem um pouco,
mas suspiro e respondo:
— Sim, eu. — E, ao ver que não se move, insisto: — Não tem nada a perder, né?
Ele fica meio desconfiado, mas acaba aceitando. Susto está ao meu lado. Peço para
o homem abrir o capô. Pego a haste e ajusto para mantê-lo aberto. Meu pai sempre
me disse que a primeira coisa que tenho que ver quando as luzes dão defeito são os
fusíveis. Procuro a caixa onde ficam guardados, dou uma olhada dentro dela e
descubro o que está havendo.
— Tem um fusível queimado.
O cara me olha como se eu estivesse falando chinês.
— Está vendo isso aqui? — digo, mostrando o fusível de cor azul. O homem faz que
sim com a cabeça. — Se você olhar bem, vai reparar que está queimado. Não se
preocupe, a lanterna do carro está boa. Só tem que trocar o fusível pra lâmpada do
carro voltar a funcionar.
— Incrível — diz o homem, observando a peça que eu lhe mostro.
Ai, meu Deus! Como gosto de deixar os homens boquiabertos por essas coisas.
Valeu, pai! Agradeço muito por ele me ensinar a ser mais que uma princesa.
Me afasto um pouco do homem e pergunto:
— Tem outros fusíveis?
Novamente percebo que ele não faz ideia do que estou falando e, achando graça,
insisto:
— Sabe onde fica a caixa de ferramentas?
O bonitão de terno abre a porta de trás do carro e me entrega o que pedi. Diante do
seu olhar atento, procuro o fusível da amperagem que preciso e enfio no lugar
correspondente. Segundos depois, a lanterna dianteira volta a funcionar.
A cara do sujeito é impagável. Acabo de deixá-lo sem palavras. É surreal para ele o
fato de que uma completa desconhecida, uma mulher, se aproxime e conserte seu
carro num piscar de olhos.
— Muito obrigada, senhorita.
— De nada — digo, sorrindo.
Crava seus olhos claros em mim, estende a mão e diz:
— Meu nome é Leonardo Guztle, e a senhorita é...?
— Anahí. Anahí Puente.
— Espanhola?
— Sim — respondo, fascinada.
— Adoro os espanhóis, seus vinhos, a tortilla de batata.
Suspiro. Pelo menos ele não disse “olé!”.
— Posso chamá-la de “você”?
— Claro, Leonard.
Por alguns segundos, sinto que ele me observa de cima a baixo com seus olhos
claros, até que pergunta:
— Gostaria de te convidar pra tomar alguma coisa. Depois do que você fez por mim,
é o mínimo que posso fazer pra te agradecer.
Uau, ele está dando em cima de mim?
Mas, disposta a cortar o mal pela raiz, sorrio e respondo:
— Obrigada, mas não. Estou com pressa.
— Posso te dar uma carona? — insiste.
Nesse momento, Susto late e corre na direção de um carro que se aproxima de nós.
É Poncho. Nossos olhares se cruzam e, caramba, como está sério... Para o carro, desce,
vem até mim, me beija, me agarra pela cintura e murmura:
— Fiquei preocupado. Você estava demorando muito. — Depois, olha para o cara,
que nos observa, e diz: — Oi, Leo! E aí?
Caraca, eles se conhecem!
Surpreso com a presença de Poncho, o homem nos olha e meu lindo esclarece:
— Estou vendo que você conheceu minha namorada.
Um silêncio tenso toma conta da situação, e fico sem entender nada, até que
Leonard faz que sim e dá um passo para trás.
— Não sabia que Anahí era sua namorada. Mas você não imagina: ela sozinha
acabou de consertar meu carro.
— Ah, bobagem... só troquei um fusível.
Leonard sorri e murmura, tocando com o dedo a ponta congelada do meu nariz:
— Você conseguiu fazer uma coisa que eu jamais conseguiria. E isso, mocinha, me
deixou surpreso.
Tensão. Poncho não sorri.
— Como está sua mãe? — pergunta o homem.
— Bem.
— E Miguel?
— Ótimo — responde Poncho num tom frio.
O que está acontecendo? O que houve com eles? Não estou entendendo nada.
Nos despedimos dele. Leonard dá partida na sua Mercedes, acende os faróis e vai
embora. Eu, Poncho e Susto entramos no carro. Poncho liga o motor, mas, sem sairmos do
lugar, ele quer saber:
— O que você estava fazendo sozinha com Leo?
— Nada.
— Como nada?
— Ele estava sem luzes no carro e eu troquei um fusível. Só isso. Não tem por que
ficar chateado.
— E por que você precisava fazer isso?
Espantada com a pergunta absurda, respondo:
— Porque, Poncho... porque eu sou assim, ué. Meu pai me educou dessa forma. Aliás,
de onde você conhece esse cara?
Poncho me olha.
— Esse idiota, dono do carro que você consertou, era o namorado de Hannah
quando ocorreu tudo aquilo, e foi ele que se afastou de Miguel sem pensar nele.
Estou passada!
Esse é o babaca que não quis saber do garoto quando Hannah morreu? Se eu
soubesse disso, iria deixá-lo na mão, e ele que arrumasse algum trouxa para consertar
seu fusível.
Os olhos de Poncho estão injetados de raiva. Está muito irritado. Triste pelas
lembranças que isso traz, ele dá um soco no volante.
— Parecia muito à vontade com ele.
Não quero discutir. Tento manter o controle e digo:
— Olha, querido, eu não sabia quem era o cara. Apenas fui simpática e...
— Então não seja — me corta. — Você tem que se tocar que, quando é tão
simpática, os homens ficam achando que você está dando mole pra eles.
Isso me faz rir. Os alemães são meio esquisitos em muitas coisas, e essa é uma
delas.
— Está com ciúme?
Poncho não responde. Crava em mim seus olhos enormes que me deixam louca. Por
fim, diz:
— É pra eu estar?
Nego com a cabeça. Ligo o CD do carro e me surpreendo ao descobrir que Poncho
está ouvindo minhas músicas. Enquanto Poncho reclama e eu sorrio, Luis Miguel canta:
Tanto tiempo disfrutamos de este amor, nuestras almas se acercaron tanto así, que
yo guardo tu sabor, pero tú llevas también, sabor a mí.
Nossa, que bolero mais romântico!
Olho para Poncho. Sua testa contraída me faz suspirar e, sem deixá-lo continuar
resmungando, pergunto:
— Melhorou da dor de cabeça?
— Melhorei.
Preciso fazer alguma coisa. Preciso fazê-lo relaxar e sorrir. Então digo:
— Sai do carro.
Ele me olha surpreso e pergunta:
— Como assim?!
Abro a porta e repito:
— Sai do carro.
— Pra quê?
— Sai do carro e você vai saber — insisto.
Ele sai e bate a porta com força. Antes de sair também, coloco a música no volume
máximo e deixo minha porta aberta. Susto desce junto. Depois caminho até meu
resmungão preferido, dou-lhe um abraço e digo diante da sua cara emburrada:
— Dança comigo.
— Quê?!
— Dança comigo — insisto.
— Aqui?
— É.
— No meio da rua?
— Sim... E debaixo da neve. Não acha romântico e perfeito?
Poncho resmunga. Eu sorrio. Faz menção de dar meia-volta, mas eu puxo seu braço e
exijo:
— Dança comigo!
Duelo de titãs. Alemanha contra Espanha. No fim, quando faço uma careta e sorrio,
ele acaba cedendo.
Dá-lhe, fúria espanhola!
Me abraça. É um momento mágico. Uma cena inesquecível. Dança comigo. Relaxa.
Fecho os olhos abraçada com meu amor, enquanto a voz de Luis Miguel diz:
Pasarán más de mil años, muchos más.
Yo no sé si tendrá amor la eternidad.
Pero allá, tal como aquí, en la boca llevarás
sabor a mí.
— Acho bonitinho te ver com ciúme, mas você não tem razão pra isso. Você é único
e insubstituível pra mim — murmuro sem olhar para ele e aninhada em seus braços.
Percebo que está sorrindo. Eu também estou. Dançamos em silêncio. Quando a
música termina, olho para ele e pergunto:
— Está mais calmo? — Não responde. Apenas me observa. E eu digo: — Te amo,
Iceman.
Poncho me beija. Devora meus lábios e balbucia:
— Eu é que te amo, fofinha.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Hoje é meu aniversário. Quatro de março. Faço 26 aninhos. Falo com minha família etodos me dão parabéns. Estou com saudade. Queria vê-los e apertá-los, e prometoque logo vou fazer uma visita. Sonia, mãe de Poncho, oferece um jantar na casa dela paracomemorar a data. Chamou Frida, Andrés e uns amigo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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