Fanfics Brasil - 124 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 124

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Passo a manhã na piscina com Luz, como eu tinha prometido. À tarde minha família vai
voltar à Espanha no jatinho de Poncho. Fico triste de vê-los ir embora, mas ao mesmo
tempo estou feliz por ter passado essas horas com eles.
— Ah, pequena, abre um sorriso — diz Poncho, apertando meus pneuzinhos quando
paramos num sinal. — Eles estão bem. Você está bem. Não tem por que ficar triste.
— Eu sei, mas sinto muita saudade deles — respondo.
O sinal fica verde e Poncho arranca. Olho pela janela e, de repente, a música começa a
tocar a todo volume. Fascinada, me viro para meu gatinho que está cantando a plenos
pulmões Highway to hell, do AC/DC:
Living easy, living free,
Season ticket on a one-way ride
Asking nothing leave me be
Taking everything in my stride…
Deslumbrada, arregalo os olhos. É a primeira vez que o vejo cantar assim. Rio e ele
exagera na cara de mau. Adoro seu lado selvagem! Poncho movimenta a cabeça no
compasso da música e me incentiva com a mão a cantar também. Cantamos juntos,
nos olhamos e sorrimos. De repente ele para o carro. Continuamos cantarolando e,
quando a música termina, soltamos uma gargalhada.
— Sempre gostei dessa música — diz Poncho.
Fico de queixo caído ao saber que ele curte esse som.
— Você gostava do AC/DC?
Sorri, sorri... abaixa o volume da música e confessa:
— Claro. Nem sempre fui tão sério.
Por alguns minutos ele me conta sua vida de adolescente roqueiro e eu escuto
surpresa. Mas, quando ele termina de falar, meu sorriso desaparece. Poncho me olha e
sabe que estou pensando de novo na minha família. Ele percebe a dor que estou
sentindo por terem ido embora, e diz:
— Sai do carro.
— Quê?
— Sai do carro — insiste.
Obedeço e ele sorri. Sei o que vai fazer. No rádio está tocando You are the
sunshine of my life, de Stevie Wonder. Poncho coloca no volume máximo, desce do carro
e vem até mim.
Meu Deus, ele vai mesmo fazer isso?
Vai dançar comigo no meio da rua?
Inacreditável!
Ele para na minha frente e murmura:
— Dança comigo.
Me jogo em seus braços. É maravilhoso ver que Poncho é capaz de parar o carro no
meio de uma rua supermovimentada e dançar comigo sem pudor algum.
— Como diz a música, você é o sol da minha vida e, se te vejo triste, não consigo
ser feliz — sussurra em meu ouvido. — Te prometo, pequena, que vamos pra Espanha
sempre que você quiser, que sua família vai vir à nossa casa sempre que quiser, mas,
por favor, abre um sorriso. Se não te vejo feliz, não posso ser feliz.
Suas palavras me comovem. Me emocionam. Nos abraçamos. Danço com ele e
aproveito esse momento mágico. As pessoas ao nosso redor nos olham. Não
entendem o que estamos fazendo. Mas não me importo com o que pensam, e sei que
Poncho também não está nem aí. Quando a música termina, olho para ele e digo, toda
boba:
— Te amo do fundo do coração, querido.
Dá para ver que minhas palavras o deixam feliz.
— Continuo esperando que você queira casar comigo.
Esse comentário me faz sorrir. E esclareço:
— Amor... aquilo foi um impulso. Não vai dizer que você levou a sério?
Meu Iceman me olha... me olha... e finalmente responde:
— Levei.
— Mas, Poncho, do que você está falando? Não sou dessas que querem casar.
Ele me beija.
— Temos na geladeira de casa uma garrafa maravilhosa de Moët Chandon rosé. O
que acha de a gente beber e conversar sobre essa ideia impulsiva?
Calor. Emoção. Nervosismo.
Ele realmente está falando em casamento?
Mas, controlando meus nervos, sorrio e pergunto toda carinhosa:
— Moët Chandon rosé?
— Aham! — diz com entusiasmo.
— Aquele de rótulo rosa que tem cheiro de morangos silvestres — brinco ao me
lembrar da primeira vez que Poncho levou essa garrafa à minha casa em Madri.
— Esse mesmo, pequena.
Dou uma risada e digo, sem me afastar dele:
— Por enquanto, vamos ficar só com a garrafa.
De repente o celular de Poncho apita. Chegou uma mensagem. Ele me beija, devora
minha boca. Quando nos damos por satisfeitos, entramos no carro. Faz frio. Poncho olha
para o celular e diz:
— Amor, tenho que dar um pulo no escritório, você se importa?
Loucamente apaixonada por esse homem, nego com a cabeça e abro um sorriso.
Vinte minutos depois, já estamos na porta da empresa. São dez da noite e há pouca
gente na rua. Ao passarmos pelo hall, os seguranças nos cumprimentam. Me olham
com surpresa e eu sorrio. Eles não sorriem de volta.
Caramba, como é difícil fazer um alemão sorrir!
Chegamos ao andar da presidência — sem ninguém. O escritório está totalmente
vazio. Preciso ir ao banheiro.
— Poncho, onde é o banheiro?
Aponta à direita e corro nessa direção, enquanto ele diz:
— Te espero na minha sala.
Depois de fazer o que vim fazer, me olho no espelho e arrumo o cabelo. Minha
aparência é suave e jovial. Usando o pulôver rosa que ganhei do meu pai e uma calça
jeans, estou parecendo mais nova do que sou.
Penso no que Poncho disse há alguns minutos. Casamento? Será que deveríamos
mesmo nos casar?
Saio do banheiro sorrindo e ando até a sala de Poncho. Assim que abro a porta, quase
caio para trás ao ver Amanda bem na frente dele, com um vestido vermelho todo
provocante e sexy. Vaca!
Por alguns segundos eles não notam minha presença. Observo Amanda se
inclinando na direção de Poncho e lhe mostrando uns papéis. Seus seios estão bem perto
dele e dá para perceber que ela quer algo além de trabalho. Poncho sorri. Ela toca no
ombro dele, e Poncho não diz nada. Mato os dois!
Continuo observando tudo por alguns minutos. Conversam. Consultam a papelada.
Ao fim, Amanda senta na mesa, insinuando-se, e cruza as pernas diante do meu
Iceman. Estou morrendo de ciúme. Morrendo! Quando não consigo mais me segurar,
fecho a porta com força e os dois olham para mim.
Minha cara não é mais a da mocinha meiga do espelho do banheiro. Estou a ponto
de gritar como a Shakira! Raivosa! Revoltada com o que acabo de presenciar. Essa
mulher e suas artimanhas despertam o que há de pior em mim. A expressão de
surpresa de Amanda diz tudo. Não esperava me ver aqui. Com determinação e certo ar
de deboche, me aproximo dos dois. Poncho me olha. Suas sobrancelhas estão arqueadas.
— Amanda, quanto tempo!
Ela desce da mesa, ajeita o vestido e se afasta um pouco de Poncho. Toca em seus
cabelos louros muito bem cuidados, me olha com seu olhar impessoal e responde com
um sorriso falso:
— Anahí, querida, que bom te ver!
Mas que mentirosa...!
Chega mais perto para me cumprimentar, mas prefiro deixar as coisas bem claras.
Eu a detenho e digo num tom mal-humorado:
— Nem ouse encostar em mim, ok?
Poncho se levanta. Já está prevendo problemas. Mas, antes mesmo que ele abra a
boca, aponto o dedo na sua cara e digo:
— E você, calado. Estou falando com Amanda. Depois falo contigo.
A mulher sorri. Sente-se bem com o constrangimento estampado no rosto de Poncho.
Nos olhamos com ódio. Está claro que nunca seremos amigas. Tenho consciência de
que nesse momento o visual dela dá de dez a zero no meu. Ela usa um vestido
vermelho, todo sexy e decotado, e um sapato com um salto imenso. Já eu estou com
um pulôver rosinha, calça jeans e botas sem salto. Cá entre nós, impossível competir.
Ela também sabe disso. Dá para perceber pelo modo como me olha. Mas estou
disposta a deixar claro o que passa pela minha cabeça, então digo num tom confiante:
— Não preciso me vestir como uma vadia pra atrair um homem. Até porque já tenho
namorado, que, olha só que coincidência!, é o mesmo cara em quem você estava
dando em cima agorinha, sua cadela!
Amanda faz menção de protestar. Mas levanto um dedo e a faço ficar quieta.
— Você trabalha pro Poncho. Pro meu namorado. Limite-se a isso, a trabalhar, e não
tente mais nada.
— Any... — diz Poncho, grunhindo.
Não presto atenção nele e continuo:
— Se eu vir você tentando qualquer coisa com ele outra vez, juro que você vai se
arrepender. E não vai ser como da última vez que nos encontramos. Agora, não vou dar
as costas e ir embora. Se alguém vai embora, esse alguém é você, entendido?
Poncho se mexe na cadeira. Amanda nos olha e responde:
— Acho... acho que você está cometendo um engano, querida.
Empenhada em marcar meu território, coloco um dedo no seu decote acentuado e
rebato:
— Não vem com “querida” e outras babaquices. Larga o Poncho, sua vagabunda! Ouviu
bem?
— Any... — me repreende Poncho, incrédulo.
Humilhada, Amanda pega suas coisas e sai, mas antes olha para trás e diz:
— Te ligo amanhã.
Poncho concorda num gesto. Ela vai embora e eu, irritada, começo a chiar.
— Se você disser que não percebeu como essa sujeita estava se insinuando pra
você, juro que pego essa escultura em cima da mesa e quebro na sua cabeça. — Não
responde e continuo: — Você acabou de me decepcionar, seu imbecil! Essa idiota
estava esfregando os peitos na tua cara e você deixou numa boa.
— Não é verdade.
— É, sim. Você e Amanda têm uma intimidade que você nem percebe, né? Então
tá... continuemos por esse caminho! Na próxima vez que eu encontrar Fernando, vou
sentar no colo dele e esfregar meus peitos na cara dele sem me importar com o que
você pensa ou sente. Só porque tenho intimidade com ele. Que tal?
— Você está passando dos limites, Any — reclama furioso.
— Merda nenhuma! — grito. — Quem passou dos limites foi você.
Sua cara é indescritível. Sei que estou exagerando, que o que vi foi um flerte da
parte de Amanda e não de Poncho, mas já não posso parar.
— Você deveria ter cortado logo as asinhas da Amanda. Eu vi vocês! Vi como ela te
olhava e... e... se eu não tivesse entrado na sala, vocês acabariam deitados em cima
da mesa como outras vezes, né?
— Se eu fosse você, parava por aqui... — insiste com frieza.
— Por que você teve que vir ao escritório a essa hora? — Não responde. — Mas...
você não reparou como ela estava vestida? Só queria sexo. Nem mais nem menos. E
você é tão idiota que nem percebe, né?
Poncho continua em silêncio. Minhas palavras o incomodam. Revira os papéis que
Amanda deixou na sua mesa e diz:
— Não existe absolutamente nada entre mim e Amanda. Não vou negar que ela
continua tentando me seduzir, mas eu não dou a menor bola e...
— Babaca! — grito. — Você sabe que ela continua tentando, mas não dá bola.
Ótimo, Poncho! Da próxima vez que eu encontrar aquele tal de Leonard, o cara do carro
que consertei, mesmo que ele tente me seduzir, vou deixar. Ah, mas não se preocupa,
tá? Não vou dar a menor bola, por mais que ele insista. Você não liga, né?
Isso o enfurece. Enfia os papéis na pasta e sai da sala sem olhar para mim. Vou
atrás. Descemos o elevador em silêncio. Eu o sigo até o carro. Não trocamos uma
palavra durante todo o trajeto até nossa casa. O ciúme e a insegurança nos dominam.
Quando chegamos, Poncho para o carro na garagem e cada um de nós segue um caminho
diferente. Ele se mete no seu escritório e eu vou para o quarto. Bato a porta com força
e me sento no tapete felpudo.
Estou explodindo de raiva!
Olho pela janela. Tudo está escuro. Ligo meu computador, checo meus e-mails, falo
com minhas amigas no Facebook e a conversa me relaxa.
As horas vão passando e a gente continua sem se falar. Eu não o procuro, nem ele
a mim. Não pensamos naquela conversa diante de uma garrafa de Moët Chandon rosé.
O relógio marca duas da manhã e nossos orgulhos estão feridos. De repente, a luz dos
meus e-mails começa a piscar. Recebi uma mensagem.
Poncho! Com o coração a mil, abro o e-mail e leio:
Abro um sorrisinho bobo ao ler essas palavras.
Por que será que ele já me ganhou com esse e-mail?
Me seguro para não responder. Sei que é isso que ele está esperando. Mas não
posso. Me recuso. Dez minutos depois, chega outra mensagem.
Volto a sorrir.
Preciso admitir que nos últimos meses Poncho tem estado mais afiado e divertido. Me
preparo para responder, mas meus dedos parecem não querer. Até que chega outro email.
Solto uma gargalhada. Adoro quando ele me faz rir.
Passa mais de meia hora. Leio os e-mails mil vezes e em todas elas eu sorrio. Ele
não manda mais nenhum. Minha barriga está roncando. Estou morrendo de fome. Ando
até a cozinha e, ao entrar, vejo Poncho sentado à mesa diante de uma garrafa de Moët
Chandon e ao lado de Susto. O cachorro se aproxima para me receber, e eu afago sua
cabecinha ossuda. Poncho olha para mim. Sabe que li os e-mails e espera que eu dê o
próximo passo. Viro o rosto. Não quero olhar para ele, porque senão vou acabar me
atirando em seus braços.
Ando até a geladeira e, quando vou abri-la, sinto o corpo do meu amor atrás de mim.
Fico arrepiada. Não me mexo. Não respiro. Ele passa as mãos pela minha cintura e
cola o corpo no meu. Quando fecho os olhos e apoio a nuca em seu peito, Poncho
murmura em meu ouvido:
— Não quero. Não posso. Não quero ficar chateado contigo.
— Nem eu.
Silêncio. Estou tão emocionada por ele me abraçar que não consigo falar nada. Poncho
morde minha orelha.
— Eu jamais cairia no jogo de Amanda. Te amo demais pra te perder assim.
Suas palavras me enlouquecem. Continuo sem me mover e então ele me vira.
Segura meu rosto e beija minha testa, meus olhos, minhas bochechas, a ponta do meu
nariz, o queixo... Quando vai beijar minha boca, faz aquilo que eu adoro. Chupa o lábio
de cima, depois o de baixo, dá uma mordidinha, e logo devora minha boca. Me pega
pela nuca e me estico para ficar da sua altura. Me agarra com seus braços fortes e
não me solta. Assim que afasta os lábios dos meus, olha nos meus olhos e diz:
— Agora e sempre. Não se esqueça disso, pequena.
Concordando, lhe dou um beijo. Sou louca por esse homem. Abraçados e sem dizer
mais nada, chegamos ao nosso quarto. Meu amor tranca a porta, enquanto tiro a roupa
sem deixar de olhar para ele. Instantes depois, nos jogamos na cama e fazemos sexo
do jeito que gostamos. Forte e selvagem.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Não tocamos mais no assunto “casamento”. Fico mais tranquila. Apesar do amor quesentimos um pelo outro, temos personalidades muito fortes e nossas brigas nosassustam. Nos desestabilizam. Poncho me conta que Amanda voltou para Londres. Quantomais longe estiver de mim, melhor.Eu e Simona continuamos gostando de acompanhar Loucura esmeralda. Estoucompletame ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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