Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
Não tocamos mais no assunto “casamento”. Fico mais tranquila. Apesar do amor que
sentimos um pelo outro, temos personalidades muito fortes e nossas brigas nos
assustam. Nos desestabilizam. Poncho me conta que Amanda voltou para Londres. Quanto
mais longe estiver de mim, melhor.
Eu e Simona continuamos gostando de acompanhar Loucura esmeralda. Estou
completamente viciada na novela. Quando fica sabendo disso, Poncho ri de mim. Não
consegue acreditar que me interesso tanto por algo assim. Para ser sincera, nem eu.
Mas preciso admitir que estou torcendo para que Luis Alfredo Quiñones dê o troco em
Carlos Alfonso Halcones de San Juan, e que Esmeralda Mendoza recupere seu bebê,
se case com seu amor e seja feliz para sempre. Ai, vou morrer do coração!
Uma tarde, quando Poncho chega em casa, estou mexendo na minha moto. Ao ouvir o
carro, jogo o plástico azul por cima e saio da garagem. Lavo as mãos e corro para o
quarto. Ele não desconfia de nada. A moto fica bem escondida e, apesar de eu respirar
aliviada, cada dia é mais difícil guardar esse segredo. Minha consciência está pesada.
Fico aflita, mas não sei como contar a ele.
No sábado, eu e Poncho decidimos ir à festinha no Natch. Finalmente vou conhecer essa
famosa casa de suingue. Assim que entramos, Poncho me apresenta a Heidi e Luigi. Frida
e Andrés vem ficar conosco e, pouco depois, Björn chega com uma amiga. Batemos
papo e bebemos, quando vejo Dexter aparecer. Me cumprimenta e diz no meu ouvido:
— Deusa, você está deslumbrante! Adoraria te ver sendo possuída por dois homens.
Meu estômago se contrai. Poncho sorri ao imaginar o que seu amigo me cochichou.
Várias bebidas depois, e o lugar já está lotado. Todos dão a impressão de se
conhecer e conversam de forma animada. Proibi Poncho de mencionar que sou espanhola.
Não aguento mais aquele papo de “olé, paella, toureiro”. Sorridente, Poncho me chama
para dançar. Topo imediatamente. Entramos num quarto escuro com uma luz violeta
fraquinha.
— Não vou te soltar, fica tranquila.
Ao fundo está tocando Cry me a river na voz de Michael Bublé. Poncho me beija e
adoro estarmos assim pertinho. Dançamos quase no escuro. Noto sua excitação entre
minhas pernas e pelo jeito como beija meu pescoço. De repente sinto mãos atrás de
mim. Alguém toca na minha cintura. Não vejo o rosto da pessoa. Mas rapidamente
descubro quem é, quando escuto bem perto do ouvido:
— Está tocando nossa música, linda.
Sorrio. É Björn. Dançamos no ritmo da canção, como fizemos naquele dia em sua
casa, enquanto deixo suas mãos deslizarem por todo o meu corpo. Sexy. A música é
sensual, excitante, e meus dois homens me deixam louca. Poncho me beija e de forma
possessiva mete a mão por baixo do meu vestido, chega até minha calcinha e arranca
de uma só vez. Sorrio, ainda mais quando ele sussurra na minha boca:
— Aqui você não precisa disso.
Uau!
Me sinto sensual. Caliente.
Nesse momento, Björn me vira e meus seios ficam à sua disposição. Passa a boca
pelo decote do vestido e morde os mamilos por cima do tecido. Estão arrepiados. Ele
que deixou assim. Depois beija meu pescoço, minhas bochechas e meu nariz. Quando
chega aos cantos da minha boca, ele para. Não ultrapassa o limite que Poncho
estabeleceu. Enquanto isso, meu amor levanta meu vestido e me toca na bunda. Me
aperta contra ele. Excitado, Björn faz a mesma coisa. Poncho me vira novamente, e agora
é Björn quem aperta minha bunda.
Calor... estou morrendo de calor.
O quarto escuro começa a encher. E agora a voz de Mariah Carey cantando My all
toma conta do ambiente. Björn retira suas mãos, enquanto Poncho continua mordendo
meus lábios. Escuto gemidos à nossa volta. Imagino o que as pessoas estão fazendo e
fico mais excitada ainda. Meu Iceman, meu amor, meu homem, sussurra:
— Você é muito gostosa, querida. Estou tão duro que acho que vou te possuir aqui
mesmo.
Sorrio e, sem ver quase nada por causa da escuridão, confirmo:
— Sou tua. Pode fazer o que quiser comigo.
Escuto sua risada na minha orelha.
— Cuidado, pequena. Ouvir você dizer uma coisa dessas é um perigo. Já percebi
que o sexo, a loucura e as brincadeiras te atraem tanto quanto a mim, ou até mais, né?
Confirmo com um gesto. Ele tem razão.
— Hoje estou com muita vontade.
— Bom saber. Eu também — consigo dizer, respirando com dificuldade.
— Você é minha fantasia, loirinha. Minha louca fantasia.
Superexcitada pelo que ele diz, agarro sua bunda, o aperto contra mim e digo,
ansiosa para começar com os joguinhos calientes:
— Adoro ser sua fantasia. O que você quer experimentar hoje comigo?
Seu pênis está duro, enorme. E latejando. Posso senti-lo no meu ventre. Ele me
beija e em seguida diz, enquanto dançamos:
— Quero fazer de tudo. Está disposta? — Concordo com a cabeça e ele murmura,
me deixando cada vez mais excitada: — Quero te ver com outra mulher. Vou ficar
assistindo. Vou te observar. E, quando seus gemidos me deixarem completamente
louco, vou te comer e depois vou fazer dois homens te comerem, enquanto eu olho e
fodo a mulher. O que acha?
Respiro ofegante... e fecho os olhos.
Estou ficando molhada. Quando vou responder, sinto alguém passando as mãos pela
cintura de Poncho. São macias e bem cuidadas. Uma mulher. Toco nelas e percebo um
anel grande que parece uma margarida.
Será essa a mulher com quem Poncho pretende me ver hoje?
No escuro, deixo a desconhecida passar a mão no corpo do meu amor enquanto ele
me beija. Poncho fica excitado ao ter duas mulheres em volta dele. Seu prazer é meu
prazer, e usufruo quando a mulher toca sua ereção. Pego sua mão e a faço apertar.
Nós duas apertamos e Poncho respira ofegante.
Ficamos assim por um bom tempo. Mas meu amor não se vira em momento algum.
Permite que ela o toque, mas se delicia devorando minha boca e apertando minha
bunda. Dedica-se apenas a mim. Quando a música termina, nos esquecemos da
mulher, saímos do quarto escuro e entramos numa sala diferente da primeira.
Vejo Björn com sua acompanhante e sorrio ao perceber como ele e Dexter a fazem
rir, enquanto os dois tocam em seus seios. Poncho me leva até o balcão do bar. Dou uma
olhada ao redor e não vejo nem Frida nem Andrés. Pedimos uma bebida. Minha boca
está seca. Poncho me olha com doçura. Passa seus dedos pelo meu rosto e consigo ler
seus lábios dizendo “te amo”. Depois traz um banquinho para perto dele e eu me sento.
Segundos mais tarde, várias pessoas se aproximam. Poncho me apresenta a todos. Um
deles, ao me escutar falar, percebe que sou espanhola e diz “olé!”.
Mas que saco!
Num dado momento, uma das mulheres sorri em reação a um comentário de Poncho, e
meu amor me ordena:
— Abre as pernas, Any.
Faço o que ele manda. A desconhecida toca minhas pernas. Passa a mão pelas
minhas coxas até chegar à minha vagina, onde coloca a palma e sussurra:
— Adoro as depiladas.
Poncho toma um gole da bebida e acrescenta:
— Está totalmente depilada.
A mulher passa a língua pela minha boca, sorri e, com a outra mão num dos meus
seios, toca neles por cima do vestido e murmura enquanto os apalpa:
— Nós duas vamos nos divertir à beça.
A excitação me domina.
— Gosto muito... muito... das mulheres. E gostei de você — insiste ela.
Abro as pernas ainda mais e a mulher enfia um dedo em mim sem se importar com a
sala cheia de gente. Levanto o queixo. Me inclino para a frente no banquinho e Poncho diz
no meu ouvido:
— Essa é a mulher que vai brincar contigo, que tal?
Dou uma olhada nela e concordo. Ela tira a mão do meio das minhas pernas, chupa
o dedo que estava dentro de mim e sorri. Sorrio de volta e escuto quando diz a meu
lindo:
— Esperamos vocês no quarto escuro.
Sem dizer nada, a mulher se afasta. Poncho olha para mim e pergunta:
— Tá a fim de brincar?
Digo que sim. Estou tão excitada que meus lábios tremem quando abro um sorriso.
Caminhamos de mãos dadas.
Atravessamos uma porta, passamos por um corredor e vejo Frida e Andrés na cama
de um quarto aberto. Frida não me vê, está totalmente entregue, deliciando-se entre as
pernas de uma mulher, que faz sexo oral em Andrés enquanto outro homem come
Frida.
Excitante.
Eu e Poncho olhamos para eles, depois continuamos nosso caminho. Ele abre uma
porta e entramos num quarto. Não consigo ver nada, e meu amor diz:
— Não se mexe.
Instantes depois, o lugar ganha uma tênue iluminação lilás ao se projetar um filme
pornô numa das paredes. Curiosa, olho ao redor. Há uma cama redonda, um sofá, uma
espécie de bancada e uma divisória com um chuveiro. Poncho me abraça. Beija e chupa
minha orelha, enquanto assistimos às imagens calientes na parede. Cinco minutos
depois, a porta se abre. Surge a mulher que me tocou antes. Agora está nua e com um
vibrador duplo nas mãos. Entra e diz:
— Podem vir.
Poncho acena com a cabeça. Não sei quem irá além de nós dois, mas não me importo.
Minha respiração entrecortada demonstra o quanto estou excitada quando Poncho senta
na cama.
— Diana, tira a roupa da minha mulher — diz.
Não me mexo.
Me deixo levar.
Essa sensação me excita.
Os olhos do meu amor ficam embaçados de tanto desejo, enquanto a mulher
desabotoa meu vestido. As mãos dela deslizam por todo o meu corpo. Poncho nos
observa. Meu vestido cai no chão e fico apenas com a cinta-liga, os sapatos de salto e
o sutiã. A calcinha, Poncho já tinha arrancado minutos atrás.
A mulher me toca. Passa as mãos pelo meu corpo e pede que eu me sente na
bancada. Poncho se ergue, me pega nos braços e me levanta. Me coloca na bancada e
separa minhas coxas. A boca da mulher vai direto à minha vagina e ela mete a língua
dentro de mim de forma brusca.
Exige. Exige muito enquanto me abre com as mãos e me devora.
Poncho nos observa. Olho para ele, solto gemidos e o vejo se despindo. Toca o pau já
duro e grito de prazer pelo que a mulher faz comigo. Acaba de enfiar um dos lados do
vibrador. Que calor!
Ela o movimenta com prática enquanto sua boca brinca com meu clitóris. Fecho os
olhos e fico só me deliciando com o momento... Me abro para ela e mexo os quadris
em busca de mais. A mulher sabe o que faz e eu estou adorando.
Abro os olhos. Poncho está só assistindo. De repente, a mulher sobe na bancada e,
sem tirar o objeto de dentro de mim, introduz nela a outra ponta. Com habilidade e
técnica se deita sobre mim, me segura pelos quadris e começa a me comer. O vibrador
duplo entra em mim e nela ao mesmo tempo, e nossos gemidos seguem um mesmo
compasso. Seu ritmo se intensifica enquanto minha excitação cresce mais e mais.
Como se fosse um homem, ela me possui, domina meu corpo, ao mesmo tempo que eu
domino o seu. Até que nós duas nos contorcemos em espasmos e nossos orgasmos
nos fazem gritar.
Olho para meu amor. Ele não se move. Com desenvoltura, Diana retira o vibrador de
dentro de nós duas, desce da bancada e diz, abrindo totalmente minhas pernas:
— Goza pra mim... goza.
Ela me lambe com sua boca ansiosa. Quer meu orgasmo. Me chupa com destreza e
enlouqueço novamente. Nunca vivi isso antes. Nunca poderia imaginar que uma mulher
conseguiria me fazer gozar duas vezes em menos de dois minutos. Mas Diana
consegue isso com facilidade, e eu me entrego a ela, disposta a ter mil outros
orgasmos. Poncho se aproxima. Estendo a mão e ele a beija enquanto a mulher saboreia
meu corpo.
Me sinto uma boneca em seus braços quando meu amor me agarra e me desce da
bancada. Seu pau duro encosta nas minhas pernas e eu sorrio. Me deita na cama e
senta-se ao meu lado, enquanto a mulher se acomoda no outro. Os dois me tocam.
Quatro mãos percorrem meu corpo e eu não consigo segurar meus gemidos. A porta
se abre e entra um homem nu. Assiste aos nossos joguinhos enquanto observo sua
ereção crescendo com as cenas que ele presencia.
Paramos. O recém-chegado se apresenta como Jefrey. Poncho se agacha e pergunta:
— Gostou da Diana?
— Gostei... — sussurro.
Sorri. Me beija e, quando abandona minha boca, pergunto extasiada:
— Posso te pedir uma coisa?
Meu amor afasta o cabelo da minha testa e responde que sim.
— O que você quiser.
Cheia de tesão, me levanto da cama. Faço Poncho deitar-se e, sentando-me sobre ele,
murmuro:
— Quero que Jefrey te masturbe.
Jefrey topa na hora. Meu alemão não diz nada. Apenas me olha, deitado na cama.
Pela sua cara, sei que não gostou muito do que eu disse. Então sussurro antes de
beijá-lo:
— Sou sua mulher, não sou? — Poncho faz que sim. — E você é meu marido, né?
Ele volta a confirmar com a cabeça. Dou-lhe um beijo cheio de sensualidade.
— Entregue-se a mim e às minhas fantasias, querido. Ele só vai te masturbar.
Prometo.
Poncho fecha os olhos e pensa na minha proposta. Em seguida balança a cabeça
afirmativamente. Eu o beijo outra vez. Sei o que isso representa para ele e me agrada.
Me sento a seu lado, acaricio seus mamilos e murmuro:
— Jefrey, dê prazer ao meu marido.
Sem hesitar, Jefrey se ajoelha na cama, segura o pênis duro de Poncho e o massageia.
Move para cima e para baixo, e Poncho fecha os olhos. Não quer ver. A mulher vem para
perto de mim e toca meus seios. Ela se sente atraída por mim e isso fica bem claro.
Ao mesmo tempo, Jefrey continua masturbando meu amor. Toca-o, puxa-o, até que o
enfia inteiro na boca. Poncho arqueia as costas. Geme. Excitada com essa cena, me
aproximo de seus lábios.
— Abre as pernas, querido.
Me obedece. Jefrey se acomoda entre as pernas de Poncho para lamber, chupar e
estimular o homem que amo. Indico à mulher que chupe os mamilos dele. Ela faz o que
peço e eu me delicio por estar no controle da situação. Gosto de dar ordens, assim
como gosto de receber. Com a boca ocupada, Jefrey passa suas mãos pelo traseiro
do meu amor. Poncho o contrai. Está curtindo as carícias. Fecha os olhos e eu exijo:
— Olha pra mim.
Ele fixa em mim seu olhar azulado e percebo que ele está arrepiado com o que
Jefrey está fazendo. Poncho se contorce, estimulado pelo prazer selvagem que o homem
lhe proporciona e que ele nunca tinha experimentado. De repente, vejo que uma das
mãos dele está na cabeça de Jefrey e com ela Poncho o empurra para fazê-lo descer
mais ainda sobre seu pênis. Quer mais. Eu sorrio. Meu amor geme e, louca de desejo,
faço Jefrey parar, e sento sobre Poncho.
Ele segura meus quadris e me aperta contra si em busca de seu orgasmo, enquanto
Jefrey e a mulher observam. Quando meu alemão solta um gemido escandaloso, me
aperto contra ele e então, só então, ele se permite gozar.
Estatelada sobre ele, eu o abraço e lhe dou um beijo. Depois pergunto:
— Tudo bem, querido?
Poncho me olha e murmura:
— Sim, querida. Você finalmente conseguiu o que queria.
Seu comentário me faz rir. De repente a porta se abre. Dexter entra com um homem
nu. Poncho se levanta e se mete no chuveiro enquanto eu continuo sentada na cama. A
mulher que está ao meu lado não consegue resistir e começa a me tocar. O mexicano
sorri, chega mais perto e me mostra a correntinha dos mamilos. Sem que ele precise
pedir, aproximo meus seios e ele os belisca com as pinças. Puxa a corrente e
murmura:
— Deusa... me dê prazer.
Poncho volta e se acomoda numa poltrona. Sei que ele está a fim de assistir. A mulher
ao meu lado me sussurra dizendo que quer me chupar de novo. Aceito na hora. Deitada
na cama, abro minhas pernas e guio sua cabeça até lá. Com decisão, agarro seu
cabelo enquanto ela me chupa, e sou eu quem marca a intensidade dos movimentos.
Ela segura a corrente que está presa entre meus seios e, cada vez que puxa meu
clitóris com os lábios, puxa a corrente também. Eu grito.
Somos o espetáculo caliente de quatro homens. Gosto de desempenhar esse papel.
Eles nos olham, e percebo que Jefrey e o outro cara colocam preservativos. A
respiração de Dexter está entrecortada, e Poncho me devora com o olhar. Os homens
curtem o que veem entre nós duas, e eu adoro estar sendo observada.
Quando chego ao orgasmo e me contorço toda, a mulher volta a me chupar com
avidez. Deseja o meu gozo. Eu deixo que ela tome tudo o que quiser. É maravilhoso o
jeito como me chupa. Poncho a chama, afasta-a de mim e lhe pede que monte nele.
Como um deus todo-poderoso, meu dono me olha. Eu olho de volta e o ouço dizer:
— Quero vê-los te comendo.
Dou uma olhada nos dois homens que me observam. Os dois sobem na cama e
começam a me tocar enquanto Poncho se deixa levar pela mulher.
Dexter se aproxima de mim, segura a corrente, puxa até esticar meus mamilos o
máximo que dá, depois sussurra enquanto a retira:
— ... deixa eu fazer sua bunda ficar vermelha.
Me viro e ofereço minha bunda. Ele a beija e dá seis tapas. Três em cada lado.
Aproxima o rosto e, ao sentir o calor do meu traseiro, murmura:
— Agora sim, deusa... agora sim você está preparada.
Jefrey me joga na cama. Deita em cima de mim e chupa meus mamilos doloridos.
Por incrível que pareça, apesar da dor, o formigamento que sinto com suas lambidas
me dá prazer. A voracidade de Jefrey em seus movimentos me deixa muito excitada.
Depois ele me coloca em cima dele. Eu me deixo conduzir.
— Oferece teus seios a ele — pede Poncho.
Me agacho sobre Jefrey e roço meus peitos na sua boca. Ele chupa, lambe e os
endurece, enquanto o outro homem toca na minha cintura e morde minhas costas com
suavidade. Ficamos assim durante alguns minutos, até que Jefrey me penetra, diante
do olhar atento do meu amor. Ele me segura com força e eu não ofereço resistência.
Solto gemidos. Agarrado à minha cintura, me move para a frente e para trás e seu
pênis entra em mim sem piedade. Estou curtindo. Fico quase sem ar de tanto tesão, e
Poncho não tira os olhos de mim.
De repente, sinto o outro cara me dando um tapa, abrindo minha bunda e passando
lubrificante lá dentro. Mete um dedo no meu ânus e começa a movê-lo enquanto Jefrey
me penetra sem parar. Poncho se levanta. Sobe na cama, aproxima-se de mim e murmura:
— Está preparada, querida?
Queimando de tesão, confirmo com a cabeça e então o desconhecido põe sua
ereção no meu ânus e entra completamente em mim. Começo a arfar ao sentir que
estão me comendo na frente do meu amor. Meu ânus está dilatado. Não sinto dor. Só
prazer. Os homens entram e saem de mim várias vezes. Uma delícia! Diana deita na
cama, segura o pênis de Poncho e o mete na boca, chupando e saboreando.
— Assim, querida... assim... — murmura Poncho, extasiado pelo que vê, até que solta
um grito másculo e goza na boca da mulher.
Os desconhecidos continuam me penetrando e meu corpo está super-receptivo.
Dexter pede para Jefrey morder meus mamilos e para o cara que está atrás me dar
um tapa. Eles obedecem e continuam me comendo. Uma vez, depois outra e mais
uma... até que eu acabo gozando e eles também.
Poncho me beija em seguida. Faz os homens saírem de mim, me pega pela cintura e
me leva em seus braços até o chuveiro. A água cai sobre nossos corpos e não falamos
nada. Minha vagina e meu ânus ainda estão latejando. Tudo foi tão louco e excitante
que mal consigo dizer alguma coisa. Meu Iceman passa a mão pelo meu rosto e
murmura:
— Tudo bem, querida?
Faço que sim com a cabeça e sorrio. Foi indescritível.
Nossas bocas se encontram e se devoram. Poncho já recuperou a energia e agora me
penetra com fúria. Sua ereção precisa de mim. Me pega nos braços e, sob os jatos
d’água, me possui. Imprensada contra a parede, meu amor entra e sai de mim
enquanto minhas pernas entrelaçam sua cintura. Sussurramos palavras picantes e com
isso aumentamos nosso desejo. Depois palavras sacanas, olhando nos olhos um do
outro para enlouquecermos mais ainda. E, quando nossos orgasmos nos fazem gritar e
continuamos apoiados na parede, Poncho diz no meu ouvido:
— Assim você me mata, pequena...
Sorrio. Me mexo e Poncho me coloca no chão. A água continua escorrendo pelos
nossos corpos. Um pouco depois, quando saímos do chuveiro, dou uma olhada nas
outras pessoas que estão no quarto. Ao ver que agora a mulher é quem está na cama
com os dois caras e Dexter a toca enlouquecido, pergunto:
— É sempre assim?
Poncho atrai meu corpo para mais perto do seu, murmura:
— Sempre. As pessoas realizam seus desejos. São fantasias. Não se esqueça
disso.
Dez minutos mais tarde, Poncho e eu já estamos vestidos e voltamos à segunda sala
onde estivemos. Ele me beija, faz carinho em mim e curto sua companhia. Somos
felizes. Estamos superenvolvidos. Que mais eu posso querer?
Bebemos umas cubas-libres e logo minha bexiga está quase explodindo. Preciso ir
ao banheiro. Ele me diz onde fica e vou até lá. Assim que entro, vejo duas mulheres se
beijando. Elas me olham, eu olho e sorrio. Me enfio numa cabine e suspiro aliviada
enquanto faço xixi. Ouço mais gente entrando. Risadas. Umas mulheres cochicham e
escuto:
— Na sexta tenho um jantar com Raimon Grüher e os pais dele. Finalmente consegui
o que queria. Ele vai me pedir em casamento.
Gritinhos de satisfação. Eu rio. E outra voz diz:
— Onde você marcou com eles?
— Às sete na Trattoria de Vicenzo. Um lugar perfeito, né?
— Maravilhoso.
— E seleto.
— E caríssimo.
Novas risadas.
— Mas, cá entre nós, eu achava que o Raimon não fazia muito o seu tipo. Você
curte os mais novinhos.
— Pois é, querida, mas o dinheiro dele faz meu tipo, sim. — As duas riem e eu solto
o ar bufando. Que filha da mãe! — Convenhamos que não é um homem que me deixa
louca na cama. Também, na idade dele, esperar o quê? Mas resolvi isso com o primo
dele, Alfred, e com meus próprios amigos. No fim das contas, fica tudo em família, né?
— Ai, Betta! Você é terrível.
Betta?!
Ela disse “Betta”?
Meu coração começa a palpitar quando ouço:
— Olha quem fala! Como se você fosse uma santa vindo aqui fazer sacanagem sem
teu marido. Se Stephen ficasse sabendo, ia te dar o troco.
A risada me confirma que é ela. Betta! Sua risada de porca é inconfundível. Abaixo o
vestido, já que estou sem calcinha, pois Poncho a arrancou, e abro a porta da cabine. As
mulheres me olham e percebo que Betta nem se surpreende de me ver. Pela sua
expressão, imagino que ela já soubesse que eu estava no local. E, antes que eu possa
fazer alguma coisa, ela me dá um empurrão que me lança contra a parede. Mas eu sou
rápida, seguro seu vestido e a puxo. Cai de bruços no chão. Sua amiga começa a
berrar e sai em busca de ajuda. As duas mulheres que se beijavam saem correndo.
Nos deixam sozinhas.
Chego mais perto e olho para sua mão. Vejo um anel em forma de margarida e grito
furiosa:
— Você tocou nele, sua piranha desgraçada. Tocou em Poncho?
Sorri com malícia.
— Vocês dois pareciam estar gostando, não?
Seu comentário me deixa sem palavras. Vou esganar essa mulher! Dou-lhe uma bela
de uma bofetada e depois mais uma, diante do olhar horrorizado de uma mulher que
entra no banheiro bem nessa hora. Betta se levanta do chão e vou atrás dela. É mais
alta que eu, mas sou muito mais ágil e rápida. E, quando vai escapar, eu a jogo contra
a parede e, imprensando-a, vocifero:
— Como você se atreve a tocá-lo?
Ela não responde. Apenas ri. E continuo:
— Eu te disse que não queria te ver perto dele.
— Não estou nem aí pro que você diz.
Ai, meu Deus, vou matar essa vadia! E, olhando bem nos seus olhos, digo cheia de
ódio:—
Eu te disse que, se você me procurasse, me encontraria, sua vagabunda!
Betta grita e se assusta quando torço seu braço. De repente, Poncho me segura, me
separa dela e grita:
— Pelo amor de Deus, Any! O que você está fazendo?
Com as feições contraídas e um olhar de reprovação, ela range os dentes.
— Sua namorada é uma assassina.
— Vagabunda! — grito transtornada.
— Me viu e partiu pra cima de mim.
— Você é uma sem-vergonha. Me agrediu primeiro.
— Mentirosa! — E, olhando para Poncho, murmura: — Querido, não acredita nela, não.
Eu estava no banheiro, ela chegou e...
— Cala a boca, Betta! — diz Poncho, enfurecido.
— Querido?! Você o chamou de “querido”? — berro, desvencilhando-me dos braços
de Poncho. — Não o chame assim, sua cadela!
Poncho volta a me segurar. Estou uma fera. Ele me olha e diz:
— Não entra no jogo dela, amor. Olha pra mim, Any. Olha pra mim.
Mas, disposta a arrancar os olhos dessa mulher que me encara com deboche, eu
grito:
— Como você teve coragem de tocar na gente? Como teve a cara de pau de se
aproximar dele? De nós?
— Este é um lugar público, lindinha. Não é exclusivo de vocês dois.
— Chega, Betta! — grita Poncho, sem entender do que estamos falando.
Eu mato! Eu mato!
Poncho, furioso, tenta me acalmar. Não presta atenção em Betta, não se importa com
ela, apenas comigo. Até que ela grita:
— Já é a segunda vez que ela me agride em Munique. O que sua namorada tem,
hein? É um bicho?
Poncho se espanta:
— Segunda vez?
Não respondo. Solto o ar bufando, e ela insiste:
— É. Na loja da Anita. Sua irmã Marta estava lá e também me agrediu. Elas me
provocaram e me bateram e...
— Você fez isso? — Poncho me pergunta.
Envergonhada ao reconhecer o que fiz e ao perceber o olhar irado dele, respondo:
— Fiz. Ela estava merecendo. Foi por causa dela que eu e você terminamos e...
Poncho me solta e leva as mãos à cabeça.
— Pelo amor de Deus, Anahí! Somos adultos. Como passou pela sua cabeça fazer
uma coisa dessas?
Assustada com a reação de Poncho, olho para ele e rosno:
— Quem me sacaneia tem que levar o troco. E essa vadia me sacaneou.
Sabendo da confusão, Frida entra no banheiro. Ao ver Betta, nem pensa duas vezes.
Vai logo partindo para cima e lhe dando um tapa.
— Sua vagabunda! O que está fazendo aqui? — grita.
Betta olha ao redor. Ninguém a defende. Todo mundo conhece sua história com Poncho,
e ela nos ameaça gritando:
— Vou chamar a polícia e denunciar vocês duas.
— Pode chamar — gritamos em coro Frida e eu.
A idiota pega seu celular de última geração, tenta ligar, mas logo resmunga
frustrada:
— Por que aqui não tem sinal?
Eu e Frida rimos. E logo digo debochada:
— Sai do bar. Com certeza lá fora tem sinal. Vai, chama a polícia. Será ótimo que
seus futuros sogros e seu maridinho fiquem sabendo onde você estava.
Andrés chega, segura sua mulher e a repreende pela gritaria. Frida protesta e sai do
banheiro irritada. Não suporta Betta. Björn, que até o momento estava apoiado no
batente da porta, fala ao ver o amigo tão aborrecido:
— Acabou, gente. Vamos voltar pra festa.
Poncho sai do banheiro sem falar comigo. Betta sorri. E eu, incapaz de controlar meu
instinto, dou-lhe um empurrão que a lança contra a bancada das pias.
— Juro pelo meu pai que isso não vai ficar assim.
Quando saio do banheiro, terrivelmente irritada, Björn me agarra pelo braço, me faz
olhar para ele e diz baixinho:
— As coisas não se resolvem assim, linda.
— Do que você está falando? Não quero resolver nada com essa vadia.
E, depois de lhe contar o que ela fez em Madri, ele diz:
— Agora estou entendendo tudo. E mais: estou com vontade de entrar e dar outro
tapa nela eu mesmo.
Isso me faz rir. Ao ver minha expressão, Björn sorri e me abraça. Nesse momento,
Poncho chega perto de nós e, com raiva no olhar, avisa:
— Vou pra casa. Você vem comigo ou vai ficar com Björn pra continuarem
brincando?
Seu comentário nos deixa surpresos. E eu digo:
— Seu babaca!
— Any... — diz Poncho.
— Any coisa nenhuma. O que você está querendo insinuar com o que disse?
Poncho não responde. Björn, achando graça, me empurra para Poncho e diz:
— Parem já com isso, seus bobinhos! Terminem essa discussão em casa na cama
de vocês!
No carro, ficamos em silêncio.
Nós dois estamos chateados e eu não entendo por que ele tem que ficar desse jeito.
No fim das contas, Betta merecia. E ainda por cima teve a cara de pau de tocar em
Poncho. De tocar em nós dois. De se aproximar. Uma desgraçada, essa mulher!
No caminho, nossos celulares apitam. Chegaram várias mensagens. Não leio. Nem
ele. Não há clima para isso. Com certeza são de Frida e Björn para saber como
estamos. Quando chegamos em casa e botamos o carro na garagem, bato a porta
com tanta força, que Poncho me olha e eu, doida para armar um barraco, grito:
— Que foi?
Poncho anda a passos largos na minha direção.
— Podia ser menos bruta e fechar a porta com mais cuidado.
— Não.
Ergue uma sobrancelha e repete:
— Não?!
— Exatamente. Não, não quero ter cuidado! E não quero porque estou muito
chateada contigo. Primeiro, por você gritar comigo na frente da idiota da Betta, e
segundo pela estupidez que você disse em relação a Björn.
Poncho fecha os olhos.
— Por que não me contou aquela história da Betta?
— Porque não achei necessário. É assunto entre mim e ela.
— Entre você e ela?
— É. E, antes que você diga mais alguma coisa, fique sabendo que meu pai me
ensinou a...
— O que seu pai tem a ver com essa história? Podemos deixá-lo fora disso?
Indignada com essa fúria de Poncho, grito:
— Era só o que faltava... Por que não posso falar no meu pai quando me dá
vontade?
— Porque estamos falando de Betta, não dele.
— Você é um idiota, sabia?
Poncho não responde. E, quando não consigo mais segurar o que estou pensando,
solto:
— Eu ia dizer que meu pai me ensinou a não me deixar atingir pelas pessoas de mau
caráter. Essa imbecil, pra não falar coisa pior, me sacaneou. Foi uma filha da mãe e
tentou complicar minha vida. Você quer o quê? Que eu seja toda simpática com ela?
Olha só... nem ouse pensar uma coisa dessas. Nem você nem sua garrafa de Moët
rosa!
Sem olhar para mim, ele põe a mão na testa.
— Não estou pedindo pra você tratá-la bem. Só quero que não se meta com ela.
Afaste-se dela e assim vamos viver em paz.
— E o que você me diz sobre a noite de hoje? Essa... essa... vaca teve a cara de
pau de se aproximar da gente no quarto escuro. Ela te tocou. Passou as mãos imundas
pelo teu corpo, e eu a incentivei sem me dar conta que era ela. Ela te tocou na minha
frente. Voltou a me provocar. De novo ela jogou sujo. Acha mesmo que devo perdoá-la
outra vez?
Poncho não responde. Fica muito surpreso com o que acaba de escutar.
— Ela foi a mulher que...
— Sim, ela. Essa nojenta. Ela era a mulher do quarto escuro! — grito desesperada.
Eu o ouço xingar. Caminha de um lado ao outro. Ao fim, murmura:
— Já está tarde. Vamos pra cama.
— Vamos porra nenhuma! Estamos conversando. Não importa a hora. Estamos
discutindo como duas pessoas adultas e não vou te deixar interromper só porque você
não quer mais falar do assunto. Acabei de te contar que essa vagabunda nos enganou
de novo. Jogou sujo!
Nervoso, ele vai de um lado para outro na garagem, xingando.
De repente, seu olhar se fixa em algo. Vejo meu capacete amarelo da moto. Ah não!
Fecho os olhos e sussurro palavrões. Meu Deus, agora não! Poncho caminha até lá e grita
ao tirar o plástico azul.
— O que essa moto está fazendo aqui?
Suspiro. A noite vai de mal a pior. Me aproximo dele e respondo:
— É minha moto.
Incrédulo, me olha, olha para a moto e rosna:
— É a moto de Hannah. O que está fazendo aqui?
— Sua mãe me deu. Ela sabe que faço motocross e...
— Isso é inacreditável! Inacreditável!
Sabendo bem o que ele pensa, suavizo meu tom de voz.
— Olha, Poncho. Hannah gostava do mesmo esporte que eu, e não estou com minha
moto aqui e...
— Você não precisa de moto porque aqui você não vai praticar motocross. Eu te
proíbo!
Isso me tira do sério. Meu pescoço começa a coçar.
Quem é ele para me proibir alguma coisa? Disposta a comprar essa briga, contesto:
— Você está enganado, cara. Vou continuar praticando motocross. Aqui, lá e onde
eu tiver vontade. Ah, e só pra sua informação: fui correr uma vez com seu primo Jurgen
e os amigos dele. Aconteceu alguma coisa comigo? Nãããããããããão... mas você, como
sempre, é tão dramático.
Seus olhos chispam faíscas de tanta raiva. Não estou fazendo bem a ele. Sei que
estou indo longe demais, mas não posso evitar. Sempre falo mais do que devo! Poncho me
olha. Balança a cabeça num gesto afirmativo. Morde o lábio.
— Você escondeu isso de mim?
— Sim.
— Por quê? Acho que a primeira coisa que prometemos um ao outro quando
reatamos foi sinceridade. Não foi, Anahí?
Não respondo. Não consigo. Ele tem razão. Foi horrível o que eu fiz! Meu pescoço
está coçando. Malditas brotoejas! De repente, a porta da garagem se abre e
aparecem Sonia e Marta. Sonia diz:
— Vocês dois aí, pra que têm celular?
Me surpreendo ao vê-las. Que horas são? Mas Poncho grita:
— Mãe, como você pôde dar a moto pra Anahí?
A mulher me olha. Eu suspiro.
— Filho, em primeiro lugar, fique calmo. Essa moto estava parada lá em casa, e,
quando Anahí me contou que também praticava motocross, pensei um pouco e decidi
dar de presente pra ela.
Poncho bufa e grita outra vez:
— Quando vocês vão entender que não é pra se meterem na minha vida? Quando?
— Desculpa, Poncho... mas é minha vida! — esclareço ofendida.
Ao ver o estado do irmão, Marta olha para ele e grita na sua direção:
— Número um: não fala assim com a mamãe. Número dois: Anahí já está bem
crescidinha pra saber o que deve ou não deve fazer. Três: se você quer viver numa
redoma de vidro, o problema é seu. Os outros não são obrigados a fazer o mesmo.
— Cala essa boca, Marta! — responde Poncho.
Mas sua irmã se aproxima dele e acrescenta:
— Não vou calar. De dentro de casa deu pra ouvir a briga toda de vocês. E tenho
que te dizer que é normal Anahí não te contar sobre a moto nem sobre outras coisas.
Como ela iria contar? Não dá pra falar contigo. Você é o Senhor Mandão. Todo mundo
tem que obedecer às suas vontades senão você arma um escândalo. — E, olhando
para mim, diz: — Contou a ele sobre mim e a mamãe?
Faço que não com a cabeça. Sonia, levando as mãos à boca, sussurra:
— Filha, pelo amor de Deus... fica quieta.
Poncho nos olha. Sua expressão é cada vez mais sombria. Por fim tira o sobretudo.
Está com calor. Deixa sobre o capô do carro, põe as mãos na cintura e, encarando-me
de um jeito ameaçador, pergunta:
— Que história é essa de se me contou sobre elas duas? Que outros segredos você
guarda de mim?
— Filho, não grita assim com Anahí. Coitadinha.
Não consigo falar nada. Minha língua está colada ao céu da boca, e Marta diz curta
e grossa:
— Pra sua informação, eu e mamãe estamos há meses fazendo um curso de
paraquedismo. Pronto, falei! Agora já pode se irritar com a gente e gritar. Você faz isso
muito bem, irmãozinho.
A cara de Poncho é indescritível.
— Paraquedismo? Vocês enlouqueceram?
As duas fazem que não. Em seguida, Simona entra perturbada na garagem:
— Senhor, Miguel está chorando. Quer que o senhor suba.
Poncho olha para ela e diz:
— O que Miguel faz acordado a essa hora? — Dá um passo, mas para de repente.
Vira-se para a irmã e a mãe e pergunta: — O que houve? Por que vocês estão aqui a
essa hora?
Não dá tempo de elas responderem. Sai em disparada até o quarto de Miguel. Sonia
vai atrás. Marta olha para mim e, assustada, pergunto:
— O que houve?
Marta suspira.
— Querida, sinto dizer que meu sobrinho caiu do skate e quebrou um braço.
Minhas pernas fraquejam. Não! Não pode ser verdade.
— Quê?!
— Ligamos mil vezes pra vocês, mas ninguém atendeu.
Branca como a parede, olho para Marta.
— Onde a gente estava não havia sinal. Ele está bem?
— Está, mas repete o tempo inteiro que Poncho vai ficar bravo contigo.
À medida que entramos na casa, meu coração bate cada vez mais forte. Poncho não vai
me perdoar por nada disso. Todos os segredos que me afligiam foram revelados ao
mesmo tempo. Ele vai se enfezar muito. Sei disso. Eu o conheço.
Quando entro no quarto de Miguel, vejo que o garoto está engessado. Ele me olha e,
quando vou me aproximar, Poncho aparece na minha frente e rosna:
— Como você foi capaz de me desobedecer? Eu te disse que skate não podia.
Estremeço descontroladamente e sussurro com um fio de voz:
— Sinto muito, Poncho.
Sua expressão é dura e ele me olha com desprezo.
— Não tenha dúvida, Anahí. Você com certeza vai sentir muito.
Fecho os olhos.
Eu sabia que isso acabaria acontecendo algum dia, mas nunca pensei que Poncho daria
essa importância tão exagerada. Estou desorientada e não sei o que dizer. Apenas
observo seu olhar frio. Chego perto do menino e dou um beijo em sua testa.
— Você está bem?
Miguel confirma com a cabeça.
— Me desculpa, Any. Eu estava sem nada pra fazer, peguei o skate e acabei caindo.
Sorrio com carinho e murmuro:
— Sinto muito, meu amor.
O garoto balança a cabeça com cara triste. Poncho me pega pelo braço, me tira do
quarto junto com sua mãe e sua irmã e diz, fervilhando de raiva:
— Vão dormir. Depois converso com vocês. Eu fico com Miguel.
Nessa noite, quando entro em nosso quarto, não sei o que fazer. Me sento na cama
e me desespero. Quero estar com Poncho e com Miguel, fazer companhia a eles, mas Poncho
não deixa.
Autor(a): Anna Albuquerque
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Na manhã seguinte, quando desço até a cozinha, Marta, Poncho e Sonia estão sentadosdiscutindo. Assim que entro, se calam e isso me faz sentir péssima.Simona carinhosamente me prepara uma xícara de café. E com seu olhar me pedecalma. Conhece Poncho e sabe que ele está furioso e também já me conhece. Quand ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
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hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
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ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
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Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
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ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
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julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
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ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3