Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
Espera uma explicação e sei que não vai desistir até conseguir. Então respondo:
— Pai, quando eu e Poncho reatamos, prometemos que nunca esconderíamos nada um
do outro e que seríamos cem por cento sinceros. Mas eu não cumpri a promessa, e
pelo visto ele também não.
— Você não cumpriu?
— Não, pai... Eu...
Conto a história toda: o curso de paraquedismo de Marta e Sonia, a moto, minhas
saídas com Jurgen e os amigos dele, as aulas de skate e patins que dei a Miguel, o
tombo que o menino levou e a surra que dei numa ex de Poncho que azucrinava nossa vida.
Meu pai me escuta com os olhos arregalados e depois exclama:
— Você bateu numa mulher?
— Bati, pai. Ela mereceu.
— Mas, filha, isso é horrível! Uma moça como você não faz essas coisas.
Concordo e prometo a ele que isso não vai se repetir.
— Só dei o que essa cadela vadia mereceu.
— loirinha, olha a boca suja! Vou ter que lavar sua boca com sabão?
Caio na gargalhada com seu comentário e ele também acaba rindo. Dando uns
tapinhas de leve na minha mão, lembra:
— Não te ensinei a se comportar assim.
— Eu sei, pai, mas o que você queria que eu fizesse? Ela me provocou e você sabe
que sou impulsiva demais.
Achando graça, ele toma um gole da sua cerveja e diz:
— Está bem, filha. Entendo o que você fez, mas ouça bem: que isso não volte a
acontecer, ok? Você nunca foi barraqueira e não quero que comece a ser.
Suas palavras me fazem rir. Dou-lhe um abraço e ele sussurra na minha orelha:
— Conhece aquela frase que diz que, se você tem um pássaro, deve deixá-lo voar?
Se ele voltar, é porque é seu; se não, é porque nunca te pertenceu. Poncho vai voltar.
Você vai ver, loirinha.
Não respondo. Não tenho forças para dizer nada nem para pensar em ditados.
Na manhã seguinte, saio com minha moto e libero minhas energias saltando como
um camicase pelos campos de Jerez. É meu melhor remédio. Faço manobras
arriscadas e no fim acabo me esborrachando. Levo um belo de um tombo! No chão,
penso em como Poncho se preocuparia comigo se visse isso e, quando me levanto, toco
no meu traseiro dolorido e resmungo.
À tarde, estou vendo tevê quando meu celular toca. É Fernando. Seu pai, o Bichão,
contou que estou em Jerez sem o Poncho. Dois dias depois, ele aparece na cidade. Assim
que me vê, nos abraçamos e ele me chama para almoçar. Conversamos. Comento que
eu e Poncho terminamos e Fernando sorri. Depois o idiota diz:
— Esse alemão não vai te deixar escapar.
Sem querer falar mais do assunto, pergunto sobre sua vida e me surpreendo quando
ele conta que está saindo com uma garota de Valência. Fico feliz por Fernando, ainda
mais quando ele admite que está completamente envolvido. Gosto de saber disso.
Quero vê-lo bem.
Os dias passam e meu humor fica oscilando entre a alegria e a tristeza. Sinto falta
de Poncho. Não entrou em contato comigo, o que é uma novidade. Eu o amo demais para
esquecê-lo tão depressa. Toda noite, quando já estou deitada na cama, fecho os olhos
e quase consigo senti-lo ao meu lado, enquanto escuto no meu iPod as músicas que eu
ouvia junto com ele. Meu nível de masoquismo aumenta cada dia mais. Trouxe uma
camiseta dele e fico cheirando. Adoro seu cheiro. Preciso senti-lo para dormir. É um
péssimo hábito meu, mas não estou nem aí. É um mau hábito assumido.
Quando já faz uma semana que estou em Jerez, ligo para Sonia. Ela fica
supercontente com meu telefonema e eu me surpreendo ao saber que Miguel está ali com
ela. Poncho viajou. Fico tentada a perguntar se ele foi a Londres, mas decido não tocar no
assunto. Já me torturei o bastante. Ela passa a ligação para Miguel e conversamos um
tempinho. Nenhum de nós menciona seu tio. Depois ele devolve o telefone a Sonia e ela
pergunta:
— Você está bem, querida?
— Estou. Vim visitar meu pai em Jerez e ele me paparica do jeito que estou
precisando.
Sonia ri e diz:
— Sei que você não quer escutar, mas vou falar mesmo assim: está insuportável.
Esse meu filho, com esse temperamento dele, é um sujeito intratável.
Sorrio com tristeza. Imagino como está. Sonia comenta:
— Não diz nada, mas sente muita saudade de você. Eu sei disso. Sou a mãe dele e,
apesar de Poncho não abrir a guarda e não me deixar cuidar dele, eu sei.
Conversamos durante quinze minutos. Antes de desligar peço que por favor não diga
que liguei. Não quero que Poncho pense que estou tentando colocar sua família contra ele.
Após passar dez dias em Jerez com meu pai e me sentir aconchegada no seu amor,
decido voltar a Madri. Ele viaja comigo. Quer ver minha irmã e ter certeza de que nós
duas estamos bem. A primeira coisa que fazemos ao chegar é visitar minha sobrinha.
Assim que me vê, a garota me abraça e me cobre de beijos, mas logo pergunta por
seu tio Poncho.
Depois do almoço, e diante da sua insistência em saber onde está seu tio, decido
conversar a sós com ela. Não sei como lhe pode afetar a separação de seus pais e
agora a minha. Quando ficamos sozinhas, Luz me pergunta pelo “chinês”. Repreendo-a
por não chamar Miguel pelo nome, mas, quando ela não está olhando, dou uma risadinha.
Essa menina é danada. Assim que conto que Poncho e eu não estamos mais juntos, ela
protesta e faz cara feia. Adora o tio Poncho. Faço carinho nela e tento convencê-la de que
Poncho continua gostando dela. Por fim, Luz acaba aceitando. Mas de repente me olha
nos olhos e pergunta:
— Titia, por que meus pais não se amam mais?
Que perguntinha difícil! O que posso responder?
Enquanto penteio seus lindos cabelos castanhos, respondo:
— Seus pais vão se amar a vida toda. O que acontece é que perceberam que são
mais felizes vivendo separados.
— E, se eles se amam, por que brigavam tanto?
Dou um beijo carinhoso no alto de sua cabeça.
— Luz, as pessoas que se amam também podem brigar. Eu mesma, se fico muito
tempo com sua mãe, acabo brigando, né? — A menina concorda e continuo: — Então
nunca duvide que eu a amo muito, mesmo quando brigo com ela. Raquel é minha irmã e
uma das pessoas mais importantes da minha vida. A questão é que os adultos têm
opiniões diferentes sobre muitas coisas e acabam discutindo. E por isso seus pais se
separaram.
— Por isso também que você não está mais com o tio Poncho? Por terem opiniões
diferentes?
— Pode-se dizer que sim.
Luz crava seus olhinhos em mim e pergunta de novo:
— Mas você ainda o ama?
Suspiro. Luz e suas perguntas! Mas, incapaz de deixá-la sem resposta, digo:
— Claro que sim. As pessoas não deixam de se amar de um dia para o outro.
— E ele ainda te ama também?
Penso, penso, penso e, após refletir sobre a resposta, digo:
— Ama. Tenho certeza que sim.
A porta se abre e minha irmã aparece. Está lindíssima com seu vestido de grávida.
Em seguida entra meu pai. Que dor de cabeça ele foi arrumar com suas duas filhas!
— Estão prontas pra irmos tomar alguma coisa no parque?
— Siiiiim! — Luz e eu vibramos.
Meu pai pega a câmera fotográfica.
— Juntem-se aí, quero tirar uma foto. Estão lindas. — Assim que bate o retrato,
exclama: — Que beleza! Como estou orgulhoso! Que três mulheres tão bonitas eu
tenho!
Autor(a): Anna Albuquerque
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
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hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
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ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
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Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
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ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
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julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
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ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3