Fanfics Brasil - 133 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 133

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Os dias passam e mergulho no trabalho. É uma delícia trabalhar com Miguel. Mais que
como secretária, ele me trata como uma colega. Nos fins de tarde, preciso sair de
casa. Passeio e às vezes fico agoniada de ver tanta gente. Sinto falta daquelas
caminhadas na neve, no bairro solitário em meio às árvores de Munique.
Certo dia, na hora do almoço, meu chefe diz:
— Quer almoçar comigo? Gostaria de te mostrar uma coisa que tenho certeza que
você vai adorar.
Vamos no seu carro e estacionamos no centro de Madri. Agarrada a seu braço,
caminho pela rua e vamos conversando, até que entramos numa lanchonete meio suja.
Achando graça, olho para ele e digo:
— Tá doido?
— Por quê? — pergunta, rindo.
— É sério que você está me convidando pra comer hambúrguer?
Miguel faz que sim, me olha com um sorriso estranho e diz:
— Claro. Você sempre gostou, não?
Dou de ombros e digo, por fim:
— Tem razão. Mas hoje, como é você quem vai pagar, quero meu sanduíche com o
dobro de queijo e também uma porção dupla de batata.
Ele concorda e entramos na fila. Estamos de papo e, quando chega nossa vez, fico
sem palavras ao ver a pessoa que vai anotar nosso pedido.
Minha ex-chefe! Aquela idiota de cabelo lindo que enchia meu saco na Müller. Agora
trabalha naquela lanchonete. Minha cara de espanto é tão evidente que ela, chateada,
diz:
— Se vocês não sabem o que vão pedir, por favor, deixem o próximo cliente passar.
Após me recompor do susto, Miguel e eu fazemos nossos pedidos. Quando
andamos até a mesa com nossas bandejas nas mãos, em meio a risadas, ele comenta:
— Anda, joga esse hambúrguer fora e vamos comer outra coisa. Essa sujeita é tão
mau caráter que pode muito bem ter cuspido ou colocado veneno aí.
Horrorizada com essa possibilidade, jogo o sanduíche no lixo e vamos embora. Às
vezes a vida é justa e agora está dando uma boa lição nessa mulher.
Meus dias se resumem a trabalhar, passear e, de noite, pensar em Poncho. Nunca mais
tive notícias dele. Já passou um mês desde que voltei à Espanha e cada dia me sinto
mais longe dele, apesar de ter a sensação de que ele está ao meu lado, quando me
masturbo com o vibrador que me deu.
Já estou saindo de novo com meus amigos de sempre e saboreamos juntos os
sanduíches de lula da Plaza Mayor. Mas, quando vamos para a balada, me
descontrolo. Bebo além da conta para esquecer. Preciso.
Até agora nenhum homem chamou minha atenção. Nenhum mexeu comigo. E,
quando algum tenta, eu corto na hora. Sou eu que escolho. Não estou no mercado de
carne.
Certa manhã, num domingo, após uma noitada ótima, alguém toca a campainha da
minha casa. Me levanto. A pessoa toca de novo. Minha irmã não pode ser, porque ela
tem a chave. Quando espio pelo olho mágico, pisco várias vezes ao ver quem é. Abro a
porta e digo:
— Björn?!
O homem me olha, solta uma gargalhada e brinca:
— Caramba, Any, ontem deve ter sido uma farra e tanto, hein?
Abro os braços, ele dá um passo à frente e nos unimos num abraço carinhoso.
Segundos depois, ele diz:
— Vai lá tomar uma ducha. Você precisa recuperar o raciocínio.
Corro até o banheiro. Ao me olhar no espelho, eu mesma me assusto. Estou uma
verdadeira bruxa. A água me reanima e ativa minha circulação. Quando termino e
apareço na sala com meu jeans, uma camisa e um coque alto, ele diz:
— Linda. Assim você está mil vezes mais atraente.
Rimos. Digo para ele se sentar e pergunto:
— O que você está fazendo por aqui?
Björn afasta uma mecha de cabelo do meu rosto, coloca atrás da orelha e responde:
— Não, linda. A pergunta é: o que você está fazendo aqui?
Não entendo. Pisco os olhos.
— Tem que voltar pra Munique.
— Quê?!
— Exatamente isso que você ouviu. Poncho precisa de você, e precisa já.
Me endireito no sofá e digo:
— Não tenho nada pra fazer em Munique, Björn. Você mesmo viu, pelo que
aconteceu naquela noite, que as coisas não estavam dando certo entre a gente. Você
viu que...
— O que vi é que você me beijou pra deixá-lo com raiva. Foi isso que vi.
— Droga, Björn! Nem me lembre.
— Foi tão horrível assim? — zomba. E, quando vou responder, ele dá uma
gargalhada e pergunta: — Mas, cá entre nós, querida, por que você fez isso?
Cada vez mais desconcertada, contraio as sobrancelhas e tento explicar:
— Te beijei porque Poncho precisava apenas de um empurrãozinho pra me expulsar da
vida dele. Tinha acabado de dizer isso minutos antes e eu só facilitei as coisas. Quando
você chegou, me desculpa, mas te vi e tive que fazer aquilo. Te beijei pra que ele desse
o último passo e me mandasse embora da vida dele.
— Mas ele disse pra você ir embora?
Penso, penso e por fim respondo:
— Disse.
— Não — corrige ele. — Você é quem estava gritando que ia embora, e ele acabou
dizendo que, se você quisesse ir, que fosse. Mas foi você, minha cara Anahí.
— Não... mas...
— Exatamente isso. Não! Não foi ele.
Meu sangue ferve. Não quero falar disso e, antes que Björn diga qualquer coisa, me
levanto do sofá.
— Olha só, meu filho. Se você veio até aqui pra me enlouquecer falando do babaca
do teu amigo, pode sair agora por essa porta, ok?
Björn sorri e observa:
— Uau...! Poncho tem razão. Você é esquentada, hein?
Fecho os olhos. Solto o ar bufando. Coço o pescoço e ele diz:
— Para de se coçar, mulher, que não faz bem pras suas brotoejas.
Olho para ele, que faz cara de reprovação.
— Pois é, linda. Poncho está me deixando louco. Não para de falar de você e eu já não
aguento mais. Sei até das tuas brotoejas, teus ataques de mau humor. Sei que você
adora trufas. Chiclete de morango. Por favor, já não aguento mais!
Seu comentário faz meu coração bater acelerado, mas não quero alimentar falsas
esperanças. Em seguida, digo:
— Poncho disse que ia voltar aos joguinhos sexuais. Me disse antes de eu ir embora.
— Ele disse isso?
— Disse.
Björn sorri e murmura:
— Mas, que eu saiba, linda, não o vi em nenhuma festinha. E mais: acho até que ele
vai virar monge.
Fico em silêncio e ele esclarece:
— Naquele dia em que você perdeu as estribeiras, meu amigo idiota e cabeça-dura
ia te pedir em casamento.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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— Naquele dia em que você perdeu as estribeiras, meu amigo idiota e cabeça-duraia te pedir em casamento.— Quê?!— Pensa bem, Anahí — insiste Björn —, por que você acha que eu cheguei comuma garrafa de champanhe? A questão é que ou ele não soube deixar isso claro ouvocê não qui ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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