Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
— Naquele dia em que você perdeu as estribeiras, meu amigo idiota e cabeça-dura
ia te pedir em casamento.
— Quê?!
— Pensa bem, Anahí — insiste Björn —, por que você acha que eu cheguei com
uma garrafa de champanhe? A questão é que ou ele não soube deixar isso claro ou
você não quis ouvir.
Arregalo os olhos. Casamento?
Poncho ia me pedir em casamento?
Definitivamente está louco, louco! E, quando vou dizer alguma coisa, Björn
prossegue:
— Quando houve aquela história com Betta e ele descobriu todo o resto, ficou
superchateado. A mãe e a irmã lhe deram uma bronca tremenda. Disseram que você
não tinha culpa de nada. E que o maior culpado era ele próprio, por ser do jeito que é.
Ele não se aborreceu contigo, querida, mas com ele mesmo. Não conseguia entender
como era capaz de ser tão intolerante a ponto de as pessoas precisarem mentir pra ele
e esconder várias coisas. — Pisco os olhos, mal consigo respirar, e Björn continua: —
Quando foi lá em casa e me contou, eu disse o mesmo de sempre. A maneira dele de
falar, tão fria, intimida as pessoas, as deixa inibidas pra contar as coisas. Ele custou a
entender, mas finalmente a ficha caiu. Ficou dias pensando a respeito, e por isso não
falava contigo e, quando se deu conta dos estragos que fez, quis consertá-los, mas
tudo foi por água abaixo. Você me beijou. Ele ficou paralisado e você foi embora.
Björn me olha. Olho de volta, estarrecida. Estala os dedos e pergunta:
— Você está aqui?
Confirmo com a cabeça e ele conclui:
— A questão, linda, é que ele disse que você foi embora e você tem que voltar. É
tão orgulhoso que, apesar de saber que errou, não consegue te pedir pra voltar,
mesmo que esteja se corroendo por dentro. Então, querida, se você o ama, tome a
iniciativa. Todos que convivemos com ele vamos te agradecer.
Penso, penso, penso e finalmente declaro:
— Não vou fazer isso, Björn.
Ele bufa, fica de pé e pergunta:
— Mas... como vocês dois podem ser tão cabeças-duras?
— Com a prática — digo ao me lembrar da resposta que Poncho me deu uma vez.
— Vocês se amam. Sentem saudades um do outro. Por que não resolvem logo essa
situação? Da primeira vez vocês terminaram porque ele te largou. Agora é porque você
foi embora. Um dos dois vai ter que ceder na terceira vez, não acha?
Me levanto e, atordoada por tudo o que ouvi, digo:
— Preciso sair daqui. Vem, vamos tomar alguma coisa.
Nessa noite eu e Björn saímos por Madri. Falamos muito. Em momento algum tenta
alguma coisa. Comporta-se como um autêntico cavalheiro e como melhor amigo de
Poncho. Me deixa em casa às nove e vai embora. Precisa pegar um voo de volta a
Munique.
No dia seguinte, no escritório, estou escrevendo um e-mail quando o homem que me
deixa enlouquecida passa na minha frente como um furacão e diz, dando um soco na
minha mesa:
— Senhorita Puente, vá até a minha sala.
Meu coração sobe pela garganta. Poncho está aqui?
Não consigo levantar.
Minhas pernas tremem.
Respiro ofegante.
Três minutos depois, o telefone toca. Uma ligação interna. Atendo.
— Senhorita Puente, estou esperando — insiste Poncho.
Me levanto com dificuldade. Estou há muitos dias sem vê-lo e de repente ele está ali,
a menos de cinco metros de mim, e exige minha presença. Meu pescoço já está
coçando. Fecho os olhos, inspiro profundamente e entro na sala. O impacto ao vê-lo
me deixa sem ar. Ele deixou a barba crescer.
— Fecha a porta.
Seu tom de voz é baixo e intimidador. Faço o que ele pede e olho pra ele.
Ele também me olha fixamente, e de repente diz:
— O que você estava fazendo ontem à noite zanzando com Björn por Madri?
Hesito. Tanto tempo sem nos ver e ele me pergunta isso?
Quando consigo abrir a boca, respondo:
— Senhor, eu...
— Poncho... meu nome é Poncho, Anahí. Para de me chamar de “senhor”.
Está furioso, tremendamente furioso, e seu mau humor começa a me fazer reagir.
Seu olhar é frio, mas, agora que sei o que Björn me contou, jogo com uma carta a meu
favor e respondo:
— Olha, não vou mentir pra você. Chega de mentiras! Björn é meu amigo, por que
não posso sair com ele por Madri ou por onde me der na telha?
Minha resposta não o satisfaz, e ele pergunta entredentes:
— Em Munique vocês saíram juntos alguma vez sem eu saber?
Abro a boca, surpresa, e murmuro:
— Seu babaca...!
Poncho olha para cima com cara de impaciência e rosna:
— Não começa, Anahí.
— Desculpa. Mas não começa você — digo, dando um soco na mesa. — Que
besteira é essa que você está me perguntando? Björn é o melhor amigo que você pode
ter e você vem com essas idiotices. Olha, meu filho, quer saber? Vou vê-lo sempre que
me der vontade.
— Você brinca com ele, Anahí?
Outra pergunta que me pega de surpresa. Como pode pensar isso? E, malhumorada,
decido responder com um desaforo:
— Só faço o que você faz. Nem mais nem menos.
Silêncio. Tensão. De novo, Alemanha versus Espanha. Por fim, ele faz que sim com
a cabeça, me olha de cima a baixo e diz:
— Ok.
Nos olhamos. Nos desafiamos. Estou prestes a gritar que ele me escondeu a
separação da minha irmã, mas, sem saber por quê, acabo falando:
— Vou a Munique no próximo fim de semana.
Poncho se levanta da cadeira, apoia-se na mesa com os olhos fora de órbita e
pergunta:
— Vai à festa de Björn?
Não sei de que festa ele fala. Björn não me contou nada e nem mesmo sabe da
minha viagem. Marquei com Marta em Munique para ver Miguel e todos as pessoas que
adoro, mas, apoiando-me na mesa também, reajo lenta e desafiadoramente:
— E o que você tem com isso?
O telefone toca. Minha salvação! Corro para atender.
— Bom dia. Quem fala é Anahí Puente. Em que posso ajudar?
— Fofinha, como você está?
Minha irmã!
Sem deixar de olhar para Poncho, respondo:
— Oi, Pablo!
— Pablo?! Mas, fofaaaaaaaa, sou eu, Raquel.
— Eu sei, Pablo... eu sei. Se você quiser, a gente pode jantar juntos. Na sua casa?
Ótimo!
Minha irmã não entende nada e, antes que diga qualquer coisa, continuo:
— Te ligo já, já. Estou falando com meu chefe. Até daqui a pouco.
Quando desligo, o olhar de Poncho é assustador. Não faz ideia de quem é Pablo e isso
o desespera. Achando graça da situação, digo:
— O que houve? Quem fica te atualizando sobre minha vida não te falou do Pablo?
— Inclino-me para frente na mesa e esclareço: — Você está muito mal informado.
Björn é apenas um amigo, mas não posso dizer o mesmo do Pablo.
Dito isso, me viro e saio da sala. Estou tremendo toda. Bela maneira de complicar
as coisas ainda mais!
Sei que não tira os olhos de mim, então pego minha bolsa e saio em disparada.
Quando chego à cafeteria, peço uma Coca com muito gelo. Estou morrendo de sede, e
ao mesmo tempo furiosa e histérica.
Que diabo estou fazendo? E, principalmente, que diabo ele está fazendo?
Pego o celular e ligo para Björn.
— Seu amiguinho Poncho está por aqui. Veio correndo me perguntar todo irritadinho o
que eu e você estávamos fazendo juntos ontem em Madri.
— Ele está em Madri?
Neste momento, Poncho entra na cafeteria e olha na minha direção. Senta-se no outro
extremo do balcão. Continuo falando ao telefone.
— Sim. E agora ele está bem na minha frente.
— Porra! — diz Björn, rindo. — Bem, linda, você já sabe o que eu te disse. Ele
precisa de você. E, se você o ama de verdade, não se faça de difícil. Volta logo com
ele! Poncho só está esperando que você dê o primeiro passo. Seja doce e boazinha.
Sorrio e me desespero. Doce e boazinha? Em vez de dar um passo, o que fiz foi
declarar guerra a ele. Angustiada pela encruzilhada mais louca em que já me meti,
murmuro ao ver que Poncho me observa:
— No fim de semana que vem tenho planos de ir a Munique. Comentei com Poncho, e
ele acha que vou contigo a sei lá que festa.
— Nossa! Ele deve ter ficado morrendo de raiva — brinca.
Depois de falarmos mais um pouco sobre minha visita à Alemanha, me despeço de
Björn e desligo o celular. Bebo a Coca, pago e saio da cafeteria. Quando volto à minha
sala, Poncho aparece dois minutos depois. Entra no seu escritório e me olha, me olha e me
olha.
Meu Deus, como me excita quando ele me olha assim!
Sou mesmo uma masoquista, mas essa frieza em seu olhar foi o que fez eu me
apaixonar por ele.
Tento me concentrar no trabalho. Mas não dou uma dentro. Sei que preciso de Poncho.
Preciso beijá-lo. Preciso da sua boca, do seu contato, mas não sei como conseguir isso
e como, e levanto, entro na sala de Miguel, que não está, e de lá vou até o arquivo.
Foi uma boa ideia. Poncho não demora a chegar. Nem me dá tempo de respirar e já
está atrás de mim. Não me toca. Apenas fica bem perto. Finjo que não me dei conta de
sua presença e me viro. Me choco contra ele. Ai, meu Deus! Adoro seu cheiro! Nos
olhamos e pergunto:
— Está precisando de alguma coisa, senhor Herrera?
Sua boca vai direto na minha.
Nem chupa os meus lábios, como costuma fazer. Enfia a língua na minha boca e me
beija. Me devora com desespero. Sua barba e seu bigode fazem cócegas no meu nariz
e no meu rosto, mas, quando suas mãos seguram minha cabeça para beijar melhor, eu
me deixo levar. Preciso disso. Aproveito o momento. Enquanto ele me beija com
paixão, meu corpo ganha nova vida e, assim que ele para, olho nos seus olhos e, sem
limpar os lábios, murmuro:
— Lembre-se, senhor, que minha boca não é mais só sua.
Digo isso e o empurro contra os arquivos. Saio eufórica por ter conseguido um beijo.
Mas depois me arrependo. O que estou fazendo? Ele precisa que eu dê o primeiro
passo, mas meu orgulho não permite. Poncho não volta a me procurar o resto do dia. Mas
não para de me olhar. Me deseja. Sei disso. Me deseja tanto quanto eu a ele.
Preparadas para o 3° livro? Estamos chegando no final do 2° e partiremos para o 3° e último dessa trilogia.
Peça-me o que quiser ou deixe-me, vem ai muitas emoções!!!
Autor(a): Anna Albuquerque
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
No dia seguinte, Poncho não aparece no escritório. Ligo para Björn e ele me conta que seuamigo está em Munique. Fico mais tranquila ao saber disso. Na sexta à tarde, quandosaio da empresa, tomo um voo para a Alemanha. Marta vai me buscar e, apesar desua insistência, digo que quero dormir num hotel. Se eu e Poncho resolvermos nossasitua& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
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hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
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ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
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Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
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ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
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julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
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ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3