Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
Dez dias depois, há uma convenção da Müller em Munique da qual sou obrigada a
participar. Tento escapar, mas Gerardo e Miguel não deixam, e imagino que o senhor
Herrera tenha algo a ver com isso. Quando meu avião aterrissa, sou dominada
pelas lembranças. De novo estou nessa cidade majestosa. Acompanhada de Miguel e
outros chefes de todas as sucursais da Espanha, chegamos ao local da convenção às
onze da manhã. Me sento ao lado de Miguel e um pouco depois o evento começa.
Procuro Poncho em meio à multidão de participantes e acabo localizando. Está na primeira
fila, e meu coração fica apertado quando o vejo com Amanda. Bruxa!
Como sempre parecem muito compenetrados e, quando Poncho sobe ao palco para
falar diante de mais de três mil pessoas vindas de todas as sucursais, olho para ele
com orgulho. Ouço tudo o que diz e reparo como ele está gato, gatíssimo, com um
terno cinza-escuro. Quando seu discurso acaba e Amanda sobe ao palco, fico tensa.
Poncho a pega pela cintura, e ela, encantada, cumprimenta a todos com uma expressão
de triunfo.
Miguel me olha. É um momento difícil de engolir, mas tento sorrir. Uma vez aberta a
convenção, os garçons começam a passar taças de champanhe e canapés. Protegida
entre meus colegas espanhóis, estou a par de tudo o que acontece. Poncho se aproxima
junto com Amanda. Os dois cumprimentam todos os participantes e sinto vontade de
sair correndo quando o vejo chegar ao meu grupo. Com um sorriso encantador, porém
frio, olha para todos nós. Não presta uma atenção especial em mim e, quando me
cumprimenta, nem sequer me olha nos olhos. Aperta minha mão como se eu fosse
qualquer um e depois se afasta para continuar saudando as outras pessoas. Amanda
me lança um olhar de gozação. Cachorra!
Enquanto cumprimentam os outros, percebo que Poncho volta a pegar Amanda pela
cintura e fotografam os dois juntos. Em nenhum momento faz menção de olhar para
mim. Nada, absolutamente nada. É como se nunca tivéssemos nos conhecido. Eu nem
pisco vendo-o ser fotografado com outras mulheres, e fico arrepiada ao notar que diz
algo a uma delas olhando para seus lábios. Eu o conheço. Sei o que significa esse
olhar e onde ele vai dar. Meu pescoço está coçando. As brotoejas! Ai, não! O ciúme
me domina. Não consigo suportar!
Quando não aguento mais, procuro uma saída. Preciso ir embora o quanto antes.
Assim que encontro uma porta, alguém pega minha mão. Me viro com o coração
acelerado e me deparo com Miguel. Por um instante cheguei a pensar que fosse Poncho.
— Aonde você vai?
— Preciso pegar um pouco de ar. Está muito quente aqui dentro.
— Vou contigo — diz Miguel.
Quando afinal encontramos uma saída, Miguel saca um maço de cigarros e peço
um. Preciso fumar. Após as primeiras tragadas, meu corpo começa a relaxar. A frieza
de Poncho, a presença incômoda de Amanda e a forma como ele olhou para outras
mulheres foram demais para mim.
— Está tudo bem, Anahí? — pergunta Miguel.
Sorrio. Tento ser a garota animada de sempre.
— Sim, é só que está muito calor aqui.
Miguel concorda. Sei que está imaginando coisas, mas não quero me abrir com ele.
Depois do cigarro, sugiro que a gente volte para dentro. Preciso ser forte e tenho que
demonstrar isso a Poncho, a Amanda, a Miguel e a todo mundo.
Com passos firmes, volto ao grupo da Espanha e tento me integrar na conversa,
mas não consigo. Cada vez que me viro, Poncho está próximo, elogiando alguma mulher.
Todas querem tirar fotos com ele. Todas menos eu.
Duas horas depois, quando estou num banheiro, ouço uma dessas mulheres
contando que o chefão Alfonso Herrera lhe disse que ela é linda. Que imbecil! Sem
poder evitar, olho para ela. É um mulherão. Uma italiana ruiva de seios enormes e
curvas marcantes. Está visivelmente nervosa e eu entendo. Quando Poncho diz algo assim
nos encarando é impossível não ficar nervosa.
Quando saio do banheiro, cruzo com Amanda. A bruxa pisca para mim com
deboche. Sinto uma vontade irrefreável de agarrá-la pelos cabelos louros e arrastá-la
pelo chão. Mas não. Não devo. Estou numa convenção; tenho que ser profissional e,
principalmente, prometi ao meu pai que não voltaria a me comportar como uma
barraqueira.
Ao chegar ao meu grupo, me surpreendo quando vejo Poncho conversando com eles.
Ao seu lado há uma morena bonita da sucursal de Sevilha que fica babando por ele.
Consciente do magnetismo que provoca nas mulheres, Poncho brinca com ela. A moça
passa a mão pelo cabelo e se mexe toda nervosa. Fecho os olhos. Não quero vê-los.
Mas, ao abri-los, encontro o olhar de Poncho, e ele diz:
— A senhorita Puente os levará ao lugar da festa. Ela conhece Munique. — Ergo a
cabeça, e Poncho conclui, entregando-me um cartão: — Espero todos lá.
Diz isso e se afasta. Fico desconcertada.
Todos me olham e começam a me perguntar como chegar ao local que o chefão
indicou. Olho o cartão e, depois de lembrar onde fica esse salão de festas, nos
dirigimos até o ônibus que nos levará ao hotel. Ficaremos ali até chegar a hora do
evento da noite.
Já no quarto, aproveito para tomar uma chuveirada. Estou muito tensa. Não quero ir
a essa festa, mas sou obrigada. Não dá para escapar. Poncho já se encarregou disso.
Depois de secar o cabelo, ouço uns tapas e uns gemidos. Presto atenção aos barulhos
e acabo sorrindo. O quarto ao lado é o de Miguel, e pelo visto ele está se divertindo à
beça.
Dou umas batidinhas na parede e os gemidos param. Não quero ficar escutando
isso!
Troco o terninho cinza-claro por um vestido preto com strass na cintura. Calço uns
sapatos de salto que me caem superbem e prendo o cabelo num coque alto. Quando
me olho no espelho, sorrio. Sei que estou sexy. Com certeza Poncho não olhará para mim,
mas minha aparência atrairá os olhares de outros homens.
Que eles pelo menos levantem meu moral, né?
Às nove, após jantar no hotel, nos reunimos todos no hall. Como era de se esperar,
todos me procuram para levá-los à festa conforme informou o chefão. Dou umas
orientações ao motorista do ônibus e em seguida mergulhamos no trânsito de Munique.
Sorrio ao passarmos ao lado do Jardim Inglês. Olho com carinho para os lugares onde
passeei com Poncho e fui muito feliz numa época maravilhosa da minha vida, mas esse
clima gostoso acaba quando o ônibus chega ao destino e temos que descer.
Autor(a): Anna Albuquerque
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Entramos no local. É enorme e, como eu já previa, o senhor Herrera organizouuma festa e tanto. Todos elogiam. Miguel me olha e comento, rindo:— Cara, eu quase gritei pra você “olé!”.Ele ri também e aponta para uma garota.— Meu Deus, menina! Patricia é um furacão. Nem te conto.Nós dois rimos e ne ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
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hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
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ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
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Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
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ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
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julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
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ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3