Fanfics Brasil - Capítulo 164 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: Capítulo 164

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Calma gente, to aqui. Não me matem, to demorando né?! Me perdoem. Ta aqui!


 




 


Quando Björn e eu chegamos à porta do hospital de St. Thomas me sinto horrível. Na viagem de avião vomitei várias vezes e o pobre não sabia o que fazer para que eu me sentisse melhor. Ele atribuíu os meus enjôos ao nervosismo e a minha preocupação e eu não quis tirá-lo de seu erro.
Na entrada do hospital ofego e Björn, com segurança e cuidado, agarra-me pela cintura para me acalmar e pergunta:
- Está se sentindo melhor ?
Faço que sim com a cabeça. É uma mentira, mas eu não vou dizer que não.
Ele olha para mim com um sorriso triste e pegando a minha mão, diz:
- Fique tranquila, ficará bem e tudo vai dar certo.
Eu digo que sim com a cabeça e agradeço a Deus por ter um amigo como ele. Quando liguei pra ele, em menos de 20 minutos ele já estava em minha casa e disposto a me ajudar em tudo o que eu precisasse. Mesmo quando eu disse a ele o que aconteceu, ele deixou de lado a fúria que poderia sentir em relação à Laila e as acusações de seu amigo e se centrou em consolar-me e dizer-me que tudo ficaria bem.
Não chamo nem a mãe nem a irmã de Poncho. Primeiro quero ver como se encontra então farei isso. Mas de uma coisa tenho certeza, não permitirei que ninguém toque seus olhos sem que Marta saiba disso antes.
Assustada, eu penso em seus olhos. Seus belos olhos. Como algo tão precioso pode ter sempre muitos problemas.
Ao abrir as portas do elevador no quinto andar, meu coração bate forte. Assusta-me. Eu acho que vou ter uma parada cardíaca, enquanto Björn pergunta a uma enfermeira em que corredor está o quarto de Alfonso Herrera.
Caminhamos em silêncio e, inconscientemente, procuro a mão de Björn novamente e a agarro. Ele a aperta, me dando força.
Quando chegamos ao 507, olhamos e depois de um silêncio mais significativo, digo:
- Eu quero entrar sozinha.
Björn concorda.
- Eu lhe dou três minutos. Depois eu entrarei também.
Com a pulsação a mil, abro a porta e entro. Tudo esta em silencio. Até que o meu coração salta de repente ao ver Poncho com os olhos fechados. Ele está dormindo. Com discrição, chego mais perto e o observo. Seu rosto esta machucado, lábios cortados e uma perna engessada. Seu aspecto é desastroso. Mas eu o quero, não me importo em como esta sua aparência.
Eu preciso tocá-lo...
Eu quero beijá-lo...
Mas eu não me atrevo. Tenho medo que abra os olhos e me ponha pra fora.
- O que você está fazendo aqui?
Sua voz rouca me faz dar um pulo e quando eu o olho , creio que vou desmaiar.
Oh, Deus ... Seus olhos. Seus belos olhos estão encharcados de sangue e seu aspecto é atroz. Minha respiração se acelera e erguendo a voz, pergunta:
- Quem te avisou? Que diabos você está fazendo aqui?
Eu não respondo. Apenas olho para ele e ele grita:
- Fora! Eu disse para sair daqui!
Minha respiração acelera e sem dizer nada , eu me viro, saio do quarto e começo a correr pelo corredor. Björn corre atrás de mim e pára. Ao ver o estado em que me encontro me acalma. Quero Vomitar. Eu digo isso e ele pega rapidamente um papel e me entrega. Quando meu estado se normaliza, meu bom amigo se levanta e com uma seriedade que não conhecia , diz:
- Não se mova daqui , entendido?
Concordo e vejo que se dirige para o quarto de Poncho.
Abre com ímpeto a porta. Eu ouço suas vozes. Discutem. Várias enfermeiras, ao ouvir o barulho vêm ver o que esta acontecendo e instantes depois Björn sai contrariado, toma o meu braço, e diz:
- Vamos. Voltaremos amanhã.
Estou anestesiada e assustada, e deixo-me levar.
Eu não quero sair, mas eu sei que no corredor não há nada.
Naquela noite, dormimos em um hotel em Londres. Eu não consigo dormir. Eu só posso pensar no meu amor, na sua solidão naquele quarto de hospital.
Na manhã seguinte, Björn passa por meu quarto para me buscar. Ele se preocupa com o meu estado. Estou pálida. Quando chegamos de novo ao hospital, meu estômago se revira. Poncho está lá e com certeza me pedirá para ir embora. Mas desta vez vou ignorar-lo. Desta vez, terá que ouvir o que eu tenho que dizer.
Quando chego novamente em frente ao quarto 507, olho para Björn e volto a pedir-lhe para que me deixe entrar sozinha.
Ele nega com a cabeça, não está convencido do que eu digo, mas quando olha em meus olhos, finalmente aceita a minha decisão.
Com as mãos trêmulas e a tensão nas nuvens, abro a porta. Desta vez Poncho está acordado e ao ver-me, seu gesto taciturno, se rompe e sibila:
- Vá embora, pelo amor de Deus.
Entro e sem a impotência do dia anterior, me aproximo dele e pergunto: - Diga-me pelo menos que você está bem.
Não me olha e responde:
- Eu estava bem até você chegar.
Suas palavras me machucam, me matam, e ao ver que não digo nada, insiste:
- Saia daqui. Eu não te chamei porque não queria te ver.
- Mas eu quero te ver. Eu me preocupo com você...
- Você se preocupa? Ele grita, cravando seus impactantes olhos ensanguentados em mim. -Vamos, por favor... Vá para o seu amante e não volte a aparecer em minha vida.
A porta do quarto se abre e Björn entra feito uma fera. O rosto de Poncho endurece ainda mais e murmura:
- Qual é sua também? Fora do quarto, os dois, agora mesmo.
Nenhum movimento e Poncho gritando insiste:
- Eu quero que saiam! Fora!
Sua voz, sua dura voz, me faz reagir e esquecendo-me dos maltratos, eu olho para aqueles olhos que eu não reconheço como sendo o do meu amor e solto :
- Eu vim aqui para dizer ao vivo e direto: idiota!
Minha resposta o intriga e Björn acrescenta:
- Como você é tão imbecil? Como você pode pensar uma coisa dessas de Any e eu?
- Você e eu iremos conversar quando eu estiver bem. - Rosna Poncho. -Agora vá. Não quero falar.
- Com certeza conversaremos. - Replica Björn. - Mas enquanto isso deixa de ser idiota e se comporte como o homem que eu sempre acreditei que fosse.
- Bjorn... - Sibila Poncho.
Ele olha para cima e sem mudar sua expressão de raiva, afirma: - Eu não me importo com o seu estado, sua perna, seu rosto machucado ou seus olhos, daqui não me movo até que eu veja as provas, que tão gratuitamente diz que tem contra nós. Babaca!
Ouvir essas palavras da boca de Björn neste momento de máxima tensão me diverte, embora o momento não tenha nada de engraçado. Transpira tensão.
Poncho blasfema. Diz mais de cem palavrões em alemão, mas não nos movemos. Não temos medo. Nós não iremos sair sem esclarecer as coisas de uma vez.
Tenho náuseas novamente.
Eu olho ao redor procurando um banheiro. Quando o localizo entro nele rapidamente e vomito. Eu me sinto horrível. Sento-me na tampa do vaso até que Björn entra e sussurra com carinho:
- Se você está mal, vamos embora.
Nego com a cabeça. .
- Estou bem, não se preocupe. So preciso que Poncho acredite em nós.
- Ele irá querida. Eu prometo que irá.
Minutos mais tarde saímos os dois do banheiro e Poncho nos olha de cara feia. Sento-me numa cadeira e observo em silêncio como Björn e ele se envolvem em outra discussão. Eles falam de tudo e me mantenho espreitando. Eu não tenho força para falar. Poncho não me olha. Evita fazê-lo.
Ele sabe que quando faz eu estremeço. Seus olhos de vampiro da Transilvânia assustam e ele tenta não mostrá-los para mim. A enfermeira vem para ver o que acontece. Poncho pede para que o deixe, mas Björn com o seu charme para seduzir mulheres a leva do quarto com seus elogios.
Poncho e eu estamos sozinhos. Eu me endureço e diante de sua face de alucinação total, me levanto e declaro:
- Eu não vou a lugar nenhum se não for com você. E agora mesmo eu vou chamar sua mãe e irmã para que compreendam o que está acontecendo.
- Droga, Anahí. Não se meta nisso.
- Eu me meto porque você é meu marido e eu te amo. Entendido?
Iceman em sua versão mais sinistra e devastadora olha para mim e murmura com raiva:
- Any...
Bem... Chamou-me pelo apelido. A coisa vai bem. A fera vai se amansando e insisto:
- Quando eu estava no hospital você me acompanhou. Não me deixou sozinha nenhum minuto e agora...
- Agora você vai embora – me corta.
- Bem, olha, eu não irei. -E desafiando-o com os olhos, sento-me de novo na cadeira ao lado de sua cama enquanto tiro o meu celular do bolso digo:
- Se você quiser se levanta e me expulsa. Enquanto isso continuarei aqui.
Me olha... Me olha... E me olha.
Eu o olho... Eu o olho... E eu o olho.
Espanha contra a Alemanha, a partida começa!
Ele sabe que não pode fazer nada, e eu não vou sair. A porta se abre e Björn entra outra vez, aproxima-se da cama e diz:
- Vamos cara, eu estou morrendo de vontade de ver essa prova. Explique.
Com um gesto estranho Poncho pede que pegue o laptop. Björn lhe entrega, ele abre, tecla e devolvendo,ordena:
- Eu os quero fora da minha vista depois que assistirem.
Rapidamente me levanto.
Björn abre um vídeo. Em seguida, reconheço a Guantanamera.
Björn e eu estamos conversando no bar e ouço a nossa conversa:
E se não for muita intromissão minha, como é o tipo de mulher que você gosta?
- Como você. Inteligente, bonita, sexy, natural, tentadora, impetuosa, desconcertante e adoro quando sou surpreendido.
- Eu sou tudo isso?
- Sim, linda, você é!
Sem entender Björn e eu nos olhamos. Visto desta forma, realmente parece o que não é.
No vídeo a seguinte, nós dois estamos dançando na pista de dança e nos divertindo. E depois disso, vem uma sequencia de fotografias de nós dois caminhando pela rua de braços dados ou sentados em um restaurante brindando com vinho.
Incrédulos, voltamos a nos olhar. Poncho ao nos ver se irrita mais e pergunta:
- E agora? Quem está mentindo aqui?
A fúria, a raiva e o desespero me corroem e fechando o notebook de uma vez só, sibilo:
- Você é um Babaca!
Em meu impulso, fecho com muita força o laptop, isso faz com que Poncho se encolha de dor ao encostar em sua perna. Amaldiçoa enquanto me olha e sussurra:
- Não volte a me insultar ou...
- Ou o quê, maldito cabeçudo? - Furiosa, eu jogo o meu telefone em seu peito. - Ou me expulsará de sua vida? - Ele observa, elegante, censurando-me!
Bjorn me olha. Tenta me acalmar, mas eu ja estou como uma cobra e, pegando minha bolsa, saio da sala. Caminho para o elevador até que Björn me para e pergunta:
- Aonde você vai?
- Fora daqui. Longe dele e longe de... De ...
- Any ...
Paro. O que estou fazendo? Para onde eu vou?
Abraço-me a Björn e ele diz:
- Do que nós vimos ambos sabemos o que ocorreu, mas sem nenhum tipo de malícia. Agora só nos resta explicar ao cabeça dura do seu marido e meu amigo e fazê-lo entender o jogo sujo de Laila .
Me deixo convencer e quando eu entro no quarto, a expressão de Poncho é de irritado e ainda mais contrariado que segundos antes, me aproximando dele digo:
- Laila nos gravou, fez uma montagem das gravações e vc acredita nisso? Essa é a confiança que você tem em mim, sua esposa?
Eu coloco a bolsa na cama e volto para dar um golpe em Poncho involuntariamente. Ele olha para mim e eu digo:
- Foda-se.
Grunho e Björn, vendo que vamos começar a discutir intervém: - As fotos são do dia em que Any veio ao escritório para assinar os papéis que tinha de assinar. Então eu perguntei a ela se queria comer, como de costume, como faço com Frida e qualquer um dos meus outros amigos. O que te faz pressupor e crer que não foi dessa forma?
Poncho não se manifesta e Björn, chateado, insiste:
- Temos sido amigos por muitos anos e sempre confiei em você cem por cento. Dói- me pensar que você acredita que eu, seu amigo, jogue sujo com sua esposa. Você acha que eu teria algo com Anahí e estragaria a nossa amizade?
Sua voz irritada me faz olhar quando ele continua:
- E lembre-se, amigo, você é o único que me oferece a sua esposa e que gosta do que fazemos os três juntos. Nós três! E, sim, eu adoro isso. Eu gosto de Anahí. Eu disse na primeira vez que me apresentou e a cada vez que discutimos. Mas também disse que vocês são um para o outro e você não deve permitir que nada e nem ninguém fique em suas vidas. Ambos são muito importantes para mim. Porque você é como meu irmão e ela porque é sua esposa e uma excelente pessoa. Eu te amo tanto e dói saber que você duvida de mim.
Poncho não responde. Ele ouve e Björn continua:
- Nossa amizade é especial e eu só toquei sua esposa quando você permitiu. Quando eu falhei? Quando você reprovou ou criticou um jogo sujo? Se antes, quando não eram casados, eu sempre o respeitei, Por que não ia fazer agora? Acaso o que diz uma estúpida como Laila conta mais do que o que eu ou Any dizemos?
Poncho o olha. Suas palavras lhe doem, mas Björn insiste:
- Você é inteligente o suficiente para pensar e perceber quem te ama e quem não te ama. Se você decidir que Any e eu estamos mentindo, vai sair perdendo amigo, porque se tem alguem que te ama e te respeita neste mundo, somos eu e ela. E para que esta confusão seja esclarecida, eu quero que você saiba que Norbert trará Laila para o hospital. Virá com raiva, mas eu a quero aqui diante de Any, de mim e de você para que esclareça isso de uma vez por todas.
Sem mais, o bom e velho Björn olha para mim e antes de sair, diz:
- Eu vou estar lá fora .
Dito isso, vai e nos deixa sozinhos no quarto.As palavras vieram diretamente do coração e eu sei que Poncho sabe. Com o cenho franzido, ele fecha os olhos e vejo que nega com a cabeça.
- Ele disse a verdade. Laila tem jogado com todos nós - insisto.
Poncho olha para mim. Seus olhos deixam os meus pêlos arrepiados e cansada de manter o segredo de Björn, eu digo:
- Você sabe que Björn e eu nunca falharíamos com você, porque você questiona? Será que você não percebe que eu te amo mais do que a minha própria vida e ele também? - E quando ele não respondeu, Eu continuo - Eu vou te contar uma coisa que você não sabe e Laila com certeza não lhe disse, em relação ao Björn. E em seguida eu vou sair e vou deixá-lo pensar sobre isso. Você confia nela porque ela era amiga de Hannah, certo? Ele afirma com a cabeça e eu prossigo - Bem, eu quero que você saiba que, enquanto você estava sofrendo pelo que aconteceu com sua irmã, essa mulher estava muito bem acompanhada por Leonard.
- O quê?
- Você sabia que Leonard viveu no mesmo edifício que Björn?
- Sim.
- Ele os pegou na garagem, muito entretidos no banco traseiro de uma Mercedes que você tinha na semana em que Hannah morreu. - O olhar de surpresa no meu amor é enorme quando eu acrescento: - Quando os pegou, teve uma forte discussão com ela e disse-lhe que desaparecesse da sua vida ou que te contaria. Laila decidiu ir embora, mas antes ela inventou uma estória a Simona e a Norbert que Björn tentou assediá-la e rasgou o seu vestido. Simona foi pedir explicações e para a sorte de Björn havia câmeras em sua garagem e foi comprovado quem realmente rasgou o vestido naquele dia.
- Eu... Eu não sabia que...
- Você não sabe de nada porque Norbert, Simona e Björn decidiram mater sigilo. Eles não queriam que você sofresse mais do que já estava sofrendo com a morte de Hannah. Mas agora Laila queria se vingar de Björn gravando-o comigo. Ele a afastou de seu lado e ela quer separar nós dois de você.
O que acabo de contar o deixa sem palavras. E nesse momento a porta se abre e entram Björn, Norbert e Laila de maneiras muito ruins.
Quando a vejo, vou em direção a ela e lhe dou um tapa. Ela tenta devolvê-lo, mas Björn a impede e eu assobio:
- Vamos ver a sua bela vida se desmoronar agora.
Poncho nos observa da cama. Sua expressão é ilegível e quando Björn, como um bom advogado, tenta fazê-la falar, ela tenta sair de fininho, mas quando se sente encurralada e pressionada, no final fala como se estivessa cantando a “La Traviata”. Alucinado, Poncho escuta e quando ela sai com Björn e Norbert, xinga. Está extremamente confuso, com raiva e magoado.
Ansiosa para abraçá-lo, dou um passo à frente, mas ele me pára com um olhar duro. Isso me desconcerta. Não me quer por perto.
Durante alguns minutos eu o olho em silêncio à espera de um olhar, um gesto, qualquer coisa! Mas ele não olha.
Maldito cabeçudo!
Eu espero e espero, mas o tempo passa e eu me desespero. Finalmente, não espero mais e digo:
- Há alguns dias atrás, quando eu soube que você estava vindo para Londres e eu me preocupei pela presença de Amanda, você me fez ver que eu não deveria me preocupar, porque você só me queria e só desejava a mim. Eu acreditei e confiei em você. Agora, so falta você acreditar em nós e, acima de tudo, confiar em mim.
Silêncio...
Não diz nada...
Não olha para mim. Estou nervosa e com vontade de chorar, continuo jogando-lhe tudo:
- Tenho uma tatuagem no meu corpo que diz: “Peça -me o que quiser”, e eu fiz isso por você . Eu uso um anel no dedo que diz: " Peça-me o que quiser, agora e para sempre ", que você me deu de presente. - Ainda sem olhar para mim. - Eu te amo. Eu te adoro. Você sabe que por você sou capaz de virar o mundo de cabeça para baixo, mas chegou a este ponto em que não quer que eu te abrace, e me sinto terrível porque eu vejo que não queres nem me olhar, eu vou arriscar tudo e vou dizer apenas uma frase: - "Peça-me o que quiser ou me deixe. "
Minha voz se rompe e sem olhá-lo, acrescento. - Eu vou embora. Te deixarei aqui pensando. Se você quiser-me de volta ao seu lado porque me ama e me quer, já sabe o meu número de celular.
Pego minha bolsa, me viro e sem olhar para trás, deixo o quarto.
Björn está fora, sentado em uma cadeira. Ao me ver sair no estado em que estou, se levanta e me abraça.
Eu não posso respirar ...
A angústia me consome ...
Acabo de dizer ao homem que eu amo mais que minha vida que me deixe...
As lágrimas saem jorrando dos meus olhos e Björn sussurra:
- Fique tranquila, Anahí.
- Eu não posso... Eu não posso...
Ele acena com a cabeça. Tenta me consolar e não consegue, murmuro desesperada:
- E os seus olhos? Viu os seus olhos?
- Sim... - Responde preocupado e tentando mudar de assunto, diz: - Na perna há um simples machucado. Uma das enfermeiras acabou de me confirmar isso.
Choro de impotência e soluçando, explico:
- Não... Não... Me deixou abraçá-lo, e nem olhou para mim.
Não disse nada.
Björn contrariado diz:
- Poncho não é estúpido e ele te ama.
Eu nego com cabeça. E se realmente não me quiser?
Björn parece ler meus pensamentos. Segura o meu rosto com as mãos e diz:
- Ele ama você. Eu sei que sim. Basta ver como ele te olha para saber que o idiota do meu amigo não pode viver sem você.
- Ele é um idiota.
Ambos sorrimos e Björn acrescenta:
- Um idiota que te ama com loucura. Espero que um dia eu encontre uma mulher tão louca, divertida e amorosa como você, que me faça sentir o que ele sente por você.
- Irá encontrar, Björn. Irá encontrar e em seguida, você vai reclamar dela assim como Poncho reclama de mim. Ambos voltamos a sorrir e murmuro: Obrigada por esclarecê-lo a respeito de Laila.
Tenho bons amigo, concordo e pergunto:
- Onde está Norbert?
- Ele foi com sua sobrinha. Tinha que falar com ela.
Assento. Pobre homem, isso tudo foi muito decepcionante pra ele.
Finalmente, Bjorn me agarra e diz:
- Vamos lá, vamos comer alguma coisa. Você precisa comer.
Eu me recuso. Eu não quero comer e com o coração partido, sussurro:
- Eu quero ir para casa .
- O que disse?
- Eu quero voltar para a Alemanha. Eu disse a ele para decidir o que quer fazer com o nosso relacionamento e que qualquer coisa me ligasse. Mas não ligou. Você não vê?
- Mas o que você está dizendo? Björn rosna. - Agora que o tem de volta. Estás louca? Como você está indo?
Engulo o nó de emoções que se esforça para sair do meu interior e digo:
- Eu deixei tudo nas mãos dele, Björn. Eu lhe disse peça-me o que quiser, ou me deixe. Agora eu tenho que ver se ele realmente quer que eu fique com ele. Mas eu não quero pressioná-lo. Eu quero que pense e decida o que quer fazer.
Meu bom amigo tenta me convencer a não ir embora e deixar Poncho, mas eu me recuso. Estou cansada, muito cansada, e não me sinto bem. A frieza do meu marido e a sua rejeição tocaram diretamente no meu coração.
No final, Björn se dá por vencido, entramos no elevador, chegamos ao lobby e quando saímos do hospital, ouvimos gritos e tumultos. Quando me viro para olhar meu coração para de bater e eu fico sem palavras ao ver Poncho lutando com duas enfermeiras enquanto grita:
- Any... , Espera... Any...
Meu coração se acelera quando Björn e eu olhamos para a cena.
A poucos metros de distância de nós esta Iceman em sua versão carrancuda, vestindo a ridícula roupa do hospital, liberando insultos a torto e a direito, ao tentar se soltar de duas enfermeiras que parecem dois armários.
Como se estivesse com os pés grudados no chão, não consigo me mover. Björn diz:
- Pelo que vejo, Poncho decidiu o que ele quer.
Meu amor louco, de repente vê que eu o vejo e levantando uma mão, grita para que eu não saia de onde estou. Em seguida, remove as enfermeiras de cima e, arrastando perna engessada chega até nós.
- Te liguei carinho. - Diz ele, mostrando-me o meu celular. - Te liguei no seu celular para que você pudesse voltar, mas você o deixou no quarto.
Meu coração pula fora do meu peito.
Mais uma vez meu amor, meu lindo, meu Iceman me demosntra que me quer e se aproximando de mim, o ouço dizer:
- Sinto muito, pequena ... Sinto muito.
Eu não me movo...
Eu não digo nada...
Poncho está tenso. Ele está nervoso. Quer que eu fale que diga alguma coisa e insiste:
- Eu sou um idiota.
- Você é meu amigo, você é. - Diz Björn.
Meu menino estende a mão para seu bom amigo e momentos depois se abraçam e ouço Poncho dizer.
- Desculpe Björn. Perdoa-Me.
Emocionada, metade do hospital e eu estamos os observando quando Björn sussurra:
- Você está perdoado, idiota.
Ambos riem
Se soltam e as enfermeiras voltam a segurar Poncho. Pede que volte para o quarto. Em seu estado não pode ficar ali.
Tensão.
Todos no saguão do hospital nos observam. Isto é surreal. Um tipo de quase dois metros de altura, com uma camisola de hospital que mostra mais do que
tampa, retorna para lutar com as enfermeiras e quando as afasta de si, me olha, me olha e me olha.
Crava seu olhar deslumbrante em mim e não importa quem nos veja ou nos ouça, diz:
- Eu te amo. Diga-me algo, carinho.
Mas eu não digo nada e ele insiste, aproximando-se de mim:
- Eu não vou te deixar, pequena. Você é minha vida, a mulher que quero e preciso que você me perdoe e me não me deixe por ser tão...
- Idiota. - Completo a frase.
Poncho concorda. Eu vejo em seus olhos a necessidade de que eu o abrace.
Mas, surpreendentemente eu não faço. Estou tão paralisada que mal posso pestanejar. Então, apertando um botão do meu celular soa o toque da chamada. É a canção ‘Si nos dejan” e sussurra:
Eu prometi que iria cuidar de você por toda a vida e é o que eu vou fazer.
Ponto para a Alemanha!
Nos olhamos...
Nos desafiamos...
E estou tão desejosa de abraçá-lo pelo que acaba de fazer e dizer:
Eu digo, dando um passo para a frente:
- Primeiro Ponto, que fique claro que para que eu te deixe e queira viver sem você algo muito ... muito ... mas muito ruim tem que acontecer.
- Segundo Ponto, eu ainda quero que cuide de mim ao longo da vida, mas nunca duvide de mim ou de Björn . E o terceiro ponto, o que você está fazendo mostrando a bunda para todos do hospital, carinho?
Ele sorri, eu sorrio e todos ao nosso redor sorriem.
Quando eu me jogo em seus braços e sinto que me abraça, eu fecho os olhos e estou feliz. Enquanto as pessoas batem palmas e sorriem enquanto Björn vai para atrás de seu amigo e sussurra:
- Colega, vai para o seu quarto e pára de ficar mostrando a bunda.
Meus hormônios se tranfosrmam, e quando minhas lágrimas molham o peito de Poncho, pressiona-me mais contra ele e murmura :
- Shiii ... não chore ,carinho. Por favor, não chore.
Mas eu estou tão emocionada...
Tão feliz ...
E tão preocupada com ele ...
Que choro e rio descontroladamente.
Cinco minutos mais tarde, acompanhado por Björn e pelas enfermeiras, voltamos para o quarto. Poncho arrancou o soro e tem que voltar a colocá-lo. As enfermeiras o repreende e ele não pára de me olhar e sorrir.
Só se preocupa comigo !
Björn, após ver que tudo está em ordem vai até o refeitório para pegar um pouco de comida. Ele insiste que eu tenho que comer alguma coisa e rapidamente Poncho o apóia. Pegue dois!
Quando ficamos sozinhos no quarto, Poncho pede quen me deite ao seu lado na cama. Eu faço isso. Ele me abraça e eu pergunto preocupada:
- Você está bem, carinho?
Poncho move seu pescoço e responde:
- Já estive melhor mas vou me recuperar.
Seus olhos me assustam. Eu não consigo parar de olhar para eles e murmura:
- Fique tranquila, tudo será resolvido.
- Sua cabeça tem doido?
Ele balança a cabeça dizendo que sim e me preocupo mais, até que ele diz:
- Mas tudo esta controlado .
Com um gesto carinhoso, sorri , me passa a mão sob o queixo e acrescenta:
- Como você disse, eu te amo mais que minha vida.
Me lanço á sua boca e ele estremece de dor.
- Oh , carinho, eu sinto muito, sinto muito.
Ele sorri e diz :
- Quem mais sente sou eu, loirinha. Não poder te beijar é uma tortura.
Volta a me abraçar e quando eu me separo dele, eu digo:
- Apesar do aspecto sinistro que te dão estes olhos de vampiro furioso, você ainda é o homem mais bonito, sexy e imbecil do mundo. - Poncho sorri e acrescento: - E agora que a metade do hospital viu a sua bunda, e que bunda, eu sei que eu sou uma mulher mais invejada.
Ele sorri e seu sorriso enche minha alma. Então ele sussurra:
- Deus, pequena ... perdoe-me por desconfiar de você.Te amo tanto que quando eu vi aquelas malditas fotos, me bloqueei e perdi a razão.
- Você está perdoado e eu espero que você não volte a desconfiar de mim. .
- Eu não vou. Eu prometo .
- Ah, e por falar nisso, foi Amanda quem me aconselhou. Você estava certo, ela me respeita .
Desejando dizer o que estou a vários dias lhe ocultando e ao resto do mundo, eu o olho e digo:
- Eu tenho uma coisa para te dizer, mas você tem que me soltar primeiro.
Poncho olha para mim, está preguiçoso e responde :
- Me conta logo. Agora eu quero me manter abraçado a ti.
Eu rio e me pressionando contra ele enquanto murmuro:
- Ok, mas quando eu lhe contar se arrependererá de não ter sabido antes.
- Você tem certeza?
- Absoluta .
A curiosidade lhe possui e beijando-me na cabeça, pergunta:
- É algo bom, né?
- Eu acho que sim, mas com o momento que acabamos de passar, eu não sei como você vai reagir!
- Não me assuste.
- Não tenha medo.
- Any ...
Eu dou de ombros e não me movo. O calor do seu corpo me excita. E sua voz no meu ouvido me excita ainda mais. Começa a tocar no meu couro cabeludo com os dedos. Oh, Deus, que sensação gostosa! Dois minutos depois não faz mais e, soltando-me, me incita:
- Anda, quero saber.
Manhosa, suspiro, saio da cama e caminho até a minha bolsa. A notícia que vou lhe dar vai deixá-lo louco. abro a bolsa, pego um envelope grosso e o mostro. Poncho me olha e levanta uma sobrancelha. Com graça lhe indico que espere e retirando o meu cachecol enrolado no pescoço , olho para ele e digo:
- Olhe como estou.
Vendo o meu pescoço vermelho e quase cru, se levanta da cama alarmado.
- Mas, carinho, o que aconteceu ?
- Tenho estado nervosa por isso os hematomas.
Boquiaberto volta a olhar pra mim e franzindo a testa,murmura:
- Eu sou o culpado .
- Em parte sim.- Concordo.- Você sabe o que acontece comigo quando eu fico nervosa.
Sem entender nada, eu dou o envelope volumoso e com diversão lhe digo:
- Abra.
Quando isso acontece , os quatro testes de gravidez caem no cama.
Boquiaberto, surpreendido e sem saber o que dizer, me olha e, aproximando-me dele tiro a foto da nossa água viva que a ginecologista me deu e sussurro:
- Parabéns, Senhor Herrera, você vai ser papai.
Seu rosto é um poema e percebendo que ele não tem reação, acrescento:
- Isso mesmo, prepare-se, porque desde que eu sei da água viva fico doendo...
- Água viva? !
- Assim que eu chamo, respondo, apontando para a imagem na fotografia.
Paralizado, entende o que quero dizer e continuo:
- Bem, isso porque desde que sei que Água viva está dentro de mim, não durmo, não como e não quero nem te contar que tenho um péssimo humor. Porque eu estou assustada. Muito assustada! Eu vou ser mamãe e não estou preparada.
Atordoado como poucas vezes o vi em minha vida, Poncho começa a se levantar.
Mas o que você vai fazer?
Eu rapidamente o paro. Se você voltar a arrancar o soro, as enfermeiras nos matam.
Nos olhamos. Eu sorrio e puxando-me de novo para seus braços, me abraça de tal maneira que tenho que dizer:
- Carinho... Carinho... Assim me asfixia.
Me solta, me beija e se encolhe de dor. Ele me abraça. Novamente olha para o exame, emocionado e pergunta com a voz trêmula:
- Vamos ter um bebê?
- Parece que sim.
- Uma loirinha?
- Ou um loirinho?
Ele sorri. Está nervoso. Olha-me. Observa-me e volta a sorrir.
Por um tempo, Poncho não me solta e juntos olhamos para a ultarssonografia e rimos, rimos e rimos até que de repente pergunta:
- Pequena, você está bem ?
Sua alegria é minha alegria.
E disposta a ser sincera, respondo:
- Bem, não, carinho. Eu me sinto uma merda. Tem dias que não paro de vomitar, não paro de chorar, não paro de coçar o pescoço. E não paro de me assustar com a Água viva. E a tudo isso some o fato de que o meu marido não me quer e ainda me acusou de estar ficando com seu melhor amigo. Como quer que eu esteja?
E antes que ele possa dizer qualquer coisa, eu adiciono. - Maaaaaaas... Agora, neste instante, neste momento aqui ao seu lado. Estou muito bem, realmente, muito bem.
Poncho me abraça novamente.
Ele está tão surpreso com a notícia que mal pode falar e num tom íntimo o deixa louco quando murmuro:
- Para constar, apesar da minha gravidez, você terá a sua punição por desconfiar de mim.
Ele sorri. E neste momento a porta se abre e ao aparecer Björn, Poncho olha para ele e repleto de felicidade, pergunta:
- Quer ser o padrinho da minha Água viva?



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Autor(a): Anna Albuquerque

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No dia seguinte, Björn e Norbert voltam para a Alemanha. Björn tem várias audiências e não pode faltar. Eu telefono para Marta e Sonia, que, ao saberem do que aconteceu se assustam e voam imediatamente para Londres. Marta, ao ver o estado dos olhos de seu irmão, se reúne com os médicos do hospital. No final decide esperar pa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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