Fanfics Brasil - Capítulo 170 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: Capítulo 170

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Ta eu sei que sou enrolada mas voltei depois de penitencias da quaresma, uma festa de aniversário ontem de um aniversário que foi dia 23(o meu). To aqui pra reta final!


 




 


 


Os dias passam e eu engordo a cada segundo.
Em vez de Anahí, deveria me chamar Anoca. Minha mãe, como eu estou crescendo!
Eu não vejo meus pés. Sem querer dizer outras coisas.
As calçinhas que uso são como da época vitoriana. De acordo com os funcionários, são calçinhas de grávida, de acordo comigo, são calçinhas enormes. Acaso não se pode ser sexy quando está grávida? Definitivamente, com essas calçinhas que chegam até debaixo das minhas tetas, claro que não.
No dia em que Poncho viu, não parou de rir até que eu joguei o sapato em sua cabeça. Pobrezinho, lhe acertei em cheio num solavanco.
As contrações cada vez são mais freqüentes e mais intensas. Não doem. Mas sei que são os prelúdios do Calvário que vou passar. Minha mãe, que dor! Não quero nem pensar.
Não fiz o regime e na próxima visita, o ginecologista me enche de bronca.
Mas porque eu deveria negar, entra por um ouvido e sai pelo outro. Só engordei doze quilos em sete meses e meio. Minha irmã engordou vinte e cinco.
Do que se queixa?
Poncho me olha enquanto o ginecologista me examina. Eu ordeno que se cale e ele, prudentemente, não abre o bico. Sou consciente que nesses últimos meses estou sendo uma tirana e o pobre agüenta calado. No dia que explodir, Tróia queimará!
De novo, ao fazer a ultra-sonografia, não vemos Medusa. Saímos tímido e tímida. Quando acabamos, a doutora nos da uma data para uma semana depois, Tenho que fazer a monitoração.
Quando saímos da consulta, liguei para o pintor que irá pintar o quarto de Medusa e digo que faça em amarelo. Poncho me escuta e concorda. Segundo ele, o que eu decidir, decidido está.
Dois dias depois, quando o pintor está em casa, fazendo o que eu havia pedido, eu mudo de opinião. Agora quero que das quatro paredes do quarto, duas seja amarelo, uma vermelha e outra azul.
Quando Poncho pergunta por que decidi isso, eu olho e explico que o azul representa a frieza da Alemanha e o vermelho o calor da Espanha. Surpreendido me olha, não diz o que pensa e concorda. Coitado!
Uma semana depois, Poncho e eu vamos ao hospital. Está nervoso, e eu, histérica. A enfermeira que nos atende me faz deitar numa maca, passou um cinto largo em minha barriga conectado a um monitor e nos explicou que isso era para vê a freqüência cardíaca do bebe e as contrações o útero, entre outras coisas.
Estou assustada, mas ao ver a cara d meu Iceman quando escuta o coração batendo de Medusa, passa todo o medo. Parte-me! A enfermeira que nos atende, após ver os batimentos, diz que está tudo em e voltamos na semana seguinte.
Quando saímos do hospital, nós dois estamos animados. Nosso relacionamento é uma montanha russa. Supõe-se que na gravidez os casais se juntam e se amam. No nosso caso, nos queremos e Poncho me agüenta. Sou consciente de que me converti em uma víbora gorda, chorona, comilona e irritada.
Simona e Norbert não sabe o que ocorre. Só sabe que nos adoramos e nos queremos, pelo que discutimos todos os dias. Miguel, meu grande defensor, passa a maior parte do tempo entediado com o seu tio e demonstrando-me seu carinho. E Bjorn, nosso grande amigo, és o encarregado de manter a pás entre nós. Os únicos eu estão alheios a tudo são Sonia, Marta e minha família.
Como eu digo : Se os olhos não vêem o coração não sente!
Uma noite não consegui dormir. Olho o relógio. Sã 3:28 da madrugada e decido levantar-me. Estou farta de rolar na cama e as contrações me incomodam e não me deixam pegar no sono.
Com discrição, coloco o roupão e como uma baleia preste a explodir, desço as escadas.
Susto e Calamar, a me ver, me cercam e cumprimentam. Que gratos são os animais. Seja a hora que seja, eles sempre estão prontos para te presentear com carinho. Durante vários minutos me dedico a beijá-los e prestar a atenção que merecem, quando os solto, caminham para dormir e eu retomo minha caminhada até a cozinha.
Uma vez ali, abro o congelador, olho os potes de sorvete e decido por baunilha com nozes de macadâmia, pego o pote, dou uma colherada e me sento
em uma das cadeiras da cozinha saboreando-o, enquanto observo a escuridão em volta. Saboreio o sorvete. Está ótimo, e logo ouço:
- O que foi carinho?
A voz me assusta e, ao ver que é Poncho, sussurro levantando a mão ao coração:
- Caramba! Você me assustou!
Ele se aproxima e agachando insiste preocupado:
- Está bem pequena?
Olhamos-nos e finalmente eu respondo:
-As malditas contrações não me deixam dormir. Mas tudo bem. Não se preocupe.
Poncho concorda e não diz nada. É um abençoado. Senta-se de frente a mim a mesa e tenta me animar.
- Falta pouco preciosa. Em três semanas, nosso bebe estará conosco.
Concordo, mas assusta-me pensar nisso. O parto está chegando e a ansiedade me envolve.
- Te quero carinho – sussurra.
Eu também o quero, mas ao invés de dizer-lo, lhe ofereço uma colherada de sorvete. Ele aceita, e quando pega, diz contente:
- Escute carinho, não se chateio pelo que estou preste a lhe dizer, mas se continuar comendo sorvete, quando a doutora te pesar...
- Cale-se! – eu o corto. – Não comece você também.
Durante uns segundos permanecemos calados, enquanto seguia comendo sorvete sem parar. Sou uma máquina. Uma vez que acabo o pote, me levanto, o jogo no lixo e Poncho com o semblante sombrio e mordendo a língua para não dizer o que pensa, pergunta:
- Contente?
Concordo. E olhando para ele digo:
- Contentíssima.
Dito isso, saímos do lugar e nos enfiamos na cama. Chateados, cada um olha para um lado, até que durmo.
O dia seguinte quando me desperto já é tarde. Às onze da manhã.
Quando me levanto, tenho uma acidez de morrer e me lembro de todos os sorvetes de baunilha com nozes de Macâdamia. Estou pesada e me sinto em marcha lenta.
Estou escovando os dentes quando vejo Poncho aparecer vestido com seu terno escuro. Que lindo ele está! Entra me beija na testa e diz:
- Se vista, vamos sair.
- Não vai ao escritório hoje?
- Não. Hoje tenho outros planos – responde.
Quando me visto, desço até a cozinha e só como um copo de leite. A acidez e o peso me matam. Estamos sós. Miguel está no colégio e Simona e Norbert não sei onde estão. Não pergunto. Sigo chateada pela conversa da noite anterior.
Quando entro no carro, ninguém fala. Tão pouco colocamos musica. Poncho conduz pelas ruas de Munique e entra em um parque.
Quando saímos, caminhamos de mãos dadas. O ar me purifica e lentamente sorrio. Ele não fala. Está imponente com seu traje escuro e eu orgulhosa por minhas mãos estarem entrelaçadas na sua. De repente, ao virar a esquina, olho surpresa pelo que vejo em minha frente e digo:
- Não me dia que iremos até ali.
Poncho concorda e pergunta:
- Essa é a ponte que você visitou durante meses, certo?
Concordo pasma.
Diante de mim, está a ponte Kabelsteg, com centenas de cadeados de amor, e não posso crer no que estou pensando.
Cruzamos a rua e, quando começamos a caminhar sobre as tábuas de madeira da ponte, Poncho me abraça e sussurra:
- Lembrei que me disse que gosta de passear por aqui e que viu muitos cadeados de namorados, certo?
Concordo... Como fossemos colocar o que penso, eu o beijo ali mesmo!
Ele segue sério, porém, não me engana, tem lábios levantados de lado, e eu digo:
- De verdade, vamos colocar um cadeado?
Surpreendendo-me de novo, Poncho retira um vermelho e azul que estão gravados nossos nomes, e , mostrando-me, pergunta:
- Onde quer que eu os coloque?
Levo as mãos aos lábios. Emociono-me. Vem-me uma maldita contração. Sinto-me fatal. Ele reconhece minha expressão e me pega.
- Não....não...não, não chore agora, carinho.
Mas as comportas de meus olhos se abrem e começo a chorar descontroladamente. As pessoas que passam por nós nos olham e Poncho me leva até um banquinho, onde me senta. Pega rapidamente um lenço do bolso e secando minhas lágrimas, murmura com carinho:
- Ei pequena, porque choras agora? Não gosta da idéia de colocar os nossos cadeados?
Eu tento falar, mas só balbucio.
Poncho me abraça. E me aperto a ele, quando me tranqüilizo sussurro:
- Perdoa-me Poncho, ... Perdoa-me.
- Por que, carinho?
- Pelo mal comportamento que ando tendo contigo ultimamente.
Ele sorri. É um amor. E, com carinho, sussurra:
- Não é sua culpa carinho. São os hormônios.
Isso me faz voltar a chorar, entre soluços, como uma imbecil, respondo:
- Os hormônios e eu... Eu tenho muita culpa. Estou tão irritada ultimamente por tudo que ...
- Não está nada, quieta. Está assustada. E eu te entendo. Tenho falado com sua doutora e...
- Tens falado com minha doutora?
Poncho concorda e responde com cautela:
- Necessitava falar com alguém ou ficaria louco também pequena. Tenho falado com o Andrés e me disse que a Frida passou por tudo isso quando estava grávida de Glen. Então pedi uma consulta com sua ginecologista. Atendeu-me esta manha e comentou que, em algumas mulheres, durante a gravidez, o desejo sexual aumenta mais que o normal. Explicou-me que, para suportar a gestação, teu organismo faz uma grande quantidade de progesterona e estrógeno em sua corrente sanguínea e a conseqüência disso é a enorme necessidade que tens de sexo.
- E você só foi perguntar isso?
Poncho sorri e responde:
- Sim, apenas isso.
Concordo, concordo e concordo.
Poncho me beija. E eu o beijo.
Poncho me abraça. E eu o abraço.
E apaixonada e louca pelo meu alemão, mostro um lado da ponte e digo:
- Ali é onde quero que coloque nosso cadeado.
Levantamos-nos e, de mãos dadas, caminhamos até onde lhe disse. Abro o cadeado, lhe dou um beijo, Poncho lhe da outro e nós o fechamos sobre a ponte. Depois, ele pegou minha mão e, alegres, atiramos o chave no rio e nos beijamos.
Quando deixamos a ponte pergunta:
- Onde queres que te leve para comer?
Não tenho muita fome. Meu corpo está agitado, mas para não fazer desfeita, digo com um grande sorriso:
- Eu morro por um brezn que o pai de Bjorn faz, molhado na salsicha.
Poncho concorda, sorri e juntos caminhamos para fora do parque.
Quando chegamos ao restaurante, ao entrarmos, vemos Bjorn de terno, como Poncho, falando com seu pai. Ao nos ver, nosso amigo sorri e pergunta:
- Mas, o que fazem aqui?
- Queremos comer – respondo.
- Ela morre por comer um brezn do seu pai com molho de salsicha – explica Poncho.
- Os três homens me olham. Finalmente, o pai de Bjorn diz:
- Vou fazer agora mesmo para ti, preciosa. Vão até o salão, lá estarão mais tranqüilos.
- Come conosco? – pergunta Poncho ao seu amigo.
Bjorn assente e, minutos mais tarde, desfruto dos maravilhosos brezn, enquanto conversamos alegremente. Quando terminamos de comer, animamos Bjorn para que venha conosco fazer compras no centro comercial. Temos que comprar um berço para a Medusa. Eu tinha deixado até o último momento para saber
o sexo, mas, aparentemente, visto agora é a hora de fazê-lo.
Quando chegamos, nos metemos em uma loja enorme de coisas para bebês. E todo esse tempo, Poncho e eu não tínhamos ido as compras nenhum dia e agora, estamos dispostos a disfrutar: nós ficamos loucos. Compramos o berço. Bjorn nos presenteia com um bercinho vermelho realmente bonito e nós estávamos todos ali vendo. Damos o nosso endereço para que nos envie em casa.
Três horas depois, Bjorn e Poncho não podem mais, mas eu desejo seguir comprando e eu, vendo a pouca coragem deles, lhes proponho a irem tomar um café ou um uísque num bar no centro comercial, enquanto eu vou a algumas lojas que quero visitar.
Encantados, eles aceitam a minha oferta e eu me viro assegurando a Poncho mil vezes que levarei meu celular.
Quando vou a uma loja onde eu comprei um aquecedor de biberões eu estou cansada e me dá uma nova contração. Esta tem sido mais forte do que outras vezes. Eu paro, respiro e quando isso acontece, eu continuo o meu caminho.
Entro em várias lojas e as contrações se repetem. Passa-me os sete males, mas volto a tranquilizar-me quando passam. Pego o celular para ligar para Poncho, mas no final, volto a coloca-lo na jaqueta.
Estamos em 11 de junho e o parto, é para o dia 29. Devo tranquilizar-me. Tudo está bem. Não vou preocupa-lo.
Eu vejo que no andar de cima é a loja da Disney. Sem pensar, corra para o elevador. Eu não quero subir escadas. Uma menina sobe comigo. Eu olho para suas calças camufladas. Eu gosto. Eu vou no andar três e ela quatro. As portas do elevador se fecham, logo, quando está subindo as luzes acendem e o elevador para.
A menina e eu nos olhamos e franzimos a testa. Outra vez, volta a me dar contrações. Esta tem sido mais forte que as outras duas e tão dolorosa que solto as sacolas que tenho na mão e me agarro nas barras do elevador.
A jovem, ao ver, me olha e pergunta:
- Está bem?
Não posso responder. Respiro...respiro...como me ensinaram nas casas de pré-parto. Quando a dor cede, olho a jovem de cabelo escuro e curto, que me olha por trás de seus óculos aviador, eu respondo:
- Sim, fique tranquila. Estou bem.
Mas, segundo dito isso, noto que por minhas pernas corre um liquido.
- Deus! Estou mijando!
Tento contê-lo. Mas, é incontrolável. As cataratas do Iguaçu saem do meu corpo. Meus pés logo ficam rodeados de água, estou encharcada e murmuro em espanhol:
- Foda-se...,foda-se... Me cago no mar! Não posso crer!
- Você é espanhola? – pergunta a garota.
Eu assento, mas não posso falar.
Acaba de romper a bolsa.
Começo a tocar todos os botões. O elevador não se move e fico histérica. A jovem tira minhas mãos e diz:
- Acalme-se. Não se preocupe por nada. Rapidamente paro.
Aperta o botão de alarme do elevador.
Eu começo a tremer e ela, agarrando-me pelos ombros, diz para me distrair:
- Me chamo Melanie Parker, mas pode me chamar de Mel.
- Porque fala espanhol?
- Nasci em Astúrias.
- Australiana com esse nome?
A jovem sorri, tira os óculos de aviador que tem, e, me olhando com seus olhos verdes, declara:
- Meu pai é americano e minha mãe australiana. Isso explica tudo.
Assento. Mas não estou para conversas e, olhando-a, digo retirando meu celular de minha jaqueta:
- Tenho que chamar meu marido. Está no centro comercial. Segura de que me leve daqui em seguida.
Enquanto digito o telefone de Poncho, vejo que a jovem segue apertando o botão de alarme e meus pés estão cada vez mais encharcados. Um toque e Poncho que cumprimenta.
- Olá, carinho.
Controlando a vontade de gritar de medo que tenho por estar assustada, digo enquanto coço o pescoço:
- Poncho, não se assusta, mas...
-O que, não me assuste? – gritou. – Onde está? O que houve?
Fecho os olhos. Eu o imagino descontrolado nesse instante. Coitado...coitado.
Vem-me uma contração. Apoiada como estou na parede do elevador, me agacho até cair ao chão. A jovem que está comigo, ao me ver, me tira o celular e diz:
- Sou Mel. Estou com sua mulher no elevador no fundo do centro comercial. Está dando a luz, sua bolsa estourou. Chame uma ambulância agora. – Poncho deve ter lhe dito algo porque ela contestou: - Acalme-se... Fique tranquilo. Estou com ela e tudo ficará bem.
Quando desliga e me devolve o telefone, sorri e diz:
- Pela voz do seu marido, creio que não demore a chegar.
Não duvido. Eu o imagino correndo ao redor do shopping como um louco. Menos mal que está com Björn e não só, mas compadeço de quem se atrever a lhe contrariar nesse momento.
Uma nova contração me faz encolher de dor. Mas por que isso acontece comigo nesse momento? Entram-me as contrações da morte e eu não consigo respirar. Eu sufoco!
Mel me observa sem perder a calma.
Estou surpresa por sua postura quando estou fora de mim subindo pelas paredes. Mas claro essa dor maldita tenho eu, e não ela.
Com a voz controlada, me obriga a olhá-la e respirar. Quando consegue e a dor cede, abre seu telefone, depois de falar com alguém, diz:
- Pedi reforços. Se seu marido não chegar. Chegarão meus amigos.
Começa a fazer calor ou sou eu que estou suando?
Pinica-me o pescoço. Arranho-me toda.
- Como se chama?
- Anahí... Anahí Puente.
A jovem disposta a distrair-me, pergunta:
- De que parte da Espanha é?
- Nasci em Jerez, mas minha mãe era catalã, e meu pai de Jerez, e eu, morava em Madri.
Não consigo dizer mais nada. A dor voltou. Estou afobada. A jovem segura a minha mão e diz:
- Muito bem, Anahí... olha pra mim novamente. Vamos respirar. Vamos, faça-o.
Acompanhada por esta desconhecida que se chama Mel, começo a respirar e, quando a dor passa, olho-a.
- Obrigada...
Ela sorrí. Alguns minutos se passam e o elevador não se move. Me coço. Meu celular toca. Suponho que seja Poncho, preocupado. Mel atende. O tranquiliza e quando desliga, diz, agarrando minha mão:
-Está machucando o seu pescoço.
Ouvimos um barulho, mas o elevador não esta subindo e nem descendo. Mel, ao ver que contraio a face, me abana com um papel que tira de sua mochila e pergunta:
- O que você vai ter? Um menino ou uma menina?
- Eu não sei. Medusa não nos deixou ver.
Sorrindo e ao entender o nome explica:
- Eu e minha filha, quando eu estava grávida, a chamava de Cookie. – ambas sorrimos e acrescenta:
- Seja qual for o sexo, será precioso.
- Assim espero.
Sinto mais calor, a fobia me sufoca ainda mais, e ela continua falando:
- Eu tenho uma filha e sei o que esta sofrendo. Só posso te dizer que tudo passa e irá esquecer. Quando estiver com o seu bebê no colo se esquecerá de tudo isso
- Tem certeza?
- Certeza absoluta. Diz sorrindo.
- Que idade tem a sua filha?
- Quinze meses e se chama Samantha
Voltamos a ouvir uns ruídos. O celular de Mel toca. Ela atende, fala e quando desliga, me diz:
- Em dois minutos te tiro daqui.
E tinha razão. Instantes depois, as luzes do elevador se ascendem e voltamos a subir. Mel rapidamente aperta o botão de parar, e o elevador pára, em seguida aperta o botão do térreo e o elevador começa a descer. Quando as portas se abrem, vejo quatro homens grandes vestidos igualmente como Mel. Ela pergunta a eles:
- Onde está a ambulância?
Quando um deles tenta responder, Poncho o empurrando, aproxima-se de mim, pálido, e pergunta:
- Querida, está bem?
Assento, mas é mentira, estou péssima! Olha para o meu pescoço e ao vê-lo avermelhado, murmura:
- Fique tranquila.... fique tranquila
Björn, com o cenho preocupado em meio a todo esse caos, tenta se aproximar quando Mel o impede e diz:
- Não vá afobá-la agora.
- Como disse? Vejo que ele pergunta boquiaberto.
- Necessita de ar... Neném.
- Tire-os do caminho... Neném – replica Björn com uma voz profunda e com as chaves do carro na mão.
- Já te disse que ela necessita de ar... James Bond
- E eu já te disse para tirá-los do caminho – diz Björn, afastando-a.
As pessoas se aglomeram ao nosso redor e nesse momento me vem uma nova contração. Aperto a mão do meu amor e sussurro:
Âhhh, Poncho...
A jovem que está me acompanhando durante aquele último instante, empurra ele e Bjön, pega a minha mão novamente, e ordena:
- Olhe pra mim Anahí. Respire.
Faço isso e a dor passa. Sem soltar minha mão diz às outras pessoas que estão vestidos como ela:
- Hernández, Fraser, desocupe isso.
Sem titubear, eles fazem o que Mel lhes pediu. Enquanto isso, observo a destreza em dar ordens de Mel. Poncho, diz, tirando a franja do meu rosto:
- Diga-me que estás bem, querida.
- estou péssima, Poncho..., creio que Medusa quer sair.
Björn com o semblante preocupado chega mais perto de nós.
- Acabo de falar com Marta. Estão nos aguardando no hospital.
- Ai, Meu Deus... Ai, meu Deus – sussurro horrorizada.
Não há como voltar atrás. Estou em trabalho de parto!
Que dor... que dorrrrrrrrrrr!!!!
Poncho me dá um beijo e diz:
Fique tranquila querida... Fique tranquila... Tudo vai dar certo.
O caos está perceptível. Todos nos observam e Mel pergunta:
- Onde está a merda da Ambulância? – ninguém sabe e então ordena -: Fraser, vá para o carro. O quero na porta norte em dois minutos. – Em seguida olha para Poncho e pergunta - :
- Para qual hospital irão levá-la?
- Para o Frauenklinik Munchen West - responde
A jovem dá a volta, olha para os outros companheiros e grita:
- Hernández, dê-me a rota e o tempo. Thomson, chame Bryan e o informe sobre a situação. Diga que nos espere em uma hora aonde havíamos combinado. Eu chamarei Neill.
Bjorn, ao ver que estou melhor, se agacha e pergunta com gesto sério:
- De onde saiu esta super mulher?
Começo a rir. Não conheço Mel. Mas seu poder me encanta. Tão pronto fala inglês, espanhol e alemão. Num momento fecha seu celular, diz algo a um de seus companheiros, logo, olha Poncho e ordena:
- Sigam-me. Eu doze minutos deixo vocês no hospital.
- Não precisa – responde Bjorn. – Eu os levo.
- Em doze minutos? – pergunta ela.
Levantando-se com irritação, nosso amigo a olha, alisa seu terno escuro, e tocando em sua gravata, rosna:
- Em oito, mulher gato...
Poncho e eu nos olhamos. Começo a rir. Estou em um duelo de titãs. Então, a jovem sorri e sem se intimidar, pela presença de um tipaço como Bjorn, passa seu olhar azulado por seu corpo com irritação e diz – enquanto coloca seus óculos aviador:
- Não me faça rir, James Bond.
Depois, olha para Poncho e eu, e , explica:
- Tem três opções. A primeira sou eu. A segunda é James Bond, e a terceira, esperar que chegue a ambulância. Vocês decidem.
- Escolho a primeira – digo com firmeza.
Bjorn, surpreendido, protesta e ela, sorrindo, diz olhando para Poncho:
Siga-me.
Poncho me olha e eu assento. Sei que a mais de 40 minutos até o hospital, mas estranhamente creio que se Mel disse que em doze chegamos, assim será. Poncho me pega nos braços e corre pelo centro comercial. Quando saímos, um deslumbrante Hummer preto nos espera. Nós entramos e, quando Björn vai entrar também, a jovem o para e diz:
- É melhor você ir com o seu Aston Martin.
Sem mais, fecha a porta e o Hummer sai a toda velocidade. Mel nos olha.
- São 16:15 horas e às 16:27 horas estaremos lá.
A dor volta. É intensa, mas posso suportar. Poncho e Mel me fazem respirar e eu agradeço esta atenção, enquanto observo como o carro está indo em alta velocidade e não reduz nem uma vez.
Quando para, escuto o motorista dizer:
- Chegamos.
Poncho aperta a mão dele e com um grande sorriso, murmura:
- Obrigado, amigo.
Quando eu saio do carro, Marta nos espera na porta do hospital e, ao sentar-me na cadeira de rodas, diz a uma enfermeira:
- Avisa a maternidade que a senhora Herrera chegou. – Logo me olha. – Vamos campeã, que esta resposta nós vamos comemorar no Guantanamera.
- Marta, não incomoda. - Protesta Poncho e eu dou uma risada. Mel se aproxima de mim.
- São 16:27 horas. Eu prometi que lhe trazia em doze minutos e cumpri. - Eu sorrio e ela acrescenta: - Encantada em conhecê-la Anahí. Espero que tudo corra bem.
Eu pego a mão dela e sem soltar digo:
- Obrigada por tudo Mel.
Com um sorriso inocente, respondeu:
-Sim amanhã tenho tempo, eu passarei para conhecer a Medusa, Ok?
-Teremos o maior prazer - responde Poncho, muito agradecido.
- Você vai trazer a Samantha? - eu pergunto.
Mel sorri e assente. Momentos depois, ela fica na Hummer e desaparece. Entramos no hospital e me levam diretamente para a ala da maternidade, para um bonito quarto.
Chega a minha ginecologista e me diz para não me preocupar com o avanço da Medusa. Tudo está bem. Em seguida, ela enfia a mão e me faz um dano que vejo até estrelas. Lembro-me de toda a minha família. Poncho me agarra e sofre. Quando ela tira a mão de entre minhas pernas, diz, ao remover a luva de látex:
-Você está de quatro centímetros. E ao ver minha tatuagem, diz:
-Tatuagem sexy que carrega, Anahí.
Assento. Tudo dói e não tenho vontade de sorrir. Poncho preocupado, pergunta:
- Está tudo bem, doutora?
Ela olha para ele e diz que sim.
-Tudo vai como tem que ir. Em seguida me toca a perna e me dá um tapinha tranqüilizador e acrescenta: - Relaxe agora e tenta descansar, vejo você em pouco tempo.
Quando ela sai, eu olho para o Poncho e meu queixo treme. Ele ao ver diz rapidamente:
-Não, não, não, não chore, campeã.
Ele me abraça e sentindo que a dor retorna, eu protesto:
-Isso dói como o inferno.
Eu pego a mão de Poncho e aperto com a mesma intensidade que eu sinto que o meu intestino se retorce por dentro e, embora eu saiba que o machuquei, ele não protesta. Ele agüenta mais do que eu. Quando a dor passa, eu o olho e murmuro:
-Eu não posso, Poncho ... Eu não posso suportar a dor.
-É preciso, querida.
-É uma merda. Diz a eles que me apliquem uma epidural agora! Que me tirem a Medusa, faça alguma coisa!
-Relaxe, Any.
- Não me da ganho! - grito fora de mim. - Se você tivesse essas dores, eu moveria céus e terra para que as tirassem.
Conforme digo isso, percebo que estou sendo cruel.
Poncho não merece isso. E, agarrando-o pela mão, faço que chegue mais perto e sussurrou entre lágrimas:
-Desculpe ..., desculpe, querido. Ninguém neste mundo cuida de mim melhor do que você.
Ele não leva nada em conta e diz:
-Calma, pequena ...
Mas o meu momento angelical e tranqüila dura pouco. A dor começa e, torço-lhe o braço, sibilando:
- Deus ... Deus ... Que isto me começa a doer outra vez!
Poncho chama a enfermeira e pede a epidural. A mulher me vê histérica, mas diz que ela não pode usá-lo até que a médica lhe diga. Eu me cago toda. Absolutamente toda. Claro que, em espanhol, para que não me entendam. A dor está cada vez mais intensa e eu não posso suportar.
Eu sou uma má enferma ...
Eu sou uma desbocada ...
Eu sou a pior ...
Poncho tenta me distrair com mil carinhos. Faz-me respirar como nos fora ensinado nas aulas de pré-parto, mas eu não posso. A dor me faz contrair, eu não sei se eu respiro, se eu berro, ou se me cago nos parentes de todo o hospital.
Suo ...
Tremo ...
Sinto que vem uma outra contração ...
Eu pego a mão de Poncho, que me incentiva a voltar a respirar.
Respiro ... respiro ... respiro.
Novamente a dor pára. Mas, esta cada vez mais intensa e devastadora.
-Foda-se o marrrrrrrrrrrrrr - suspiro.
Poncho me entrega uma toalha com água fria para o rosto e diz:
-Fixe o olhar em um ponto e respire, carinho.
Eu faço e a dor cessa.
Mas quando a contração vai começar de novo eu antecipo que ele vai dizer pela enésima vez sobre fixar o olhar ... Agarro-o com força pelo gravata e puxo o seu rosto perto do meu, dizendo fora de mim:
-Se voltar a me dizer que fixe o olhar em um ponto, eu juro por meu pai que te tiro os olhos e os prego neste maldito ponto.
Ele não diz nada. Se limitada a segurar minha mão enquanto eu me encolho na cama, morta de dor.
Deus ... Deus ... Como dói!
Certamente, se os homens pudessem, eles teriam inventado ter bebês em um tubo de ensaio.
A porta se abre e eu olho para a médica como a menina do exorcista. Mato-lhe ... Eu juro que vou matá-la. Ela sem se deixar abater, retira o lençol e me mete a mão novamente e diz sem se importar com meu olhar assassino:
- Por ser dourada, dilata muito rápido, Anahí. - Então olha para a enfermeira. - Está com quase seis centímetros. Que Ralf venha lhe colocar a epidural. Ufa! Creio que esse bebê tem pressa para sair.
Oh sim ... a epidural!
Ouvir é melhor do que um orgasmo. Que dois ... de vinte anos.
Quero quilos e quilos de epidural. Experimente a epidural!
Poncho olha para mim, limpando o suor, sussurrando:
-É isso aí, carinho. Já vão te colocar .
Eu me contorço com outra contração e, quando passa, murmuro:
-Poncho ...
- O que, pequena?
- Não quero mais voltar a engravidar. Você promete?
O pobre assente. Qualquer um me conduziria a contrariar em um momento assim.
Me seca o suor e vai dizer algo quando a porta se abre e entra um homem que se apresenta como Ralf o anestesista.
Quando eu vejo o tamanho da agulha, fico tonta.
Onde vai colocar isso?
Ralf pede que me sente e me chega para a frente. Ele me explica que precisa de mim para ficar totalmente imóvel para evitar danos à coluna vertebral. Recebo a dose, mas disposta a colabora cem por cento, quase nem respiro.
Poncho me ajuda. Ele se separa de mim e depois noto uma pequena picada e quando menos espero, o anestesista diz:
-Ai está. Já tem uma epidural colocada.
Surpreendida, o olho. Que forte!
Eu pensei que ficaria enjoada com a dor da picada, mas não senti nada. Ele explica que me deixou um cateter colocado no caso da médica precisa administrar mais anestesia. Então ele pega suas coisas e sai. Quando ele sai pela porta Poncho e eu estávamos no quarto, sozinhos, ele me beija e sussurra:
- Você é uma campeã.
Mas que rico és. Que paciente tem sido comigo e quanto amor me demonstra com suas ações e suas palavras.
Dez minutos depois, percebo como as dores horríveis começam a perder intensidade, até que elas desaparecem. Sinto-me a rainha do Sabá. Volto a ser eu. Eu posso falar, sorrir e me comunicar com Poncho sem parecer uma hidra de sete cabeças.
Chamamos Sonia e pedimos que ela passe pela nossa casa para pegar a bolsa com as coisas de Medusa. A mulher fica atacada ao saber que estamos no hospital. Eu não posso nem imaginar como eles vão colocar o meu pai e minha irmã.
m seguida, chamo Simona. Sei o quanto é importante para ela que eu mesma a chame e a faço prometer que virá com Sonia para o hospital quando ela passar pela casa para pegar a bolsa. A Mulher não dúvida.
Então, depois de muito pensar, eu chamo o meu pai. Poncho acha que é o mais justo. Mas, como eu presumir os pobres, ao descobrirem que entrei no hospital em trabalho de parto, entram nos sete males. Percebo o discurso. Quando o papai fica nervoso não se entende nada. Não fica com a bola certa.
Ele passou o telefone para minha irmã. Outra que entra na dança. Entre gritar e aplaudir emocionada, a louca da Rachel tem bastante. No final, eu dou o telefone para Poncho, que lhes diz que mandará seu avião para buscá-los em Jerez.
Quando desligou, nos olhamos e, com cuidado, me beija nos lábios.
-O dia chegou, baby. Hoje vamos ser pais.
Eu sorrio. Estou assustado, mas feliz.
-Você vai ser um excelente pai, Sr. Herrera.
Poncho me beija novamente e pergunta:
-Então Hannah para uma menina, o que se é um menino ...?
A porta do quarto se abre e Björn entra, acalorado.
-Homem ... Chegou James Bond -Me mofo.
Ele olha para mim. A brincadeira não é divertida, e depois de decidir se o mando para o inferno ou não, pergunta:
- Como você está?
- agora perfeita. Eu tenho uma epidural, sem dor e eu sou o mundo de bom.
Poncho, mais tranquilo ao me ver mais serena sorri. Ele não diz nada, mas eu sei que tem sido um tempo difícil. Meu menino, como eu te quero! Björn está falando por um tempo e eu tenho que rir quando ouço Poncho dizer:
-Doze minutos, amigo. Levou exatamente 12 minutos.
Björn fica surpreso ao ouvi-lo. Ele levou quase uma hora. O trânsito estava horrível.
- Você já voou?
-Não faço ideia. Eu fui e dirigiu Any pendente outro. Sim, a Mel que muitas vezes de caráter!
-Deve ser insuportáveis murmúra Björn.
Eu rir.
Eu estou falando com eles relaxada e calma, quando Sonia vem com Miguel e Simona. Todos me beijam e eu sorrio, apesar de não sentir minhas pernas. Que forte, eu reproduzo e parecem papelão. Apesar de toda a conversa, Miguel pega a minha mão e se aproximando de mim, sussurrando:
- Hoje conheceremos a Medusa?
--Eu creio que sim, querido.
- Legal!
A porta se abre novamente e entra Norbert. Ao me ver, sorri e pisca. Dez minutos depois, a enfermeira entra e diz que tem muitas pessoas. Björn, como sempre, está no comando de tudo, sem que ninguém diga nada leva os outros para a cafetería.Miguel protesta. Não quer me deixar. Quer ser o primeiro a ver a Medusa. No final o convenso, e quando estávamos sozinhos, Poncho diz divertido:
--Miguel vai ser um grande irmão.
A porta se abre novamente e entra a médica. Eu levanto em agonia ao ver que removeu os lençóis. Droga, mais uma vez vai me meter a mão. Que dor! Mas desta vez com a epidural não dói, e me olhando diz:
- Para sala de parto! Vamos conhecer o seu bebé.
Poncho e eu nos olhamos.A mulher chama a enfermeira e quando me tiram para fora do quarto, não quero soltar o mão do Poncho mas a médica diz:
-Ele está vindo comigo. Você tem que se vestir para ir para a sala de cirurgia.
Assento. O solto e jogo um beijo com as mãos. Por Deus, que momento. Quando entro na sala de cirurgia meu coração vai a mil por hora. Estou apavorada. Não dói nada, mas o fato de ir ao encontro a Medusa me assusta. E se ele não gosta de mim como mãe?
Eu vou para a mesa de cirurgia e os enfermeiros saem. Entram duas mulheres com máscaras, que me conectam a vários monitores e me pedem para colocar os pés nos estribos. Eu faço e uma delas diz:
-Bem, "Peça- me o que quiser". "Que tatuagem mais original. Assento. Rio e digo:
-O meu marido ama.
Nós três rimos. Nesse momento,vejo a doutora entrar com Poncho ao seu lado, com um pijama verde e um chapéu do mais ridículo. Volto a rir.
Ela se põem ao meu lado e me diz para empurrar o sistema. Por ter a epidural, não vou sentir dor, então eu tenho que fazê-lo sempre que ela me pedir vejo no monitor acende uma luz vermelha e parar quando ela me diz. Assento. Estou com medo, mas assento, disposta a fazer bem.
A médica fica entre as minhas pernas e, quando o monitor à minha direita acende a luz vermelha, ela me pede para empurrar. Pego o ar como me lembro que foi ensinado na sala de aula e empurro ... empurro ... empurro ... e empurro.
Poncho me incentiva. Poncho me ajuda. Poncho nunca se separa de mim . Volto a repitir isso tantas vezes que embora sem dor, o cansaço começa a tomar seu preço de mim. Entre empurrar e empurrar, Poncho, me surpreende comentando que tenho uma força incrível. Eu também me surpreendo. Eu percebo que eu sou uma fera empurrando.
A médica sorri e nos explica que Medusa é bastante grande e está encaixado de tal maneira que, apesar da minha dilatação e meus impulsos, é difícil sair.
Mais uma vez a luz do monitor fica vermelha. Eu continuo empurrando. O tempo passa e só empurrou e empurro. Aguento, aguento, e aguento e quando, fico exausta,coloco minha cabeça sobre a maca, a ginecologista diz:
-Pai ... não perca as seguintes contrações, seu bebê já está aqui.
Isso me emociona e meus olhos se enchem de lágrimas, especialmente por ver o olhar de excitação e incredulidade de Poncho.Volto a empurrar e empurrar e noto algo sair de mim. Poncho abre os olhos extraordinariamente e murmura:
--Está saindo a cabeça Any ... a cabeça.
Eu quero ver, mas é claro, eu não posso!
Embora esteja, bem, quase é melhor assim , porque ver uma a cabeça apontar fora da minha vagina, ao menos me pode causar um trauma. A médica sorri e incentiva:
--Vamos Anahí, um último empurrão. Irão sair os ombros e depois disso o corpinho todo.
Exausta, cansada e emocionada, quando a luz fica vermelha, faço o que me pede. Eu empurro ... empurro ... empurro empurro e empurro até que sinto um peso enorme sair do meu corpo e a ginecologista diz:
-Eu o tenho aqui.
Eu não vejo. Eu só vejo Poncho.
Seus olhos se enchem de lágrimas e sorri. Seu olhar docê fica naquele momento, e eu penso que é o mais bonito que eu já vi. Eu fico emocionada. Choro de felicidade quando de repente, os prantos de minha medusa inundam toda a sala e a médica diz:
--É um menino. Uma criança linda.
Um menino!
Eu sou a mãe de um menino!
Poncho com a respiração agitada, sorri para a mulher que diz;
-Vamos, papai, venha aqui e corte o cordão umbilical.
Eu choro. Quero ver o meu filho. Como será?
Poncho solta minha mão, indo para onde está a médica e depois de fazer o que ela pede, volta para mim, abaixa sua boca para a minha me beija, e diz:
-Obrigado, querida, é lindo. Lindo!
Naquele momento, coloca uma coisa maravilhosa que chora sobre minha barriga. É minha Medusa. Meu bebê. Meu filho. Emocionada o olho, o toco e ambos choramos.
-Olá, garotiiiiiinho. Olá, preciooooooooso, sou sua mamãe.
Já estou falando balleno?
Nunca imaginei que viveria um momento assim ...
Nunca imaginei sentiria o que eu sinto ...
Nunca imaginei que me sentiria tão completa ...
Poncho me beija emocionado e eu brinco com o meu filho. É perfeito, maravilhoso. E, apesar de está sujo da pra ver que é loirinho como seu pai, e se parece com ele.
Poncho e eu olhamos um para o outro e sorrimos. Uma das enfermeiras pega o bebê e o leva, enquanto a médica termina de me atender para me puxa a placenta.
Poncho e eu seguimos a enfermeira com o olhar. Vemos que fazem vários testes no meninos, depois de lavá-lo o meu pequeno chora. Lhe colocam uma pulseira em torno do pulso, o vestem e quando o pesam, dizem:
-Três quilos e seiscentos gramas .
Três quilos e seiscentos gramas !
Minha nossa meu filho já está criado!
Com razão a médica dizia que ele era grande.
Quando, finalmente, termina comigo, chegam os enfermeiros para a minha cama. Me passam a ele e colocam o meu bebê vestido nos meus braços.
Meu Deus, é o momento mais bonito da minha vida!
O olho com um amor incrível. O observo, me apaixonei por ele. Ele é lindo. Perfeito.
Poncho não piscar e sorrir ao ver o que colocaram na pulseira
"Herrera Hab.610".
Herrera!
De novo um moreno, bonito e grande Herrera veio ao mundo para a guerra. E então, olhando para Poncho que não me tira os olho, digo:
-Se chamará como você, Alfonso Herrera.
- Como eu?
Assento e, com um sorriso eu sei que Poncho levou isso a sério, eu acrescento:
-Eu quero que daqui a alguns anos, outro Alfonso Herrera se apaixone loucamente por uma mulher e a torne tão feliz como você me faz.
Poncho sorri sem parar.
Sem que me diga, sei que é o dia mais feliz de sua vida. È o meu também.


 



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Penúltimo capítulo!   A primeira noite no hospital é movimentada. Depois de visitar o pediatra e nos dizer que Poncho é perfeito, me perguntam se eu vou amamentar ou dar a mamadeira. Rapidamente e sem hesitação opto pela mamadeira. Eu não me importo com que o mundo pensa. Eu não vou mudar e me transformar agora ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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