Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
Deixamos minha sobrinha na casa de uma vizinha. Não queremos que ela nos veja
assim. Já foi bem difícil lhe explicar que o Trampo foi para o céu dos gatos, e não seria
nada bom que ela agora nos visse aos prantos. Meu cunhado José chega e também fica
triste. Nós três choramos. E, quando ligo para o meu pai e dou a notícia, já somos quatro.
Isso tudo é muito triste!
Às nove da noite, ligo o celular e recebo uma ligação de Fernando. Minha irmã tinha
telefonado para ele, e agora ele está se oferecendo para vir a Madri me consolar. Rejeito
a oferta e, após falar com ele por alguns minutos, encerro a ligação e desligo. Janto
qualquer coisa e decido voltar para casa. Preciso enfrentá-la: a ela e à solidão.
Mas, quando entro, uma emoção estranha toma conta de mim. Tenho a sensação de
que a qualquer momento Trampo, meu Trampinho, vai surgir em algum canto da casa e
ronronar para mim. Fecho a porta e me apoio nela. Meus olhos se enchem de lágrimas e
não me contenho mais.
Choro, choro e choro, e desta vez sozinha, que me cai melhor.
Com os olhos inchados e sem conseguir me controlar, ando até a cozinha. Observo a
tigela de comida de Trampo e me abaixo para pegá-la. Abro a lixeira e jogo fora os
restos de comida que havia ali. Coloco a tigela na pia e a lavo. Após enxugá-la, olho para
ela sem saber o que fazer com isso. Deixo-a em cima da bancada. Depois pego o pacote
de ração e os remédios. Junto tudo e volto a chorar como uma boba.
Alguns segundos depois, escuto a porta da rua sendo aberta. É minha irmã. Ela vem e
me abraça.
— Eu sabia que você estaria assim, maninha. Vamos, por favor, pare de chorar.
Tento dizer que não consigo. Que não quero. Que me recuso a acreditar que Trampo
não voltará, mas o choro me impede de dizer qualquer coisa. Meia hora mais tarde, eu a
convenço a ir embora. Escondo suas chaves para que não leve com ela e não volte a me
incomodar. Preciso ficar sozinha.
Quando ando até o banheiro para lavar o rosto, vejo a caixa de areia de Trampo e caio
no choro outra vez. Sento no vaso, disposta a chorar por horas e horas, quando ouço
batidas na porta. Convencida de que minha irmã se deu conta de que não está com as
chaves e resolveu voltar, abro a porta, mas é o senhor Herrera quem aparece na
minha frente, com cara de poucos amigos.
O que ele está fazendo aqui?
Me olha surpreso. Sua expressão muda por completo e, sem se mexer, pergunta:
— O que houve, Any?
Não consigo responder. Meu rosto se contrai e eu começo a chorar outra vez.
Fica paralisado e então eu me aproximo dele, de seu peito, e ele me abraça. Preciso
desse abraço. Ouço a porta se fechando e choro mais ainda.
Não sei por quanto tempo ficamos assim, até que de repente percebo que sua camisa
está encharcada de lágrimas. Finalmente me afasto dele.
— Trampo, meu gato, morreu — consigo murmurar.
É a primeira vez que digo essa palavra terrível. Eu a odeio!
Minha cara se contorce de novo e eu caio em prantos outra vez. Ele me puxa para si e
me leva até o sofá. Tento falar, mas os soluços de tristeza não me permitem. Só consigo
articular palavras entrecortadas, enquanto meu corpo se contrai involuntariamente e eu
vejo que Poncho está desconcertado. Não sabe o que fazer. Por fim se levanta, pega um
copo e o enche de água. Coloca nas minhas mãos e me obriga a beber. Cinco minutos
depois, estou um pouco mais calma.
— Sinto muito, Any. Sinto muitíssimo.
Faço que sim com a cabeça, enquanto aperto meus lábios e engulo a enxurrada de
emoções que novamente imploram para sair de dentro de mim. Abraçada a ele, apoio
minha cabeça em seu peito e sinto minhas lágrimas rolando descontroladas. Desta vez
não estou soluçando, e o simples fato de sentir sua mão acariciando meu cabelo e meu
braço me reconforta.
Por volta da meia-noite, a tristeza ainda me domina, mas já sou capaz de controlar
meu corpo e minhas palavras, então me afasto um pouco e olho para ele.
— Obrigada — digo.
Sinto que se comove; seus olhos revelam isso. Aproxima sua testa da minha e
sussurra:
— Any... Any... Por que você não me disse? Eu teria te acompanhado e...
— Eu não estava sozinha. Minha irmã ficou comigo o tempo todo.
Poncho balança a cabeça, compreensivo, e passa seus polegares por baixo dos meus olhos
para retirar as lágrimas.
— Você precisa descansar. Está exausta e sua mente tem que relaxar.
Faço que sim com a cabeça. Mas então me dou conta de que seu rosto está contraído.
— Você está bem? — pergunto.
Surpreso com a pergunta, ele olha para mim.
— Sim. Só estou com um pouco de dor de cabeça.
— Se você quiser, tenho aspirina no armário do banheiro.
Vejo que ele sorri. Em seguida me dá um beijo no alto da cabeça.
— Não se preocupe. Vai passar.
Preciso dormir, mas não quero que ele vá embora, então seguro sua camisa para
tentar impedi-lo de sair.
— Gostaria que você ficasse aqui comigo, apesar de saber que não dá.
— Por que não dá?
— Não quero sexo — murmuro, com uma sinceridade esmagadora.
Poncho ergue a mão e toca meu rosto com uma ternura que nunca havia demonstrado
antes.
— Vou ficar aqui contigo e não tentarei nada até você me pedir.
Isso me surpreende.
Levanta-se e me estende a mão. Eu a pego e ele me leva até o quarto. Assustada,
vejo-o tirando os sapatos. Eu faço o mesmo. Depois tira a calça. Eu o imito. Deixa a
camisa em cima de uma cadeira e fica vestido apenas com uma cueca boxer preta. Sexy!
Levante as cobertas e se enfia nelas. Sem esquecer o que lhe pedi, tiro a blusa e o sutiã,
e pego embaixo do travesseiro minha camiseta de alcinha e o short de dormir. É do Taz,
do desenho animado. Vejo que ele sorri e faço cara de emburrada.
Depois de vestir o pijama, abro uma caixinha redonda, retiro um comprimido e o tomo.
— O que é isso?
— Meu anticoncepcional — explico.
Instantes depois, me deito ao seu lado, e ele enfia o braço embaixo do meu pescoço.
Chego mais perto e ele me beija na ponta do nariz.
— Dorme, Any... dorme e descansa.
Sua proximidade e sua voz me relaxam, e, abraçada a ele, acabo adormecendo.
Autor(a): Anna Albuquerque
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O despertador toca. Olho a hora: sete e meia. Estico o braço e o desligo. Espreguiço na cama e minha cabeça desperta rapidamente. Olho à minha direita e vejo que Poncho não está. Minha mente recupera a consciência do que aconteceu e eu me sento na cama quando ouço uma voz: — Bom dia. Olho na direç&ati ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
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hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
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ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
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Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
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ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
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julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
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ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3