Fanfics Brasil - 22 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 22

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Deixamos minha sobrinha na casa de uma vizinha. Não queremos que ela nos veja


assim. Já foi bem difícil lhe explicar que o Trampo foi para o céu dos gatos, e não seria


nada bom que ela agora nos visse aos prantos. Meu cunhado José chega e também fica


triste. Nós três choramos. E, quando ligo para o meu pai e dou a notícia, já somos quatro.


Isso tudo é muito triste!


Às nove da noite, ligo o celular e recebo uma ligação de Fernando. Minha irmã tinha


telefonado para ele, e agora ele está se oferecendo para vir a Madri me consolar. Rejeito


a oferta e, após falar com ele por alguns minutos, encerro a ligação e desligo. Janto


qualquer coisa e decido voltar para casa. Preciso enfrentá-la: a ela e à solidão.


Mas, quando entro, uma emoção estranha toma conta de mim. Tenho a sensação de


que a qualquer momento Trampo, meu Trampinho, vai surgir em algum canto da casa e


ronronar para mim. Fecho a porta e me apoio nela. Meus olhos se enchem de lágrimas e


não me contenho mais.


Choro, choro e choro, e desta vez sozinha, que me cai melhor.


Com os olhos inchados e sem conseguir me controlar, ando até a cozinha. Observo a


tigela de comida de Trampo e me abaixo para pegá-la. Abro a lixeira e jogo fora os


restos de comida que havia ali. Coloco a tigela na pia e a lavo. Após enxugá-la, olho para


ela sem saber o que fazer com isso. Deixo-a em cima da bancada. Depois pego o pacote


de ração e os remédios. Junto tudo e volto a chorar como uma boba.


Alguns segundos depois, escuto a porta da rua sendo aberta. É minha irmã. Ela vem e


me abraça.


— Eu sabia que você estaria assim, maninha. Vamos, por favor, pare de chorar.


Tento dizer que não consigo. Que não quero. Que me recuso a acreditar que Trampo


não voltará, mas o choro me impede de dizer qualquer coisa. Meia hora mais tarde, eu a


convenço a ir embora. Escondo suas chaves para que não leve com ela e não volte a me


incomodar. Preciso ficar sozinha.


Quando ando até o banheiro para lavar o rosto, vejo a caixa de areia de Trampo e caio


no choro outra vez. Sento no vaso, disposta a chorar por horas e horas, quando ouço


batidas na porta. Convencida de que minha irmã se deu conta de que não está com as


chaves e resolveu voltar, abro a porta, mas é o senhor Herrera quem aparece na


minha frente, com cara de poucos amigos.


O que ele está fazendo aqui?


Me olha surpreso. Sua expressão muda por completo e, sem se mexer, pergunta:


— O que houve, Any?


Não consigo responder. Meu rosto se contrai e eu começo a chorar outra vez.


Fica paralisado e então eu me aproximo dele, de seu peito, e ele me abraça. Preciso


desse abraço. Ouço a porta se fechando e choro mais ainda.


Não sei por quanto tempo ficamos assim, até que de repente percebo que sua camisa


está encharcada de lágrimas. Finalmente me afasto dele.


— Trampo, meu gato, morreu — consigo murmurar.


É a primeira vez que digo essa palavra terrível. Eu a odeio!


Minha cara se contorce de novo e eu caio em prantos outra vez. Ele me puxa para si e


me leva até o sofá. Tento falar, mas os soluços de tristeza não me permitem. Só consigo


articular palavras entrecortadas, enquanto meu corpo se contrai involuntariamente e eu


vejo que Poncho está desconcertado. Não sabe o que fazer. Por fim se levanta, pega um


copo e o enche de água. Coloca nas minhas mãos e me obriga a beber. Cinco minutos


depois, estou um pouco mais calma.


— Sinto muito, Any. Sinto muitíssimo.


Faço que sim com a cabeça, enquanto aperto meus lábios e engulo a enxurrada de


emoções que novamente imploram para sair de dentro de mim. Abraçada a ele, apoio


minha cabeça em seu peito e sinto minhas lágrimas rolando descontroladas. Desta vez


não estou soluçando, e o simples fato de sentir sua mão acariciando meu cabelo e meu


braço me reconforta.


Por volta da meia-noite, a tristeza ainda me domina, mas já sou capaz de controlar


meu corpo e minhas palavras, então me afasto um pouco e olho para ele.


— Obrigada — digo.


Sinto que se comove; seus olhos revelam isso. Aproxima sua testa da minha e


sussurra:


— Any... Any... Por que você não me disse? Eu teria te acompanhado e...


— Eu não estava sozinha. Minha irmã ficou comigo o tempo todo.


Poncho balança a cabeça, compreensivo, e passa seus polegares por baixo dos meus olhos


para retirar as lágrimas.


— Você precisa descansar. Está exausta e sua mente tem que relaxar.


Faço que sim com a cabeça. Mas então me dou conta de que seu rosto está contraído.


— Você está bem? — pergunto.


Surpreso com a pergunta, ele olha para mim.


— Sim. Só estou com um pouco de dor de cabeça.


— Se você quiser, tenho aspirina no armário do banheiro.


Vejo que ele sorri. Em seguida me dá um beijo no alto da cabeça.


— Não se preocupe. Vai passar.


Preciso dormir, mas não quero que ele vá embora, então seguro sua camisa para


tentar impedi-lo de sair.


— Gostaria que você ficasse aqui comigo, apesar de saber que não dá.


— Por que não dá?


— Não quero sexo — murmuro, com uma sinceridade esmagadora.


Poncho ergue a mão e toca meu rosto com uma ternura que nunca havia demonstrado


antes.


— Vou ficar aqui contigo e não tentarei nada até você me pedir.


Isso me surpreende.


Levanta-se e me estende a mão. Eu a pego e ele me leva até o quarto. Assustada,


vejo-o tirando os sapatos. Eu faço o mesmo. Depois tira a calça. Eu o imito. Deixa a


camisa em cima de uma cadeira e fica vestido apenas com uma cueca boxer preta. Sexy!


Levante as cobertas e se enfia nelas. Sem esquecer o que lhe pedi, tiro a blusa e o sutiã,


e pego embaixo do travesseiro minha camiseta de alcinha e o short de dormir. É do Taz,


do desenho animado. Vejo que ele sorri e faço cara de emburrada.


Depois de vestir o pijama, abro uma caixinha redonda, retiro um comprimido e o tomo.


— O que é isso?


— Meu anticoncepcional — explico.


Instantes depois, me deito ao seu lado, e ele enfia o braço embaixo do meu pescoço.


Chego mais perto e ele me beija na ponta do nariz.


— Dorme, Any... dorme e descansa.


Sua proximidade e sua voz me relaxam, e, abraçada a ele, acabo adormecendo.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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