Fanfics Brasil - 40 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 40

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La vai capítulo grande!!!


 




 


 


Na sexta-feira, assim que acordo, olho para o relógio digital na mesinha de cabeceira.


São 13h07. Dormi várias horas direto.


Como minha irmã não sabe que estou de volta, ela não apareceu aqui em casa e, por


alguns segundos, isso me deixa feliz. Não quero dar explicações.


Quando saio do quarto, a primeira coisa que procuro é o celular. Está na minha bolsa,


e no silencioso. Há duas chamadas perdidas da minha irmã, duas de Fernando e doze de


Alfonso. Caramba!


Não respondo a nenhuma. Não quero falar com ninguém.


Minha raiva toma conta de mim outra vez e eu decido fazer uma limpeza geral.


Quando estou de mau humor, faço uma faxina que é uma maravilha.


Às três da tarde, minha casa está uma bagunça.


Roupa de um lado, água sanitária de outro, móveis fora do lugar... mas não estou nem


aí. Sou a rainha desta casa e quem manda aqui sou eu. De repente, sinto vontade de


passar roupa. Inacreditável, mas é verdade. Pego a tábua, ligo o ferro na tomada e


separo várias peças de roupa. Cantarolando a música que toca no rádio, acabo


esquecendo o que me atormentava: Alfonso.


Passo um vestido, uma saia, duas blusas e, quando estou passando uma camisa polo,


meus olhos se detêm numa bolinha vermelha que está no chão. Logo me lembro de


Trampo, meu Trampo, e meus olhos se enchem de lágrimas até que solto um grito.


Acabo de me queimar com o ferro no antebraço e está doendo à beça.


Olho nervosa para a queimadura.


Meu antebraço está vermelho como a camisa da seleção espanhola e consigo até ver o


contorno e os furinhos do ferro na minha pele. Está doendo... está doendo... está


doendo... Doendo muito! Fico na dúvida entre lavar com água ou botar pasta de dentes,


enquanto caminho dando pulinhos pela casa. Sempre ouvi falar desses remédios, mas


não sei se funcionam. Por fim, morrendo de dor, decido correr para o hospital.


Às sete da noite eu finalmente sou atendida.


Viva a rapidez dos prontos-socorros!


Minha dor é tanta que chego a ver estrelas. Uma médica adorável passa com


delicadeza um líquido na queimadura e faz um curativo no meu braço. Me receita


analgésicos e me manda para casa.


Com uma dor insuportável e o braço enfaixado, procuro uma farmácia.


Como sempre nesses casos, a mais próxima fica a mil quarteirões de onde estou. Após


comprar o que preciso, volto para casa. Estou exausta, irritada e cheia de dor. Mas,


quando chego ao portão da frente, ouço uma voz atrás de mim.


— Não vá embora de novo sem me avisar.


Sua voz me paralisa.


Me irrita mas também me conforta. Eu precisava ouvi-la.


Me viro e vejo que o homem que me tira dos eixos está a apenas um metro de mim.


Sua expressão é séria e, sem saber por quê, levanto o braço e digo, com os olhos cheios


de lágrimas:


— Me queimei com o ferro de passar e está doendo pra caramba.


Sua cara muda.


Olha o curativo no meu braço. Depois olha para mim e eu noto que ele perdeu toda a


seriedade. Iceman acaba de ir embora para dar lugar a Alfonso. O Poncho que eu adoro.


— Meu Deus, pequena, vem cá.


Chega perto dele e sinto que me abraça com cuidado para não encostar na


queimadura. Meu nariz fica impregnado de seu cheiro e me sinto a mulher mais feliz do


mundo. Durante alguns minutos, permanecemos nessa posição até que eu me mexo e


então ele aproxima sua boca dos meus lábios e me dá um beijo rápido mas doce e


carinhoso.


Nunca me beijou assim, e isso me deixa completamente boba.


— O que houve? — pergunta.


Volto a mim e sorrio.


Me beijou com ternura!


Entrego as chaves da minha casa para que ele próprio abra.


— A fechadura do portão está quebrada... tem que puxar a porta.


Desvio os olhos de mim e faz o que peço. Depois pega minha mão e subimos juntos o


elevador. Ao abrir a porta de casa, vejo que olha ao redor e murmura:


— Mas... o que aconteceu aqui?


Sorrio. Sorrio como uma idiota, como uma boba.


— Limpeza geral — respondo, olhando o caos que nos cerca. — Quando estou de mau


humor, isso me relaxa.


Ele ri baixinho e depois eu ouço a porta se fechar. Quando deixo a bolsa no sofá, me


esqueço da dor e me viro para ele.


— O que você veio fazer aqui?


— Eu estava preocupado. Você foi embora sem avisar e...


Te deixei um bilhete e, o mais importante, em boa companhia.


Poncho olha para mim. Sinto seu rosto ficando tenso de novo.


— Não quero ouvir outra vez esse seu comentário humilhante de que você é minha


puta. Porque é claro que você não é, Any. Pelo amor de Deus! Nunca te vi nem vou te ver


dessa forma, ok? — Vou concordando com a cabeça, e ele continua: — Mas, Any, você


ainda não entendeu que sexo pra mim é um jogo e que você é minha peça mais


importante?


— Você disse: sua peça!


— Quando digo “peça”... quero dizer que você é a mulher que mais me importa neste


momento. Sem você, o jogo perde a graça. Que coisa, Any, pensei que eu já tivesse


deixado isso claro.


Por alguns minutos, ficamos em silêncio. A tensão no ambiente é tão concreta que


tenho a sensação de poder cortá-la com uma faca.


— Olha, Poncho, isso não vai funcionar. É melhor sermos só amigos. Acho que, em termos


profissionais, podemos trabalhar juntos, mas...


— Any, eu nunca menti pra você.


— Eu sei — admito. — O problema aqui sou eu, não você. É que eu não estou me


reconhecendo. Não sou a garota que você manipula como uma peça. Não... me recuso!


Não quero. Não quero saber nada sobre seu mundo, seus joguinhos, nem nada disso.


Acho... acho que o melhor é cada um voltar pra sua vida e...


— Tudo bem — diz.


Sua resposta me paralisa.


De repente quero discutir o assunto outra vez. Não quero que ele me leve a sério. Será


que estou ficando louca?


Vejo a dor e a raiva em seus olhos, mas tento manter de pé o que acabo de dizer e


me seguro para não abraçá-lo. Minha força de vontade desaparece quando estou perto


dele, e preciso me manter firme, embora eu mesma me contradiga.


Sinto uma pontada no antebraço que me faz contrair o rosto, e dou um pulo.


— Meu Deeeeeus! Que dor! Porra! Poooooorra!


Ele enruga a testa e se levanta. Não sabe o que fazer enquanto eu continuo com


minha sinfonia de gritos e palavrões. O braço está me matando.


— Está doendo muito?


— Sim. Vou tomar um analgésico senão te juro que vou ter um troço.


Meu braço lateja e a dor fica insuportável. Ando como uma louca pela sala até que Poncho


me detém.


— Senta — ordena. — Vou chamar um amigo.


— Quem você vai chamar?


— Um amigo meu que é médico, pra ele dar uma olhada no seu braço.


— Mas já me examinaram no hospital...


— Mesmo assim. Vou ficar mais tranquilo se o Andrés te olhar.


Estou com tanta dor que nem consigo falar direito. Vinte minutos mais tarde, o


interfone toca. Poncho atende e um minuto depois aparece o amigo dele. Cumprimentam-se


e o recém-chegado fica observando o estado da casa. Em meio a risadas, Poncho cochicha:


— Anahí estava fazendo uma faxina.


Eles se olham e sorriem. E, nesse momento, irritada com a dor no braço, murmuro:


— Venham, não façam cerimônia. Se acham que está tudo bagunçado, dou permissão


para vocês arrumarem. A escova e o esfregão estão à inteira disposição de vocês.


Minha cara emburrada os faz sorrir.


Que gracinhas, os dois!


Por fim, o recém-chegado se aproxima:


— Oi, Anahí, meu nome é Andrés Villa. Então, o que houve?


— Me queimei com o ferro de passar e estou morrendo de dor.


Faz que sim com a cabeça e pega uma tesoura.


— Me dá o braço.


Poncho senta ao meu lado.


Sinto sua mão protetora nas minhas costas e isso me reconforta. O médico abre o


curativo com cuidado. Observa-o por um momento, pega uma espécie de soro e o


despeja sobre minha ferida. Um alívio momentâneo me faz suspirar. Depois coloca umas


gazes molhadas com esse líquido e fecha o curativo.


— Dói muito, né?


Balanço a cabeça concordando.


Não choro porque estou com vergonha, e ele percebe. Poncho também.


— Vou te dar uma injeção de analgésico. É a melhor forma de acabar com a dor. Esse


tipo de ferida é chato mesmo. Mas fique calma, vai passar logo.


Não dou nem um pio.


Que ele injete em mim o que quiser, desde que acabe com essa dor horrível de uma


vez por todas.


Enquanto ele me dá a injeção, eu o observo. Ele me olha e pisca um dos olhos com


cumplicidade. Deve ter uns 30 anos. Alto, moreno e dono de um sorriso lindo. Quando


acaba, fecha sua maleta, tira um cartão e me entrega enquanto nos levantamos.


— Para qualquer coisa, à hora que for, me ligue.


Olho para o cartão e leio “Doutor Andrés Villa” e um número de celular. Balanço a


cabeça como uma idiota e enfio o cartão no armário da copa.


— Tudo bem, pode deixar.


Nesse momento, Poncho passa a mão pela minha cintura numa atitude que me parece


possessiva, em seguida põe a mão no ombro de seu amigo e diz:


— Se ela precisar, eu te ligo.


Andrés sorri, Poncho me solta e os dois se dirigem à porta. Por alguns minutos, eu os ouço


murmurar algo, mas não consigo entender o que é. Quero que a dor vá embora e essa é


a única coisa que me interessa agora.


Me atiro de novo no sofá. A dor do meu braço começa a diminuir e sinto que volto a


ser uma pessoa. Poncho retorna à sala e fala com alguém pelo celular enquanto olha pela


janela. Fecho os olhos. Preciso relaxar.


Não sei quanto tempo fico nessa posição, até que ouço a campainha. É Tomás,


motorista de Poncho, que veio entregar várias sacolas. Quando a porta se fecha, Poncho olha


para mim.


— Pedi alguma coisa pra gente jantar. Não se mexa, eu me encarrego de tudo.


Sorrio. Ótimo! Preciso de paparicos.


Sem me levantar do sofá, ouço Poncho se movimentando pela cozinha. Minutos depois,


ele aparece com uma bandeja, pratos, talheres e copos.


— Pedi a Tomás que comprasse comida chinesa. Pelo que eu me lembre, você gosta,


né?


— Adoro. — Sorrio.


— A dor diminuiu? — pergunta com expressão séria.


— Sim.


Minha resposta parece deixá-lo aliviado.


Observo Poncho colocando na bandeja tudo o que ele trouxe e não consigo parar de olhar.


Parece mentira que esse jovem que arruma pratos e copos seja o mesmo Iceman


implacável de certas situações. Sua expressão agora está relaxada, e eu gosto disso.


Gosto de vê-lo e de senti-lo assim.


Quando acaba o que estava fazendo, volta para a cozinha e aparece com a bandeja


cheia de caixinhas brancas. Senta-se a meu lado e diz:


— Como eu não sabia do que você gostava, pedi a Tomás que trouxesse um pouco de


tudo: arroz maluco, pão chinês, rolinhos primavera, yakisoba, salada chinesa, carne de


vitela com broto de bambu, porco com champignon, lagostim frito, frango ao limão. E, de


sobremesa, trufas. Espero que alguma coisa te agrade.


Surpresa com tudo o que ele descreveu, murmuro:


— Caramba, Alfonso. Aqui há comida para um regimento inteiro! Podia ter dito a Andrés


que ficasse para jantar.


— Não.


— Por quê? Ele parece simpático...


— E é. Mas eu queria ficar a sós com você. Precisamos ter uma conversa séria.


Solto o ar bufando e sussurro:


— Mentiroso. Estou dopada e sou presa fácil.


Em resposta, ele apenas sorri.


— Come.


Passo os olhos por todas as embalagens e me sirvo com o que me apetece. Tudo está


com uma cara ótima, e o sabor é ainda melhor.


— Onde Tomás comprou isso tudo? É de qual restaurante chinês?


— Quem preparou foi Xao-li. Um dos cozinheiros do hotel Villa Magna.


Fico olhando para ele, incrédula.


— Você está comendo autêntica comida chinesa. Não o que imagino que você coma de


vez em quando.


Concordo com a cabeça, divertida com o que ele acaba de dizer. Ele e sua


exclusividade.


Poncho está de bom humor e isso me deixa alegre. Estar com ele assim, num clima leve, é


uma maravilha. Na hora da sobremesa, ele vai até a cozinha, traz umas trufas e coloca


diante de mim.


Pega uma colher, parte um pedaço de trufa e põe na frente da minha boca. Sorrio,


abro a boca e, depois de fazer um monte de gestos, murmuro:


— Meu Deeeeeeus! Que delícia!


Poncho sorri e me dá outro pedaço. Eu saboreio, me delicio e me preparo para pedir mais,


até que ele se antecipa.


— Posso provar um pedaço?


Passa a trufa pelos meus lábios, aproxima-se da minha boca e a lambe com delicadeza


por alguns segundos, depois diz, afastando-se de mim:


— Delicioso.


Olho para ele. Ele olha para mim e nós sorrimos.


Essa paquerinha boba é tão sensual que não quero ser sua amiga, quero ser algo


mais. E, quando vou me lançar em seus braços, desesperada para que me beije, ele me


interrompe:


— Any, agora há pouco você disse que...


— Sei o que eu disse. Esquece.


Poncho olha para mim... Pensa... pensa e finalmente continua sem alterar sua expressão:


— Não diga outra vez que eu te considero minha puta, por favor, Any. Fico arrasado só


de imaginar que você pensa isso de mim.


— Tá bom. Foi da boca pra fora. Desculpa.


Seus dedos percorrem meus lábios com delicadeza.


— Any... você é especial pra mim, muito especial. — Nos olhamos fixamente durante


alguns segundos. Por fim ele muda de tom e continua: — Você não pode ir embora sem


me dar uma explicação e sem esperar que eu fique louco de preocupação. Quando for


assim, prefiro que você bata na minha porta e diga “Tchau!” a ficar pensando que você


está. Combinado?


— Se eu não fiz isso, foi porque eu não queria te chamar de babaca ou algo pior.


— Pode chamar, se quiser.


— Não me dá a ideia — brinco.


Seus lábios se comprimem.


— Por favor, não vá embora de novo sem me avisar.


— Tá booooom...! Mas que fique claro que eu pretendia voltar pra continuar com o


trabalho.


— Não precisa.


— Não?


— Não.


— Por quê?


— Surgiu um problema.


— Você me demitiu? Mas se eu nem cheguei a te chamar de babaca!


Poncho sorri e enfia mais uma trufa na minha boca. Para que eu fique quieta, suponho.


— Cancelei as reuniões da próxima semana e deixei pra mais adiante. Vou voltar pra


Alemanha. Tenho algo a resolver lá e não dá pra esperar.


A trufa e a notícia se reviram no meu estômago.


Ele vai embora!


Penso em Amanda. Ele e ela juntos na Alemanha. O espinho do ciúme volta a me


espetar.


— Vai voltar com Amanda? — pergunto, incapaz de manter a boca fechada.


— Não, acho que ela voltou hoje. E, em relação a Amanda, ela é apenas uma colega


de trabalho e uma amiga. Só isso. Hoje de manhã ela me contou sobre a visita que fez


ao seu quarto e...


— Você passou a noite com ela?


— Não.


Sua resposta não me convence.


— Brincou com ela esta noite?


Recosta-se no sofá e faz que sim com a cabeça.


— Isso sim.


Eu o imito. Mas meu humor mudou completamente.


— Gosto de brincar, não se esqueça disso. E você deveria fazer o mesmo.


Oh....! Que lindo escutar isso!


Fico tensa com seu comentário, mas não posso me queixar. Ele sempre foi claro a esse


respeito, e eu não tenho como negar. Mas, como sou uma intrometida, insisto em


interrogá-lo:


— Foi bom?


— Teria sido melhor com você.


— Ah, claaaaaro...


— Você me leva à loucura e me dá muito prazer. Atualmente, é a mulher que eu mais


desejo. Não duvide disso, pequena.


— Atualmente?


— Sim, Any.


Gosto disso, mas ao mesmo tempo não gosto. Será que estou ficando louca ou sou


masoquista e, além disso, uma desequilibrada?


— Entre todas as mulheres com quem você brinca — pergunto —, há alguma especial?


Poncho olha para mim.


Entende perfeitamente minha pergunta. Põe a mão na minha coxa e diz:


— Não.


— Nunca houve?


— Houve, sim.


— E?


Crava em mim seu olhar intenso.


— Já não faz parte da minha vida.


— Por quê?


— Any... não quero falar disso... Mas quero, sim, que você saiba que só você conseguiu


me fazer pegar um avião e ir desesperado à sua procura.


— Isso deveria me deixar feliz? — pergunto, sarcástica.


— Não.


Sua resposta volta a me desconcertar. Que jogo é esse que estamos jogando?


— Por que não deveria me deixar feliz?


Poncho para e reflete bem antes de responder.


— Porque não quero te fazer sofrer.


Aquilo me deixa sem palavras. Não sei o que responder.


— Talvez seja eu quem esteja fazendo você sofrer — digo, com toda a petulância de


que sou capaz.


Olha para mim... eu olho para ele...


Após um silêncio incômodo, meu celular toca. É Miriam, minha amiga de Barcelona. Me


levanto, atendo o telefone, digo a ela que estou em Madri e que daqui a pouco ligo de


volta. Poncho não se move. Limita-se a olhar para mim quase sem piscar. Meu braço está


melhor. Já não está doendo, então volto ao ataque.


— Por que você acha que pode me fazer sofrer?


— Eu não acho... eu sei.


— Essa resposta não vale. Me diz: por quê?


Poncho me observa em silêncio. Tenho a sensação de que estou prestes a explodir, como


uma cafeteira italiana.


— Você é uma garota ótima que merece alguém melhor.


— Alguém melhor?


— Sim.


Me mexo inquieta. Sei do que ele está falando, mas quero que se expresse com


clareza.


— Quando você se refere a alguém, é...


— Me refiro a alguém que cuide de você e que te trate como você merece. Talvez esse


tal de Fernando...


Escutar esse nome me deixa sem palavras.


— Não coloque Fernando nessa história, ok?


Poncho faz que sim com a cabeça. Um silêncio constrangedor volta a se instalar entre nós.


— Você merece alguém que te diga lindas palavras de amor.


— Você já faz isso, Alfonso.


— Não, Any, não minto, você sabe que não faço isso.


Tento relaxar o ambiente, que está ficando pesado.


— Tá bom... você nunca me disse coisas carinhosas, mas me trata bem e vejo que se


preocupa comigo. Por que está dizendo isso tudo?


— Any... seja realista — Poncho endurece a voz. — A palavra “sexo” te dá alguma pista?


Sorrio com amargura. Ele percebe.


— Sim, claro que me dá pistas — digo, interrompendo o que ele estava a ponto de


dizer. — Me indica que foi o sexo que nos uniu. Mas, quando duas pessoas se conhecem e


se atraem, a primeira coisa que precisa surgir entre elas é química. E nós dois temos


química.


— Com esse tal de Fernando também rola química?


De novo menciona Fernando. Isso me incomoda. Me enfurece. Por que não para de


falar no Fernando?


— Estou aguardando sua resposta, Any — insiste, quando vê que eu não respondo.


— Vem cá, você pode esquecer o Fernando de uma vez por todas? Isso é da minha


vida particular. Por acaso eu te pergunto sobre sua vida particular? — Ele nega com a


cabeça e continuo: — Não entendo aonde você quer chegar, não acho que eu tenha te


pedido nada e...


— Não vou te dar nada que não seja sexo.


 




 


O que acharam???



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Autor(a): Anna Albuquerque

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  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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