Fanfics Brasil - 54 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 54

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Sorrio, chego mais perto dele e, sem me importar que Fernando nos olhe, subo numa
caixa que está no chão para ficar da sua altura e aproximo meus lábios dos seus.
— Não se preocupe... pequeno. Sei o que estou fazendo.
Consigo fazer com que Poncho esboce um sorriso. Dou um beijo nele com sabor de vitória.
— Pelo seu bem — diz, sério —, melhor você saber mesmo o que está fazendo ou eu
juro que já, já te faço pagar por isso.
— Hummmm... adorei ouvir isso!
— Any... estou falando sério — insiste.
— Aaaaaah, já te disse... isso aqui pra mim é um passeiozinho de nada.
Não sorri. Mas eu sim.
Escuto a voz de meu pai me chamando. Tenho que ir para a pista. Dou um beijo
rápido em Poncho, desço da caixa, solto sua mão e vou até minha moto. Meu pai a acelera.
Eu grito feliz e cheia de emoção, enquanto Poncho fecha a cara.
Dez minutos depois, estou na pista com outras participantes, com a adrenalina a mil,
saltando e correndo sem pensar em perigo. O motocross é uma combinação de
velocidade e destreza, e as duas coisas juntas me empolgam muito.
Sempre fui meio moleca, o filho que meu pai nunca teve. Adoro os pneus cantando nas
curvas fechadas, saltar em buracos, fazer manobras ousadas e meu macacão fica cheio
de lama, enquanto minha adrenalina acelera meus movimentos e percebo que estou
numa boa posição na corrida. Termino entre as quatro primeiras e passo à segunda
etapa.
Poncho está branco como mármore. O que acabo de fazer e minhas ultrapassagens mal
lhe deixam respirar. Mas não temos tempo de trocar nenhuma palavra, porque vou
participar da próxima etapa e assim sucessivamente até restarem apenas seis
participantes.
Meu pai, junto ao Lucena e ao Bicho, gritam como loucos enquanto voltam a ajustar a
moto. Fernando, um expert em motocross, me dá umas dicas sobre as outras
participantes e eu o escuto. Sabem que eu mando bem e que posso conquistar algum
prêmio hoje. Mas não consigo deixar de procurar Alfonso. Onde está ele?
— loirinha — diz meu pai. — Poncho voltou para Jerez.
— O quê?! — exclamo sem acreditar.
— O que você ouviu, filha. Disse que preferia te esperar na casa dele. — E murmura:
— Ele estava se sentindo supermal, filha. Apesar de que agora, pensando bem, não sei
se era por te ver dando saltos na pista ou por causa da presença de Fernando e a
atenção que ele te dava.
— Paaaaaaai — resmungo ao vê-lo sorrir.
Mas não podemos continuar falando. A próxima volta vai começar e eu tenho que ficar
a postos. Minha concentração diminui, e meu humor péssimo. Poncho foi embora e isso me
deixa muito chateada. Quando a corrida começa, saio disparada como uma flecha. Salto
um montinho, dois... três, os pneus cantam, acelero e pulo vários buracos seguidos. Ao
fim, engato a segunda e grito de felicidade.
Meu pai, o Lucena e o Bicho correm para me abraçar. Estou coberta de lama, mas eu
os fiz vibrar novamente. Quando me soltam, é Fernando quem me pega entre seus
braços, de um modo totalmente efusivo.
— Parabéns, linda. Você é a melhor!
— Obrigada e me solta.
— Por quê? Poncho por acaso não gosta de compartilhar a mulher dele?
— Me solta, seu babaca, ou juro que acabo com você aqui mesmo — rebato ofendida.
Cinco minutos depois, no pódio improvisado, fico feliz ao ver meu pai, o Lucena e o
Bicho aplaudindo ao lado de Fernando, orgulhosos de mim. Levanto o troféu e eu
adoraria que Poncho estivesse aqui.

O caminho de volta a Jerez é leve e divertido. Escutar meu pai e seus amigos contando
piadas me faz morrer de rir. Como eles são engraçados! Quando chegamos, Fernando
insiste em sair para beber, com a desculpa de que precisamos comemorar a vitória. Mas
não topo a ideia e, em casa, desço minha moto do reboque, seguro o troféu e, sem nem
mesmo trocar de roupa, saio em disparada para o chalé de Alfonso.
Chego à porta, toco a campainha e, segundos depois, a enorme cancela branca se
abre. Acelero a moto e subo por uma estradinha cercada de pinheiros. Ao longe, vejo a
casa e Alfonso. Parece estar falando ao telefone. Acelero, dou uma derrapada e, rodeada de
poeira, paro, olho para ele e levanto meu troféu.
— Você perdeu. Perdeu minha vitória.
Poncho não sorri, fecha o celular, vira-se e entra em casa.
Surpresa com sua reação seca, desço da moto e o sigo. Fico louca quando ele se
comporta desse jeito tão fechado. No caminho tiro os óculos e deixo o capacete numa
mesa. Poncho está na cozinha bebendo água. Espero que volte e ataco.
— Por que você foi embora sem me avisar?
— Você estava muito ocupada.
— Mas, Alfonso... eu queria que você estivesse ali.
— E eu queria que você não fizesse essas loucuras.
— Alfonso... escuta...
— Não. Escuta você. Se você tiver que dar mais uns saltos com sua moto em qualquer
outro lugar, não conte comigo, entendido?
— Tá booooom.... mas, vai, não fique irritado. Não seja infantil.
Minhas palavras o magoam e ele fica ainda mais enfurecido.
— Eu te disse que não queria que você corresse perigo e você continuou com sua
brincadeirinha sem pensar em como eu estava me sentindo. Você poderia morrer bem na
minha frente e eu não poderia ter feito nada pra impedir. Meu Deus, como você pode ser
tão irresponsável?
Afasta-se de mim. Acho sua reação exagerada.
— Não sou irresponsável. Sei muito bem o que faço.
— Sim, claro... não tenho a menor dúvida. E, como se não bastasse, ainda tenho que
aguentar esse tal de Fernando.
— Ah, não... , nem vem com essa — rebato irritada. — Não acho direito você brigar
comigo por causa do motocross, mas até consigo entender! Agora, brigar comigo por
causa das coisas que Fernando disse, essa não!
— Ele ficou falando “Nossa garota”! — grunhe furioso. — Não parou de fazer
comentários desagradáveis o tempo todo na minha frente. Se eu não parti pra cima dele,
foi por respeito a seu pai e a você, porque por mim eu teria ido... — E, antes que eu
possa reagir, me pergunta: — Você disse que rolou alguma coisa com ele. Continua
rolando?
Não respondo. Não quero contar o que Fernando me revelou a seu respeito, nem o que
houve entre nós, mas Poncho insiste:
— Responde: o que você teve com esse cara?
— Alguma coisa. Mas foi sem importância e...
— Alguma coisa? O que é essa “alguma coisa”? — diz num tom glacial.
— Por acaso eu te pedi uma lista de todas as suas amiguinhas? — pergunto, surpresa
com o rumo que a conversa está tomando. — Se me lembro bem, você foi o primeiro a
querer se envolver comigo sem...
— Sei muito bem do que você está falando. Mas acho que você é madura o suficiente
para entender que isso mudou entre a gente.
— Ah, é?
Sem alterar a expressão, ele solta um grunhido.
— Acabei de te fazer uma pergunta. Sempre fui sincero contigo. Quando voltei das
Astúrias pra te procurar, você me perguntou se eu tive alguma coisa com Amanda e eu
fui sincero. Você não pode fazer o mesmo agora?
— Ok. Eu e Fernando já transamos, sim.
— E agora? Nos dias em que você esteve aqui antes de eu chegar?
— Não rolou nada...
— Não acredito.
— Em Madri fui pra cama com ele, mas aqui não. — Poncho reclama e eu continuo: —
Aqui só demos alguns beijos e...
— Esse cara não é do tipo que se conforma com beijos. Reparei em como ele te olhava
e, quando ele falou aquilo de compartilhar a cerveja, meu Deus... eu queria acabar com
ele!
Irritada com suas palavras e com seus gritos, respondo:
— Talvez ele não se conformasse com beijos, mas eu, sim. Nunca me comportei com
ele como me comporto contigo, porque ele não é como você, droga. E quer saber? Vou
embora. Não quero ficar ouvindo essas idiotices ou te juro que não vou te perdoar.
Quando você estiver mais calmo, me liga e talvez... apenas talvez eu aceite desculpas
pelo showzinho que você acaba de dar.
Dito isso, me viro, pego o capacete, os óculos e, ainda com o troféu nas mãos, saio da
casa, arranco com a moto e vou embora. Cheia de raiva, atravesso o caminho de
pinheiros. Quem Poncho pensa que é pra falar comigo desse jeito? Por que eu não exijo nada
dele, e ele, ao contrário, exige tudo de mim? A cancela branca se abre. Acelero, mas,
antes de cruzá-la, freio novamente e solto um grito de frustração. Desço da moto e dou
uns chutes pro ar. Sinto vontade de matar Poncho quando ele age dessa maneira.
Após uns instantes a cancela volta ao lugar. Estou furiosa. Me abaixo, de cócoras, de
olhos fechados, tentando me acalmar. Poncho me cansa, e suas constantes mudanças de
humor me deixam louca. Suas palavras e reações me deixam desnorteada. Nunca sei o
que ele quer, e muito menos o que devo fazer.
De repente ouço um ruído rouco. Levanto a cabeça e vejo Poncho que vem vindo de moto.
Para perto de mim, abaixa o pedal de descanso desce. Ele me encara.
— Como você pode ser tão frio?
— Com a prática.
Respiro fundo e me levanto, sem conseguir conter minha fúria.
— Poncho, você me desespera. Não aguento essa sua maneira de ser. Às vezes quero te
devorar com beijos, mas outras vezes sinto vontade de matar você. E agora é uma
dessas vezes. Você sempre se acha o rei do mundo. O rei da razão. O rei do universo. É
um cabeça-dura, um mandão, um intransigente e...
— Você tem razão.
Sua resposta me surpreende.
— Pode repetir o que disse?
Poncho sorri.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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— Você tem razão, pequena. Passei dos limites. Fiquei muito nervoso quando te visaltar com essa maldita moto e também com os comentários inconvenientes do seuamigo Fernando e acabei descontando em você. — Quando percebe que vou dizer algo,se adianta: — Não quero mais falar desse cara. Aqui, o importante somos eu e voc ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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