Fanfics Brasil - 64 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 64

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Em Jerez, meu pai não fala nada, fica só me olhando.


Faz três dias que cheguei e estou um trapo humano. Meu pai sabe que não estou bem,
que aconteceu alguma coisa entre mim e Poncho, mas respeita meu silêncio. Já os vizinhos
se comportam de forma diferente. Volta e meia me perguntam pelo “Frankfurt” e isso me
deixa desesperada. Algumas vezes eles não têm o menor tato, e esta é uma dessas
vezes.
Alguém avisa Fernando de que cheguei. Ele manda torpedos e no terceiro dia aparece.
Estou na beira da piscina, deitada numa espreguiçadeira, quando o vejo chegar.
— Oi — me cumprimenta.
— Oi — respondo.
Senta-se na espreguiçadeira ao lado da minha e não diz nada. Nenhum de nós diz
nada. Meu pai se debruça na janela da cozinha e nos olha, mas não se aproxima. Deixa a
gente conversar.
— Você está bem, Anahí?
— Estou.
Silêncio... ninguém diz mais nada, até que Fernando acrescenta:
— Sinto muito que você esteja assim.
— Tudo bem — respondo com um sorriso. — Como você mesmo previu, acabei me
dando mal.
— Não me alegro por isso, Anahí.
— Eu sei.
De novo, silêncio. De repente, começa a tocar no rádio Satisfaction, dos Rolling Stones
e só podemos sorrir. No final quem fala sou eu:
— Sempre que escuto essa música, me lembro da festa que Rocío deu há alguns anos.
Você lembra que a gente acabou ficando junto bem nessa hora?
Fernando sorri concordando e começa a cantar. Ele se levanta, sai dançando e isso me
faz rir. Canto e danço junto com ele, esquecendo todos os problemas.
Quando a música termina, nós dois rimos e nos olhamos. Levanto os braços em busca
de um abraço e nós nos abraçamos.
— Assim que eu gosto de te ver, Anahí. Alegre. Como você é. Me desculpa por ter me
metido onde não era chamado, mas às vezes nós, homens, nos comportamos feito
idiotas.
— Está desculpado, Fernando. Me desculpa também.
— Claro. Não tenha a menor dúvida disso.
Nessa noite, saio para jantar com ele e encontrar nossos amigos. Minha amiga Rocío
se surpreende ao me ver aparecer com ele, e não me pergunta sobre Alfonso. Ninguém faz a
menor referência ao homem com o qual me viram nas últimas semanas, e eu me limito a
não pensar e a curtir tudo que posso.
Os dias passam e Poncho não faz qualquer contato. Não entendo como umas férias
maravilhosas podem acabar assim, tão de repente e num clima tão ruim, quando na
verdade nos entendíamos só de nos olhar. A presença de Fernando esses dias me faz
sorrir. Não tentou nada comigo. Não se aproximou de mim mais que o necessário, e eu
fico agradecida por ele se comportar como um amigo.
Minha irmã aparece sem avisar, com José e minha sobrinha, como sempre faz. Meu pai
fica louco de felicidade. Ter por perto as filhas e a neta é seu maior prazer, e ele fica
todo orgulhoso.
Luz é a alegria da casa. Com ela ganho uma nova energia. Minha irmã e meu cunhado
estão felizes. Trocam carinhos, saem toda noite para jantar e voltam superempolgados.
Isso me deixa feliz. Fazia anos que eu não via Raquel tão sorridente, disposta e
apaixonada.
Contente por sua felicidade, vejo como meu cunhado a observa, como se olham e
como procuram, sempre que podem, ficar sozinhos. O casal está tão desinibido, que até
meu pai às vezes olha para eles assombrado. Raquel tenta falar comigo. Sabe que estou
mal, por mais que eu sorria, mas eu lhe peço que deixemos a conversa para outro dia.
Pela primeira vez na minha vida, a chata da minha irmã respeita minha decisão. Deve
estar realmente me achando com uma cara péssima.
Uma noite, depois de Fernando me deixar em casa, pelas três da manhã, vou até o
balanço dos fundos da casa. Faz uma noite linda e o céu está muito estrelado. Meu pai
me vê pela janela e vem se sentar ao meu lado. Traz duas Cocas. Pego uma e ele dá um
gole na outra.
— Estou muito feliz por ver sua irmã tão contente, mas me parte o coração te ver tão
triste, e em geral costuma ser o contrário.
— Que ela continue assim por muito tempo, pai. Ficamos muito felizes.
Nós dois sorrimos e meu pai me cochicha:
— Eu não estranharia nada se logo, logo eu fosse avô outra vez... Você reparou como
eles estão?
Achando graça, concordo com ele.
— Reparei, sim, pai. É maravilhoso ver como eles estão se entendendo tão bem.
Tomamos outro gole de nossas Cocas.
— Escuta, loirinha. Você tem muito valor, e eu tenho certeza de que Poncho sabe
disso.
— E de que adianta, pai?
— De muita coisa, querida, você logo vai descobrir. Poncho é um homem com H maiúsculo
e você vai ver só como ele não vai te deixar escapar.
— Talvez eu é que vá deixá-lo escapar.
Meu pai sorri e acaricia meu cabelo.
— Mas, nesse caso, loirinha, é você quem vai fazer a maior besteira da sua vida.
Incapaz de continuar guardando meu segredo, olho para ele e digo:


— Pai, Poncho é meu chefe. O chefão da empresa. Pronto, agora você já sabe.
Meu pai fica em silêncio por alguns segundos e coça a barba.
— É casado?
— Não, pai... Poncho é solteiro e sem compromisso. Quem você pensa que sou?
Sinto que meu pai respira aliviado. A última coisa que ele iria querer era escutar que
Poncho é casado, então sei que minha resposta, de certa forma, o deixa mais tranquilo.
— Não te olha como um chefe e eu sei o que estou dizendo, filha. Esse homem te olha
como a mulher que ele ama e deseja proteger. Mas preciso admitir que Fernando te olha
da mesma forma e eu sinto pena do rapaz.
Dou de ombros e suspiro. Ao ver que não digo mais nada sobre o assunto, ele
pergunta:
— E aí, volta amanhã pra Madri?
— Volto. Logo depois do café, ponho a mala no carro e pego a estrada. Quero chegar
numa hora boa pra fazer umas compras e essas coisas todas.
— E aqui, quando você vai voltar?
— Não sei, pai. Quando eu tiver mais de quatro dias seguidos de foga. Você já sabe
que não gosto de vir pra passar só algumas horas...
— Eu sei... querida... eu sei.
Como fazia quando eu era pequena, me abraça, me embala em seus braços e beija
meu cabelo.
— Sei que você vai ser feliz porque você merece. E, se você e esse Poncho não se derem
uma nova chance, vão se arrepender pelo resto da vida. Pensa nisso, ok?
— Ok, pai... vou pensar.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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No dia 27 de agosto, volto ao trabalho.Minha chefe está de férias, o que me dá uma trégua. É bom demais estar longe do seuveneno. Miguel também não está e eu sinto falta de suas piadas. Mas meu desânimo étamanho, que quase prefiro que ninguém venha falar comigo.Cada vez que olho na direç&atild ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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