Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
A mãe de Poncho se revela uma mulher inteligente e encantadora.
Durante o jantar, ela ri e brinca o tempo todo e me faz sentir como se nos
conhecêssemos a vida toda. Me conta histórias de Poncho quando era pequeno, e ele,
horrorizado, a repreende mas logo sorri. Adoro ver como ele fica olhando para a própria
mãe. Dá para perceber que ele gosta muito dela e isso me deixa imensamente feliz.
O celular de Poncho toca, e ele se levanta para atender. Nesse momento, Sonia olha para
mim e diz:
— Obrigada.
— Por quê? — pergunto surpresa.
— Por fazer meu filho sorrir. Fazia anos que eu não o via tão feliz, e isso, para mim
que sou sua mãe, enche meu coração de felicidade. Vejo como ele te olha, como você
olha pra ele, e sinto vontade de pular da cadeira e gritar como louca: “Finalmente!
Finalmente meu filho se permite ser amado!”
Emocionada, e achando graça, sorrio e me aproximo dela.
— Foi um osso duro de roer. Te garanto!
— Sério?
— Sério.
— Meu Poncho é osso duro?
— Sim... seu Alfonso.
Sonia solta uma gargalhada ao ouvir isso.
— Ah, Any...! Não sei como uma moça tão simpática como você consegue aguentá-lo.
Poncho tem um gênio do cão. Bom... imagino que você já tenha percebido por conta própria.
Quando mete alguma coisa na cabeça, não para até conseguir.
— Mas posso te garantir que comigo foi um páreo duro. — Eu rio, divertida.
Olho para Poncho, vejo que nos observa do fundo do restaurante e suspiro ao admirar seu
corpo. Está gatíssimo de calças escuras e camisa azul. Ele pisca para mim e estremeço.
Eu o desejo com toda a minha alma.
— Any, posso te fazer uma pergunta?
— Claro, Sonia.
A mulher dá uma olhada rápida para o filho e diz:
— O que você sabe sobre Poncho?
Entendo aonde ela quer chegar e respondo:
— Se você está se referindo a Miguel, a Betta e à doença dele, sei de tudo. Ele me
contou e eu o amo do mesmo jeito.
Sonia pega minha mão e percebo que ela faz um esforço imenso para não chorar. Vejo
a emoção em seus olhos, mas ela se controla. Faz que sim com a cabeça e bebe um
pouco de vinho.
— Poncho merece alguém como você. Uma pessoa que o ame e que o compreenda.
— É fácil amá-lo. Ele só tem que deixar. — Sorrio.
Ela concorda num gesto de cabeça e chega mais perto de mim.
— A desgraçada da Betta o fez sofrer muito. Poncho passou por poucas e boas, e eu
pensei que ele nunca voltaria a sorrir por uma mulher. Mas você... você é namorada dele,
e estou tão feliz por vê-lo feliz que eu poderia passar a noite inteira te agradecendo por
gostar assim dele.
Sorrio. Bebo um pouco de vinho e Sonia diz:
— Toda vez que me lembro da agonia dele, fico morrendo de raiva. Flagrar a própria
namorada com o sem-vergonha do pai juntos na cama... Esse dia foi terrível... terrível.
— Calma, Sonia... calma — murmuro, tocando em sua mão ao perceber sua dor.
De repente, reconheço a mulher com quem Poncho está falando. É a loura que vi há
alguns dias no escritório e com quem ele saiu do prédio. Sonia olha na mesma direção
que eu.
— Minha nossa — sussurra. — O que ela está fazendo aqui?
Observo que Poncho a pega pelo cotovelo e lhe diz algo. Ela se solta e começa a caminhar
até nossa mesa. Meu sangue ferve. Não sei quem é essa mulher. Só vejo a expressão
ofuscada de Poncho e fico sem palavras. De repente, Sonia se levanta e pergunta:
— O que você está fazendo aqui?
Poncho chega ao mesmo tempo que a jovem, e ela não o deixa falar.
— Mãe, não estou nem aí se esse cabeça-dura me mandar ir embora outra vez. Vim
atrás dele e não penso em voltar pra Alemanha sem ele.
Surpresa, olho para Poncho, que se aproxima de mim e diz:
— Querida, essa é minha irmã, Marta.
A jovem loura com cara de criança me olha e sorri.
— Oi, Anahí... Ouvi falar de você. Pouco, mas bem. Aliás, eu e você precisamos
conversar sobre o cabeça-dura do meu irmão.
— Marta! — protesta Alfonso.
— Ah... Poncho, fica quietinho aí! Você já me irritou muito.
— Crianças... crianças... não comecem — intervém a mãe.
Sorrio para ela, e Sonia me explica:
— Marta é filha do meu segundo casamento. — E, olhando para a filha, diz num tom
de cochicho: — Anahí é a namorada de Poncho, sabia?
Poncho faz cara de impaciência, eu rio e sua irmã pergunta:
— Sua namorada?
— É, minha namorada — diz Alfonso.
— Mas como você aguenta esse rabugento?
— Masoquismo puro — respondo e todos riem, inclusive Alfonso.
Após umas risadas que deixam o clima mais leve, Marta, sem dar trégua, olha para a
mãe e depois para o irmão.
— Agora que já foram feitas as apresentações, diz aí, Poncho: quando você volta pra
Alemanha? Eu e mamãe não estamos mais suportando o Miguel, e a babá dele qualquer dia
o estrangula. Essa criança vai nos matar de desgosto. E daqui a pouco é hora de fazer a
cirurgia. Você tem que se operar. Eu já te disse que você precisa baixar a pressão
intraocular. E o que está acontecendo? Por que você não volta pra cuidar disso tudo?
Tenho certeza de que sua namorada vai entender que você precisa viajar, né?
Balanço a cabeça afirmativamente. Faço cara de espanto. A história da cirurgia me
pegou de surpresa. Não sabia que ele estava adiando a operação por minha causa. Isso
me deixa furiosa e, quando Poncho vê minha expressão, diz:
— Por que você não consegue ficar quieta, irmãzinha?
— Porque eu quero continuar tendo um irmão rabugento que vê minhas caras de
emburrada quando brigo com ele, que tal?
— Que saco...! Quando você assume esse papel doutora-falando-com-o-paciente, me
tira do sério.
— E você me tira do sério mais ainda, quando se comporta como um cabeça-dura.
Aliás, preciso te contar que ontem Miguel aprontou de novo no colégio.
Poncho respira fundo. Não está à vontade com a conversa.
— Filho — acrescenta a mãe —, você insiste em não colocar Miguel num colégio interno.
Você sabe que eu amo esse menino, mas o comportamento dele é...
— Chega, mãe!
— Ei, você... pode parar... não fala assim com a mamãe — solta Marta.
Furioso, Poncho olha para as duas.
— Já sou crescidinho pra decidir o que é melhor pra mim e pro Miguel.
— Ótimo — diz Marta. — Então levanta essa bunda da cadeira, vai pra Alemanha e
cuida dessa história. Porque senão, no fim das contas, eu e mamãe é que teremos que
decidir o que fazer com ele.
Poncho diz palavrões, irritado. Iceman está de volta!
De repente, o clima bom que havia na mesa vai por água abaixo. Fico transtornada ao
ver como esses três se olham e se desafiam. Ao fim, mãe e filha se levantam da mesa e,
sem falar nada, vão embora. Poncho abre o celular e eu o ouço dizer:
— Tomás... minha mãe e minha irmã vão sair do restaurante. Leve as duas ao hotel.
Nós vamos voltar de táxi.
Quando desliga o telefone, olha para mim, mas desta vez eu me antecipo:
— Estou muito chateada contigo.
Poncho me olha... me olha... me olha e finalmente sussurra:
— Escuta, Any. Eu, melhor do que ninguém, sei o que estou fazendo. Sobre Miguel, sei
que elas têm razão. Vou voltar pra Alemanha e cuidar dele, mas não vou enfiá-lo num
internato. Hannah não me perdoaria, nem eu. E, quanto a mim, pode ficar tranquila, sou
o primeiro a não querer ficar cego, está bem?
A palavra “cego” me faz estremecer.
De repente, volta à minha consciência o fato de Poncho, meu amor, o homem que amo,
ter uma doença terrível, e minhas angústias ressurgem em cascata. Minha expressão se
contrai e, quando prendo a respiração para segurar as lágrimas, ele me pega pela mão.
— Calma, pequena... estou bem.
Minha cabeça concorda e não digo nada, pois senão meus olhos se transformariam nas
cataratas do Niágara, de tanta água que sairia.
Poncho me puxa para si. Eu me levanto e sento no seu colo para abraçá-lo sem me
importar com as pessoas que estão à nossa volta. Preciso senti-lo perto de mim. Preciso
sentir seu cheiro. Preciso tê-lo e, principalmente, preciso que ele saiba que tem a mim.
Quinze minutos depois, quando já estou mais tranquila, Poncho paga a conta e saímos em
silêncio do restaurante. Voltamos ao hotel de táxi.
Ao chegarmos à suíte, permaneço em silêncio. Não tenho forças nem para discutir, e,
quando entramos no quarto, Poncho segura minha mão.
— Escuta, Any...
De repente, uma raiva incontrolável toma conta de mim.
— Não, escuta você, cabeça-dura desgraçado. Sobre Miguel, suas escolhas me parecem
razoáveis, ele é seu sobrinho, e você, melhor que ninguém, sabe o que fazer com ele.
Mas, quanto à sua doença, se você me ama e quer que a gente continue juntos, faz o
favor de voltar com sua família pra Alemanha e fazer o que tiver que ser feito. — As
lágrimas me invadem e começam a rolar pelas bochechas. — Não sei por que você está
adiando isso, mas, se é por mim, te garanto que vou estar te esperando quando você
voltar, ok? Você diz que sou sua namorada e, como tal, exijo que se cuide porque te amo
e quero estar ao seu lado por muitos e muitos anos. Se você quiser, posso ir contigo.
Ficarei ali o tempo que for necessário. Mas, por favor, preciso saber que você está bem.
Porque, se acontecer alguma coisa de ruim com você, eu... eu...
Poncho me abraça e eu desmorono.
— Desculpa, pequena... desculpa.
Dou um empurrão nele e solto um grito, enquanto vejo como está sério e
desesperado.
— Vai à merda, pra não dizer coisa pior! Se você me ama, seja responsável com suas
obrigações e se cuide. Essa é a maneira de demonstrar que me ama.
Por alguns minutos, permanecemos calados: eu choro; ele me olha. Sua dor é imensa,
mas não consigo controlar minhas malditas lágrimas. Por fim, ele me estende sua mão.
— Vem cá, querida.
— Não.
— Por favor... vem.
— Não... não quero ir.
Ele acaba se sentando na cama, disposto a esperar que minha raiva passe. Já me
conhece e sabe que é melhor me dar um tempo até eu me acalmar. Dez minutos depois,
me sinto ridícula e vou me sentar no seu colo, de frente para ele. Eu o abraço e ele me
abraça. Permanecemos assim um bom tempo, até que tento beijá-lo e ele se esquiva.
— Você acabou de virar a cara pro meu beijo?
Poncho sorri, e eu logo sinto que ele me segura com mais força.
— Alguma vez teria que ser eu, né?
Sorrio por fim e ele me beija com doçura, enquanto sinto seus braços me apertarem
mais e mais contra si. Depois se levanta comigo e me deita na cama. Levanta meu
vestido, tira minha calcinha e, sem deixar de olhar para mim, vai tirando a roupa.
Deita sobre mim segura minhas mãos e sinto que vai se encaixando, cuidadoso, lenta
e pausadamente em meu interior.
Meu corpo estremece e eu o recebo com prazer, contorcendo-me de olhos fechados.
— Olha pra mim, querida. Eu preciso.
Eu olho. Agora entendo que ele precisa ver minha expressão, meus olhos, meu rosto,
quando se funde de novo em mim. Minha boca se abre para deixar escapar um gemido
que Poncho devora com os lábios, enquanto aumenta o ritmo de seus movimentos para me
dar mais e mais prazer.
— Mais forte... mais forte — exijo.
Poncho solta minhas mãos e segura meus quadris. Com um tranco me toma toda e eu
grito, me contorço de prazer, sem deixar de olhar para ele.
— Isso, Any... Isso, minha querida.
Instantes mais tarde, após entrar e sair vigorosamente em mim, chegamos juntos ao
orgasmo, e ele desaba em cima de mim. Ficamos nessa posição durante alguns minutos,
enquanto recuperamos o fôlego, até que Poncho ergue o rosto e olha para mim.
— Tudo bem, Any. Voltarei depois de amanhã e farei a cirurgia. Mas quero que você
comece a pensar sério na proposta de ir morar comigo e com Miguel na Alemanha. Promete
que vai pensar?
Claro que vou pensar. Concordo com a cabeça e abraço Alfonso.
Autor(a): Anna Albuquerque
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Viver sem Poncho está difícil para mim. Difícil e insuportável.Me acostumei a vê-lo circular pelo escritório e pela minha casa, e estar sozinha medesestabiliza.Antes de ir embora, ele quis contar à minha chefe a verdade sobre nossa relação, maseu o proibi. Odeio fofocas e, por mais que eu saiba que elas ser&atil ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
-
julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
-
julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
-
julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
-
ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
-
julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
-
Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
-
ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
-
julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
-
ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3