Fanfics Brasil - 81 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 81

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De volta ao escritório, meu mundo recupera sua relativa normalidade.
A diferença é que agora Poncho está ao meu lado: e seus mimos e carinhos me alegram.
Continua hospedado no hotel, embora passe algumas noites lá em casa. Ter um lugar de
referência para cada um é algo que consideramos necessário, apesar de gostarmos muito
de ficar juntos. Cada vez sente mais vontade de contar para todo mundo que sou sua
namorada, mas rejeito a ideia. Não sei por quê, mas não quero que ninguém fique
sabendo. Temos conversado muito sobre a questão da mudança para a Alemanha.
Percebo que ele precisa que eu dê uma resposta logo, mas ainda não sei o que fazer. Ele
não me pressiona e eu fico agradecida por isso.
Vários dias se passaram desde que Poncho voltou. Toda manhã lhe pergunto como está e
sua resposta é sempre a mesma: “Bem.” Não teve mais dor de cabeça e acho que
também não sentiu enjoos, e isso me deixa mais tranquila.
Certo dia, quando estou na cantina com Miguel, vejo Poncho entrar. Seu olhar me diz que
ele não aprova o fato de eu estar tomando o café da manhã com meu amigo.
Senta-se ao fundo da cantina e pede um café. Eu continuo falando com Miguel, até
que meu celular toca. Alfonso.
— Posso saber o que você está fazendo? — pergunta irritado.
Não olho para ele, já que eu acabaria rindo.
— Tomando o café da manhã.
— Por que você tem que tomar café todo dia com esse cara?
Sentado na minha frente, Miguel me olha e, por meio de gestos, me pergunta quem é.
— Meu pai — respondo, e murmuro dissimulada: — Fala, pai, estou tomando café, o
que você quer?
— Seu pai? Como seu pai? — diz Poncho, grunhindo.
Achando graça, sorrio enquanto ouço meu amor bufando de raiva do outro lado da
linha.
— Ah, pai, não se preocupe, te garanto que estou comendo diretinho, ok?
— Any... — murmura entredentes.
Nesse instante, Raul e Paco se juntam a nós. Como sempre, me dão um beijo na
bochecha e se sentam na nossa mesa. A reação de Poncho não demora.
— Beijos? Quem lhes deu permissão pra te beijar?
Não sei o que responder. Acabo rindo. Paco e Raul são um casal e, quando estou
quase dizendo a primeira coisa que me passa pela cabeça, Miguel chega perto de mim,
retira uma mecha de cabelo do meu rosto e coloca atrás da minha orelha.
— Que inferno — diz Poncho, enfezado. — Por que esse cara está tocando em você?
— Pai, posso te ligar quando chegar em casa? — Antes que Poncho responda qualquer
coisa, eu digo e delisgo: — Um beijinho, pai. Te amo.
Fecho o celular e deixo sobre a mesa. Com curiosidade lanço o olhar na direção de Poncho
e o vejo parado com o telefone ainda na orelha. Sua expressão diz tudo. Está muito...
muito irritado. Não gosta que eu desligue o telefone e é isso que acabo de fazer.
Imediatamente se levanta. Passa ao nosso lado, e Miguel, alheio ao que está
acontecendo, toma tranquilamente seu café, enquanto eu, em compensação, sinto meu
estômago se contrair.
Minha chefe entra acompanhada de Gerardo, o chefe do RH, e, pouco à vontade com a
presença dela, saio da cantina dez minutos depois e vou para minha sala. Sei que Poncho
estará por ali. Me sento à mesa e meu telefone toca. É ele. Me manda ir até sua sala.
Quando entro, fecho a porta atrás de mim e ele me lança um olhar frio. Sorrio. Ele
não. Sei que está com vontade de xingar e reclamar, mas se controla. Esse não é o lugar
adequado para ele armar um barraco.
Me olha... me olha e me olha e finalmente se levanta com uns papéis na mão.
Aproxima-se de mim.
— Papai?!
Encolho os ombros. Faço menção de responder, mas ele começa a resmungar:
— Estou chateado de verdade.
Tendo em mente onde estamos, murmuro:
— Mas você já sabe... uma faxina geral te relaxaria.
Minha resposta o enfurece ainda mais e rapidamente me arrependo de ter sido tão
espontânea, embora meu lado masoquista tenha se alegrado ao perceber sua raiva...
Gosto disso!
— Por que esses caras têm que te tocar e te beijar? Por quê?
Tento encontrar uma resposta que não o deixe ainda mais irritado, mas não me ocorre
nenhuma. Tudo me parece terrivelmente absurdo.
— Ah, para com isso, por favooooor... Miguel só tirou o cabelo do meu rosto, e Paco e
Raul me cumprimentaram com um beijinho no rosto.
— Não dei permissão pra eles te tocarem.
Suas palavras me deixam perplexa:
— Mas do que você está falando?
Iceman, em sua versão rabugenta, olha para mim. Me examina com seus olhos
injetados e furiosos e, sem levantar a voz, sussurra:
— Não quero que te toquem nem te beijem de novo, escutou?
— Sim... escutei.
— Ótimo!
— Se vou obedecer ou não, aí são outros quinhentos. — Sinto a frustração em seu
olhar. — Mas, vem cá, o que há contigo? Realmente está com ciúme pelo que viu e... e...
e ao mesmo tempo você não se importa que... que... a gente jogue com outras pessoas
e...?
— É diferente, Any. Incrível você não entender isso.
— É que não dá pra entender — digo, respirando fundo.
— Chega! Vou sair agora mesmo e contar pra todo mundo que você é minha
namorada. Que você é a namorada do chefe.
Seu comentário me deixa alarmada.
— Alfonso Herrera, se você ousar fazer isso, vai me pagar.
— Está me ameaçando?
— Com cereteza.
— Por que você não quer que eu conte?
— Porque não.
— Essa resposta não vale. Por que não?
Olho para ele bufando de raiva.
— Bem... não quero que o pessoal fique fofocando e pense que sou uma golpista que
se envolveu com o chefe. Se nossa história for adiante, haverá tempo de sobra pra
contar. Por que devemos nos precipitar?
Nesse momento, a porta se abre e minha chefe aparece. Surpresa ao me ver,
pergunta:
— O que houve?
Não sei o que responder. Me dá um branco. Mas Poncho reage com rapidez.
— Eu estava pedindo à senhorita Puente que enviasse uns documentos por fax.
Me entrega os papéis que estava segurando.
— Quando você tiver os relatórios, mande-os para mim, por favor.
— Pode deixar, senhor.
Assim que saio da sala, respiro aliviada.
Discutir com Poncho me deixa exausta. Nunca nos entendemos.
Pelo resto do dia, Poncho não sai da sala. Continua pensativo. Na hora do almoço, saio e
fico surpresa quando minha chefe me informa que Poncho foi embora e disse que não
voltaria mais hoje.
Não telefono nem envio mensagens. Não quero invadir seu espaço.
Vou para a academia. Preciso extravasar, e de novo eu topo com Marisa, que vem
falar comigo com intimidade. Me apresenta duas amigas que estão com ela, Rebeca e
Lorena. Nós quatro fazemos uma aula de aeróbica e, quando terminamos, suadas, vamos
para os chuveiros.
— O que acham de irmos pra jacuzzi? — propõe Rebeca, e todas nós aceitamos.
Entramos na jacuzzi e começamos a conversar. Além de divertida, Marisa é uma
mulher muito culta e logo começa a falar de sua última viagem à Índia. Sempre adorei
viajar, apesar de ser um luxo que, com meu salário, mal posso me permitir.
Quando saímos da jacuzzi, em meio a risadas pelas histórias que Marisa nos contou,
tomamos uma chuveirada e Rebeca vê minha tatuagem e faz um comentário. Eu não dou
muita bola e mudo de assunto.
Ao sairmos da academia, vamos a um pub que fica ao lado e tomamos uma bebida
geladinha. Trocamos telefone e combinamos de nos ligar e marcar de sair para jantar em
casais. Depois, Lorena nos convence a acompanhá-la a uma loja para buscar umas
roupas que ela encomendou. Ao chegar, vejo se trata de uma casa particular que vende
lingerie. Enquanto esperamos, observo as peças ao meu redor, e a dona nos convence a
provar algumas coisas. Aceito sem hesitar. Elas também. Provo dois conjuntos de
calcinha e sutiã muito sensuais que tenho certeza de que Poncho vai adorar.
— Ficou lindo — diz Rebeca, que entra no provador espaçoso.
— Você acha mesmo?
Ela faz que sim com a cabeça, aproxima-se por trás e deixa um conjunto de calcinha e
sutiã sobre o banquinho.
— Leva. Tenho certeza de que seu namorado vai adorar.
— Sim, com certeza. — Sorrio ao imaginar a cara de Alfonso.
De repente, Rebeca pega minha mão.
— Que anel lindo.
Eu olho para ele, admirando.
— Ganhei de presente do meu namorado.
— Ele tem muito bom gosto.
— Obrigada.
Me olho no espelho enquanto ela se despe de novo para provar outro conjunto.
— Toma. Prova esse aqui — diz e me entrega um espartilho de couro preto.
Achando graça, tiro as peças que acabei de provar e fico nua como ela, no provador.
Quando me agacho para tirar a calcinha, noto que ela se agacha também. Assim que me
desfaço da minha calcinha, Rebeca fica bem diante da minha tatuagem. Não me mexo,
apenas a encaro. Rebeca passa um dedo pela minha vagina e beija meu púbis. Me afasto
depressa.
— O que você está fazendo?
Ela se levanta e diz:
— Marisa me disse que te viu brincando numa festinha em Zahara, é verdade?
Desconfortável, eu a encaro.
— Sim, mas eu só jogo na presença do meu namorado.
— É a regra de vocês dois?
— É.
Ela faz que sim e recua. Para de me tocar.
— Seu namorado não precisa ficar sabendo. Será um segredo nosso.
— Não — respondo com firmeza.
Rebeca abre a cortina do provador e eu vejo Marisa, Lorena e a dona da loja nuas em
cima de um sofá, transando. Fico sem palavras. Rebeca se aproxima de mim por trás e
segura meus seios.
— Elas estão se divertindo. Vamos, aproveite o momento.
Solto o espartilho e me desvencilho de suas mãos. Me afasto dela. Vou até minha
roupa, me agacho para pegar a calça e começo a me vestir. Não quero olhar e quero sair
desse lugar o quanto antes. De repente, me agarra pelos quadris, aproxima seu púbis do
meu traseiro e se esfrega nele.
— Vamos, Anahí... eu sei que você quer. Você quer abrir as pernas pra mim. Não
adianta negar.
— Já disse que não. E me solta!
Minhas palavras fazem as outras mulheres nos olharem. Rebeca se afasta de mim. Não
volta a me tocar, mas o olhar que me dirige não me agrada. Parece divertir-se com meu
constrangimento. Quando termino de me vestir, saio correndo da loja sem dizer nada.
Ao chegar em casa, estou descontrolada. Como pude ser tão idiota? Tomo um banho,
nervosa. Penso em Poncho e sinto uma vontade enorme de falar com ele e contar o que
aconteceu. Ligo para ele e escuto sua voz fria do outro lado da linha.
— Fala, Any.
— Tudo bem?
— Tudo.
Com receio de que ele esteja se sentindo mal, pergunto:
— Está com dor de cabeça ou alguma coisa assim?
— Não.
— Está enjoado ou vomitou?
— Não.
— Então por que não voltou pro escritório hoje à tarde?
Não responde. Seu silêncio me incomoda.
— Bom... Se fisicamente você está bem, o que houve? Se está assim pelo que
aconteceu no escritório, por favooooor, é uma bobagem!
— Pode ser uma bobagem pra você, mas não pra mim.
— Quero te lembrar que sou uma pessoa adulta, não uma criança, como seu sobrinho,
em quem você pode dar bronca.
— Isso, me deixe ainda mais irritado — diz, grunhindo.
Sua desconfiança me entristece. E eu preciso contar a ele o que aconteceu comigo.
— Alfonso...
Mas ele está chateado e me corta.
— Você sabe que eu não vou com a cara desse Miguel, não sabe?
— Sei, mas...
— Não. Me escuta, Any. O que você acharia se amanhã eu deixasse sua querida chefe
tocar no meu cabelo enquanto eu estivesse tomando café da manhã com ela? Tenho
certeza de que ela gostaria. Ah..., e talvez também adorasse me dar um beijinho, que
tal?
Não... não... não.
Só de pensar eu já me sinto mal. Conheço minha chefe e sei que ela está ansiosa para
que Poncho lhe dê a chance de se aproximar e conseguir algo mais. Fecho os olhos e, com
esse exemplo, passo a entender sua frustração.
— Ok... captei a mensagem.
— Que bom, Any. Fico feliz em saber que você finalmente me entendeu. Uma coisa é
você permitir que uma mulher toque em mim, outra muito diferente é que uma mulher
que você sabe que me deseja toque em mim sem sua permissão. Compreende agora?
— Sim.
— Pensa nisso, porque não estou a fim de repetir nem mais uma vez — acrescenta
após um silêncio sepulcral. — Não me importo que você tome café da manhã com Miguel
ou com quem você quiser, mas não aceito que ninguém, homem ou mulher, te toque ou
te beije sem o meu consentimento. Boa noite, Any. Amanhã te vejo no escritório.
Em seguida, desliga o telefone e fico desconcertada.
Como posso lhe contar o que aconteceu comigo sem despertar ainda mais
desconfiança?
Aturdida, me sento no sofá com a sensação de que, sem querer, acabei de fazer uma
coisa que, se Poncho ficar sabendo, vai deixá-lo muito aborrecido. Coço o pescoço que
começou a pinicar. Ninguém está por perto para me impedir.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Ao chegar ao escritório na manhã seguinte, não me surpreendo ao encontrar Ponchotrabalhando. Como se nem reparasse na presença dele, deixo minhas coisas na mesa e otelefone interno começa a tocar. Alfonso. Quer que eu vá à sala dele.— Bom dia, senhorita Puente.— Bom dia, senhor Herrera.Logo vejo Julio Merino, um ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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