Fanfics Brasil - 85 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 85

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Escuto um barulho. Tenho um sobressalto. É o telefone.
Pulo da cama. Olho as horas. Cinco e vinte e oito.
Assustada, corro para atender. Se alguém está ligando a essa hora, não deve ser nada
bom.
— Alô.
— Fofinha... sou eu.
Minha irmã?
Vou matá-la... Matá-la! Mas me assusto ao escutá-la chorando.
— O que houve? O que você tem?
— Estou mal... muito mal. Discuti com José, ele saiu de casa às nove da noite e olha
só que horas são e ele ainda não voltou...
Chora... e chora e chora e eu tento acalmá-la.
— Onde a Luz está?
— Dormindo na casa de uma amiguinha. Por favor, preciso que você venha pra cá.
— Tá bom... estou indo.
Desligo e solto o ar bufando. Minha irmã e seus ataques histéricos... Pelo menos é
sábado e não tenho que trabalhar. Penso em Alfonso. Devo ligar para ele? Talvez esteja
acordado, mas no fim decido não incomodar. Do jeito que ele é, ainda deve estar
chateado pelo que aconteceu ontem. Escovo os dentes depressa, lavo o rosto, visto uma
calça jeans, uma camiseta e um casaco. Está friozinho.
Desço para a rua e pego o carro. Minha irmã não mora longe, mas a essa hora não
quero ir caminhando. Ligo o rádio e vou cantarolando enquanto dirijo. Vejo uma vaga
para estacionar bem em frente ao portão da minha irmã. Paro, dou marcha à ré e,
quando olho pelo retrovisor, fico sem ar ao ver que um carro se aproxima em alta
velocidade e termina batendo no meu.
Burburinho... burburinho... ouço um burburinho.
Não consigo abrir os olhos. Estão pesados. Não sei onde estou nem o que está
acontecendo. Então me lembro de um carro se chocando contra o meu e me dou conta
de que sofri um acidente. Sirenes. O ruído das sirenes me faz abrir os olhos de repente e
me vejo numa ambulância com dois homens me olhando, com gazes ensanguentadas nas
mãos.
— A senhorita está bem?
— Sim... não... não sei.
— Como se chama?
— Anahí.
— Bem, Anahí, não se assuste. Uns garotos bêbados bateram no seu carro. Vamos
levá-la ao hospital pra ver se está tudo bem.
— Esse sangue é meu?
Um dos jovens enfermeiros confirma:
— Não se assuste, mas é.
— Mas é sangue? De onde?
— Do lábio e do nariz. O airbag do seu carro não funcionou e você foi imprensada
contra o volante, mas não se preocupe, não é nada grave.
De repente, escuto uns gritos que identifico de imediato. Minha irmã! Tento me
levantar para que ela me veja e saiba que estou bem, mas não consigo. Meu pescoço dói
horrores.
— Por favor, é minha irmã que está gritando. Vocês podem deixar ela me ver pra ficar
mais calma?
O rapaz diz que sim e sorri.
— Claro. Se a senhora quiser, ela pode ir na ambulância.
Segundos depois, vejo minha irmã aparecer com seu roupão azul de algodão. Está
pálida. Ao me ver, seus gritos se transformam em gemidos de terror.
— Ai, meu Deus...! Ai, meu Deus! Fofinha... o que foi que houve? Você está bem? Tudo
por minha culpa, minha culpa! Eu te pedi pra vir aqui em casa. Ai, meu Deus! Meu Deus!
Quando escutei as sirenes e vi o carro... Ai, Deus! Se acontece alguma coisa contigo, eu
me mato, juro que me mato!
Um dos enfermeiros, ao ver seu estado histérico, se vira para ela e diz:
— Se não se acalmar, vamos ter que atender a senhora. Sua irmã está bem. Pode ficar
calma.
— Raquel — balbucio cheia de dor. — Fica calma, tá?
Faz um gesto com a cabeça, enquanto lágrimas pesadas rolam por suas bochechas.
Pega minha mão e a ambulância arranca. Quando chegamos à emergência do hospital,
olho para ela e digo:
— Fica com a minha bolsa e não liga pro papai. Não quero assustá-lo, ok?
Ainda aos prantos, ele faz que sim e os enfermeiros me levam para dentro. Tiram
várias radiografias do pescoço e do ombro porque eu disse que estava doendo, e fazem
outros exames. Estou cansada, cheia de dor, e quero ir para casa. Mas ali tudo demora...
demora muito.
Três horas depois, quando saio com um colar ortopédico, um galo na testa e os lábios
inchados, me surpreendo ao ver minha irmã, meu cunhado e Alfonso.
O primeiro a correr até mim é Alfonso. Pela sua expressão, sei que levou o maior susto
com o que aconteceu. Me abraça com cuidado e não diz nada. Seu jeito de me abraçar e
a tensão que noto em seu corpo falam por si sós. O abraço é interminável, até que
finalmente tenho que sussurrar:
— Poncho, estou bem, querido, de verdade.
Minha irmã nos observa e, quando Poncho me solta, eu a vejo chorar de novo.
— Anda, vem cá e para de chorar, que não houve nada.
Raquel me abraça e chora copiosamente, e meu cunhado me pergunta:
— Está tudo bem?
Sorrio o máximo que consigo.
— Estou, e por favor... parem de brigar. Numa dessas vocês me matam.
— Desculpa. Foi tudo culpa minha — diz José.
Me solto da minha irmã e seguro meu cunhado pelo braço.
— Não fala bobagem. Essas coisas acontecem. E agora já passou. Aliás, vocês não
ligaram pro papai não, né?
Minha irmã nega com a cabeça e fico aliviada.
Quando saímos do hospital, minha irmã e meu cunhado insistem em me levar para a
casa deles. Já Poncho tenta me convencer a ir com ele ao hotel. No fim, bato o pé.
— Quero ir pra minha casa, por favor, entendam!
Poncho olha para minha irmã.
— Vou levá-la pra casa e ficar com ela.
Raquel aceita, mas, antes de ir embora, diz:
— Descansa. Depois do almoço vou passar na sua casa pra te ver e ligaremos pro
papai.
Quando minha irmã e o marido vão embora, vejo surgir o carro de Alfonso. Ao perceber
meu estado, Tomás desce rapidamente.
— A senhorita está bem?
— Estou, não se preocupe, Tomás. Não é tão grave quanto parece.
Já no carro, fecho os olhos e me recosto no banco. Estou cansada e cheia de dor. Poncho
se aproxima e dá um beijo na minha testa. Olho então para ele.
— Está melhor da dor de cabeça?
— Estou sim, querida. Não se preocupa com isso, nem com nada. Agora só o que
importa é você. Só você.
Suas palavras e o jeito carinhoso de falar me indicam que a discussão já foi esquecida.
Sorrio e acaricio seu rosto com ternura.
— Foi minha irmã que te ligou?
Pega minha mão e beija.
— Te mandei uma mensagem e ela me ligou. — Encosta sua testa na minha e
murmura: — Nunca na minha vida eu tinha ficado tão desesperado, querida. Quando sua
irmã me ligou, chorando... e eu ouvia os soluços dela e só entendia... Anahí...
ambulância... acidente... quase morri.
— Exagerado.
— Não, exagerado não. Te amo e não quero que aconteça nada de ruim contigo. Os
momentos que passei até te ver foram horríveis. Um pavor. Não desejo isso nem ao meu
pior inimigo. Me sinto culpado. Se eu não tivesse te mandado ir embora naquela hora,
nada disso teria acontecido.
— Poncho, você não tem culpa de nada.
— Não concordo. Me sinto péssimo. — Ao ver o suspiro que dou, me dá um beijo
delicado no canto dos lábios. — Você está bem?
— Estou... — E, tentando fazê-lo sorrir, acrescento: — Como você pode ver, não foi
dessa vez que você se livrou de mim!
Seus lábios se curvam, mas ele continua tenso.
— Daqui pra frente, vou cuidar de você.
Descanso a manhã inteira, e à tarde minha irmã e meu cunhado aparecem em casa
com minha sobrinha e uma tonelada de comida. Raquel coloca tudo na geladeira e dá
instruções a Poncho, que apenas concorda com um gesto de cabeça, apesar de eu saber que
ele não está registrando nada.
Ao ligar para o meu pai e contar o que aconteceu, relaxo. Apesar do susto inicial, sei
que ele ficou mais tranquilo depois de falar comigo, com minha irmã e com Alfonso. Minha
irmã e José estão conversando na cozinha. Precisam mesmo ter uma boa conversa. Poncho
está assistindo a um jogo de basquete na tevê, o que me surpreende, já que não sabia
que ele gostava do esporte. Minha sobrinha, que está sentada perto de nós dois,
pergunta:
— Você é o namorado da minha tia?
Ao escutar a pergunta, Poncho olha para ela.
— Sou.
— E você vai casar com ela?
— Ainda não falamos sobre isso — responde surpreso.
— E por que não falaram?
— Porque não.
— E por que não?
— Algum dia.
— Você não quer casar com ela?
Poncho crava seu olhar nela.
— Tá bom, Luz... vou falar com ela.
— Quando?
— Não sei. Talvez quando ela ficar boa, o que acha?
— Legal! Você quer ser meu tio?
— Quero.
— E por quê?
Poncho começa a se desesperar. Minha sobrinha consegue ser insuportável às vezes,
então decido sair em defesa dele.
— Luz, quer ir pro meu quarto e ver desenhos?
A expressão da menina muda. Sorri e corre desenfreada para lá. Poncho me olha nos
olhos e abre um sorriso.
— Obrigado, querida.
— De nada. — Curiosa, pergunto: — Miguel não é assim?
— Não. É completamente diferente. Você vai ver.
Nessa noite, quando eu e Poncho ficamos a sós em casa, ele se dedica a cuidar de mim.
Num caderno anota os remédios que preciso tomar e os horários, e fico admirada em ver
como ele é eficiente atendendo uma pessoa doente. Isso me faz lembrar que ele está
acostumado a se virar sozinho há muito tempo. Não menciona nossa discussão e eu sou
grata por isso. Quando deitamos para dormir, ele me dá um beijo nos lábios.
— Descansa, querida. Eu vou cuidar de tudo.
Na segunda-feira, Poncho vai trabalhar e minha irmã vem substituí-lo. Às onze, chega uma
mensagem no meu celular. É Miguel, que diz: “Acabo de saber que você é a namorada de
Alfonso Herrera. Que safadinha, com esse segredo esse tempo todo! Vai me contar tudo,
hein? Um beijinho e melhoras.”
Quando deixo o celular em cima da mesa, não sei se rio ou se choro. Oficialmente, já
sou a namorada dele.


 




 


 


Meninas eu não estou podendo postar muito, mas sempre que puder postar postarei muito, assim como postei hoje, foram quase 10 capitulos. E peço a vocês que comentem, por que se não, não poderei postar, uma fanfic é movida por comentários. Obrigada, feliz natal e feliz ano novo atrasado!!!



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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