Fanfics Brasil - 88 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 88

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Quando acordo na manhã seguinte, estou sozinha e nua na cama imensa.
Jogado de qualquer jeito numa cadeira, vejo o terno que Poncho usava na noite anterior
e, não muito longe, meu vestido. Sorrio e suspiro. Por um momento repasso
mentalmente os últimos meses com ele e sinto que estou numa montanha-russa que me
agrada muito e não quero que essa viagem acabe nunca.
Meu celular apita. Uma mensagem. É meu pai, dizendo que está indo embora para
Jerez. Ligo para me despedir e sorrio ao me lembrar da sua alegria na noite anterior. Poncho
e ele se dão muito bem e para mim isso é muito importante. Combinamos de nos ver no
Natal. Então me despeço dele e em breve embarcarei para a Alemanha junto com meu
amor.
Deixo o celular na mesinha de cabeceira e reparo no pote de lubrificante — fecho os
olhos. Ainda não consigo acreditar nas coisas que tenho feito. Nunca na vida imaginei
que pudesse experimentar o sexo selvagem que faço com Alfonso. Cada vez entendo mais o
que um dia Poncho me explicou sobre o tesão. O tesão pode te fazer alcançar limites
inimagináveis. Ah, se pode...! Eu que o diga!
Nos últimos meses tenho feito sexo em todos os sentidos da palavra, e Poncho me
compartilhou com homens e mulheres. Pensar nisso me faz sorrir e desejar mais. Se há
um ano alguém tivesse me dito que eu faria tudo isso, eu pensaria que essa pessoa
estava doida. Mas não. Aqui estou eu, nua na cama de Poncho e disposta a realizar minhas
fantasias e as dele.
Me levanto e, ao sentar na cama, faço uma careta ao perceber que minha bunda está
doendo. Com cuidado, ergo o corpo novamente e me sinto estranha ao caminhar. Vou
direto para o chuveiro e, quando saio, vejo Poncho sentado na cama. Ligou o rádio e, assim
que me vê, sorri.
— O que houve?
— Minha bunda está doendo.
Sua expressão se contrai e ele murmura:
— Querida... eu te falei pra ter cuidado.
— Ai, Alfonso... acho que vou ter que sentar em cima de uma boia.
Poncho ri, mas em seguida percebe que estou com a cara séria.
— Desculpa... desculpa.
Com cuidado, me sento na cama e, antes que ele diga qualquer coisa, levanto um
dedo e digo:
— Nada de me sacanear sobre isso, tá?
— Tá — responde.
De repente, começa a tocar uma música que faz nós dois rirmos. Poncho me deita na
cama e, achando graça, comenta:
— Como diz a música, estou louco pra te beijar.
E me beija. Aceito com prazer seu beijo e quando sua mão desce pela minha cintura, o
telefone toca. Poncho me solta e vai atender. Após desligar, diz:
— Era minha mãe. Marquei com ela meio-dia e meia no restaurante do hotel.
— Pra almoçar?
— É.
— Esse horário gringo de vocês me mata — respondo, bufando. — Eu tomaria é o café
da manhã.
Poncho sorri e explica:
— Eu sei, querida, mas ela vai voltar a Munique hoje à tarde e quer almoçar com a
gente.
— Tá bom — digo. — Você tem um analgésico ou algo do gênero?
— Tenho... na nécessaire.
Poncho vai pegá-lo, mas se detém e diz, segurando o riso:
— Não se preocupa, querida, as cadeiras do restaurante são macias.
Essa gracinha me faz bufar. Sinto vontade de lhe dizer umas poucas e boas, mas, ao
ver seus olhos brincalhões, me seguro e abro um sorriso. Sua felicidade é minha
felicidade, e a música que me faz ficar louca para beijá-lo continua tocando.
Dolorida, me levanto e abro o armário. Ali dentro vejo uma calça jeans e uma blusa
rosa, mas, como não encontro o que estou procurando, reclamo desesperada:
— Que droga, não tenho nem uma calcinha!
— Não fale palavrões, querida — Poncho me repreende ao mesmo tempo que me abraça.
— Desculpa, mas tenho que dizer. Você arrebentou todas as minhas calcinhas, e agora
não tenho nenhuma aqui pra vestir. E claro... você não acha que vou sair sem calcinha
pra almoçar com sua mãe, né?
Achando graça, ele sorri, me entrega o analgésico e responde:
— Ela nem vai saber. Qual é o problema?
Pego uma cueca boxer da Calvin Klein e coloco. Surpreso, Poncho me olha.
— Nossa! Até de cueca você me deixa excitado, fofinha. Vem cá.
— Nem pensar.
— Vem cá.
— Não... sua mãe está esperando a gente pra almoçar.
— Vamos, amor. Temos tempo ainda!
Nesse instante o notebook de Poncho apita. Chegou uma mensagem. Eu aviso, mas ele
sabe bem o que quer. E o que ele quer sou eu.
Corro pelo quarto, subo na cama e ele se pendura em mim. Me puxa e eu fico rindo.
Me beija com voracidade e ao mesmo tempo ri também e tira a cueca que estou
vestindo. Desabotoa sua calça e, sem tirar sua própria cueca, entra em mim. Nos
olhamos nos olhos e, enquanto ele entra várias vezes dentro de mim, me sussurra
centenas de palavras carinhosas que me deixam louca.
Após essa rapidinha, nos vestimos. Coloco a cueca outra vez, a calça jeans e a blusa
rosa, em meio a risadas e beijinhos. Quando pego meu celular, ouço novamente o
barulho das mensagens do notebook de Alfonso. Depois de um beijo delicioso nos lábios, ele
vai até o computador, e o sorriso que antes me alegrava desaparece pouco a pouco,
dando lugar à máscara de Iceman em sua versão mais assustadora. Seus olhos perdem o
brilho e ele xinga. Vejo-o mexer no mouse. Me olha e diz, tenso:
— Nunca esperaria isso de você.
Fecha com força a tela do computador e sai do quarto furioso. Sem pensar duas vezes,
vou até o computador, abro a tela e leio uma mensagem:
De: Rebeca Hernández
Data: 8 de dezembro de 2012 08:24
Para: Alfonso Herrera
Assunto: Sua namorada
Fico feliz em saber que continuamos compartilhando os mesmos gostos.
Mando umas fotos. Sei que você adora olhar. Aproveite.
Horrorizada, abro as fotos e fico sem palavras. São fotos minhas com Rebeca,
tomando uma bebida e rindo. Marisa e Lorena não aparecem. Onde estão? Abro outro
arquivo e grito. Vejo Rebeca tocando meus seios, e eu nua. Em outra imagem estou de
pé e ela agachada diante do meu púbis com as mãos entre minhas pernas. Sinto falta de
ar... não entendo. Como podem ter tirado essas fotos? E, principalmente, como essas
fotos podem ter chegado até Poncho?
Estremeço. Não sei por que Rebeca enviou essas imagens e saio à procura de Alfonso. Eu
o encontro na sala de estar da suíte, dando voltas como um louco. Com as mãos
trêmulas, me aproximo. Deixo meu celular em cima da mesa e não sei o que dizer. Não
sei como justificar essas fotos.
— Pode me dizer o que significa isso? — grita descontrolado.
— Não... não sei. Eu...
Enlouquecido, olha para mim e grita:
— Pelo amor de Deus, Any. Que merda você foi fazer com Betta?
— Betta?!
— Não se faz de idiota — esbraveja irritado. — Você sabe muito bem que Betta é
Rebeca.
Escutar esse nome me deixa paralisada. Betta é Rebeca? A mulher que traiu Poncho com
o pai dele é a mesma com quem saí nas fotos? Minhas pernas tremem e eu preciso
sentar. Busco uma explicação para tudo isso. Estou totalmente convencida de que me
enganaram com o objetivo claro de prejudicar nosso relacionamento.
— Alfonso... escuta.
Furioso, chega mais perto de mim e, sem me tocar, berra na minha cara:
— Desde quando você a conhece?
— Poncho, não fala besteira. Eu nem sei quem é essa mulher. Ela e...
— Não acredito em você — grita. — Como você foi capaz? Como?
Nervosa, me levanto do sofá e tento me aproximar dele, mas Poncho está fora de si e não
para de andar e gritar pelo quarto. É tão grande que tentar pará-lo seria como me chocar
contra um trem em alta velocidade.
— Por favor, Poncho, me escuta. Sei que pode parecer outra coisa, mas juro que eu não
sabia que essa mulher era Betta, e não fiz nada do que parece que faço nas fotos. Pelo
amor de Deus, você tem que acreditar em mim...
Meu celular toca. Está em cima da mesa.
Poncho olha para ele e eu também. Quase fico sem ar quando vejo no visor do aparelho o
nome “Rebeca”. Furioso, Poncho o pega e, após confirmar que é ela e trocar umas palavras
bem desagradáveis com sua ex, atira-o no chão. Fecha os olhos. Sua expressão se
contrai por alguns segundos. Sua cara é assustadora. Ameaçadora. Quando abre os
olhos, me olha por alguns instantes e depois diz em alto e bom som:
— A brincadeira acabou, senhorita Puente. Pega suas coisas e vai embora.
Meu estômago se revira. Mal consigo respirar.
— Alfonso... querido, você precisa me escutar. Isso tudo é um engano, eu...
— É um erro imperdoável e você sabe tão bem quanto eu. Vai embora!
— Poncho, não!...
Com um desprezo total estampado em seu rosto, olha para mim e diz:
— Primeiro foi com Marisa, agora com Betta. O que mais você está escondendo?
— Nada... se você deixar, eu...
— Você ia morar comigo na Alemanha. Pretendia continuar mentindo?
— Meu Deus, Poncho, quer me escutar e...?!
— Sabe — me interrompe —, mulheres como você, eu tenho todas que eu quiser.
O Poncho prepotente está de volta.
— Não me diga! Mulheres como eu? — grito fora de mim.
— É. Mentirosas. Mentirosas sem escrúpulos e dispostas a magoar quem quer que seja
— responde. — Meu erro foi achar que você era especial.
— Não fala bobagem, Poncho, e me escuta, que estou ficando angustiada.
Com expressão cínica, o homem que amo olha para mim e sorri.
— Se você fica angustiada por achar que Björn ou qualquer um dos homens e
mulheres a quem eu te ofereci não vão mais te chamar, não se preocupa. Eu vou dar seu
telefone. Tenho certeza de que eles vão me agradecer.
— Como você pode dizer isso? Como pode ser tão cruel? — Me olha com uma
expressão dura, e eu grito desconcertada: — Nem pense em dar meu telefone a
ninguém!
Poncho me encara de um jeito desafiador, com os olhos injetados de raiva.
— Tem razão, pra quê? Você sozinha se sai muito bem.
Sem alterar sua expressão, ele se vira e abre a porta da suíte.
— Quando eu voltar do almoço com minha mãe, não quero te encontrar aqui.
Não posso deixá-lo ir embora. Não posso deixar nossa relação terminar. Tento segurálo
por todos os meios, mas acabo gritando:
— Se você sair sem falar comigo, sem me dar uma chance de eu me explicar, vai ter
que assumir as consequências.
Meu grito o detém, ele se vira de novo e me encara.
— Consequências? Você acha pouco saber que minha suposta namorada e minha ex
são mais que amiguinhas?
— Isso é mentira!
— Mentira. As fotos já dizem tudo.
Sem me dar tempo de dizer ou fazer qualquer coisa, ele vai embora, fecha a porta.
Sofrendo e sem respirar direito, vejo o homem que amo e adoro me enxotando sem
querer me ouvir. Quero correr na direção dele, mas sei que não vou conseguir nada. Se
há uma coisa que sei sobre Poncho é que, quando ele se zanga desse jeito, não raciocina. É
pior que eu.
Me sento no sofá. Estou tão paralisada que nem sei o que fazer.
Choro e me desespero. Por que ele não quer acreditar em mim? Por que não me
escuta? Mil perguntas sem resposta ficam dando voltas na minha cabeça, enquanto tento
buscar uma saída, uma solução. Quando consigo parar de chorar, me levanto e ando até
o quarto. Ver a cama revirada me angustia e eu me jogo em cima dela. O cheiro de Poncho,
de sexo e de bons momentos vividos horas atrás me faz gritar furiosa.
Olho a tela do computador e observo com frieza a foto em que apareço junto com a
agora conhecida como Betta. Como pude ser tão idiota?
Me levanto, pego uma caneta em cima da mesa e, com todo o sangue-frio de que sou
capaz, anoto seu e-mail. Essa mulher vai me pagar. Coloco o papel na calça jeans. Dou
uma olhada ao redor e guardo na minha bolsa o vestido da noite anterior. Saio do quarto
em seguida, mas, ao passar pela sala, vejo meu celular destruído no chão. Me abaixo,
recolho as peças, vou embora da suíte aos prantos e, com a pouca dignidade que me
resta, saio do hotel.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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