Fanfics Brasil - 94 Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada

Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)


Capítulo: 94

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A sexta-feira passa — e o mundo não acaba! Os maias não acertaram.
No sábado, acordo muito cedo. Estou exausta por causa do meu trabalho de
garçonete, mas é a vida. Olho pela janela.
Não está chovendo!
Beleza!
Saber que Poncho está a poucos quilômetros de mim e que há a possibilidade de nos
vermos me deixa ansiosa demais. Não comento nada em casa. Não quero que isso
mexa com eles e — quando chegam o Bichão e o Lucena com o reboque e meu pai e
José ajeitam aet moto nele — sorrio, feliz.
— Vamos, loirinha! — grita meu pai. — Já está tudo preparado.
Minha irmã, minha sobrinha e eu saímos de casa. Estou levando a bolsa com meu
macacão de corrida. Ao chegar ao carro, me alegro ao ver Fernando chegando.
— Você vai? — pergunto.
Ele, engraçadinho, faz que sim.
— Me diga quando eu faltei a uma de tuas corridas?
Nos dividimos em dois carros. Meu pai, minha sobrinha, o Bichão e o Lucena vão
num, e minha irmã, José, Fernando e eu, no outro.
Em Puerto de Santa María, nos dirigimos ao lugar do evento. Está transbordando de
gente, como todos os anos. Depois de entrar na fila para confirmar a inscrição e
receber meu número, meu pai volta feliz.
— Você é o número 87, loirinha.
Sorrio e olho em volta em busca de Frida. Não a vejo. Gente demais.
Checo meu celular. Nenhuma mensagem.
Me encaminho com minha irmã para os vestiários improvisados que a organização
montou para os participantes. Tiro meu jeans e boto meu macacão de couro, vermelho
e branco. Minha irmã me coloca as proteções dos joelhos.
— Qualquer hora dessas, Anahí, vai ter que dizer a papai que vai parar com isto —
afirma. — Você não pode continuar dando saltos numa moto eternamente.
— E por que não, se eu gosto?
Raquel sorri e me dá um beijo.
— Tem razão, na verdade. No fundo admiro seu lado de guerreira machona.
— Acabou de me chamar de machona?
— Não, fofinha. Quero dizer que essa força que você tem, eu gostaria de ter
também.
— Você tem, Raquel... — sorrio com carinho. — Ainda me lembro de quando você
participava das corridas.
Minha irmã vira os olhos:
— Mas eu corri duas vezes. Não levo jeito pra isso, por mais que papai adore.
Realmente, ela tem razão. Mesmo que nós tenhamos sido criadas pelo mesmo pai e
tenhamos compartilhado os mesmos hobbies, ela e eu somos diferentes em muitas
coisas. E o motocross é uma delas. Vivi esse esporte, sempre. Ela sofreu, sempre.
Já de macacão, vou para onde me esperam meu pai e o que se pode chamar minha
equipe. Minha sobrinha está feliz e dá pulos de entusiasmo ao me ver. Para ela sou sua
supertitia! Sorridente, tiro fotos com ela e com todos. Pela primeira vez em vários dias,
meu sorriso é franco e conciliador. Estou fazendo uma coisa de que gosto, e dá para
ver isso na minha cara.
Passa um homem vendendo bebidas e meu pai compra uma Coca-Cola. Contente,
começo a tomá-la quando minha irmã exclama:
— Ihhhh, Anahí!
— O quê?
— Acho que tem alguém te paquerando.
Olho-a com uma expressão sacana, e ela, aproximando-se comicamente, cochicha:
— O piloto 66, o da tua direita, não para de te olhar. Não quero dizer nada, mas o
cara tá quase babando.
Curiosa, me viro e sorrio ao reconhecer David Guepardo. Ele me pisca o olho, e
ambos nos cumprimentamos. Nós nos conhecemos há anos. É de uma cidadezinha
perto de Jerez chamada Estrella del Marqués. Somos apaixonados por motocross e
costumamos nos encontrar de vez em quando em algumas corridas. Falamos por um
instante. David, como sempre, é todo charmoso comigo. Supersimpático. Pego o que
ele me entrega, me despeço e volto para minha irmã.
— O que tem aí?
— Ô Raquel, deixe de se meter em tudo — censuro. Mas ao compreender que não
vai mesmo me deixar em paz, respondo: — Seu número de telefone, satisfeita?
Primeiro minha irmã tapa a boca e depois solta:
— Aiii, fofa! Quero ser você na outra encarnação.
Desato a rir bem na hora em que ouço:
— Anahí!
Me viro e topo com o maravilhoso sorriso de Frida, que corre para mim com os
braços abertos. Eu a abraço com alegria e vejo que atrás dela vêm Andrés e Poncho.
— O mundo não acabou — murmura Frida.
— Eu te disse — respondo alegre.
Meu Deussssss! Poncho veio!
Meu estômago se contrai e, de repente, toda a minha segurança começa a
evaporar. Por que sou tão imbecil? Por acaso o amor nos torna inseguros? Tudo bem,
no meu caso com certeza a resposta é sim.
Sei o que um evento como este faz com Poncho. Dor e tensão. Mesmo assim, decido
não olhar para ele. Continuo zangada. Depois de beijar Frida, com carinho cumprimento
Andrés e Glen, que está no seu colo. Quando chega a vez de Poncho, digo sem olhá-lo:
— Bom dia, senhor Herrera.
— Oi, Any!
Sua voz me deixa nervosa.
Sua presença me deixa nervosa.
Ele todo me deixa nervosa!
Mas tiro forças do fundo da alma para momentos assim, viro a cabeça e digo a
minha desconcertada irmã:
— Raquel, eles são Frida, Andrés e Glen, e ele é o senhor Herrera.
Minha irmã e os outros ficam com cara de tacho. A frieza que demonstro ao me
referir a Poncho desorienta a todos, menos a ele, que me olha com sua habitual expressão
de mau humor.
Nesse instante, surge Fernando, que me avisa:
— Anahí, você sai no próximo grupo.
De repente vê Poncho e fica parado. Ambos se cumprimentam com um movimento de
cabeça, e olho Frida.
— Tenho de deixar vocês. É minha vez. Frida, sou a número 87. Me deseje sorte.
Quando me viro, David Guepardo, o piloto com quem falei antes, se aproxima e
tocamos nossos punhos fechados. Me deseja sorte! Eu sorrio e, sem dizer nada, me
afasto acompanhada por Raquel e Fernando. Quando estamos suficientemente longe
dos outros, entrego a minha irmã o papel que tenho na mão:
— Grave o número do telefone de David no meu celular, tá?
Minha irmã concorda.
— Puxa, fofinha! — diz. — Poncho veiiiiiooooooo!
Com cara de contrariada, apesar de no fundo sentir uma alegria idiota, ironizo:
— Oh, que emoção!
Mas minha irmã é uma romântica incorrigível.
— Anahí, pelo amor de Deus! Ele está aqui por você, não por mim, nem por outra.
Não tá vendo? Esse pedaço de mau caminho está louco por você.
Tenho vontade de estrangulá-la.
— Nem mais uma palavra, Raquel. Não quero falar disso.
No entanto, minha irmã... é minha irmã!
— Claro — insiste — que isso de chamar o cara pelo sobrenome teve sua graça.
— Raquel, feche a matraca!
Mas como é lógico nela, volta à carga:
— Uau, quando papai souber!
Papai? Paro na hora. Olho Raquel.
— Nem uma palavra a papai sobre isso. E, antes que continue essa papagaiada de
mulherzinha e de novela mexicana, lembre-se: o senhor Herrera e eu já não temos
nada. Entendeu ou quer que desenhe?
Fernando, que está com a gente, tenta manter a paz.
— Vamos, garotas! Chega de discussão. Não vale a pena.
— Como não vale a pena?! — recrimina minha irmã. — Poncho é...
— Raquel... — protesto.
Fernando, que sempre se diverte com nossos estranhos “bate-bocas”, me diz:
— Vamos, Anahí, dê uma maneirada. Talvez deva ouvir tua irmã e...
Incapaz de aguentar um segundo mais o papo deles, olho meu amigo puta da vida e
grito como uma possessa:
— Por que não fecha a matraca?! Te garanto que fica mais bonito.
Fernando e minha irmã trocam um olhar e riem. Viraram idiotas?
Chegamos onde meu pai está com o Bichão e o Lucena. Puxa, que trio! Boto o
capacete, os óculos de proteção e ouço o que papai tem a me dizer sobre a regulagem
da moto. Depois, monto e me dirijo para a porta de entrada. Aqui espero, com outros
participantes, que me deixem entrar na pista.
Protegida atrás de meus óculos, olho para onde Poncho está. Não posso evitá-lo. Além
do mais, é tão alto que é impossível não vê-lo. Está impressionante com esses jeans
de cintura baixa e o suéter preto de tricô.
Nossa, que gato mais gostoso!
É o típico homem que até com uma melancia no pescoço ficaria bem. Fala com
Andrés e Frida, mas eu o conheço: está tenso. Sei que, detrás de seus Ray-Ban
espelhados de aviador, me procura com o olhar. Isto me agita o coração. Mas como
sou pequena e estou entre tantos pilotos vestidos do mesmo modo, ele não consegue
me localizar, o que me dá vantagem. Eu posso ficar calmamente curtindo essa cena.
Quando abrem a pista, os juízes nos colocam em nossa posição no grid de largada.
Eles nos avisam que há vários grupos de nove pessoas — tanto faz se homem ou
mulher — e que os quatro primeiros colocados de cada grupo se classificam para as
rodadas seguintes.
Pronta em minha posição, ouço a vozinha de minha Luz me chamar e aceno para ela,
que ri e aplaude. Que linda que é minha sobrinha!
Mas meu olhar volta a Poncho.
Ele não se mexe.
Quase não respira.
Mas aí está, disposto a ver a corrida apesar da angústia que sei que vai lhe causar.
De novo, me concentro no que devo fazer. Devo ficar entre os quatro primeiros se
quero me classificar para a rodada seguinte. Acalmo minha mente e acelero a moto.
Foco na corrida e me esqueço do resto. Tenho de fazer isso.
Os instantes antes da largada fazem sempre minha adrenalina subir. Ouvir o ronco
dos motores ao meu redor me deixa arrepiada e, quando o juiz baixa a bandeira,
acelero ao máximo e saio a toda. Ganho boa posição desde o começo e, como meu
pai me avisou, tenho cuidado na primeira curva, que está cheia de lombadas. Salto,
derrapo, me divirto! E, ao chegar a uma descida espetacular, me alegro como uma
louca enquanto vejo que o piloto a minha direita perde o controle de sua moto e cai.
Puxa, que porrada levou! Acelero, acelero, acelero e salto de novo. Os pneus cantam e
acelero, salto, derrapo de novo e, depois de completar o circuito três vezes, chego
entre os quatro primeiros.
Beleza!
Me classifiquei para a próxima rodada.
Quando saio da pista, meu pai, mais feliz que pinto no lixo, me abraça. Todos se dão
parabéns pelo meu sucesso, enquanto tiro os óculos enlameados. Minha sobrinha está
emocionada e não para de dar pulinhos. Sua titia é sua heroína, e estou muito contente
por ela.
David Guepardo sai no próximo grupo. Ao passar a meu lado, outra vez tocamos
nossos punhos. Nesse instante, chega Frida e, adorando tudo, grita:
— Parabéns! Santo Deus, Anahí, você foi impressionante!
Sorrio e bebo um gole de Coca-Cola. Estou sedenta. Olho além de Frida e parece
que Poncho não vem me abraçar. Eu o localizo a vários metros de distância, com Glen no
colo, falando com Andrés.
— Não vai cumprimentá-lo? — pergunta Frida.
— Já o cumprimentei.
Ela sorri e chega mais perto ainda.
— Isso de chamá-lo de senhor Herrera foi provocante — murmura. — Mas fala
sério: não vai falar com ele?
— Não.
— Te garanto que fez um tremendo esforço pra vir. Você sabe por quê.
— Sei, sim, mas podia ter se poupado a viagem.
— Para com isso, Anahí! — insiste Frida.
Falamos mais um pouco, mas, como diz meu pai, ele pode tirar o cavalinho da
chuva. Não vou falar com Poncho. Ele não merece. Ele me disse que nossa história tinha
acabado, e eu lhe devolvi o anel. Fim de papo.
A manhã segue, e eu vou superando as rodadas, tantas que chego à final. Poncho
continua lá e o vejo falar com meu pai. Ambos estão concentrados na conversa, e
agora meu pai sorri e dá um tapa de homem nas costas de Poncho. Do que será que
estão falando?
Reparei como Poncho me procura continuamente com o olhar. Isto me excita, embora
eu tenha ficado na minha. Tentou se aproximar de mim, mas cada vez que percebi sua
intenção, escapei entre as pessoas, e não me encontrou.
— Tá com cara de que quer tomar uma Coca-Cola, não é mesmo?
Me viro e vejo David Guepardo me oferecendo a latinha.
Enquanto esperamos que nos chamem para a última rodada, sentamos para tomar o
refrigerante. Poncho, não muito longe de mim, tira os óculos. Quer que eu saiba que está
me olhando. Quer que eu veja sua irritação. Mas até com os óculos eu já sabia como
me olhava. Por fim, fico de costas para ele. Mas mesmo assim sinto seu olhar. Isto me
incomoda e, ao mesmo tempo, me excita.
Durante um tempinho, David e eu falamos, rimos e observamos outros colegas
correrem a última rodada de classificação. Meu cabelo flutua ao vento, e David pega
uma mecha e a põe atrás de minha orelha.
Minha nossa, isso deve ter tirado o senhor Herrera dos eixos!
Não quero nem olhar.
Mas a depravada que mora em mim não resiste e, realmente, sua contrariedade
virou uma fúria total.
Pior para ele!
Aí nos avisam que em cinco minutos começará a última corrida. A definitiva. David e
eu nos levantamos, tocamos nossos punhos, e cada um se encaminha a sua moto e
seu grupo. Meu pai me entrega o capacete e os óculos e pergunta, bem pertinho:
— Está fazendo ciúme pro teu namorado com David Guepardo?
— Papai... Eu não tenho namorado. — Ele ri, e antes que diga qualquer coisa,
acrescento: — Se você se refere a quem eu penso que se refere, já te disse que
terminamos. Acabou!
O bonachão do meu pai suspira.
— Acho que Poncho não pensa assim. Não dá a coisa por terminada.
— Pra mim tanto faz, papai.
— Ah, você é igualzinha à teimosa da tua mãe. Igualzinha!
— Pois olha, isso me alegra — respondo, mal-humorada.
Meu pai concorda, suspira e solta, com expressão divertida:
— Ai, ai, ai, ai, loirinha! Nós gostamos das mulheres difíceis, e você, minha
querida, sai da frente. Esse teu gênio deixa qualquer um doido! — Ri. — Eu não deixei
tua mãe escapar, e Poncho não vai deixar você escapar. Vocês são lindas e interessantes
demais.
Com raiva, ajusto o capacete e boto os óculos. Não quero falar. Acelero a moto e a
levo até o grid de largada. Como nas rodadas anteriores, me concentro e, enquanto
espero a saída, piso várias vezes no acelerador. A diferença é que agora estou
irritada, muito irritada, e isto me deixa mais louca ainda. Meu pai, que me conhece
melhor que ninguém, me faz sinais com as mãos para que eu deixe a poeira baixar e
relaxe.
A corrida começa, e sei que tenho que fazer uma boa largada, se quero vencer.
Consigo e corro como quem viu um fantasma. Me arrisco mais e me divirto pelos
ares, adrenalina a toda, enquanto salto e vou cantando os pneus. Com o canto do olho,
vejo que David e mais um me ultrapassam pela direita. Acelero. Consigo deixar a outra
moto para trás, mas David Guepardo é muito bom, e antes de chegar à zona das
lombadas, acelera e salta os quebra-molas que me fazem perder tempo e quase cair.
Mas não, não caio. Aperto os dentes, e consigo manter o controle da moto e continuo
acelerando. Não gosto de perder nem no dominó.
Exijo tudo da moto. Alcanço e ultrapasso David. Mas ele me passa de novo.
Derrapamos, e um terceiro piloto se adianta a nós dois.
Atrás dele!
Acelero ao máximo, consigo alcançá-lo e deixá-lo para trás. Agora David salta,
arrisca e me passa pela esquerda. Eu acelero. Ele acelera. Todos aceleramos.
Quando passo pela linha de chegada e o juiz baixa a bandeira quadriculada, levanto
o braço.
Segunda!
David, primeiro.
Damos uma volta pelo circuito e saudamos a plateia toda. Receber o aplauso e
contemplar as caras felizes nos fazem sorrir. Quando paramos, David vem até mim e
me abraça. Está contente, e eu estou também. Tiramos os capacetes, os óculos, e as
pessoas aplaudem com mais força.
Sei que essa proximidade com David não está agradando a Poncho. Sei. Mas preciso
dela, e inconscientemente quero provocá-lo. Sou dona da minha vida. Sou dona dos
meus atos, e nem ele nem ninguém conseguirá me fazer mudar de ideia.
Meu pai e todos os outros vêm para a pista nos felicitar. Minha irmã me abraça, meu
cunhado também, Fernando, minha sobrinha, Frida. Todos gritam “campeã” como se eu
houvesse ganhado um campeonato mundial. Poncho não se aproxima, se mantém num
segundo plano. Sei que espera que seja eu a me aproximar, que vá até ele, como
sempre. Mas não. Desta vez, não. Como diz nossa canção, “somos polos opostos”, e,
se ele é cabeça-dura, quero que entenda de uma vez por todas que eu sou mais ainda.
Quando, no pódio, nos dizem o quanto de dinheiro se arrecadou para os presentes
das crianças, fico louca de alegria.
Que bolada!
Instintivamente sei que grande parte desse dinheiro foi Poncho quem doou. Sei. Ninguém
precisa me dizer.
Encantada, sorrio, ao ouvir a quantia. Todos aplaudem, inclusive Poncho. Seu rosto está
mais relaxado, e vejo orgulho em sua expressão, quando levanto minha taça. Isto me
comove e agita meu coração. Em outro momento, teria piscado um olho para ele e teria
dito “te amo” com o olhar. Mas agora não. Agora não.
Quando desço do pódio, faço mil fotos com David e com todo mundo. Meia hora
depois, as pessoas se dispersam e nós, os pilotos, começamos a juntar nossas coisas.
David, antes de ir embora, vem falar comigo e me lembra que estará em sua
cidadezinha até o dia 6 de janeiro. Prometo ligar para ele. Quando saio do vestuário
com meu macacão na mão, me agarram pelo braço e me puxam. É Poncho.
Durante uns segundos, nos olhamos.
Oh, Deus! Oh, Deusssssssss! Seu rosto tão sério me deixa louca.
Suas pupilas se dilatam. Ele me diz com o olhar o quanto precisa de mim e, ao ver
que não respondo, me puxa para ele. Quando me tem perto de sua boca, murmura:
— Tô morrendo de vontade de te beijar.
Não diz mais nada.
Me beija, e uns desconhecidos que estão por perto aplaudem, encantados com tanta
paixão. Durante uns segundos, deixo que Poncho invada minha boca. Uauuu! Curto
loucamente. Quando se separa de mim, Iceman comenta com voz rouca, me olhando
nos olhos:
— Isto é como nas corridas, querida: quem não arrisca não petisca.
Tem razão.
Mas deixando-o totalmente confuso, respondo, consciente do que digo:
— Realmente, senhor Herrera. O problema é que o senhor já arriscou e me
perdeu.
Seu olhar endurece de imediato.
Me afasto dele, dando-lhe um empurrão, e caminho para o carro de meu cunhado.
Poncho não me segue. Intuo que ficou sem saber o que fazer, enquanto sei que me
observa.



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Autor(a): Anna Albuquerque

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 228



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  • hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58

    Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38

    Pena q acabou;(

  • julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23

    Amooooo<3 perfeita dmais!!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49

    Ainnnn<33333

  • ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56

    Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!

  • julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08

    A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa

  • Postado em 29/03/2016 - 02:47:50

    Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...&#128588;&#10084;&#10084;&#128525; Posta mais pleace pleace..

  • ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23

    Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds &#9825;

  • julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31

    Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa

  • ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22

    Cooooontiinuuaa logo <3


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