Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
Depois de me despedir de minha família, entro no carro de Poncho.
Fraquejei.
Fraquejei e estou de novo com ele.
Minha cabeça não para, enquanto tento entender o que estou fazendo. De repente,
presto atenção à estrada. Pensava que íamos à casa de Frida e Andrés, em Zahara, e
me surpreendo ao ver que nos dirigimos para o maravilhoso chalé que Poncho alugou no
verão.
Depois que o portão metálico se fecha atrás de nós, observo a linda casa ao fundo e
murmuro:
— O que fazemos aqui?
Poncho me olha.
— Precisamos ficar sozinhos.
Concordo.
Não quero nada mais que isso.
Quando desembarcamos, Poncho pega minha bagagem com uma das mãos e me dá a
outra. Me agarra com força, possessivo, e entramos na casa. Tenho uma tremenda
surpresa ao ver como o ambiente mudou. Móveis modernos. Paredes lisas e coloridas.
Uma televisão de plasma enorme. Uma lareira por estrear. Tudo, absolutamente tudo, é
novo.
Surpresa, olho Poncho. Vejo que liga o som e, antes que possa dizer qualquer coisa, me
explica:
— Comprei a casa.
Incrível. Mas como é possível que eu não tenha sabido disso?
— Você comprou esta casa?
— Sim. Pra você.
— Pra mim?
— Sim, querida. Era minha surpresa de Natal.
Espantada, olho ao redor.
— Venha — diz Poncho depois de largar minha bagagem. — Precisamos falar.
A música envolve a sala, e sem poder deixar de admirar como está bonita e
elegante, me sento na confortável poltrona diante da lareira crepitante.
— Está muito bonita com esse vestido — Poncho afirma, sentando-se a meu lado.
— Obrigada. Acredite ou não, comprei por sua causa.
Depois de um gesto de concordância, passeia seu olhar por meu corpo, e meu
Iceman não pode evitar confessar:
— Mas era a outros a quem você pensava oferecer esse espetáculo.
Lá vamos nós.
Já recomeçamos.
Já está me cutucando!
Conto até 45; não, até 46. Respiro fundo e finalmente respondo:
— Como te disse uma vez, não sou santa. E quando não tenho namorado, mostro e
dou tudo que quero, a quem eu quero e quando eu quero. — Poncho arqueia uma
sobrancelha, mas eu prossigo: — Sou minha única dona, e isso você tem que entender
bem entendido de uma vez por todas.
— Certo: quando não tem namorado, o que não é o caso — insiste, sem afastar os
olhos de mim.
De repente, me dou conta de que toca uma canção de que gosto muito. Minha
nossa, como me lembrei de Poncho esses dias enquanto a escutava. Nos olhamos de novo
como rivais, ao som da voz de Ricardo Montaner:
Convénceme de ser feliz, convénceme.
Convénceme de no morir, convénceme.
Que no es igual felicidad y plenitud
Que un rato entre los dos, que una vida sin tu amor.
Estas frases dizem tanto de minha relação com Poncho que momentaneamente me
nublam o pensamento. Mas por fim Poncho dá o braço a torcer e muda de assunto.
— Minha mãe e minha irmã te mandam lembranças. Esperam te ver na festa que
organizam na Alemanha no dia 5, lembra?
— Lembro, mas não conte comigo. Não vou.
Continuo de cara fechada e minha petulância lá em cima. Apesar da felicidade
arrebatadora por estar junto do homem que adoro, o orgulho e a raiva continuam fortes
em mim. Poncho sabe disso.
— Any... Sinto muito por tudo que aconteceu. Você tinha razão. Devia ter acreditado
no que me dizia sem ter questionado mais nada. Mas às vezes sou um cabeça-dura e...
— O que te fez mudar de ideia?
— A paixão com que defendeu sua verdade foi o que me fez compreender o quanto
eu estava enganado. Antes de você ter ido embora, querida, já tinha me dado conta da
minha grande besteira.
Veja só como os caras merecem mesmo uma porrada.
— Me convença...
Mal falei, Poncho me olha, e eu censuro a mim mesma. “Me convença?” Mas o que
estou dizendo? Santo Deus, a canção me atrapalha o raciocínio. Vamos, termina de
uma vez. E sem deixá-lo responder, resmungo:
— E pra isso tive que largar meu trabalho e devolver o anel?
— Você não foi despedida e...
— Poncho, Poncho, não penso em voltar nunca mais pra desgraçada da sua empresa.
— Por quê?
— Porque não. Ah, claro, fiquei alegre ao saber que botou minha ex-chefe no olho da
rua. E, antes que insista, minha resposta é não. Não penso em voltar a trabalhar lá,
entendeu?
Poncho concorda, mas durante um instante fica pensativo. Por fim, decide admitir:
— Não vou permitir que continue trabalhando como garçonete nem aqui, nem em
lugar nenhum. Odeio ver como os homens te olham. Gosto de ter meu território
marcado e...
Confusa com este ataque de ciúme, que me deixa a mil, disparo:
— Olha, bonitão, hoje em dia há muito desemprego na Espanha e, como você sabe,
eu tenho que trabalhar, não posso ficar escolhendo muito. Mas, de qualquer forma,
agora não quero falar disto, está bem?
Poncho se mostra resignado.
— Quanto ao anel...
— Não quero o anel.
Uau, que chata estou sendo! Surpreendo a mim mesma até.
— É teu, querida — responde Poncho com tato e voz suave.
— Não quero.
Tenta me beijar, mas recuo. E, antes que diga qualquer coisa, gaguejo:
— Não me encha com anéis, nem compromissos, nem mudanças, nem nada.
Estamos falando da gente e de nossa relação. Aconteceu uma coisa que bagunçou
minha vida e por ora não quero anel nem o título de namorada. Tudo bem?
Concorda de novo. Sua docilidade me maravilha. Realmente me ama tanto? A
canção termina e começa Nirvana. Ótimo! Acabou o romantismo.
Ficamos num silêncio tenso, mas Poncho não tira os olhos de cima de mim nem por um
segundo. Por fim vejo que se curvam os cantos de seus lábios e ele diz:
— Você é uma garota ao mesmo tempo muito corajosa e muito linda.
Sem querer sorrir, levanto uma sobrancelha:
— Fase puxa-saco?
Poncho sorri.
— O que você fez naquele dia no escritório me deixou sem fala.
— O quê? Esfregar a verdade na cara da idiota da minha ex-chefe? Largar meu
trabalho?
— Tudo isso e ouvir como me mandou à merda diante do chefe de RH. Não faça
isso de novo, claro, ou vou perder o respeito em minha empresa, entende?
Desta vez sou eu que concordo e sorrio. Tem razão. Isso foi mal.
Silêncio.
Poncho me observa à espera de que o beije. Sei que pede meu contato — sei pela
forma como me olha —, mas não estou disposta a deixar barato.
— É verdade que me ama tanto?
— Mais — sussurra, aproximando o nariz do meu pescoço.
Meu coração dispara. O cheiro de Poncho, sua proximidade, sua confiança, começam a
me atingir, e só posso desejar que tire minha roupa e me possua. Ele, assim pertinho, é
irresistível, mas, disposta a dizer tudo o que tenho a dizer, me afasto e murmuro:
— Quero que saiba que estou muito chateada contigo.
— Sinto muito, menina.
— Você me fez muito mal.
— Sinto muito, pequena.
Volta à carga.
Seus lábios tocam meu ombro nu. Santo Deuuuusss, como gosto!
Mas não. Deve provar de seu próprio veneno. Bem que merece. Por isso, respiro
fundo e digo:
— Vai sentir muito, sim, senhor Herrera, porque a partir de agora cada vez que
eu me chatear contigo, você vai ser castigado. Cansei de que apenas você castigue.
Surpreso, ele me olha e ergue a sobrancelha.
— E como pretende me castigar?
Me levanto da poltrona.
Não gosta das guerreiras? Pois lá vou eu.
Me viro lentamente diante dele, confiando na minha sensualidade.
— Por ora, privando você do que mais deseja.
Iceman se levanta. Oh, oh!
Sua altura é espetacular.
Seus olhos, impressionantes e verdes, me encaram e ele indaga:
— Do que você está falando exatamente?
Ando, ele observa. Quando estou atrás da mesa, explico:
— Não vai desfrutar do meu corpo. É esse o seu castigo.
Tensão!
Dá para cortar o ar com uma faca.
Seu rosto perde a expressão.
Espero que Poncho grite e proteste, mas de repente diz com voz gélida:
— Quer me deixar louco? — Não respondo, e ele prossegue, ofuscado: — Você
fugiu de mim. Fiquei louco por não saber onde você estava. Não atendeu ao telefone
durante dias. Me bateu a porta na cara e ontem à noite te vi sorrindo pra outros caras.
E ainda quer me castigar mais?
— Hum-hum.
Xinga em alemão.
Uau, palavrãozinho cabeludo que disse! Mas, ao se dirigir a mim, muda
completamente de tom:
— Querida, quero fazer amor com você. Quero te beijar. Quero demonstrar o quanto
te amo. Quero você nua nos meus braços. Preciso de você. E você está me dizendo
que me prive disso tudo?
Confirmo com minha voz mais fria e distante:
— É isso. Exatamente isso. Não vai me tocar nem num fio de cabelo até que eu
deixe. Você me partiu o coração e, se me ama, respeitará o castigo como eu sempre
respeitei os teus.
Poncho diz mais palavrões em alemão.
— E até quando se supõe que estarei de castigo? — pergunta, me olhando com
intensidade.
— Até que eu decida.
Fecha os olhos e inspira fundo. E, por fim, faz um gesto de concordância.
— Tudo bem, pequena. Se é isso o que você acha que deve fazer, vá em frente.
Encantada, sorrio. Aprontei uma das minhas. Uhu!
Olho o relógio e vejo que são duas e meia da madrugada. Não tenho sono, mas
preciso ficar longe dele, ou serei a primeira a não cumprir o castigo absurdo. Então me
espreguiço antes de pedir:
— Me diz qual é meu quarto?
— Teu quarto?
Com dissimulação, seguro a risada ao ver a cara dele. E insisto:
— Poncho, você não pretende que a gente durma junto, pretende?
— Mas...
— Não, Poncho, não — corto. — Desejo ter minha privacidade. Não quero compartilhar
a cama com você. Você não merece.
Concorda, lentamente, com uma expressão tensa — sei que neste momento deve
estar xingando todas as gerações da minha família —, e murmura, passado o primeiro
impacto:
— Já sabe que a casa tem quatro quartos. Escolha o que quiser. Eu dormirei em
qualquer um.
Sem olhar para ele, pego minha mochila e me dirijo ao quarto que usamos no verão.
Nosso quarto. Está sensacional. Poncho pôs uma cama enorme com dossel no centro.
Uma maravilha. Móveis brancos de pátina e cortinas de linho cor de laranja combinando
com a colcha. Olho o teto e vejo um ventilador. Adoro os ventiladores! Fecho a porta e
meu coração bate com força.
O que estou fazendo?
Desejo que tire minha roupa, que me beije, que transe comigo como nós dois
gostamos, mas aqui estou, negando a mim mesma e a ele o que mais desejo.
Depois de deixar minha bagagem perto de uma parede do dormitório, me olho no
espelho ovalado, que combina com os móveis, e sorrio. Minha aparência, com este
vestido, é das mais sensuais e provocantes. Não estranho que Poncho tenha me olhado
daquele jeito. Com malícia sorrio e planejo meter mais ainda o dedo na ferida. Quero
castigá-lo. Abro a aporta, procuro Poncho e o vejo parado diante da lareira.
— Posso te pedir um favor?
— Claro.
Consciente do que vou pedir, chego perto dele, afasto meu longo e escuro cabelo
para um lado e peço, toda charmosa:
— Pode abrir o zíper do meu vestido?
Me viro para que não perceba meu sorriso e ouço sua respiração.
Não vejo seu rosto, mas imagino seu olhar em minhas costas. Em minha pele. Suas
mãos me tocam. Ufa, que calor! Muito lentamente vai descendo o zíper. Noto sua
respiração em meu pescoço. Excitante! Imagino o esforço que está fazendo para não
me arrancar o vestido e violar o castigo.
— Any...
— Diga, Poncho.
— Eu desejo... — confessa com voz rouca em minha orelha.
Me arrepio, os cabelos se eriçam, mas não respondo. Não posso.
Não uso sutiã e o zíper termina no final do meu bumbum. Sei que Poncho olha minha
calcinha preta. Minha pele. Minha bunda. Eu sei. Eu o conheço.
Eu também o desejo. Estou louca para beijá-lo. Mas estou disposta a alcançar meu
objetivo.
— E o que deseja? — digo, sem me virar.
Chega mais perto de mim. Permito que me abrace por trás, e suas palavras
ressoam em minha orelha.
— Desejo você.
Minha nossa, estou doida! Pra não dizer excitada, terrivelmente excitada. Sem olhar
para ele, apoio minha cabeça em seu peito, fecho os olhos e sussurro:
— Gostaria de me acariciar, me despir e transar comigo?
— Sim.
— Fazendo um sexo selvagem? — murmuro com um fiozinho de voz.
— Sim.
Expiro profundamente, senão sufoco. Noto sua ereção cada vez mais se apertando
contra minha bunda. Me beija os ombros, e me delicio.
— Gostaria de me compartilhar com outro homem?
— Só se você quiser, querida.
Vou soltar vapor pelas orelhas a qualquer momento.
— Quero, sim. Olharia você nos olhos e saborearia tua boca enquanto outro me
possui.
— Sim...
— Você facilitará tudo pra ele. Me abrirá pra ele e observará como ele mete em mim
uma vez depois da outra, enquanto gemo e te olho nos olhos.
Noto como Poncho engole com dificuldade. Está quase tendo um troço. Eu acho que já
tive um.
E quando Poncho põe os lábios ardentes na base de minha nuca e me beija, levo um
susto, me afasto dele e, olhando-o bem, digo toda triste:
— Não, Poncho. Você está de castigo.
Com charminho, seguro o vestido para que não caia.
— Boa noite — me despeço.
Me tranco no quarto. Tremo. Fiz com ele o mesmo que ele fez comigo aquela vez no
bar de troca de casais. Provocá-lo para nada.
Calor.
Desejo.
Tesão. Muito tesão...
Tiro o vestido e o deixo sobre uma cadeira. Vestida apenas com a calcinha preta,
me sento aos pés da cama e olho a porta. Sei que ele vai vir. Seus olhos, sua voz, seus
desejos e seus instintos mais primitivos dizem que me quer, que precisa de mim.
Instantes depois, ouço seus passos se aproximarem. Minha respiração se agita.
Quero que abra a porta.
Quero que entre.
Quero que me possua enquanto me olha nos olhos.
Sem deixar de olhar a porta, ouço seus movimentos. Está hesitante. Sei que está ali
fora, avaliando o que fazer. Eu sou sua tentação. Acabo de provocá-lo, de excitá-lo,
mas também sou a mulher que ele não deseja desapontar.
A maçaneta se move, oh, sim!, e meu corpo treme desejoso de ter o que apenas
Poncho pode me proporcionar. Sexo selvagem. Mas, de repente, a maçaneta para; minha
decepção me faz abrir a boca, e mais ainda ao ouvir seus passos se afastando.
Ele se foi?
Quando sou capaz de fechar a boca, sinto vontade de chorar. Sou uma imbecil. Uma
bobalhona. Ele acaba de respeitar o que lhe pedi e, eu goste ou não, devo ficar
contente.
Levo horas para dormir.
Não posso.
A excitação que Poncho me causa é demais para mim. Estamos sozinhos numa casa
maravilhosa, desejando-nos como loucos, mas nenhum dos dois faz nada para
remediar a situação.
Autor(a): Anna Albuquerque
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Pela manhã, quando me levanto, a primeira coisa que faço é ligar para meu pai. Deveestar preocupado.Aviso que estou bem e me emociono ao ouvir sua voz de felicidade. Estátransbordando de alegria por mim e por Poncho, e isso me faz sorrir. Me pergunta segostei da casa que Poncho comprou para mim. Fico surpresa que meu pai saiba. Então eleme ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
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hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
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ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
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Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
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ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
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julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
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ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3